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CONTRIBUIÇÕES DE TAYLOR, FAYOL E FORD
Integrantes:
Daniel Saraiva
Felipe Ewerton Rodrigues
Antônio Miranda
Fundamentos de Administração
Contribuições de Taylor, Fayol e Ford
Taylor
Frederick Winslow Taylor nasceu na Filadélfia, filho de família de classe média alta, estudo em bons colégios, passou em Direito em Harvard, mas desistiu e formou em engenharia mecânica num curso por correspondência. Trabalhou como aprendiz na área de máquinas e após exercer diversas funções foi nomeado engenheiro-chefe.
Suas obras são acusadas de desumanizar o trabalho devido a sua forma de racionalizar o trabalho, mas ele, junto com Ford, representa a passagem da administração artesanal, de pequenas produções, para a produção em série de grandes volumes, atendendo a grandes demandas.
A ideia central de Taylor busca uma revolução dos modelos mentais de todos os envolvidos sejam trabalhadores, encarregados, gerentes, superintendentes ou donos, na relação entre si e com o trabalho.
Para Taylor, a essência da administração científica está na revolução mental e nas novas atitudes juntamente com dispositivos de eficiência, cálculos de custos, bonificações, estudos de tempos, movimentos e supervisão funcional.
Taylor em sua obra propõe a seguinte combinação global na configuração da administração cientifica:
* Ciência em primeiro lugar.
* Cooperação substituindo o individualismo.
* Rendimento máximo em lugar de produção reduzida.
* Desenvolvimento de cada homem para alcançar mais eficiência e prosperidade.
Tanto as ideias de Taylor quanto as de Ford sob uma perspectiva atual podem parecer radicais e drásticas quanto à falta de qualidade de vida no trabalho. Mas vale lembra que Taylor queria substituir o antigo trabalho escravo por práticas envolvendo planejamento, organização e controle.
Taylor e Ford, quando propuseram uma separação entre quem planeja (gerentes) e quem executa (operários), basearam-se na omissão ou inconsciência dos gerentes quanto ao processo de trabalho, e na ignorância e desqualificação completa dos operários da época. Hoje, isso não é mais válido, pois com a evolução do nível educacional, tanto os gerentes quanto os operários possuem conhecimentos mais amplos, sendo possível uma maior divisão de tarefas de planejamento e organização entre os trabalhadores. 
Taylor em seu livro “Princípios da Administração Cientifica” anuncia os propósitos da administração:
(Taylor, 1970: p. 29).
“O Principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”.
Nesse trecho, ele compreende não só a necessidade de adquirir grandes dividendos para a companhia, como também a de que a prosperidade seja permanente. Além disso, mostra uma preocupação também com o desenvolvimento do empregado, de modo que ele possa obter salários mais elevados e que seu trabalho seja aproveitado de modo mais eficiente, além de lhe possibilitar desempenhar funções de níveis mais elevados de acordo com sua evolução e aptidões naturais.
Características do sistema de administração de Taylor
Antes, o melhor tipo de administração poderia ser definido como aquele em que o trabalhador dava a melhor iniciativa e, em compensação, recebia incentivos pessoais do seu trabalho, esse é o método de administração por iniciativa e incentivo. O problema é que com esse tipo de administração a empresa fica dependente do bom desempenho do trabalhador, e quando grandes grupos se destacam fica difícil premiar a todos e, além disso, os lucros eram baixos e acabavam sendo distribuídos somente entre os patrões.
Em substituição a esse modelo, Taylor propôs quatro princípios fundamentais.
1 – Substituição do critério individual do operário por uma ciência.
2 – Seleção e aperfeiçoamento cientifico do trabalhador, que é estudado, instruído, treinado e, pode-se dizer experimentado, em vez de escolher ele os processos aos quais irá aperfeiçoar-se por acaso.
3 – Cooperação intima da administração com os trabalhadores, de modo que façam juntos os trabalhos e, de acordo com leis cientificas desenvolvidas, em lugar de deixar a solução de cada problema, individualmente a critério do operário.
4 – Divisão do trabalho entre gerência e trabalhadores (1970; p.50). A experimentação cientifica pressupõe que deve haver uma divisão do trabalho entre gerência e os operários.
Para Taylor, com a aplicação desses princípios, com a divisão equânime entre a direção e os trabalhadores, e com a divisão das partes de cada tarefa diária, em lugar do antigo esforço individual, a administração encarrega-se das atribuições para as quais está mais bem aparelhada, e os operários das restantes.
Taylor propôs um “sistema cientifico” para encontrar a “maneira certa”.
1 – Análise da forma atual pela qual o trabalho vem sendo executado.
2 – Estudo sistemático “dos movimentos necessários para executar o trabalho, de forma a simplifica-los e reduzi-los ao mínimo, tornando assim mais rápida a execução da operação”.
3 – Estudos de tempos e movimentos
4 – Seleção dos instrumentos que permitem maior facilidade e rapidez no trabalho.
Com o cumprimento desses passos, estaria determinada a maneira certa de executar a tarefa.
Além de a “maneira mais certa” de executar um trabalho, é preciso também, definir a quantidade a ser produzida por unidade de tempo. Para isso, é necessário encontrar quem realizará a tarefa. Para isso, Taylor admitiu que há homens especialmente adaptados para cada tipo de trabalho, “os homens de primeira classe”. 
Taylor propôs também que fossem determinados os intervalos de descanso dos trabalhadores. Com isso, será possível elevar a sua produtividade e definir uma quantidade padrão a ser produzida num dia de trabalho. 
Além disso, através desse método, é possível que o trabalho do operário seja completamente planejado pela direção, com pelo menos um dia de antecedência e cada homem recebe, na maioria dos casos, instruções escritas completas que especificam a tarefa de que é encarregado e também os meios usados para realizá-la.
Resumidamente, Taylor propôs os conceitos de seleção, que seria a escolha de homens especialmente adaptados a um determinado tipo de trabalho. Treinamento, que é a orientação do trabalhador a cerca de seu trabalho em busca de um método de produção-padrão. Ele estabeleceu também que os bons resultados não dependem da boa vontade do trabalhador e sim da execução do trabalho exatamente da forma descrita na produção-padrão. E também deve haver o controle e supervisão do trabalhador, uma vez que a responsabilidade da qualidade e eficiência não é mais somente do trabalhador, o seu trabalho deve ser então, fiscalizado para que seja garantido a uso da forma de produção-padrão.
Fayol
Nasceu em Constantinopla (Atual Istambul), formado em engenharia de minas na França. Foi o primeiro a formular de fato uma teoria mais geral da administração. Entre as contribuições de Fayol estão:
* Diferenciação das operações administrativas das demais (Definição do significado e das funções da administração);
* Colocação de princípios de administração com utilidade prática (Autoridade e responsabilidade, unidade de comando, unidade de direção e outros);
* Indicação das variações no trabalho administrativo e, consequentemente, dos conhecimentos necessários a diferentes cargos da empresa;
* Demonstração da necessidade e possibilidade do conhecimento administrativo.
Fayol propôs a definição mais popular até os dias de hoje:
“Administração é prever, organizar, direção, coordenação e controle” (2007: p. 26).
Ampliando esse conceito: Prever é investigar o futuro e traçar um plano de ação. Organizar é construir o duplo organismo, material e social da empresa. Comandar é dirigir as pessoas. Coordenar é ligar, unir e harmonizar todos os atos e todos os esforços. E, controlar é velar para que tudo ocorra de acordo com regras estabelecidas e ordens dadas.
Princípios e Elementos de Administração-A divisão do trabalho faz parte da natureza, e ela tem por finalidade produzir mais e melhor, e com o mesmo esforço.
-A autoridade consiste no direito de mandar e no poder de se fazer obedecer. Ela também exige grandes responsabilidades.
-Disciplina é o respeito, a obediência. Ela se aplica tanto aos chefes quanto aos subordinados.
-Unidade de comando: Deve haver apenas um chefe, pois em todas as ações humanas a dualidade de comando gera muitos conflitos.
-Unidade de Direção: Deve haver um só chefe com um único método e um só objetivo.
-Subordinação de interesse particular ao geral: Os interesses de um agente ou de um grupo não podem prevalecer sobre os interesses da empresa. 
-A remuneração do pessoal: As bonificações pelo serviço prestado devem satisfazer o quando possível o empregador e o empregado.
-Centralização: A centralização é algo natural, e é importante para que haja uma boa administração.
-Hierarquia: Deve haver uma hierarquia, devido à necessidade de uma transmissão segura das informações e pela unidade de comando. Mas nem sempre esse é o caminho mais rápido e, em empresas grandes, pode ser potencialmente desastroso.
-Ordem: Cada coisa e cada pessoal devem ter o seu lugar.
-Equidade: No tratamento com os empregado deve haver ao mesmo tempo benevolência e justiça.
-Estabilidade do Pessoal: Um agente precisa de tempo para iniciar uma nova função e aprender como desempenhá-la bem, por isso ele deve ter funções fixas por mais tempo para assim poder se especializar.
-Iniciativa: A possibilidade de conceber e executar chama-se iniciativa, portanto deve haver liberdade para o funcionário expor suas ideias e executar tarefas por iniciativa própria.
-Unidade de Pessoal: A harmonia e a união do pessoal de uma empresa são uma grande fonte de vitalidade para ela.
Por destacar a importância de capacidades especificas para o desempenho de funções gerencias, Fayol se tornou o precursor da chamada gestão por competências. Para ele, cada uma dessas capacidades especiais se relaciona com a natureza e a importância da função.
Com relação a influência do nível hierárquico do cargo, para Fayol, os agentes inferiores possuem maior capacidade técnica e os superiores maior capacidade administrativa, e, à medida que alguém se eleva na escala hierárquica, a capacidade administrativa tende a aumentar e a técnica diminuir. 
Quanto ao impacto do porte da empresa sobre o trabalho administrativo, para Fayol, a principal característica dos chefes de pequenas empresas é a capacidade técnica, e a dos chefes de grandes empresas, a capacidade administrativa.
Ford
Ford nasceu no Estado de Michigan, nos Estados Unidos, em 1863. Construiu seu primeiro carro aos 33 anos, e em 1903 fundou sua própria empresa, a Ford Motor Company. Em 1908, produziu o Ford T, revolucionando o mundo automotivo.
No desenvolvimento de seu modelo produtivo, Ford aplicou muitos conceitos de Taylor. Absorveu a ideia de que o funcionário deve ser instruído de como realizar seu trabalho, de que o funcionário não deve comandar e sim ser comandado, de que se deve atingir o rendimento máximo, entre outras.
O Fordismo é reconhecido pelo conceito da linha de montagem, em que o produto se movimenta por um “corredor de funcionários”, onde estes exercem uma operação específica cada.
Outro conceito fundamental, e bastante reconhecido, foi o da padronização, que diminuía muito o tempo de fabricação do produto, porém não dava a opção de escolha ao cliente. Um grande exemplo foi o Ford T, que era apenas produzido na cor preta.
A especialização foi outra ideia trazida por Ford, que consistia no treinamento dos funcionários para a execução de uma tarefa específica, reduzindo o tempo de montagem. Essa ideia deu margem a muitas críticas, devido ao fato de que o operário executava sua função sem a necessidade do raciocínio.
Tem-se também a integração vertical, onde Ford prega que se deve ter o controle de toda a cadeia produtiva, desde o fornecimento da matéria-prima até a formação do produto final.
E por último tem-se a intercambialidade, que é uma verdadeira adaptação da ideia de Taylor sobre a “maneira certa” de se produzir. Ford afirma que tudo deveria se integrar perfeitamente, a fim de se atingir máxima eficiência de produção.
As ideias de Ford foram muito criticadas por desumanizarem o trabalho, transformando os operários em máquinas, onde o tempo de trabalho era muito extenso e o tempo de descanso muito reduzido. Essa crítica é evidenciada no filme “Tempos Modernos”, onde Chaplin vive um operário trabalhando em uma linha de montagem. No filme, Chaplin executa o movimento de aparafusar peças tantas vezes, que no final do expediente fica com o “tique” de mexer os braços como na hora em que estava trabalhando. Esse condicionamento criado no trabalhador leva à lesão por esforços repetitivos e até mesmo à certa deficiência mental, devido à falta de necessidade do pensamento.
Com o passar dos anos, algumas dessas ideias sofreram modificações. Os carros, por exemplo, foram menos padronizados, dando mais opções ao consumidor de cores e modelos. Porém ela ainda perdura, principalmente no Brasil, onde certos modelos de carros são produzidos em larga escala em uma cor específica, devido ao conhecimento da preferência do consumidor. Com o fortalecimento dos sindicatos, a especialização também foi muito alterada, humanizando mais o trabalho. Porém essa ideia está longe de cair em desuso, pois ainda há treinamentos para a execução de tarefas específicas.
 Conclusão
Até hoje a fabricação de automóveis, por exemplo, segue a lógica da linha de montagem proposta por Ford, evidenciando quão atuais esses conceitos ainda são. Os princípios propostos por Fayol ainda são muito utilizados, como o conceito de hierarquia e justiça no trabalho. E, por último, até hoje se busca a “maneira certa” idealizada por Taylor, a fim de reduzir custos e aumentar a eficiência, produzindo mais e melhor. Apesar de adaptadas para o ambiente moderno atual, essas ideias estão longe de ser abandonadas, pois elas ainda solucionam problemas atuais. Até hoje não se possui o conhecimento de qual modelo de produção é o melhor. Temos atualmente uma verdadeira mistura de vários conceitos de diferentes autorias, modelados para atender às necessidades atuais, mas ainda assim não foi alcançada a forma de produção ideal.

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