Buscar

Teoria Geral do Direito - Questionário 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Questionário - TGD
1 - Faça uma dissertação sobre o fato jurídico ( Definição, forma, elementos de validade )
 Fato jurídico é todo acontecimento que cria, modifica ou extingue relações - vínculo entre indivíduos- ou situações - circunstâncias relativas às relações- , ambas em âmbito jurisdicional.Pode ocorrer por vontade humana ou não. Por exemplo, respectivamente, está a celebração de um contrato e o óbito de uma pessoa. 
 Pela presença da ação e vontade humana, é denominado ato jurídico em sentido estrito. Este pode ser lícito ou ilícito. Em ambas as categorias, podem ser categorizados por simples ou acidentais. A respeito da denominação lícita , o negócio jurídico é de suma importância a nível cível, por tratar-se de um ato de autonomia privada que representa efeitos por orientação de um ordenamento legitimado. Para ser considerado válido, deve ser possível, realizado por agente capaz e prescrito de maneira lícita.
 Os negócios jurídicos sofrem diversas classificações, tratando-se da origem da vontade, das condições vitais dos agentes, do nível de formalidade, entre outros.
2 - Faça uma diferenciação explicando a condição, o termo e o encargo.
 
 Sob a ótica dos atos jurídicos acidentais, observa-se a existência dos atos jurídicos condicionais. Nestes, o seu principal elemento, a condição, pode ser definida por cláusula que subordina o efeito dos atos jurídicos a fatos externos à situação apresentada. A condição pode ser definida por: causal - originária do acaso; simplesmente potestativa - definida por uma das partes; puramente potestativa - subordinada à vontade absoluta de um dos agentes, proibida na legislação brasileira; e, por fim, mista - que envolve dois tipos de condição em um mesmo ato. Essas condições podem ser suspensivas ou resolutivas, ao respectivamente extinguir ou iniciar uma relação jurídica.
 O termo, presente em uma das cláusulas de um ato jurídico, trata-se da indicação do momento de eficácia. Pode ser incerto ou certo, ao referir-se à execução do ato após um fato externo, ou pode ser estipulado por um prazo. Este, sendo o lapso de tempo entre o termo inicial e o final, deve ser seguido por regras estipuladas pela lei. As regras, anteriormente citadas, resolvem o problema acerca dos dias úteis, feriados, anos bissextos, entre outras situações.
 Outro ponto a ser destacado é a possibilidade da existência do encargo em um ato jurídico. Também denominado de modo, diz respeito à obrigação ou ônus que pode ser obtido por uma das partes. Vale ressaltar que o encargo é diferenciado da condição por não ser classificado como situação determinante de um ato jurídico, e, por interpretação constitucional, deve ser considerado possível.
 
3 - Explique os meios de prova do negócio jurídico.
 O ato jurídico denominado negócio, durante o seu processo de realização, sempre apresentará uma forma, também denominada maneira. Esta poderá ser expressa, realizada por palavras. Também poderá ser tácita, em que apenas comportamentos são aplicados. A exemplo disso, pode-se citar a aceitação de um mandato ou de uma herança. Pode-se caracterizar a forma também como presumida, que seria o produto da dedução do agir das partes. A título de exemplo, basta imaginar a aceitação de uma doação ou pela assinatura de um documento. A diferença entre os segundo e terceiro termos de classificação está na obviedade do segundo. 
 O Código Civil adota a liberdade de forma, entretanto, em alguns casos, deve-se seguir um critério determinado. Os negócios jurídicos são considerados eficazes e verídicos desde que possuam um meio de prova, se não dotados de forma especial.
 Destes meios, pode-se citar a confissão, em que uma das partes autoprejudica-se ao confirmar um ato.Os documentos, ao serem considerados, podem ser de origem privada ou pública. Estes, pelo princípio da fé pública, gozam da veracidade presumida. O relato de testemunhas,por sua vez, devem ser realizados de acordo com o grau de capacidade do agente a testemunhar, prescritos por lei. A perícia, que seria a prova técnica, pode ser realizada por profissionais indicados por uma das partes ou por agentes oficiais.
 Vale ressaltar que a presunção relativa não pode ser incluída nesses padrões exceto pela presença dos documentos públicos. Por meio do processo lógico, não se pode tomá-la como absoluta, e pode-se apresentar provas contrárias. A admissão destas é feita pelo juiz responsável ipelo caso.
4 - Explique os defeitos do negócio jurídico.
 Os defeitos do negócio jurídico tratam-se de vícios ou anomalias durante a formação ou declaração da vontade das partes. Podem ser considerados graves ou leves. Respectivamente, cada caso torna o negócio passível de anulação ou corrigível. Quando grave e passível de anulação, é caracterizado pela inexistência de um dos requisitos de validade de um ato jurídico. Deve-se observar que o erro pode ser considerado excusável ou inexcusável, e, portanto, passível de anulação ou não, devendo-se analisar de maneira casuística.
 Os defeitos leves apenas possuem vícios do consentimento. Na parte dos defeitos graves, o dolo, por sua vez, trata-se da ação ou omissão realizada por um dos agentes que conscientemente prejudica uma das partes. A coação ocorre quando um dos agentes é constrangido física ou psicologicamente para a realização de um negócio jurídico.
 O estado de perigo ocorre quando um dos agentes realiza o ato por necessidade de salvar um membro da sua família ou a si próprio, em situação excessivamente onerosa. A lesão é caracterizada pela desproporcionalidade obrigacional de uma das partes.
 Ainda a respeito dos defeitos graves, dos vícios sociais, é importante citar a simulação e a fraude contra credores. O primeiro termo ocorre devido à declaração errônea de uma das partes, contrária à passagem correta da informação, em que se produz efeito diferente do que será realizado no negócio. Nessa modalidade, é comum a participação de terceiros. A fraude contra credores é denominada também de ação reipersecutória. Trata-se da impossibilidade de sanar o débito por meio da passagem dos bens de quem deve a um terceiro.
 A principal crítica realizada aos defeitos remete à sua classificação, pois o prejuízo causado tanto nas anomalias leves quanto nas graves pode variar, e, por análise, a maneira pela qual se nomeia pode ser desproporcional à lesão ocorrida.
5 - Faça uma dissertação sobre nulidade e anulabilidade do negócio jurídico.
 A possibilidade de um ato jurídico tornar-se nulo remete à sua anulabilidade. A nulidade, por sua vez, diz respeito a uma situação retroagir-se, ao tornar um ato jurídico inválido. Na doutrina da jurisprudência há diversos pontos convergentes, entretanto, na prática, pode-se chegar a algumas conclusões acerca da definição dos mesmos. A presença de um defeito grave, ou por não apresentar um dos elementos essenciais para a concretização do mesmo, torna o ato nulo, e, portanto, inválido. A necessidade da ação judicial no meio é concretizada devido à omissão da vontade de um dos agentes ou pela falsa declaração. 
 De acordo com a doutrina do Direito romano, a nulidade absoluta e a relativa dizem respeito, respectivamente, aos atos inválidos por natureza e àqueles que necessitam de intervenção processual, por apresentarem potencialidade para esta. Deve-se destacar também o papel da ineficácia para a retroação da ordem inicial, em que o ato fraudulento, rapidamente anulável nos tempos atuais, por intervenção de uma das partes, torna-se um exemplo a ser citado. 
 No prisma dos negócios jurídicos, além de serem adotados os efeitos da anulabilidade, a caducidade de determinada ação também é passível de um tornar um ato nulo. Na doutrina contemporânea, muito se discute a respeito dos efeitos de determinado ato, passível de anulação. Segue-se esse raciocínio ao observar o beneficiamento de apenas uma das partes, em que o ato por si não é nulo, mas, necessita de anulação judicial. Há concordância entre autores, conquanto,a respeito da anulabilidade ser considerada uma sanção. Os atos inexistentes, por sua vez, são ineficazes e portanto nulos.
 Em geral, as anomalias da declaração da vontade, se propriamente benéficas a ambas às partes, são passíveis de correção, ao aplicar-se o princípio da conservação de um ato jurídico.

Outros materiais