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Tecnologia de alimentos - Rotulagem de alimentos e Celulose

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O MUNDO DAS 
EMBALAGENS DE 
ALIMENTOS
Mercado de Embalagens
“Qualquer forma pela qual o alimento tenha sido 
acondicionado, guardado, empacotado ou envasado” (Decreto 
Lei nº 986/1969).
“É o artigo que está em contato direto com alimentos, 
destinado a contê-los, desde a sua fabricação até sua entrega ao 
consumidor, com a finalidade de protegê-los de agentes 
externos, de alterações e de contaminações, assim como de 
adulterações” (RDC nº 91/2001).
DEFINIÇÕES DE EMBALAGENSDEFINIÇÕES DE EMBALAGENS
DEFINIÇÕES DE EMBALAGEMDEFINIÇÕES DE EMBALAGEM
 Embalagem é a arte, ciência e tecnologia do 
acondicionamento de produtos para o mercado e venda. 
É um meio de garantir a entrega de um determinado 
produto até o usuário final, em boas condições a baixo 
custo (ANJOS, 2001)
ou É a arte, a ciência e a tecnologia de acondicionar o 
produto, para que ele seja transportado, vendido e 
consumido (ABRE)
ou “é a arte, a ciência e a tecnologia de acondicionar 
o produto, para que ele seja transportado, vendido e 
consumido” (ABRE)
“
 Ponto de vista técnicoPonto de vista técnico: barreira entre : barreira entre 
o macroambiente e o microambiente.o macroambiente e o microambiente.
Ponto de vista geralPonto de vista geral: É a arte, ciência e : É a arte, ciência e 
tecnologia de preparar um produto para o tecnologia de preparar um produto para o 
transporte e a venda, ou seja, uma estrutura transporte e a venda, ou seja, uma estrutura 
projetada para conter o produto;projetada para conter o produto;
Ponto de vista econômicoPonto de vista econômico: a embalagem deve : a embalagem deve 
proteger o que vende e vender o que protege;proteger o que vende e vender o que protege;
ARTE
 IMPRESSÃO GRÁFICA
 DESIGN
 CONVENIÊNCIA
 PRATICIDADE
 HIGIENE 
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
 BARREIRA A LUZ
 BARREIRA A GASES
 CONVENIÊNCIA
 PRATICIADADE
 ADEQUAÇÃO DE 
VOLUME
Algumas considerações 
importantes sobre 
embalagens
1. A embalagem é um meio e não um fim. Ela não é um 
produto final em si, mas um componente do produto que ela 
contém e que é adquirido e utilizado pelo consumidor.
2. A embalagem é um produto manufaturado por uma indústria 
e utilizado na linha de produção de outra, cujas normas 
técnicas devem ser rigorosamente observadas.
3. A embalagem é um componente fundamental e indissociável 
dos bens de consumo.
4. A embalagem é um componente importante no preço final 
dos produtos. Muitas vezes é o componente principal como em 
água mineral, por exemplo.
5. A embalagem é uma ferramenta de marketing, sendo um 
instrumento de comunicação e venda. Na maioria dos casos de 
produtos expostos em supermercados é a única forma de 
comunicação, uma vez que estes não tem qualquer apoio de 
propaganda.
FUNÇÕES DAS 
EMBALAGENS
CONTER CONTER 
PROTEGERPROTEGER
TRANSPORTARTRANSPORTAR
VENDERVENDER
BÁSICASBÁSICAS
EDUCAREDUCAR
INFORMARINFORMAR
MERCADOLÓGICASMERCADOLÓGICAS
1. Proteção e Contenção
Função principal e razão primordial do uso de qualquer 
embalagem.
Para que possa proteger o que contém a embalagem deve 
corresponder a dois preceitos básico:
a) ter vida útil maior do que o alimento que contém;
b) ser específica para as necessidades de proteção de cada 
tipo de alimento.
1. Proteção e Contenção
Por proteção entende-se que a embalagem deve evitar:
- contaminação do alimento (por agentes externos – 
microbiológicos e/ou químicos);
- danos ao alimento (como danos físicos e mecânicos);
- deterioração (por fatores internos do alimento sob 
influência dos fatores ambientais);
- perdas (por vazamentos, ataque de insetos e roedores, 
etc.).
O2 e 
CO2
LuzLuz
Umidade
M.O.
Roedores
Odores
Espaço LivreEspaço Livre
2. Transportar
Na função TRANSPORTAR a embalagem é vista sob uma 
forma global envolvendo aspectos como:
1. Desenho e forma da embalagem e disposição em caixas de 
papelão e paletes,
2. Distâncias percorridas, traçado das estradas e estado das 
mesmas,
3. Estocagem e movimentação.
3. Vender
O VENDER envolve os aspectos de:
1. Apresentar boa aparência, quanto ao brilho e cor,
2. Ser de fácil impressão,
3. Desenho apropriado ao caso aplicado,
4. Identificação,
5. Viável economicamente.
4. Educar e informar
➔Identificar o produto;
➔Associar o produto à marca e ao fabricante; 
➔Chamar a atenção do consumidor e vender o produto;
➔Informar ao consumidor o modo de uso, o conteúdo, 
sugestões de preparo e valor nutricional, data de 
fabricação, uso de aditivos.
Necessidades da embalagem
1. Conveniência: 
- sistemas de fácil abertura, fechamento; 
- uso e preparo dos alimentos na própria embalagem;
- formato conveniente para estocagem doméstica;
- volume e quantidades adequada (embalagens 
individuais e tamanho família).
2. Qualidade: preservação não apenas da segurança do alimentos 
mas também de suas características sensoriais e nutricionais – 
alimento processado o mais parecido possível com o alimento 
fresco.
3. Segurança: embalagens que acusam violações ou conservação 
inadequada no supermercado.
4. Meio Ambiente: uso de materiais biodegradáveis ou recicláveis.
Classificação das Embalagens
Embalagens primárias Estão diretamente em 
contato com o produto, ou seja: laminados em 
geral, frascos de vidro, latas, etc.,
Embalagens secundárias Estão em contato 
com a embalagem primária. Como exemplos 
podemos citar: Cartuchos, caixas em geral, 
sacos plásticos e ou laminados, etc.
Classificação das Embalagens
Embalagens terciárias Nessa classe incluem-se as 
embalagens como cartuchos, caixas de papelão, displays 
e outras diretamente em contato com as embalagens 
secundárias. 
Embalagens de transporte Incluem-se os paletes, caixas 
de papelão e contentores de maneira geral. Para paletes 
ainda utilizam-se acessórios como filmes esticáveis e 
encolhíveis, cintas, cantoneiras, etc.
Amplitude da Embalagem - 
Resumo
➔Funções Primárias: Conter/proteger e Transportar;
➔Econômicas: Matérias-primas, componente de custo 
do produto;
➔Tecnológicas: Novos materiais, métodos de 
conservação, sistemas de enchimento;
➔Mercadológicas:Chamar a atenção, despertar o 
desejo de compra, informar.
Amplitude da Embalagem - 
Resumo
➔ Conceituais: Associar o produto à marca e ao fabricante, 
Agregar valor pelo conceito e credibilidade dos mesmos;
➔ Comunicação e Marketing: Principal instrumento de 
propaganda, suporte de promoções;
➔ Sócio-cultural: Expressão da cultura e do estádio de 
desenvolvimento dos países e suas empresas;
➔ Meio Ambiente: Principal componente não-orgânico do 
lixo urbano
PRINCIPAIS GRUPOS DAS EMBALAGENSPRINCIPAIS GRUPOS DAS EMBALAGENS
PLÁSTICOS EM EMBALAGENSPLÁSTICOS EM EMBALAGENS
1. polímeros
2. copolímeros
3. blendas poliméricas
METÁLICOS EM EMBALAGENSMETÁLICOS EM EMBALAGENS
1. Folha-de-flandres
2. Folhas passivadas
3. folha cromada
4. folha não revestida
5. alumínio
VIDROS EM EMBALAGENSVIDROS EM EMBALAGENS
2. Comum
3. Boro-silicato
MATERIAIS CELULÓSICOSMATERIAIS CELULÓSICOS
1. celofane para embalagens 
laminadas
2. papel de diferentes tipos
3. cartão para cartuchos
4. papelão ondulado
5. madeiras para caixas e paletes
FLEXIVEISFLEXIVEIS
1- misturas entres os grupos
HISTÓRIA DA 
EMBALAGEM
Pré-história: cuias ou folhas para embrulhar alimentos e para beber água.
Escambo e início do comércio: embalagens para transporte. Uso de peles de animais 
(bexigas de boi, cabra), surgimento de vasos e ânforas de cerâmica e vidro.
No ano 1000 A.C. os egípcios já usavam canudos de bambu, selados e rotulados 
para guardar e transportarremédios e cosméticos.
Com o incremento do comércio e o aumento na variedade das mercadorias era 
necessário além de “conter” e “transportar”, também “identificar” o produto através 
da embalagem. Inicialmente, era a forma da embalagem (tipo de jarro, saco e/ou 
amarração) que indicava o produto que ela continha. Ainda hoje, a forma da 
embalagem, tradicionalmente, identifica o produto. Assim, podemos saber se é 
Coca-cola ou Guaraná, tequila ou cachaça, sardinha ou atum, sem ter que ler o 
rótulo.
Navegações: grandes empresas de comércio internacional – embalagem liga o 
produto à empresa e à origem.
1810: patente das latas de folha de flandres registrada por Peter Durand, Inglaterra.
1815: Guerras napoleônicas: desenvolvimento da “apertização” por Nicholas 
Franços Appert, França.
Pela primeira vez a conservação do alimento está intimamente ligada à embalagem. 
(Uso de ânfora de cerâmica com rolha e vedação de parafina).
1830: disseminação do uso de rótulos em embalagens 
A moda da época era acrescentar ao rótulo as medalhas e brasões ganhos pelo 
produto em concursos especializados.
1840: uso de embalagens prontas de papel – cartuchos, envelopes, caixas, sachês, e 
estojos.
1870: invenção do autoclave: grande impulso na produção de alimentos 
enlatados/apertizados.
1885: popularização da lata descartável.
1892: invenção da tampa tipo “crown” (Chapinha).
1894: lançamento da Coca-cola em garrafa.
1920: Celofane da Dupont – início do uso e desenvolvimento de filmes poliméricos.
1930: queda da bolsa de New York: surgimento dos supermercados – compras em 
auto-serviço. Embalagem como instrumento e estratégia para venda.
1945: revolução das residências: geladeira, televisão e popularização do automóvel.
Anos 60: Pop Art – a embalagem, como símbolo da sociedade de consumo, se firma 
como importante ferramenta de marketing.
Anos 70: embalagem de alumínio para bebidas
Dias atuais: desenvolvimento de novos materiais, segurança, conveniência e 
preocupação com o meio ambiente. 
Fases do Planejamento de 
Embalagens
➔ Estudo da Embalagem;
➔Criação do modelo da embalagem;
➔ Viabilidade da utilização;
➔ Aceitação do modelo.
Estudo da Embalagem
➔ Análise crítica de todas as suas características- finalidade de 
promover a sua completa adequação ao produto;
➔É necessário conhecer tudo que a ela se refere: desde a 
matéria-prima empregada até os atributos que lhe serão 
conferidos;
Estudo da Embalagem – Seleção 
da matéria prima
➔ Tipo do produto: conhecimento prévio de certas 
características do produto: 
➔1) Estado físico do produto; 
➔2)Influências ambientais (penetração de umidade, de 
gases e de luz; causas de modificações nutritivas e 
organolépticas); 
➔3) Interações entre embalagem e produto.
Estudo da Embalagem – Custo
➔ Conceito de custo que não é absoluto e sim 
relativo:
➔Uma embalagem barata, sem credenciais 
satisfatórias não deve substituir outra mais cara 
e que tenha virtudes mercadólogicas;
➔A economia se faz (exceto a do ex. anterior) 
à custa da supressão parcial ou total dos 
atributos da embalagem, isto é até o ponto em 
que não são prejudicados os seus outros 
interesses também importantes.
Estudo da Embalagem – Custo
➔ Despesas diretas e indiretas;
➔ Diretas: matéria-prima, material acessório, 
implantação de inovações. A redução de 
despesas diretas do custo da embalagem, será 
calculada em relação:
➔Ao preço do material básico;
➔Ao custo do material acessório 
(revestimentos, fechos);
➔À despesa de compra e manutenção do 
maquinário e do processamento da embalagem.
Estudo da Embalagem – Custo
➔ Despesas Indiretas: provocadas pela adoção 
da embalagem desorientada.
➔Estão relacionadas com a capacidade de 
proteção (tempo de vida útil dada pelo 
acondicionante);
➔Com os gastos provocados pelos 
armazenamentos especiais obrigatórios.
Criação do modelo 
➔ Etapa da “inspiração”, na qual prevalece a 
inteligência, o bom gosto e o apurado sendo de 
rendimento do designer;
➔Ao designer compete a responsabilidade: da 
forma, cor, símbolos, letras, fotos...
Viabilidade da utilização da embalagem
Tudo o que foi visto e analisado durante o 
estudo, será novamente revisto, à guia de 
exame, de aprovação final da embalagem 
desejada.
Algumas determinações para a viabilidade da 
embalagem: Ângulo de visibilidade, dimensão 
relativa, facilidade de abertura e fechamento.
Viabilidade da utilização da embalagem
Alguns testes: 
Vitrine: respondem ao grau de agrado ou não 
dos compradores para com a embalagem, que é 
mostrada juntamente com competidores seus;
Testes psicológicos: são desenvolvidos por 
meio de questionários, simples opinião, 
entrevistas em grupo.
Aceitação do modelo da embalagem
Fase de responsabilidade – é nela que fica decidida qual a 
embalagem escolhida para acondicionar o produto;
Apontados, analisados e discutidos “os prós e contras”, surge o 
modelo da embalagem, que deverá dar ao produto, segurança, 
condições práticas e beleza de apresentação.
Vantagens do Planejamento de 
Embalagens
• Proporcionar, através de melhores informações, decisões mais 
acertadas;
• Conhecimentos importantes sobre as futuras mudanças das 
embalagens;
• Vantagem de tecnologia através da inovação;
• Melhor direcionamento ao esforço de pesquisa e desenvolvimento;
• Antecipar possíveis problemas de mercado.
EMBALAGEMEMBALAGEM
LEGISLAÇÃO
MARKETING
DESIGN
PESQUISA DE 
MERCADO
ENG. DE 
EQUIPAMENTOS
PRODUÇÃO P&D
C. QUALIDADE
Gerência das Embalagens
Menos de 10% dos produtos expostos em um 
supermercado tem apoio da propaganda. O restante se vale 
exclusivamente da embalagem para conquistar o consumidor.
Como ferramenta de marketing, a embalagem pode realizar 
as seguintes ações:
1. Tornar o produto mais competitivo
 Obtendo vantagem no ponto de venda com um visual mais chamativo.
 Destacando algum atributo do produto que o coloque em vantagem.
 Agregando significado ao produto que o torne mais simpático e 
desejável.
O PODER DAS EMBALAGENS
2. Ser um eficiente meio de comunicação
 Comunicando promoções, descontos, lançamentos, etc.
 Fazendo propaganda do próprio produto, de sua linha e até da 
própria empresa.
 Oferecendo kits de produtos combinados (compre 2 e leve 3 
ou compre A e leve B).
 Servindo de veículo de marketing direto, incluindo folhetos, 
cupons, brindes e outras informações dentro da embalagem.
3. Inovar
 A inovação da embalagem é um poderoso recurso de 
marketing. Novos materiais, novos sistemas de abertura, de 
dosagem, de exposição, são diferenciais de impacto ao 
consumidor.
O ponto de partida para um projeto de O ponto de partida para um projeto de designdesign de de 
embalagem é embalagem é conhecer o público ao qual o produto conhecer o público ao qual o produto 
se dirigese dirige. As empresas de ponta no mercado . As empresas de ponta no mercado 
desenvolvem programas de pesquisa para conhecer desenvolvem programas de pesquisa para conhecer 
cada vez mais e melhor o consumidor.cada vez mais e melhor o consumidor.
As empresas estão interessadas em saber porque As empresas estão interessadas em saber porque 
pessoas diferentes escolhem produtos iguais.pessoas diferentes escolhem produtos iguais.
A A pesquisapesquisa voltada para a embalagem voltada para a embalagem serve para orientar a tomada serve para orientar a tomada 
de decisão quando um novo produto é lançado ou quando se de decisão quando um novo produto é lançado ou quando se 
modifica um produto existentemodifica um produto existente..
O comportamento do consumidor frente a embalagem é cheio de O comportamento do consumidor frente a embalagem é cheio de 
sutilezas quepodem enganar até os sutilezas que podem enganar até os designersdesigners mais experientes. mais experientes. 
A pesquisa da embalagem é uma forma de tomar decisões mais A pesquisa da embalagem é uma forma de tomar decisões mais 
seguras e principalmente saber mais sobre o produto, a embalagem seguras e principalmente saber mais sobre o produto, a embalagem 
e o consumidor.e o consumidor.
Premiadas na 
ABRE 2006
Premiadas na ABRE 2006
Tendê
ncia d
e 
Merca
do ?
Mix Ampliado 
de Potes e 
Rótulos
Ainda os potes de plásticos rígidos
IMLs (in-mold labels)
Travas de 
segurança
Embalagens Ploc Off
Requeijão
395270
395270
Redução de volumes para adequação às 
necessidades dos consumidores
 Para a Indústria Alimentícia: a) Maior vácuo; b) Satisfação de seu 
cliente por ter uma embalagem que realmente "Abre Fácil" com a 
presença de vácuo; c) Flexibilidade na opção da escolha de cores e 
impressão na tampa final, mesmo para aqueles que não possuam 
volumes de produção; d) Substituição pura e simples da tampa 
convencional para esta nova tampa onde não requer investimentos 
adicionais em sua linha de produção; e) Matéria Prima "PP" que 
suporta a temperatura de esterilização (121ºC).
Stand up pouche – Saco que fica 
em pé
Marca própria
Produto Inovador
Etiquetas Inteligentes
RFID – identificador de radiofrequência
Ao traçar o perfil do consumidor para 2009 ficou claro que 50% da 
população acredita que o país vai melhorar e 80% que sua vida pessoal 
vai melhorar no próximo ano. Esses consumidores têm muitas 
expectativas naquilo que devem utilizar e no que vão consumir.
- 5 de cada 10 donas de casa preferem comida de preparo 
rápido; 
- 8 de cada 10 gostariam de consumir embalagens mais fáceis 
de abrir; 
- 9 de cada 10 donas de casa acham que a embalagem deveria 
ser mais fácil de ser fechada após aberta pela primeira vez; 
- 8 de cada 10 donas de casa acham que as embalagens 
poderiam ser menores; 
- 50% acham importante adição de vitaminas nos produtos; 
- 5 de cada 10 acham importante haver a opção de produtos 
light / diet para crianças.
Estabilidade de Produtos Estabilidade de Produtos 
EmbaladosEmbalados
A embalagem deve funcionar como uma 
fronteira entre o macro e o micro universo;
Forma e fatores do ambiente externo - qualidade 
do alimento tipo de propriedades de barreira; 
O2 e 
CO2
LuzLuz
Umidade
M.O.
Roedores
Odores
Espaço LivreEspaço Livre
Estabilidade de Produtos Estabilidade de Produtos 
EmbaladosEmbalados
Os principais fatores do macro-universo que influenciam a 
qualidades dos alimentos são: 
- luz;
- oxigênio;
- umidade;
- temperatura;
- presença de odores estranhos ao alimento.
Estabilidade de Produtos Estabilidade de Produtos 
EmbaladosEmbalados
Capacidade de PROTEGER os alimentos 
retardando as possíveis alterações na sua 
QUALIDADE e conseqüentemente 
prolongando a sua vida-de-prateleira;
CONCEITO DE VIDA DE CONCEITO DE VIDA DE 
PRATELEIRAPRATELEIRA
O período de tempo decorrido entre a 
PRODUÇÃO e o momento em que o alimento 
passa a NÃO estar mais apto para o consumo. 
CONCEITO DE VIDA DE CONCEITO DE VIDA DE 
PRATELEIRAPRATELEIRA
Estar ou não apto para o consumo em um alimento é definido por padrões 
de qualidade que levam em consideração os seguintes aspectos:
- crescimento microbiano;
- alterações bioquímicas (ação de enzimas);
- valor nutritivo (avaliado pelas perdas de proteínas e de vitaminas);
- infestação de insetos e/ou roedores;
- qualidades estéticas: alterações de sabor, aroma, cor, textura e aparência 
geral. 
Principais Alterações que Resultam em 
Perda de Qualidade
➔ Alterações por ganho de umidade;
➔ Alterações por perda de umidade;
➔ Oxidação de Lipídios;
➔ Alterações de Aroma;
➔ Oxidação e Degradação de Pigmentos;
➔ Reações de Escurecimento Não-Enzimático;
➔ Reações de Escurecimento Enzimático;
➔ Alterações do valor nutricional;
➔ Interações com a embalagem;
➔ Crescimento Microbiológico.
Alterações por Ganho de Umidade
Fenômeno físico que ocorre em alimentos com baixa atividade de 
água ou umidade e pode deteriorar a qualidade do produto, devido à:
- aglomeração;
- alterações de textura;
- crescimento microbiológico;
- oxidação de lipídios e pigmentos;
- atividade enzimática;
- escurecimento;
-perda de vitaminas e outras reações específicas para cada alimento.
Alterações por Ganho de Umidade
Além disso, algumas alterações físicas são importantes para a qualidade 
de diversos produtos:
- Aglomeração: muito comum em produtos em pó como leite e sopas 
desidratadas. Pelo ganho de umidade há a formação de grumos que, 
além de causarem má impressão no consumidor, ainda dificultam a 
reidratação do produto para consumo;
Alterações por Ganho de Umidade
- Empedramento: formação de blocos 
compactos em sal, açúcar, suco em pó, 
gelatina, café, etc;
Alterações por Ganho de Umidade
- Perda de crocância e amolecimento: 
comum em biscoitos, cookies, snaks, 
batatas chips, e amendoim (e outras 
castanhas);
Alterações por Ganho de Umidade
- Mela: formação de ‘pegajosidade’ em alimentos 
conservados pelo sal (carne seca e pescado) e pelo 
açúcar (balas e confeitos, frutas cristalizadas).
Alterações por Perda de Umidade
- Redução no peso do produto e da qualidade;
 Além disso são bastante importantes as alterações causadas 
na textura dos alimentos:
- em carnes resfriadas acontece ressecamento superficial e 
perda de maciez;
- em carnes congeladas há ainda o aparecimento do ‘freezer 
burn’, que altera a cor da carne (queima pelo frio);
Alterações por Perda de Umidade
- em queijos a perda de água acontece tanto durante a maturação 
quanto durante a exposição nos mercados. Isto causa 
ressecamento da superfície e endurecimento do produto;
- produtos de panificação (pães e bolos), de confeitaria (balas, 
bombons e caramelos) e doces pastosos ficam endurecidos por 
perda do conteúdo de umidade;
- frutas e hortaliças in natura ou minimamente processados sofrem 
murchamento e perda de crocância por perda de umidade 
associada a atividade enzimática, o que torna os produtos 
inaceitáveis para o consumidor.
Oxidação de Lipídios
➔Englobam óleos e gorduras – solúveis em solvente 
orgânico, raramente solúvel em água;
➔São formados a partir da ligação de ácidos graxos – 
Saturados ou Insaturados;
➔Oxidação com maior facilidade naqueles de cadeia 
insaturada (óleos de soja, algodão, amendoim, oliva);
➔Formação de peróxidos e sua decomposição – sabor e 
odor rançoso.
Oxidação de Lipídios
A RANCIDEZ caracteriza-se pelo surgimento de odores e até 
sabores desagradáveis. Há dois tipos distintos de rancidez:
 1) Rancidez Oxidativa;
2) Rancidez Hidrolítica.
Rancidez Oxidativa
➔ Mais comum em alimentos que 
contenham MAIORES teores de ácidos 
graxos insaturados; 
➔ Dependente da presença de oxigênio;
Rancidez Oxidativa
➔ A reação se inicia pela oxidação dos ácidos graxos, catalisada 
pela luz UV, por íons metálicos ou ainda pela ação de enzimas 
(lipoxigenase, lipases);
➔ Há a formação de hidroperóxidos que se degradam gerando 
compostos voláteis (principalmente aldeídos e cetonas) de aroma 
extremamente desagradável.
Rancidez Hidrolítica
➔ Caracteriza-se pela liberação por hidrólise química ou enzimática 
(lipases) de ácidos graxos voláteis de aroma desagradável;
➔ É bastante comum em laticínios, ricos em ácido butírico (baixo P.M., 
4C) cujo aroma é bastante desagradável. Além disso, o leite contém 
lipases nativas que favorecem a ocorrênciade hidrólise.
➔ O odor provocado pelo ranço hidrolítico se deve à volatilização dos 
ácidos graxos. Este odor é mais intenso à medida que o número de 
átomos de carbono da cadeia é reduzido.
ALTERAÇÃO DO AROMA
➔Perda de aromas para o ambiente: volatilização dos 
compostos aromáticos e conseqüente perda de 
aroma característico do produto;
➔Absorção de aromas do material de embalagem: a 
ser discutido no item “Interações com a 
embalagem”.
ALTERAÇÃO DO AROMA
➔ Incorporação de aromas do ambiente de 
armazenagem: principalmente em alimentos 
estocados junto com material de limpeza, em 
armazéns pouco ventilados ou na presença de 
outros alimentos deteriorados. Alguns produtos 
como café podem ‘contaminar’ o aroma de outros 
alimentos; 
Oxidação e Degradação de 
Pigmentos
➔ É um dos fatores que mais provoca rejeição por parte dos 
consumidores que espera ver nos alimentos uma aparência 
natural que os torna atraente;
➔ A cor é um dos aspectos mais importantes na aparência dos 
produtos e é determinante na hora da compra;
➔ Em geral, alterações da cor são conseqüência da 
degradação de pigmentos.
Mioglobina
● Mioglobina: pigmento que dá a cor vermelha característica da carne. 
Susceptível a alterações na presença de oxigênio, por desnaturação e 
oxidação da sua porção protéica.
● Mioglobina reduzida (vermelho púrpura) – oximioglobina (vermelho – 
brilhante) – metamioglobina (marrom)
● 
● Em carnes curadas:
● Nitrosilmioglobina ∆ Nitrosohemocroma
● Rosa escuro → Rosa claro, brilhante
● Oxidação
● Verde – Amarelo - Incolor
●
●
●
Antocianinas
➔Antocianinas: pigmentos típicos das frutas vermelhas 
(coloração varia entre vermelha e azul) que se 
caracterizam por cor bastante intensa que encobre os 
outros pigmentos presentes nos vegetais.
➔ Meio ácido (cor vermelho-brilhante), aumento do pH 
(púrpura), meio alcalino (azul);
Antocianinas
➔ Facilmente descoloridas por reações 
enzimáticas, uma vez que são hidrolisadas 
ou oxidadas por enzimas, com formação 
de produtos incolores. A intensidade da 
cor aumenta com a redução da atividade 
de água.
Clorofila
Pigmentos de coloração verde. Essenciais para 
a fotossíntese, processo de síntese de 
carboidratos nos vegetais (utiliza energia da 
luz);
➔ Susceptível a fotodecomposição e a 
degradação enzimática e pelo calor.
Clorofila
➔Altas temperaturas (processamento térmico) – alteração de 
cor de verde esbranquiçado a verde amarronzado – devido à 
conversão da clorofila em feofitina, sob a ação de ácidos 
presentes nos alimentos;
Importante para vegetais in natura e minimamente processados. 
A produção de etileno por estes produtos acelera a 
degradação da clorofila.
Carotenóides
➔São, quimicamente, lipídios poliinsaturados que 
sofrem degradação pelos mesmos fatores que os 
ácidos graxos;
➔Vantagens: composto natural, boa estabilidade na 
faixa de pH da maioria dos alimentos, não é afetado 
por substâncias redutoras como ácido ascórbico, tem 
valor de pró-vitamina;
Carotenóides
➔ A maioria é termolábil. A luz solar direta ou luz 
ultravioleta podem vir a causar destruição desses 
pigmentos. Uma das maiores causas da perda de cor 
durante a estocagem é a oxidação de carotenóides.
➔Sua degradação também é importante fator de perda 
nutricional por terem, em vários casos, função de pró-
vitamina.
Reações de Escurecimento Não-
Enzimático
- Principalmente devido à reação de Maillard que envolve 
aminoácidos e açúcares redutores para a formação de melanoidinas. 
- Este tipo de escurecimento é importante para produtos com alto 
teor de proteínas, principalmente leite em pó e leite condensado. 
- É altamente influenciado pela temperatura de armazenamento e 
pela atividade de água do produto.
Reações de Escurecimento 
Enzimático
Devido à ação da enzima polifenol oxidase que, em presença 
de O2 oxida compostos fenólicos (difenóis) a quinonas cuja 
condensação química provoca o surgimento de melaninas. 
Diversos vegetais e cogumelos possuem quantidades 
apreciáveis de polifenol oxidase que, quando em contato com 
substratos fenólicos e com o ar, por ruptura dos tecidos, 
catalisa as reações de oxidação que levam ao escurecimento.
Alterações do Valor Nutricional
Em alimentos processados, a maior parte das perdas 
nutricionais acontece durante o processamento. 
Em se tratando de conteúdo protéico, no armazenamento, 
as perdas podem ser creditadas a reação de Maillard e à 
oxidação de alguns aminoácidos, sem grandes 
conseqüências para o valor nutricional. 
Alterações do Valor Nutricional
As maiores perdas são em conteúdo vitamínico, 
principalmente em alimentos que têm adição de 
vitaminas após o processamento (margarinas, cereais 
matinais, biscoitos, yogurtes e achocolatados para o 
público infantil, além de leites especiais e baby food). 
Interações com a embalagem
- embalagens metálicas:
corrosão interna da lata e assimilação dos metais pelo alimento – 
especialmente prejudicial para alimentos sujeitos à oxidação de 
lipídios, catalisada pela presença de íons metálicos;
deterioração do revestimento interno (verniz);
- embalagens celulósicas:
migração de componentes dos adesivos
Interações com a embalagem
- embalagens plásticas:
migração de monômeros, resíduos de solventes e aditivos, causando 
toxidez, off flavours e acelerando reações de oxidação
Absorção de aromas do produto pelo polímero – muito comum em café 
e em sucos cítricos – a migração de compostos do produto para o material 
da embalagem (polímero) pode alterar suas características de barreira e 
provocar delaminação de embalagens multicamadas.
Por ser bastante inerte, a embalagem de vidro muito raramente sofre 
interações com o ambiente ou com o alimento.
EMBALAGENS DE 
CELULOSE
HISTÓRICO
- Egito: papel feito da medula do papiro disposta 
transversalmente, esmagada e seca. Eram conseguidos papéis 
finos, compactos e de bom acabamento.
- China: primeiro processo em grande escala, desenvolvido por 
Tsai Lun. O papel era obtido por esmagamento de tecidos e 
folhas em um pilão com água até a obtenção de um produto 
pastoso. A pasta era espalhada sobre um tecido de seda (mais 
tarde eram empregadas formas de bambu) para escorrer a água 
e depois prensada e seca.
HISTÓRICO
- até o século XVII o papel era fabricado manualmente, 
usando-se martelos para o desfibramento.
- “Holandesa”: máquina desenvolvida na Holanda para 
desfibramento em moinhos de vento ou água. Principal matéria 
prima: cânhamo ou linho, depois foi introduzido o algodão.
- início do século XIX – processo contínuo: desenvolvido na 
França e aperfeiçoado pelos irmãos Fourdrinier. É o processo 
básico utilizado até hoje.
PAPEL E PAPELÃO
O que é: aglomerado de fibras vegetais, prensadas, que levará a uma 
superfície adequada para colar, escrever ou imprimir.
MATÉRIA-PRIMA:
Madeiras de fibras curtas – imprimir, escrever, fins higiênicos
Madeiras de fibras longas - embalagens
CONSTITUIÇÃO
Celulose: 40-45%
Hemicelulose: 15-25%
Lignina: 15-30% - problema
Outros: até 10%
Fontes mais comuns de celulose
- algodão: celulose na sua forma mais pura e com microfibrilas mais 
longas. Usada na fabricação de papéis de altíssima qualidade;
- coníferas (árvores resinosas): madeiras de fibras mais longas que 
geram papéis com maior resistência mecânica. São mais difíceis de 
branquear;
- árvores folhosas: madeira de fibras mais curtas e mais fácil de 
branquear. Produz papel com menor resistência mecânica;
- palha ou restos agrícolas: fonte mais barata, porém de celulose não 
homogênea. São, emgeral adicionadas de outras fontes de celulose 
para melhorar as características do papel.
Fabricação do Papel
Para obtenção da pasta (polpa) de celulose são utilizados 
basicamente dois métodos:
a) Método mecânico: passar a madeira (em pequenas toras) por 
um triturador e remover o triturado com água.
- Não são removidos a lignina e os carboidratos não celulósicos;
- Obtém-se maior rendimento;
- A polpa só pode ser utilizada na fabricação de papéis com baixa 
resistência mecânica e sem brilho (papel jornal e papel toalha).
Fabricação do Papel
b) Método químico: a madeira é cozida ( a 
150ºC, sob pressão) com agentes 
químicos para se obter uma polpa com 
alto teor de celulose.
Fabricação do Papel
a) Processo Soda (atualmente pouco utilizado, patenteado na Inglaterra em 
1851)
Hidróxido de Sódio + Carbonato de Sódio
Polpa de textura fina e cor clara, com baixa resistência mecânica
b) Processo KRAFT ou Sulfato (é o processo mais utilizado atualmente)
Hidróxido de Sódio + Sulfato de Sódio
Polpa escura, difícil de ser branqueada e de alta resistência mecânica
c) Processo Sulfito (ao contrário dos anteriores é um processo ácido)
Bissulfito de Cálcio ou Magnésio + Ácido Sulfuroso
Polpa de cor clara e resistência intermediária
Fabricação do Papel
c) Método combinado (ou polpa semiquímica):
Após o cozimento a madeira é triturada em disco refinador;
São adicionados na polpa inúmeras substâncias:
- caseína, metil e carboximetil celulose, alginato e algodão: aumento da 
resistência;
- dispersão de cera: impermeabilidade a água;
- outros melhoradores – misturados diretamente à polpa.
Produz polpa escura, difícil de ser branqueada e que fica amarelada quando 
exposta à luz.
Fabricação do Papel
- Depois da obtenção da polpa, esta pode ser 
branqueada (uso de hipoclorito, peróxido de 
hidrogênio ou dióxido de cloro)
- Sofrer a adição de aditivos que conferem 
características especiais ao papel (menor 
absorção de água, menor permeabilidade à 
gordura, etc.)
Laminação (fabricação de 
folhas)
Os equipamentos usados são:
- tipo Fourdrinier: a pasta é despejada sobre uma tela plana para 
drenagem da maior parte da água e submetida á secagem por pressão 
(sob rolamentos);
Pode ser usado para qualquer tipo de papel, sendo específico para 
papéis finos;
No caso da produção de papéis mais espessos, após secagem parcial 
da polpa (camada-base) outras camadas podem ser adicionadas e 
secas.
Laminação (fabricação de 
folhas)
- tipo cilindro: após a drenagem da água em uma mesa plana (tipo 
Fourdrinier) a pasta é seca por passagem entre cilindros aquecidos. 
Pode ser usado em série com a secagem por pressão.
Laminação (fabricação de 
folhas)
Após a secagem, alguns tipos de papel são submetidos à 
calandragem (acabamento), o que lhes confere flexibilidade.
TIPOS DE PAPEL
a) Papéis para embrulho e sacos:
➔Em geral são produzidos com pasta mecânica, semiquímica, de aparas ou 
restos agrícolas;
➔Sua gramatura pode variar de 20g/m² (papéis tipo seda) até 100 - 120g/m² 
(papéis tipo hamburguês, para produção de embrulhos em geral); 
➔Papéis tipo monolúcido são produzidos com pasta química (método ácido) 
e branqueados. São usados na fabricação de sacos e laminados com filmes 
plásticos. São usados em açougues, padarias e no comércio em geral.
TIPOS DE PAPEL
b) Papelão: especiais para produção de caixas de papelão 
ondulado.
➔ Miolo: feito de pasta semiquímica e de aparas. Gramatura 
entre 120 e 150g/m². Usado para ondular;
➔ Capa: 1) de primeira: usa pelo menos 70% de pasta 
química, gramatura acima de 120g/m², em uma ou várias 
camadas.
 2) de segunda: usa menos de 70% de pasta química.
TIPOS DE PAPEL
c) Papéis tipo KRAFT
➔ para sacos multifoliados: 100% de pasta química, gramatura 
entre 80 e 90g/m², alta resistência à tração e ao rasgo.
- natural: para embalagens industriais de grande porte
- branqueado/monolúcido: usado como folha externa em 
diversas embalagens (para impressão em cores).
TIPOS DE PAPEL
c) Papéis tipo KRAFT
 Para outros fins: 100% pasta química. Gramatura entre 30 e 
150g/m². Pode ser natural, branqueado ou em cores. Usado para 
sacos pequenos, embalagens de açúcar e farinha e para embrulhos em 
geral.
➔ Kraft de primeira: com pelo menos 50% de pasta química;
- Kraft de segunda: com menos de 50% de pasta química.
Podem ser branqueados ou não. Menor resistência mecânica. Sacos e 
embrulhos em geral.
TIPOS DE PAPEL
d) Papel cartão
➔ Papel multicamadas: resultante da união de várias 
camadas de papel e sobrepostas. Nessas camadas podem 
ser usadas celulose virgem e material reciclado.
➔ Para embalagens de alimentos é necessário o uso de 
material de melhor qualidade, em geral polpa virgem de 
processo tipo Kraft ou ácido (dependendo da rigidez 
desejada).
TIPOS DE PAPEL
d) Papel cartão
➔O custo mais alto deste material é compensado por 
sua maior rigidez que permite o uso de cartões com 
espessura 10% inferior, para resistência equivalente;
➔Usado na produção de caixas rígidas, cartuchos, 
multipacks e latas compostas.
TIPOS DE PAPEL
e) Celofane: filme transparente de celulose
➔A pasta é tratada com soda cáustica e sulfeto de carbono e sofre 
extrusão para formação do filme;
➔O filme é lavado com ácidos ficando transparente e brilhante;
➔Durante a fabricação da pasta, são adicionados agentes 
plastificantes e amaciadores (em geral glicóis) que garantem a 
manutenção de um certo teor de umidade no filme, o que evita que 
ele se torne quebradiço. O filme é, então, seco e bobinado.
TIPOS DE PAPEL
➔Em geral o celofane recebe algum tipo de “coating” em uma 
ou nas duas faces do filme;
➔Isto garante notável barreira a gases e protege o filme contra a 
perda de água;
➔ Os recobrimentos mais comuns são com nitrocelulose, PVdC 
(policloreto de vinilideno) e polietileno, sendo este último mais 
utilizado por conferir excelente termossoldagem. 
TIPOS DE PAPEL
O filme de celofane causou uma revolução quando foi lançado 
por ser o primeiro material flexível e transparente para 
embalagens; 
Até hoje encontra grande utilidade principalmente por não 
derreter (como os filmes plásticos) durante a selagem e a 
aplicação e secagem de tintas e vernizes.
Principais tipos de 
embalagens celulósicas
SACOS
- Com fundo reto, costurado ou colado e lateral sanfonada;
 - Com fundo automático ou plano: podendo ter lateral simples ou 
sanfonada. Caracterizam-se por sua forma plana na base (o saco fica 
em pé sozinho, quando aberto);
- Com fundo reto, colado ou costurado, e lateral simples.
Tipos de Sacos
SACOS
Sacos de papel podem apresentar janelas de filmes 
transparentes (em geral PVC ou poliestireno) para visualização 
do produto.
Tipos de Fechamento:
- dobra dupla + colagem;
- costura;
- fita adesiva.
CARTUCHOS
➔Embalagens muito utilizadas tanto no varejo quanto 
para fins industriais pois permitem embalagem 
automatizada em equipamentos de alta velocidade;
➔São ideais para impressão em cores e têm grande 
superfície para exposição do nome do produto e para 
propaganda.
CARTUCHOS
➔Garantem facilidade de estocagem (empilhamento) 
com boa identificação do produto;
CARTUCHOS
- CARTUCHOS MONTADOS: 
Vendido pelo fabricante pronto para o uso.
➔caixas rígidas consistindo de caixa e tampa, podendo conter 
divisões, gavetas, plataformas internas, etc. 
➔Despachadas prontas para serem enchidas. 
CARTUCHOS
- CARTUCHOS DOBRADOS:
➔São cortados e vincados na cartonagem e montados na linha de 
empacotamento, podendo ser fechados por colagem ou encaixe;➔Podem receber revestimento, interno e externo, de filmes plásticos 
que conferem maior barreira, brilho e a possibilidade de 
termossoldagem e ainda conter janelas de visualização, picotes de 
fácil abertura, etc.
Dobrados
Estruturas Laminadas –aumentar resistência mecânica - 
Estrutura das caixas longa vida 
Longa vida
(Externo) 2 poliolefina/Papel/PE/Alumínio/ 2 poliolefina (Interno)
Embalagens Combibloc
Combibloc
Combishape
Combisafe
Sistemas de fechamento
Sistemas de fechamento
PRINCIPAIS TIPOS DE CARTUCHOS
Existe uma grande variedade de modelos e tipos de fechamento 
para cartuchos. 
O tipo mais comum, chamado “dobra reversa”, consiste de uma 
chapa de cartão dobrada sobre si mesma e colada em um dos 
lados para formar um corpo retangular, tem tampa e fundo 
sobrepostos. 
PRINCIPAIS TIPOS DE CARTUCHOS
Os cartuchos tipo display têm o formato de uma bandeja e consistem 
basicamente de uma chapa de cartão com todos os quatro lados 
dobrados em ângulo reto em relação a chapa principal, sendo que um 
dos lados apresenta uma extensão que funciona como tampa
PRINCIPAIS TIPOS DE CARTUCHOS
“flip-top”
Multipacks
São embalagens cartonadas, de uso varejista, para facilitar o manuseio e o transporte 
de garrafas, latas, etc, em nível de consumidor final. Para este tipo de embalagem, 
que necessita de alta resistência mecânica, são usados cartões mais espessos, de 
polpa Kraft.
Papelão Ondulado
- Papelão ondulado: estrutura formada por um ou mais elementos ondulados 
(miolos) fixados a um ou mais elementos planos (capas ou faces) por meio 
de adesivos no topo das ondas.
- Chapa: folha de papelão ondulado, plana, definida por 3 dimensões: 
largura (medida paralela às ondas), comprimento (perpendicular) e 
espessura (distância entre as duas faces externas da chapa) – dada em 
“mm”.
Miolo – confere ao papelão ondulado diferentes características contra 
choques, compressão e esmagamento, dependendo do tipo de ondulação
Papelão Ondulado
CLASSIFICAÇÃO DO PAPELÃO ONDULADOCLASSIFICAÇÃO DO PAPELÃO ONDULADO
Face simples – um elemento ondulado (miolo) e um elemento 
plano (capa)
Parede Simples - um elemento ondulado (miolo) e dois 
elementos planos (capa)
Parede Dupla - dois elementos ondulados (miolo) e três 
elementos planos (capa)
Parede Tripla - três elementos ondulados (miolo) e quatro 
elementos planos (capa)
Face SimplesFace Simples
Parede SimplesParede Simples Parede DuplaParede Dupla
Tipos de Ondas
CARACTERISTICAS DOS CARACTERISTICAS DOS 
PRINCIPAIS TIPOS DE ONDAPRINCIPAIS TIPOS DE ONDA
31 – 381,2 – 1,4E
13 – 183,6 – 3,7C
16 – 182,5 – 2,6B
11 – 134,2 – 4,5A
Números de Onda 
(10 cm)
Altura da Onda 
(mm)
Tipos de 
Onda
Tipos de Ondas
Tipos de Ondas
O tipo de onda influencia principalmente a proteção contra 
CHOQUES e a RESISTÊNCIA AO ESMAGAMENTO.
- ondas mais altas são mais difíceis de dobras no vinco, 
oferecem mais acolchoamento e, portanto, maior resistência a 
choques e punção;
 - ondas menores oferecem maior resistência ao rasgo e ao 
esmagamento e são mais fáceis de dobrar.
APLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDAAPLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDA
Onda A – Melhor capacidade de absorção de choque, difícil 
de vincar. Utilizada para transportes de equipamentos, 
especialmente para exportação.
Onda B – Mais usada quando requer maior resistência ao 
esmagamento. Ex. produtos enlatados, pois já são 
resistentes, não exigindo da caixa resistência durante 
empilhamento, mas sim ao esmagamento devido as bordas 
das latas 
APLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDAAPLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDA
Onda C – Intermediária entre as ondas A e B. Ex. produtos 
incapazes de suportar cargas de empilhamento sem se 
deformar, tais como lenços de papel, biscoitos, sabão em pó 
em caixa.
Onda E – De maior resistência ao esmagamento, utilizada 
para separação de unidades ou camadas. Ex. separação das 
camadas de latas de óleo, em caixas de papinha de neném.
Caixa de papelão Ondulado
Embalagem rígida, formada por uma ou mais chapas de papelão ondulado, vincadas 
para permitir as dobras que formarão as faces. As dimensões da caixa são sempre 
dadas na seguinte ordem: comprimento x largura x altura e se referem às dimensões 
internas da caixa.
Caixa de papelão Ondulado
Na confecção de caixa de papelão ondulado de parede 
dupla, tripla ou múltipla são utilizadas diferentes 
combinações de ondas para conferir diferentes 
propriedades às caixas. 
Nas laterais, as ondas devem ficar sempre na vertical, 
para conferir maior resistência ao empilhamento
Caixa de papelão Ondulado
Caixas para frascos de vidro devem oferecer maior 
resistência a choques – uso de ondas altas;
Caixas para latas devem oferecer resistência ao 
esmagamento e serem resistentes ao rasgo visto que as 
extremidades da latas são finas e podem romper a base da caixa 
– uso de ondas menores. 
Principais tipos de caixas de papelão
a) normal: todas as abas têm o mesmo comprimento, assim, as externas se unem no 
centro mas as internas não. Baixo custo e uso mais difundido;
b) especial: abas internas e externas se unem no centro;
c) normal com aba total: as abas internas não se encontram mas as externas se 
sobrepõem totalmente;
d)especial com aba total: abas internas se unem no centro e externas se sobrepõem 
totalmente;
tipos b, c e d são variações da caixa normal que são mais caras e usadas para 
fins especiais, em geral que necessitam de maior rigidez na base.
 Vantagens das embalagens de papelão 
ondulado
➔Menor peso apesar da sua rigidez;
➔Capacidade de amortecer choques;
➔Mais baixo custo em comparação com as de outros materiais 
rígidos;
➔Facilidade de impressão, manuseio, receber adesivos, aceitar 
grampos metálicos, de combinar outros materiais (plástico, 
alumínio)
➔Conservação de odor, coloração e umidade dos vegetais.
 Vantagens das embalagens de papelão 
ondulado
➔Aptidão para as operações de corte, vincagem e colagem;
➔Excelente compatibilidade com produtos alimentícios;
➔Quando impermeabilizadas, resistem a longos transportes 
e armazenamento;
➔Permite a reciclagem do material utilizado, para nova 
matéria-prima;
➔Não constituem problemas de poluição.
 Emprego das embalagens de papelão 
ondulado
➔Para vegetais:
➔ Providas de segurança mecânica;
➔Munidas de dispositivos necessários para não interromper a 
circulação do ar e com isso não interromper a respiração do 
produto;
➔Usada tanto no mercado interno quanto externo, para a exportação 
de frutas;
➔Em casos especias, uso de caixas tratadas por revestimentos 
internos e impregnadas de substâncias destinadas a impedir o 
crescimento de mofos nas superfícies das frutas;
 Emprego das embalagens de papelão 
ondulado
➔Para carnes:
➔Carnes bovinas, aves, pescado, tanto congeladas como em estado 
fresco;
➔O principal problema – elevado teor aquoso;
➔Utilização de embalagens impermeabilizadoras;
➔Quando retirada do frigorífico a embalagem não impermeabilizada 
fica umedecida pela condensação que ocorre nas suas paredes interna 
e externa.
 Emprego das embalagens de papelão 
ondulado
➔Para recipientes de vidro:
➔ A caixa deve ser acolchoada, reforçada por acessórios, como tiras 
de papelão intercaladas entre os recipientes, para que possa resistir 
aos choques e impactos de direção lateral e sobre a parte superior da 
caixa.
➔Essa capacidade de proteção é bastante influenciada pela gramatura, 
densidade e elasticidade do papelão, pela altura e número de ondas.
 Emprego das embalagens de papelão 
ondulado
➔ Caixa para enlatados:➔Quando é grande o peso dos produtos ou as latas são dispostas 
em várias camadas, precisa ser fortificada, para que resista aos 
choques e forças de compressão, deve ser fabricada com 
papelão sólido e resistente e envolvida por material plástico ou 
metálico.
Latas Compostas
São definidas como cilindros de material celulósico (em geral 
cartão), com tampa e fundo de material metálico, podendo conter 
diferentes camadas de filmes e outros materiais, para melhor 
proteção/apresentação.
Batata Pringles e fermento químico.
Latas Compostas
Revestimento interno (liner): formado por um laminado de papel/ 
alumínio/ poliolefina, depende das necessidades do alimento. 
Responsável pela solda e propriedades de barreira da embalagem.
Corpo (alma): constituído de cartão de polpa kraft, confere rigidez a 
embalagem.
Revestimento externo (rótulo) : aparência externa da embalagem. Em 
geral de papel branqueado e pode ser laminado de papel/alumínio/ 
poliolefina.
Tampa e fundo: de folha de flandres, 
Opção de tampa plástica de
 fechamento fácil.
Produção de Latas Compostas
Latas Compostas
As latas compostas são mais leves que as latas 
metálicas convencionais e menos sujeitas à corrosão;
 Sua montagem (fabricação) é mais complexa (embora 
seja feita em equipamentos de alta velocidade);
 É menos reciclável, como todo material laminado.
Controle de Qualidade de 
Materiais Celulósicos
Condicionamento: uma vez que a umidade do material 
(em extensão à umidade relativa do ambiente) influencia 
fortemente as características do papel, todos os ensaios 
devem ser conduzidos com amostras e corpos de prova 
previamente condicionadas em ambiente padrão (UR
%=65; 20ºC: normas brasileiras), pelo tempo necessário 
para que se estabeleça o equilíbrio.
1. Gramatura: peso/unidade de área, dada em g/m², determinada em 
condições padronizadas;
2. Espessura: dada em “mm”, medida com micrômetro, em condições 
padrão.
São importantes para caracterização para fins comerciais mas 
não são bons indicadores de resistência, uma vez que esta depende 
muito do material utilizado.
C.Q. Geral
C.Q. Papel
1. Resistência ao rasgo: importante para sacos. Força necessária para rasgar 
um comprimento determinado de papel;
2. Resistência à tração: importante para sacos. Força necessária para romper 
tiras de papel tracionadas por garras pelas extremidades;
3. Resistência ao estouro: usa um diafragma de borracha dentro de um saco 
de papel e mede a pressão necessária para que haja rompimento do mesmo. 
Não é considerada uma boa medida de resistência;
4. Porosidade ou Permeabilidade ao ar: mede o volume de ar que passa por 
uma certa área do papel em condições padrão de pressão e tempo. 
Importante para sacos que devem deixar o ar sair, depois de fechados, sem 
se romper.
C.Q. Cartão
1. Rigidez: força necessária para dobrar um corpo de prova apoiado 
sobre uma superfície fixa por uma das extremidades
2. Resistência ao dobramento: verifica-se se as faces se rompem ao 
serem dobradas e o número de dobramentos que o material suporta 
até ser danificado
C.Q. Papelão Ondulado
1. Rigidez: idem cartão;
2. Resistência à perfuração: força necessária para a penetração de um 
êmbolo de dimensões padronizadas;
3. Resistência ao esmagamento da onda: avaliação da qualidade do miolo e 
estabilidade da espessura;
4. Absorção de água: determinada por método gravimétrico, em condições 
padrão.
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