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A percepção de mundo

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A percepção de mundo, para os seres humanos, se dá por meio dos sentidos 
sensoriais: aud ição, tato, paladar, olfato e visão. A união e o estímulo desses 
sentidos facilitam o processo de aprendizagem do educando , pois o 
conhecimento do mundo chega por meio desses sentidos, sendo captado por 
células sensoriais e , posteriormente, interpretado pelo cérebro. Dessa forma, o 
corpo se estabelece como o principal instrumento de aprendizagem. 
O uso de atividades práticas de caráter lúdico estimula o interesse e o 
envolvimento pela aprendizagem , os jogos e as atividades práticas podem ser 
encarados como simples brincadeiras pelas crianças; mas, no ensino , possuem 
uma proporção muito maior: levam a uma percepção cognitiva e assim a 
aprendizagem . 
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres 
que sentem e pensam o mundo de um jeito próprio. Os conhecimentos são 
construídos a partir das interações que estabelece com outras pessoas e com 
o meio em que vivem. As memórias são criadas a parti r de atividades 
rotineiras. Mas, o aprende r não é somente memorizar informações, para tal é 
preciso saber relacioná -las , ressignificá -las e refletir sobre elas . 
 
Projeto Estação das Sensações e Descobertas 
Orientar os alunos na percepção da importância dos órgãos dos sentidos, dos 
problemas que a falta de um deles pode ocasionar e no aspecto de prevenção 
a alguns perigos e na manutenção do bem estar na qualidade de vida . 
Estimula r o autoconhecimento, incentivá -los a perceber a funcionalidade de 
cada órgão dos sentidos, identificar os órgãos sensoriais, estimular a 
exploração do meio a sua volta analisando todos os aspectos positivo s e 
negativos através dos órgãos dos sentidos. Fazer com que o aluno reconheça 
e identifique as coisas, através do forma to, textura, tamanho, pelos sons que 
elas emitem, pelo sabor, pelo cheiro. Sem usar a visão, para que os alunos 
entendam um pouco, como vive um deficiente visual e buscando assim, 
estimular as sensações e aguçar os sentidos e expressões
Explorar os objetos com mãos, pés, corpo , descobrindo sua textura e 
consistência ; 
Cheirar alimentos e descobri - los pelo cheiro; 
Distinguir os sabores dos alimentos; 
Identificar apenas pelo som o objeto ou fenômeno apresentado. 
 
Disciplinas : Ciências e Matemática 
 
Encaminhamento Metodológico 
 
A inclusão de alunos co m baixa visão e cegueira tem grande potencial de se 
desenvolver apesar de suas limitações, o professor tem um grande papel na 
educação e na formação do aluno como cidadão ativo, cabe a o professor 
avaliar as necessidades e as possibilidades de intervenção bem como planejar 
as ações junto às famílias e a escola , e inter mediar todo o processo de 
construção do Braille na escola. 
Para que um aluno possa interagir com um co lega que tenha deficiência visual, 
se necessita que ele o conheça um pouco, saiba melhor como ele vive. E para 
isso o Projeto Estação das Sensações e Descobertas visou aderi r a esse 
cuidado, mostrando e fazendo com que os alunos sinta m um pouco os senti dos 
auditivo s , táteis, olfativos e degustativos. 
A proposta foi realizada com diversas atividades estimulativas: 
Para se trabalhar o olfato foi proposto o seguinte : 
 
 Co m as crianças di spostas em círc ulo e com os olho s ve ndad os , vá 
passando os d i fere ntes ma teria i s pa ra q ue elas si ntam o “c hei ro”. C ui da do 
para que elas não utilizem nenhum outro senti do para descobrir esse 
material. 
 Apó s passar todo s, esconda -os, de modo que as cria nças nã o os 
encontre m; 
 Espa lhar as di versas fi guras d os materiai s utili za dos e p edi r para que as 
crianças ordenem de acordo com os cheiros que foram sentindo. 
Resultados : 
Apenas utilizando o sentido do olfato, as crianças irão identificando, alguns 
com mais outros com menos facilidade, os objetos que apresentam 
determinado odor . 
 
Para a audição: 
 Co m as crianças d i spostas em roda, cri e um ambie nte co nfo rtá ve l e 
agradável , para isso sugere-se coloca r um tapete na sala com algumas 
almofadas para que as crianças sentem. 
 Ori en te-as a fi carem d e ol hos fec hado s e e m si lênci o para o uvi rem os 
diferentes sons; 
 Co m os sons de objetos e fenô menos vá questi o nand o a s cria nças sobre o 
que tem esse som; 
 Pod e-se le va r di ve rsas fi guras q ue represe ntem os mesmos e pe di r p ara que 
as crianças identifiquem estes. 
Resultados :
Apenas pelo som dos objetos e fenômenos as crianças reconhecerão estes , de 
modo a perceber a sonoridade e aguçar ainda mais este sentido. 
 
Para o tato : 
 De ntro de uma cai xa co loque uns ma teri ai s de di versas te xt u ras, co mo: li xa , 
teci do , algodão, pedra, isopor, escova, borracha, etc. 
 
 Apó s cumpri r essas etapa s , com as cri a nças di sp ostas em roda, pa sse a 
caixa e peça que uma por vez coloque a mão e selecione um objeto para 
tocar, oriente -a a sentir como este é . 
Resultados : 
As crianças irão sentir o objeto e sem vê -lo terão que imaginar e identificar, 
apenas pelas sensações , o que é. 
 
Para o paladar: 
 É interessa nte q ue haja um a li mento difere nte para cada criança . 
 Co m as cri anças disp ostas em c írc u lo, ve nde -as uma po r ve z e escol ha um 
alimentos para que esta prove , apenas uma peque na quantidade e diga para 
esta dizer o que é , descreve - lo; 
 Apó s faze r isto co m toda t ur ma, ap resente os a li me ntos pa ra as c rianças 
para que elas vejam se acertaram ou não o que era. 
 Em segui d a, co m as c rianças ainda dispo stas em c írc ulo q ues tio ne -as sobre 
o alimento experimentado : 
- É gostoso? 
- Como ele é? 
- Doce ou salgado? 
 Co m isso, entreg ue para cada cria nça o co n tor no do a limento q ue e las 
experimentaram em uma folha de papel e com o auxílio de diversos 
pedacinhos de EVA colorido, peça para que as crianças colem, de modo a 
formar o alimento. 
Resultados : 
Além de aguçar o paladar das crianças, elas poderão conhecer novos 
alimentos e aprender a descreve - los apenas pelo sabor . 
 
 
Recursos 
 
Brinquedos 
Objetos 
Sons 
Perfumes 
Flores 
Alimentos 
Frutas 
Sabonetes 
 
 
Avaliação 
 
Durante o projeto foi possível discutir e trabalhar na sua forma lúdica e 
concreta questões do dia a dia e que são importantes para a criança para o seu 
bem estar , para a sua segurança tanto dentro de casa, como fora e para o 
seu auto conhecimento como individuo único. 
 O trabalho partiu do que as crianças conheciam e que fazia parte do cotidiano 
delas , como os objetos que tem na casa , assim como os alimentos , como os 
sons do meio ambiente , dos lugares comuns a elas como o zoológico e o 
parque. Iniciando 
A avaliação será realizada ao longo de todo o processo , e deverá ser 
considerado: o interesse do aluno pelo assunto trabalhado, sua participação e 
envolvimento nas di fere ntes si t uações p rop ostas ; a i nte ração e refle xão em 
grupo , a co mpree nsão da temáti ca, por mei o da expressão d esuas i dei as, 
sentime ntos , obser vaçõe s, co ncl usõe s. 
C ada e tapa deverá se r obser vada e a na li sada , de a cordo com a reação de 
cada al uno a cada tarefa 
Avali ar numa pe rspe cti va for mati va i mpli ca estar atento à cons tr ução de 
conhe ci men tos co ncei t uai s, compor tame ntais e ati t udi na i s de nossos a l unos. 
Po r i sso é i mportan te e star aten to a todo o percurso do aluno enq ua nto 
aprende: suas i dei as i ni ci a i s, a quelas aprese ntadas dura nte a i nve sti gaçã o, à 
manei ra que relaci ona com os co legas, s ua atit ude i nves tig ati va e cr íti ca , no 
decorrer da a ula e nfi m de sve nd ar o co n texto como um todo e mai s ai nda d e 
forma l údi ca sem a obri gação do trabal ho metódi co do ensi no pela obri gação 
de atend er um co nte úd o p rog ramáti co, esse trabal ho nos p rop orcionou vi ve r a 
expecta ti va do conhe ci do q ue é o t rabal ho co rri quei ro de traba l har o s se nti dos 
na ma ni pulação de di versos materiai s e i no va r p ara algo i nves tig ati vo da ca usa 
e e fei to, co nseq uê nci as ref leti ndo, pensa nd o a na li sand o ti rando co ncl usõe s e 
senti ndo, vi ve ndo cada sentido na s ua s ub jeti vi dad e e na s ua co le ti vi d ade, 
sabemos que na fai xa etári a das nossa s cria nças as sensações vi vi d as 
estarão todas arma ze nad as em me móri as e que mai s na f re nte todas serão 
no va me nte ati vadas e tra nsfo rmadas no apre ndi za do mai s efi caz e 
si gni ficativo . 
R EF ER ÊNC IAS 
BRAS IL. Ministéri o da E ducaçã o e do D esporto. Secreta ri a da Ed ucação 
Fundame ntal. Re fere nci al C ur ri cular para a E ducação Infanti l. Bras íli a: 
ME C /S E F. Vol.3 , 19 98 
ht tp: // ww w.ce nt rorefed uca ci ona l.com .br /froebe l. ht ml 
ht tp: // ww w.pro jetospe dagog i cosdi na mi cos.kit. net /inde x_ arq ui vos /esque macorp
oral.doc 
LIP OV E TS K Y, Noê mi a.C i ên ci as: S entido s do corpo h um a no -1ª série . Goi âni a: 
Estadode Goi á s – S ecretari a de Ed ucação e C ul t ura, 19 96. 
PIA GE T, J. A representaçã o do mundo na criança . Ri o d e Janei ro: Record, 
1936.

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