Buscar

Doença celíaca em adultos

Prévia do material em texto

DOENÇA CELÍACA EM ADULTOS
Apresentação
O presente trabalho trata-se da análise de pacientes com portadores da doença celíaca. Tendo como principal objetivo a análise dos seus principais sintomas e da sua ocorrência em indivíduos na fase adulta. Para tanto será utilizado o método de revisão cientifica. Com vista a conseguir resultados que ofereçam maiores informações a respeito do referido assunto.
Objetivo geral
- Classificar a doença celíaca em adultos.
Objetivos específicos 
- Verificar a sua ocorrência em homens e mulheres de vida adulta.
- Descrever a sintomatologia. 
- Descrever os mecanismos de ação. 
Justificativa
A doença celíaca ou enteropatia glúten-induzida se caracteriza por lesões de graus variáveis da mucosa do intestino delgado proximal, alterações estas induzidas pela ingestão do glúten e em pessoas geneticamente predispostas. Sua incidência em tempos passados era identificada apenas em crianças. Entretanto, houve um aumento significativo dos pacientes com intolerância ao glúten nos últimos anos. 
Hipóteses 
Acredita-se a intolerância ao glúten seja causada por algum mecanismo desencadeado pelo sistema imunológico do individuo que ao ingerir algum alimento que contenha glúten inicia um processo inflamatório intenso. 
Métodos
O método escolhido para a fundamentação deste trabalho foi o de revisão cientifica, onde escolheu-se livros e artigos científicos já existentes.
Glúten
O glúten pode ser definido como a massa de borracha que permanece quando a massa de trigo é lavada para remover grânulos de amido e constituintes solúveis em água. Dependendo da minuciosidade da lavagem, o sólido seco contém 75-85% de proteína e 5-10% de lípidos. A maior parte do restante é amido e não carboidratos de amido. Na prática, o termo "glúten" refere-se às proteínas, porque desempenham um papel chave na determinação da qualidade única de cozimento do trigo conferindo capacidade de absorção de água, coesividade, viscosidade e elasticidade na massa. O glúten contém centenas de componentes de proteínas que estão presentes quer como monómeros ou, ligados por ligações dissulfureto inter-cadeias, como oligo e polímeros (CARRERO, 2008).
Eles são únicos em termos de suas composições de aminoácidos, que são caracterizados por altos teores de glutamina e prolina e por baixos teores de aminoácidos com grupos laterais carregados. Os pesos moleculares (MWs) das proteínas nativas variam de cerca de 30.000 a mais de 10 milhões. Tradicionalmente, as proteínas de glúten foram divididas em fracções aproximadamente iguais de acordo com a sua solubilidade em soluções de álcool-água de glúten (eg etanol a 60%): as gliadinas solúveis e as gluteninas insolúveis (CASTRO, 2005). 
Ambas as fracções são contribuintes importantes para as propriedades reológicas da massa, mas as suas funções são divergentes. As gliadinas hidratadas têm pouca elasticidade e são menos coesivas do que as gluteninas; Eles contribuem principalmente para a viscosidade e extensibilidade do sistema de massa. Em contraste, as gluteninas hidratadas são coesivas e elásticas e são responsáveis ​​pela resistência e elasticidade da massa (PRETTO, 2009)
Manifestações clínica da intolerância ao glúten no adulto
A apresentação aguda da doença celíaca no adulto se assemelha àquela vista em crianças. O quadro clássico inclui diarréia, esteatorréia, flatulência, perda de peso e astenia. O sintoma predominante é a diarréia, com fezes pálidas, de odor fétido, algumas vezes com uma aparência gordurosa e tendência a flutuar na água (KRAUSE E KATHLEEN, 2005).
O paciente celíaco é, com frequência, anorético e quando se alimenta, sente-se nauseado. O vômito também pode estar presente na fase aguda da doença.
Algumas vezes, pode-se pensar em um quadro de obstrução intestinal quando a doença se acompanha de distensão abdominal, borborigmo e evidências radiológicas de dilatação do intestino delgado. A dor abdominal é pouco comum na doença celíaca não complicada. Nas formas de início insidioso, o diagnóstico é tardio e o paciente já apresenta uma grave caquexia (CARRERO, 2008). 
Certas formas de apresentação da doença podem direcionar para a possibilidade diagnóstica, como, por exemplo, a anemia. A hipótese de doença celíaca também pode ser cogitada em casos de pacientes com deficiência de ferro e/ou folato, osteopenia inexplicada e úlceras orais recorrentes. Em mulheres, menarcas tardias, abortos espontâneos repetidos, problemas de infertilidade ou anemia considerável durante a gestação, alertam para o diagnóstico da doença celíaca (CASTRO, 2005).
Possíveis complicações
As principais e principais complicações são as neoplásicas na doença celíaca são caracterizadas por exacerbação da síndrome de má absorção, com piora da anorexia, náuseas, vômitos, diarréia e perda de peso. A perfuração de víscera pode, às vezes, ser a complicação inicial, levando ao diagnóstico de câncer. Outros pacientes apresentam obstrução intestinal, massa ou dor abdominal como queixa isolada. Em 67% dos casos, as neoplasias gastrointestinais são diagnosticadas em pacientes com antecedente de doença celíaca. Contudo, 33% apresentam o câncer simultaneamente com o diagnóstico de doença celíaca (PRETTO et al., 2009).
O tempo médio para o desenvolvimento de malignidade é de 115,7 meses nos pacientes com o diagnóstico prévio de doença celíaca, variando de 3 a 612 meses. A neoplasia mais comumente diagnosticada é o linfoma, correspondendo a 72% de todas as malignidades. Destas neoplasias, o linfoma de células T responde por 96% de todos os linfomas e os de células B, 4%. O sítio mais comum é o jejuno. O adenocarcinoma de delgado está presente em 14,6% dos pacientes (KRAUSE E KATHLEEN, 2005).
O carcinoma de células escamosas do esôfago é identificado em 6,1% dos casos, todavia, alguns autores registram frequência maior. Outros tumores, como o adenocarcinoma gástrico, o adenocarcinoma pancreático e o leiomiossarcoma jejunal, são descritos como relatos de casos, correspondendo a 7,3% das neoplasias gastrointestinais em pacientes celíacos. O diagnóstico é habitualmente feito por tomografia computadorizada, ultra-sonografia e endoscopia/enteroscopia. O diagnóstico pós-morte é realizado em 12,3% dos casos e o estágio da doença no momento do diagnóstico com frequência é avançado, com um terço dos casos de linfoma no estágio IV (EDRMAN, 2006).
Referências
CARREIRO, D. M. Alimentação, problemas e solução para doenças crônicas. Revista brasileira de nutrição 19(88)552-9. 2008.
CASTRO, A. P. B. M. Evolução clínica e laboratorial de crianças com alergia a leite de vaca e ingestão de bebida à base de soja. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 1, n. 23, p. 27–34, 2005.
DANTAS AL, CORREA EB - Diarréias Agudas. In: Mincis M. Gastroenterologia & Hepatologia: Diagnóstico e Tratamento. Lemos, 359-368 2011.
ERDMAN, J.W.; FORDYCE, E.J. Soy products and the human diet. American Journal of Clinical Nutrition, v.49, p.725-737, 2006.
KRAUSE MV, KATHLEEN ML. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 7°ed, Roca, São Paulo, 2005.
PRETTO FM, SILVEIRA TR, MENEGAZ V. Má absorção de lactose em crianças e adolescentes: diagnóstico através do teste do hidrogênio expirado com o leite de vaca como substrato. Rev. J Pediatria, , vol.78, nº.3, p.213-218 2009.

Continue navegando