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Pediatria III P1 Sepse/Choque Séptico Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) decorrente de um processo infeccioso comprovado ou suspeito. Sinal da criança estranha → criança hipoativa, irritada, pálida, mudança de comportamento, recusa alimentar. - Critério diagnóstico: Ter um desses: Temperatura (oral ou retal) > 38,5ºC ou < 36ºC ou leucometria anormais (leucocitose > 12.000 ou leucopenia < 4.000) + - Temperatura (oral ou retal) > 38,5ºC ou < 36ºC - Leucometria anormais (leucocitose > 12.000 ou leucopenia < 4.000) - Taquicardia ou Bradicardia (bradicardia só em menores de 1 ano) - Taquipneia - Laboratorial: - PCR (proteína C reativa) → biomarcador de inflamação, não é exclusivo de infecção. Pode ter um PCR aumentado em decorrência do aumento de outras proteínas, como por exemplo a albumina. É pouco específico. - Procalcitonina → um pouco mais específico que PCR. Pouco disponível no particular e no público. Normalmente não aumenta em síndromes inflamatórias não bacterianas. ** Lactato não é um biomarcador!! Ele é um marcador de perfusão tecidual. Aumenta à medida que diminui o oxigênio tecidual. ** Sepse Grave Sepse associada a uma dessas condições: - Disfunção cardiovascular (toda vez que estiver presente, já é choque séptico) - Disfunção respiratória (SDRA) - 2 ou mais disfunções orgânicas (renal, neurológico, hematológico ou hepática) → Disfunção respiratória: PaCO2 > 65 mmHg ou 20 mmHg acima do valor base (35-45) → Disfunção neurológica: Glasgow < 11 ou mudança do nível de consciência com queda de pelo menos 3 pontos na escala Glasgow. → Disfunção renal: Aumento da creatinina sérica 2 ou mais vezes do valor normal para idade ou do nível basal. (Creatinina é marcador tardio) Ex: paciente chega chegou com creatinina de 0,3 mg/dl e durante internação a creatinina sobe para 0,6 mg/dl já caracteriza disfunção renal. → Disfunção Hematológica: Plaquetas < 80.000 ou queda de 50% na contagem em relação ao maior valor nos últimos 3 dias, ou distúrbio da coagulação INR > 2,0 → Disfunção hepática: bilirrubina > ou = 4 mg/dl ou transaminase ALT (TGP) 2x acima do limite superior para idade. → Disfunção cardiovascular → CHOQUE SÉPTICO: Apesar de administrar 40mg/kg ou mais de soro fisiológico em 1 hora, existe a presença de pelo menos 2 dos itens: - Acidose metabólica sem causa aparente - Aumento do lactato 2x maior que limite superior da normalidade - Oligúria (<0,5 ml/kg/h) - Perfusao periférica lenta (> 5 segundos) - Diferença entre temperatura central e periférica maior que 3ºC OU 1 desses abaixo: - Hipotensão - Necessidade de drogas vasoativas (dobutamina, adrenalina, noradrenalina) Definição de choque: - Taquicardia sustentada na ausência de dor/febre - Diminuição dos pulsos periféricos em relação aos centrais - Enchimento capilar lentificado (> 3 seg) - Extremidades frias e moteadas - Diminuição do débito urinário (< 1ml/kg/h) ** Analisar ectoscopia, pulso, PA, enchimento capilar, débito urinário. Aspectos clinicos: alteração do sensório, palidez cutânea, enchimento capilar lentificado, gradiente térmico, hipotensão arterial, oligúria. Acesso venoso (não conseguiu em 90 seg, fazer intraósseo Oxigenioterapia Reposição volêmica 20 ml/kg a cada 5 min (2-3 etapas) ** Cuidado para não encharcar e fazer edema agudo de pulmão. Se sibilar, para o soro fisiológico e fazer adrenalina em infusão contínua Se estiver hipoglicemia e hipocalcemia → corrigir Começar antibiótico IM (penicilina, ceftriaxone) idealmente na 1ª hora Avaliar necessidade de intubação (glasgow menor ou igual a 8 ou padrão clínico) EXAMES SOLICITADOS: exame físico, sinais vitais, gasometria, hemograma (leucócitos e plaquetas), raio x, Glasgow, creatinina/ureia, coagulograma, TGP, bilirrubina, cálcio sérico e glicose S. aureus → oxacilina Pneumonia por Streptococcus → ceftriaxone Meningite → ceftriaxone
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