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O MUNDO DAS EMBALAGENS DE ALIMENTOS Mercado de Embalagens “Qualquer forma pela qual o alimento tenha sido acondicionado, guardado, empacotado ou envasado” (Decreto Lei nº 986/1969). “É o artigo que está em contato direto com alimentos, destinado a contê-los, desde a sua fabricação até sua entrega ao consumidor, com a finalidade de protegê-los de agentes externos, de alterações e de contaminações, assim como de adulterações” (RDC nº 91/2001). DEFINIÇÕES DE EMBALAGENSDEFINIÇÕES DE EMBALAGENS DEFINIÇÕES DE EMBALAGEMDEFINIÇÕES DE EMBALAGEM Embalagem é a arte, ciência e tecnologia do acondicionamento de produtos para o mercado e venda. É um meio de garantir a entrega de um determinado produto até o usuário final, em boas condições a baixo custo (ANJOS, 2001) ou É a arte, a ciência e a tecnologia de acondicionar o produto, para que ele seja transportado, vendido e consumido (ABRE) ou “é a arte, a ciência e a tecnologia de acondicionar o produto, para que ele seja transportado, vendido e consumido” (ABRE) “ Ponto de vista técnicoPonto de vista técnico: barreira entre : barreira entre o macroambiente e o microambiente.o macroambiente e o microambiente. Ponto de vista geralPonto de vista geral: É a arte, ciência e : É a arte, ciência e tecnologia de preparar um produto para o tecnologia de preparar um produto para o transporte e a venda, ou seja, uma estrutura transporte e a venda, ou seja, uma estrutura projetada para conter o produto;projetada para conter o produto; Ponto de vista econômicoPonto de vista econômico: a embalagem deve : a embalagem deve proteger o que vende e vender o que protege;proteger o que vende e vender o que protege; ARTE IMPRESSÃO GRÁFICA DESIGN CONVENIÊNCIA PRATICIDADE HIGIENE CIÊNCIA E TECNOLOGIA BARREIRA A LUZ BARREIRA A GASES CONVENIÊNCIA PRATICIADADE ADEQUAÇÃO DE VOLUME Algumas considerações importantes sobre embalagens 1. A embalagem é um meio e não um fim. Ela não é um produto final em si, mas um componente do produto que ela contém e que é adquirido e utilizado pelo consumidor. 2. A embalagem é um produto manufaturado por uma indústria e utilizado na linha de produção de outra, cujas normas técnicas devem ser rigorosamente observadas. 3. A embalagem é um componente fundamental e indissociável dos bens de consumo. 4. A embalagem é um componente importante no preço final dos produtos. Muitas vezes é o componente principal como em água mineral, por exemplo. 5. A embalagem é uma ferramenta de marketing, sendo um instrumento de comunicação e venda. Na maioria dos casos de produtos expostos em supermercados é a única forma de comunicação, uma vez que estes não tem qualquer apoio de propaganda. FUNÇÕES DAS EMBALAGENS CONTER CONTER PROTEGERPROTEGER TRANSPORTARTRANSPORTAR VENDERVENDER BÁSICASBÁSICAS EDUCAREDUCAR INFORMARINFORMAR MERCADOLÓGICASMERCADOLÓGICAS 1. Proteção e Contenção Função principal e razão primordial do uso de qualquer embalagem. Para que possa proteger o que contém a embalagem deve corresponder a dois preceitos básico: a) ter vida útil maior do que o alimento que contém; b) ser específica para as necessidades de proteção de cada tipo de alimento. 1. Proteção e Contenção Por proteção entende-se que a embalagem deve evitar: - contaminação do alimento (por agentes externos – microbiológicos e/ou químicos); - danos ao alimento (como danos físicos e mecânicos); - deterioração (por fatores internos do alimento sob influência dos fatores ambientais); - perdas (por vazamentos, ataque de insetos e roedores, etc.). O2 e CO2 LuzLuz Umidade M.O. Roedores Odores Espaço LivreEspaço Livre 2. Transportar Na função TRANSPORTAR a embalagem é vista sob uma forma global envolvendo aspectos como: 1. Desenho e forma da embalagem e disposição em caixas de papelão e paletes, 2. Distâncias percorridas, traçado das estradas e estado das mesmas, 3. Estocagem e movimentação. 3. Vender O VENDER envolve os aspectos de: 1. Apresentar boa aparência, quanto ao brilho e cor, 2. Ser de fácil impressão, 3. Desenho apropriado ao caso aplicado, 4. Identificação, 5. Viável economicamente. 4. Educar e informar ➔Identificar o produto; ➔Associar o produto à marca e ao fabricante; ➔Chamar a atenção do consumidor e vender o produto; ➔Informar ao consumidor o modo de uso, o conteúdo, sugestões de preparo e valor nutricional, data de fabricação, uso de aditivos. Necessidades da embalagem 1. Conveniência: - sistemas de fácil abertura, fechamento; - uso e preparo dos alimentos na própria embalagem; - formato conveniente para estocagem doméstica; - volume e quantidades adequada (embalagens individuais e tamanho família). 2. Qualidade: preservação não apenas da segurança do alimentos mas também de suas características sensoriais e nutricionais – alimento processado o mais parecido possível com o alimento fresco. 3. Segurança: embalagens que acusam violações ou conservação inadequada no supermercado. 4. Meio Ambiente: uso de materiais biodegradáveis ou recicláveis. Classificação das Embalagens Embalagens primárias Estão diretamente em contato com o produto, ou seja: laminados em geral, frascos de vidro, latas, etc., Embalagens secundárias Estão em contato com a embalagem primária. Como exemplos podemos citar: Cartuchos, caixas em geral, sacos plásticos e ou laminados, etc. Classificação das Embalagens Embalagens terciárias Nessa classe incluem-se as embalagens como cartuchos, caixas de papelão, displays e outras diretamente em contato com as embalagens secundárias. Embalagens de transporte Incluem-se os paletes, caixas de papelão e contentores de maneira geral. Para paletes ainda utilizam-se acessórios como filmes esticáveis e encolhíveis, cintas, cantoneiras, etc. Amplitude da Embalagem - Resumo ➔Funções Primárias: Conter/proteger e Transportar; ➔Econômicas: Matérias-primas, componente de custo do produto; ➔Tecnológicas: Novos materiais, métodos de conservação, sistemas de enchimento; ➔Mercadológicas:Chamar a atenção, despertar o desejo de compra, informar. Amplitude da Embalagem - Resumo ➔ Conceituais: Associar o produto à marca e ao fabricante, Agregar valor pelo conceito e credibilidade dos mesmos; ➔ Comunicação e Marketing: Principal instrumento de propaganda, suporte de promoções; ➔ Sócio-cultural: Expressão da cultura e do estádio de desenvolvimento dos países e suas empresas; ➔ Meio Ambiente: Principal componente não-orgânico do lixo urbano PRINCIPAIS GRUPOS DAS EMBALAGENSPRINCIPAIS GRUPOS DAS EMBALAGENS PLÁSTICOS EM EMBALAGENSPLÁSTICOS EM EMBALAGENS 1. polímeros 2. copolímeros 3. blendas poliméricas METÁLICOS EM EMBALAGENSMETÁLICOS EM EMBALAGENS 1. Folha-de-flandres 2. Folhas passivadas 3. folha cromada 4. folha não revestida 5. alumínio VIDROS EM EMBALAGENSVIDROS EM EMBALAGENS 2. Comum 3. Boro-silicato MATERIAIS CELULÓSICOSMATERIAIS CELULÓSICOS 1. celofane para embalagens laminadas 2. papel de diferentes tipos 3. cartão para cartuchos 4. papelão ondulado 5. madeiras para caixas e paletes FLEXIVEISFLEXIVEIS 1- misturas entres os grupos HISTÓRIA DA EMBALAGEM Pré-história: cuias ou folhas para embrulhar alimentos e para beber água. Escambo e início do comércio: embalagens para transporte. Uso de peles de animais (bexigas de boi, cabra), surgimento de vasos e ânforas de cerâmica e vidro. No ano 1000 A.C. os egípcios já usavam canudos de bambu, selados e rotulados para guardar e transportarremédios e cosméticos. Com o incremento do comércio e o aumento na variedade das mercadorias era necessário além de “conter” e “transportar”, também “identificar” o produto através da embalagem. Inicialmente, era a forma da embalagem (tipo de jarro, saco e/ou amarração) que indicava o produto que ela continha. Ainda hoje, a forma da embalagem, tradicionalmente, identifica o produto. Assim, podemos saber se é Coca-cola ou Guaraná, tequila ou cachaça, sardinha ou atum, sem ter que ler o rótulo. Navegações: grandes empresas de comércio internacional – embalagem liga o produto à empresa e à origem. 1810: patente das latas de folha de flandres registrada por Peter Durand, Inglaterra. 1815: Guerras napoleônicas: desenvolvimento da “apertização” por Nicholas Franços Appert, França. Pela primeira vez a conservação do alimento está intimamente ligada à embalagem. (Uso de ânfora de cerâmica com rolha e vedação de parafina). 1830: disseminação do uso de rótulos em embalagens A moda da época era acrescentar ao rótulo as medalhas e brasões ganhos pelo produto em concursos especializados. 1840: uso de embalagens prontas de papel – cartuchos, envelopes, caixas, sachês, e estojos. 1870: invenção do autoclave: grande impulso na produção de alimentos enlatados/apertizados. 1885: popularização da lata descartável. 1892: invenção da tampa tipo “crown” (Chapinha). 1894: lançamento da Coca-cola em garrafa. 1920: Celofane da Dupont – início do uso e desenvolvimento de filmes poliméricos. 1930: queda da bolsa de New York: surgimento dos supermercados – compras em auto-serviço. Embalagem como instrumento e estratégia para venda. 1945: revolução das residências: geladeira, televisão e popularização do automóvel. Anos 60: Pop Art – a embalagem, como símbolo da sociedade de consumo, se firma como importante ferramenta de marketing. Anos 70: embalagem de alumínio para bebidas Dias atuais: desenvolvimento de novos materiais, segurança, conveniência e preocupação com o meio ambiente. Fases do Planejamento de Embalagens ➔ Estudo da Embalagem; ➔Criação do modelo da embalagem; ➔ Viabilidade da utilização; ➔ Aceitação do modelo. Estudo da Embalagem ➔ Análise crítica de todas as suas características- finalidade de promover a sua completa adequação ao produto; ➔É necessário conhecer tudo que a ela se refere: desde a matéria-prima empregada até os atributos que lhe serão conferidos; Estudo da Embalagem – Seleção da matéria prima ➔ Tipo do produto: conhecimento prévio de certas características do produto: ➔1) Estado físico do produto; ➔2)Influências ambientais (penetração de umidade, de gases e de luz; causas de modificações nutritivas e organolépticas); ➔3) Interações entre embalagem e produto. Estudo da Embalagem – Custo ➔ Conceito de custo que não é absoluto e sim relativo: ➔Uma embalagem barata, sem credenciais satisfatórias não deve substituir outra mais cara e que tenha virtudes mercadólogicas; ➔A economia se faz (exceto a do ex. anterior) à custa da supressão parcial ou total dos atributos da embalagem, isto é até o ponto em que não são prejudicados os seus outros interesses também importantes. Estudo da Embalagem – Custo ➔ Despesas diretas e indiretas; ➔ Diretas: matéria-prima, material acessório, implantação de inovações. A redução de despesas diretas do custo da embalagem, será calculada em relação: ➔Ao preço do material básico; ➔Ao custo do material acessório (revestimentos, fechos); ➔À despesa de compra e manutenção do maquinário e do processamento da embalagem. Estudo da Embalagem – Custo ➔ Despesas Indiretas: provocadas pela adoção da embalagem desorientada. ➔Estão relacionadas com a capacidade de proteção (tempo de vida útil dada pelo acondicionante); ➔Com os gastos provocados pelos armazenamentos especiais obrigatórios. Criação do modelo ➔ Etapa da “inspiração”, na qual prevalece a inteligência, o bom gosto e o apurado sendo de rendimento do designer; ➔Ao designer compete a responsabilidade: da forma, cor, símbolos, letras, fotos... Viabilidade da utilização da embalagem Tudo o que foi visto e analisado durante o estudo, será novamente revisto, à guia de exame, de aprovação final da embalagem desejada. Algumas determinações para a viabilidade da embalagem: Ângulo de visibilidade, dimensão relativa, facilidade de abertura e fechamento. Viabilidade da utilização da embalagem Alguns testes: Vitrine: respondem ao grau de agrado ou não dos compradores para com a embalagem, que é mostrada juntamente com competidores seus; Testes psicológicos: são desenvolvidos por meio de questionários, simples opinião, entrevistas em grupo. Aceitação do modelo da embalagem Fase de responsabilidade – é nela que fica decidida qual a embalagem escolhida para acondicionar o produto; Apontados, analisados e discutidos “os prós e contras”, surge o modelo da embalagem, que deverá dar ao produto, segurança, condições práticas e beleza de apresentação. Vantagens do Planejamento de Embalagens • Proporcionar, através de melhores informações, decisões mais acertadas; • Conhecimentos importantes sobre as futuras mudanças das embalagens; • Vantagem de tecnologia através da inovação; • Melhor direcionamento ao esforço de pesquisa e desenvolvimento; • Antecipar possíveis problemas de mercado. EMBALAGEMEMBALAGEM LEGISLAÇÃO MARKETING DESIGN PESQUISA DE MERCADO ENG. DE EQUIPAMENTOS PRODUÇÃO P&D C. QUALIDADE Gerência das Embalagens Menos de 10% dos produtos expostos em um supermercado tem apoio da propaganda. O restante se vale exclusivamente da embalagem para conquistar o consumidor. Como ferramenta de marketing, a embalagem pode realizar as seguintes ações: 1. Tornar o produto mais competitivo Obtendo vantagem no ponto de venda com um visual mais chamativo. Destacando algum atributo do produto que o coloque em vantagem. Agregando significado ao produto que o torne mais simpático e desejável. O PODER DAS EMBALAGENS 2. Ser um eficiente meio de comunicação Comunicando promoções, descontos, lançamentos, etc. Fazendo propaganda do próprio produto, de sua linha e até da própria empresa. Oferecendo kits de produtos combinados (compre 2 e leve 3 ou compre A e leve B). Servindo de veículo de marketing direto, incluindo folhetos, cupons, brindes e outras informações dentro da embalagem. 3. Inovar A inovação da embalagem é um poderoso recurso de marketing. Novos materiais, novos sistemas de abertura, de dosagem, de exposição, são diferenciais de impacto ao consumidor. O ponto de partida para um projeto de O ponto de partida para um projeto de designdesign de de embalagem é embalagem é conhecer o público ao qual o produto conhecer o público ao qual o produto se dirigese dirige. As empresas de ponta no mercado . As empresas de ponta no mercado desenvolvem programas de pesquisa para conhecer desenvolvem programas de pesquisa para conhecer cada vez mais e melhor o consumidor.cada vez mais e melhor o consumidor. As empresas estão interessadas em saber porque As empresas estão interessadas em saber porque pessoas diferentes escolhem produtos iguais.pessoas diferentes escolhem produtos iguais. A A pesquisapesquisa voltada para a embalagem voltada para a embalagem serve para orientar a tomada serve para orientar a tomada de decisão quando um novo produto é lançado ou quando se de decisão quando um novo produto é lançado ou quando se modifica um produto existentemodifica um produto existente.. O comportamento do consumidor frente a embalagem é cheio de O comportamento do consumidor frente a embalagem é cheio de sutilezas quepodem enganar até os sutilezas que podem enganar até os designersdesigners mais experientes. mais experientes. A pesquisa da embalagem é uma forma de tomar decisões mais A pesquisa da embalagem é uma forma de tomar decisões mais seguras e principalmente saber mais sobre o produto, a embalagem seguras e principalmente saber mais sobre o produto, a embalagem e o consumidor.e o consumidor. Premiadas na ABRE 2006 Premiadas na ABRE 2006 Tendê ncia d e Merca do ? Mix Ampliado de Potes e Rótulos Ainda os potes de plásticos rígidos IMLs (in-mold labels) Travas de segurança Embalagens Ploc Off Requeijão 395270 395270 Redução de volumes para adequação às necessidades dos consumidores Para a Indústria Alimentícia: a) Maior vácuo; b) Satisfação de seu cliente por ter uma embalagem que realmente "Abre Fácil" com a presença de vácuo; c) Flexibilidade na opção da escolha de cores e impressão na tampa final, mesmo para aqueles que não possuam volumes de produção; d) Substituição pura e simples da tampa convencional para esta nova tampa onde não requer investimentos adicionais em sua linha de produção; e) Matéria Prima "PP" que suporta a temperatura de esterilização (121ºC). Stand up pouche – Saco que fica em pé Marca própria Produto Inovador Etiquetas Inteligentes RFID – identificador de radiofrequência Ao traçar o perfil do consumidor para 2009 ficou claro que 50% da população acredita que o país vai melhorar e 80% que sua vida pessoal vai melhorar no próximo ano. Esses consumidores têm muitas expectativas naquilo que devem utilizar e no que vão consumir. - 5 de cada 10 donas de casa preferem comida de preparo rápido; - 8 de cada 10 gostariam de consumir embalagens mais fáceis de abrir; - 9 de cada 10 donas de casa acham que a embalagem deveria ser mais fácil de ser fechada após aberta pela primeira vez; - 8 de cada 10 donas de casa acham que as embalagens poderiam ser menores; - 50% acham importante adição de vitaminas nos produtos; - 5 de cada 10 acham importante haver a opção de produtos light / diet para crianças. Estabilidade de Produtos Estabilidade de Produtos EmbaladosEmbalados A embalagem deve funcionar como uma fronteira entre o macro e o micro universo; Forma e fatores do ambiente externo - qualidade do alimento tipo de propriedades de barreira; O2 e CO2 LuzLuz Umidade M.O. Roedores Odores Espaço LivreEspaço Livre Estabilidade de Produtos Estabilidade de Produtos EmbaladosEmbalados Os principais fatores do macro-universo que influenciam a qualidades dos alimentos são: - luz; - oxigênio; - umidade; - temperatura; - presença de odores estranhos ao alimento. Estabilidade de Produtos Estabilidade de Produtos EmbaladosEmbalados Capacidade de PROTEGER os alimentos retardando as possíveis alterações na sua QUALIDADE e conseqüentemente prolongando a sua vida-de-prateleira; CONCEITO DE VIDA DE CONCEITO DE VIDA DE PRATELEIRAPRATELEIRA O período de tempo decorrido entre a PRODUÇÃO e o momento em que o alimento passa a NÃO estar mais apto para o consumo. CONCEITO DE VIDA DE CONCEITO DE VIDA DE PRATELEIRAPRATELEIRA Estar ou não apto para o consumo em um alimento é definido por padrões de qualidade que levam em consideração os seguintes aspectos: - crescimento microbiano; - alterações bioquímicas (ação de enzimas); - valor nutritivo (avaliado pelas perdas de proteínas e de vitaminas); - infestação de insetos e/ou roedores; - qualidades estéticas: alterações de sabor, aroma, cor, textura e aparência geral. Principais Alterações que Resultam em Perda de Qualidade ➔ Alterações por ganho de umidade; ➔ Alterações por perda de umidade; ➔ Oxidação de Lipídios; ➔ Alterações de Aroma; ➔ Oxidação e Degradação de Pigmentos; ➔ Reações de Escurecimento Não-Enzimático; ➔ Reações de Escurecimento Enzimático; ➔ Alterações do valor nutricional; ➔ Interações com a embalagem; ➔ Crescimento Microbiológico. Alterações por Ganho de Umidade Fenômeno físico que ocorre em alimentos com baixa atividade de água ou umidade e pode deteriorar a qualidade do produto, devido à: - aglomeração; - alterações de textura; - crescimento microbiológico; - oxidação de lipídios e pigmentos; - atividade enzimática; - escurecimento; -perda de vitaminas e outras reações específicas para cada alimento. Alterações por Ganho de Umidade Além disso, algumas alterações físicas são importantes para a qualidade de diversos produtos: - Aglomeração: muito comum em produtos em pó como leite e sopas desidratadas. Pelo ganho de umidade há a formação de grumos que, além de causarem má impressão no consumidor, ainda dificultam a reidratação do produto para consumo; Alterações por Ganho de Umidade - Empedramento: formação de blocos compactos em sal, açúcar, suco em pó, gelatina, café, etc; Alterações por Ganho de Umidade - Perda de crocância e amolecimento: comum em biscoitos, cookies, snaks, batatas chips, e amendoim (e outras castanhas); Alterações por Ganho de Umidade - Mela: formação de ‘pegajosidade’ em alimentos conservados pelo sal (carne seca e pescado) e pelo açúcar (balas e confeitos, frutas cristalizadas). Alterações por Perda de Umidade - Redução no peso do produto e da qualidade; Além disso são bastante importantes as alterações causadas na textura dos alimentos: - em carnes resfriadas acontece ressecamento superficial e perda de maciez; - em carnes congeladas há ainda o aparecimento do ‘freezer burn’, que altera a cor da carne (queima pelo frio); Alterações por Perda de Umidade - em queijos a perda de água acontece tanto durante a maturação quanto durante a exposição nos mercados. Isto causa ressecamento da superfície e endurecimento do produto; - produtos de panificação (pães e bolos), de confeitaria (balas, bombons e caramelos) e doces pastosos ficam endurecidos por perda do conteúdo de umidade; - frutas e hortaliças in natura ou minimamente processados sofrem murchamento e perda de crocância por perda de umidade associada a atividade enzimática, o que torna os produtos inaceitáveis para o consumidor. Oxidação de Lipídios ➔Englobam óleos e gorduras – solúveis em solvente orgânico, raramente solúvel em água; ➔São formados a partir da ligação de ácidos graxos – Saturados ou Insaturados; ➔Oxidação com maior facilidade naqueles de cadeia insaturada (óleos de soja, algodão, amendoim, oliva); ➔Formação de peróxidos e sua decomposição – sabor e odor rançoso. Oxidação de Lipídios A RANCIDEZ caracteriza-se pelo surgimento de odores e até sabores desagradáveis. Há dois tipos distintos de rancidez: 1) Rancidez Oxidativa; 2) Rancidez Hidrolítica. Rancidez Oxidativa ➔ Mais comum em alimentos que contenham MAIORES teores de ácidos graxos insaturados; ➔ Dependente da presença de oxigênio; Rancidez Oxidativa ➔ A reação se inicia pela oxidação dos ácidos graxos, catalisada pela luz UV, por íons metálicos ou ainda pela ação de enzimas (lipoxigenase, lipases); ➔ Há a formação de hidroperóxidos que se degradam gerando compostos voláteis (principalmente aldeídos e cetonas) de aroma extremamente desagradável. Rancidez Hidrolítica ➔ Caracteriza-se pela liberação por hidrólise química ou enzimática (lipases) de ácidos graxos voláteis de aroma desagradável; ➔ É bastante comum em laticínios, ricos em ácido butírico (baixo P.M., 4C) cujo aroma é bastante desagradável. Além disso, o leite contém lipases nativas que favorecem a ocorrênciade hidrólise. ➔ O odor provocado pelo ranço hidrolítico se deve à volatilização dos ácidos graxos. Este odor é mais intenso à medida que o número de átomos de carbono da cadeia é reduzido. ALTERAÇÃO DO AROMA ➔Perda de aromas para o ambiente: volatilização dos compostos aromáticos e conseqüente perda de aroma característico do produto; ➔Absorção de aromas do material de embalagem: a ser discutido no item “Interações com a embalagem”. ALTERAÇÃO DO AROMA ➔ Incorporação de aromas do ambiente de armazenagem: principalmente em alimentos estocados junto com material de limpeza, em armazéns pouco ventilados ou na presença de outros alimentos deteriorados. Alguns produtos como café podem ‘contaminar’ o aroma de outros alimentos; Oxidação e Degradação de Pigmentos ➔ É um dos fatores que mais provoca rejeição por parte dos consumidores que espera ver nos alimentos uma aparência natural que os torna atraente; ➔ A cor é um dos aspectos mais importantes na aparência dos produtos e é determinante na hora da compra; ➔ Em geral, alterações da cor são conseqüência da degradação de pigmentos. Mioglobina ● Mioglobina: pigmento que dá a cor vermelha característica da carne. Susceptível a alterações na presença de oxigênio, por desnaturação e oxidação da sua porção protéica. ● Mioglobina reduzida (vermelho púrpura) – oximioglobina (vermelho – brilhante) – metamioglobina (marrom) ● ● Em carnes curadas: ● Nitrosilmioglobina ∆ Nitrosohemocroma ● Rosa escuro → Rosa claro, brilhante ● Oxidação ● Verde – Amarelo - Incolor ● ● ● Antocianinas ➔Antocianinas: pigmentos típicos das frutas vermelhas (coloração varia entre vermelha e azul) que se caracterizam por cor bastante intensa que encobre os outros pigmentos presentes nos vegetais. ➔ Meio ácido (cor vermelho-brilhante), aumento do pH (púrpura), meio alcalino (azul); Antocianinas ➔ Facilmente descoloridas por reações enzimáticas, uma vez que são hidrolisadas ou oxidadas por enzimas, com formação de produtos incolores. A intensidade da cor aumenta com a redução da atividade de água. Clorofila Pigmentos de coloração verde. Essenciais para a fotossíntese, processo de síntese de carboidratos nos vegetais (utiliza energia da luz); ➔ Susceptível a fotodecomposição e a degradação enzimática e pelo calor. Clorofila ➔Altas temperaturas (processamento térmico) – alteração de cor de verde esbranquiçado a verde amarronzado – devido à conversão da clorofila em feofitina, sob a ação de ácidos presentes nos alimentos; Importante para vegetais in natura e minimamente processados. A produção de etileno por estes produtos acelera a degradação da clorofila. Carotenóides ➔São, quimicamente, lipídios poliinsaturados que sofrem degradação pelos mesmos fatores que os ácidos graxos; ➔Vantagens: composto natural, boa estabilidade na faixa de pH da maioria dos alimentos, não é afetado por substâncias redutoras como ácido ascórbico, tem valor de pró-vitamina; Carotenóides ➔ A maioria é termolábil. A luz solar direta ou luz ultravioleta podem vir a causar destruição desses pigmentos. Uma das maiores causas da perda de cor durante a estocagem é a oxidação de carotenóides. ➔Sua degradação também é importante fator de perda nutricional por terem, em vários casos, função de pró- vitamina. Reações de Escurecimento Não- Enzimático - Principalmente devido à reação de Maillard que envolve aminoácidos e açúcares redutores para a formação de melanoidinas. - Este tipo de escurecimento é importante para produtos com alto teor de proteínas, principalmente leite em pó e leite condensado. - É altamente influenciado pela temperatura de armazenamento e pela atividade de água do produto. Reações de Escurecimento Enzimático Devido à ação da enzima polifenol oxidase que, em presença de O2 oxida compostos fenólicos (difenóis) a quinonas cuja condensação química provoca o surgimento de melaninas. Diversos vegetais e cogumelos possuem quantidades apreciáveis de polifenol oxidase que, quando em contato com substratos fenólicos e com o ar, por ruptura dos tecidos, catalisa as reações de oxidação que levam ao escurecimento. Alterações do Valor Nutricional Em alimentos processados, a maior parte das perdas nutricionais acontece durante o processamento. Em se tratando de conteúdo protéico, no armazenamento, as perdas podem ser creditadas a reação de Maillard e à oxidação de alguns aminoácidos, sem grandes conseqüências para o valor nutricional. Alterações do Valor Nutricional As maiores perdas são em conteúdo vitamínico, principalmente em alimentos que têm adição de vitaminas após o processamento (margarinas, cereais matinais, biscoitos, yogurtes e achocolatados para o público infantil, além de leites especiais e baby food). Interações com a embalagem - embalagens metálicas: corrosão interna da lata e assimilação dos metais pelo alimento – especialmente prejudicial para alimentos sujeitos à oxidação de lipídios, catalisada pela presença de íons metálicos; deterioração do revestimento interno (verniz); - embalagens celulósicas: migração de componentes dos adesivos Interações com a embalagem - embalagens plásticas: migração de monômeros, resíduos de solventes e aditivos, causando toxidez, off flavours e acelerando reações de oxidação Absorção de aromas do produto pelo polímero – muito comum em café e em sucos cítricos – a migração de compostos do produto para o material da embalagem (polímero) pode alterar suas características de barreira e provocar delaminação de embalagens multicamadas. Por ser bastante inerte, a embalagem de vidro muito raramente sofre interações com o ambiente ou com o alimento. EMBALAGENS DE CELULOSE HISTÓRICO - Egito: papel feito da medula do papiro disposta transversalmente, esmagada e seca. Eram conseguidos papéis finos, compactos e de bom acabamento. - China: primeiro processo em grande escala, desenvolvido por Tsai Lun. O papel era obtido por esmagamento de tecidos e folhas em um pilão com água até a obtenção de um produto pastoso. A pasta era espalhada sobre um tecido de seda (mais tarde eram empregadas formas de bambu) para escorrer a água e depois prensada e seca. HISTÓRICO - até o século XVII o papel era fabricado manualmente, usando-se martelos para o desfibramento. - “Holandesa”: máquina desenvolvida na Holanda para desfibramento em moinhos de vento ou água. Principal matéria prima: cânhamo ou linho, depois foi introduzido o algodão. - início do século XIX – processo contínuo: desenvolvido na França e aperfeiçoado pelos irmãos Fourdrinier. É o processo básico utilizado até hoje. PAPEL E PAPELÃO O que é: aglomerado de fibras vegetais, prensadas, que levará a uma superfície adequada para colar, escrever ou imprimir. MATÉRIA-PRIMA: Madeiras de fibras curtas – imprimir, escrever, fins higiênicos Madeiras de fibras longas - embalagens CONSTITUIÇÃO Celulose: 40-45% Hemicelulose: 15-25% Lignina: 15-30% - problema Outros: até 10% Fontes mais comuns de celulose - algodão: celulose na sua forma mais pura e com microfibrilas mais longas. Usada na fabricação de papéis de altíssima qualidade; - coníferas (árvores resinosas): madeiras de fibras mais longas que geram papéis com maior resistência mecânica. São mais difíceis de branquear; - árvores folhosas: madeira de fibras mais curtas e mais fácil de branquear. Produz papel com menor resistência mecânica; - palha ou restos agrícolas: fonte mais barata, porém de celulose não homogênea. São, emgeral adicionadas de outras fontes de celulose para melhorar as características do papel. Fabricação do Papel Para obtenção da pasta (polpa) de celulose são utilizados basicamente dois métodos: a) Método mecânico: passar a madeira (em pequenas toras) por um triturador e remover o triturado com água. - Não são removidos a lignina e os carboidratos não celulósicos; - Obtém-se maior rendimento; - A polpa só pode ser utilizada na fabricação de papéis com baixa resistência mecânica e sem brilho (papel jornal e papel toalha). Fabricação do Papel b) Método químico: a madeira é cozida ( a 150ºC, sob pressão) com agentes químicos para se obter uma polpa com alto teor de celulose. Fabricação do Papel a) Processo Soda (atualmente pouco utilizado, patenteado na Inglaterra em 1851) Hidróxido de Sódio + Carbonato de Sódio Polpa de textura fina e cor clara, com baixa resistência mecânica b) Processo KRAFT ou Sulfato (é o processo mais utilizado atualmente) Hidróxido de Sódio + Sulfato de Sódio Polpa escura, difícil de ser branqueada e de alta resistência mecânica c) Processo Sulfito (ao contrário dos anteriores é um processo ácido) Bissulfito de Cálcio ou Magnésio + Ácido Sulfuroso Polpa de cor clara e resistência intermediária Fabricação do Papel c) Método combinado (ou polpa semiquímica): Após o cozimento a madeira é triturada em disco refinador; São adicionados na polpa inúmeras substâncias: - caseína, metil e carboximetil celulose, alginato e algodão: aumento da resistência; - dispersão de cera: impermeabilidade a água; - outros melhoradores – misturados diretamente à polpa. Produz polpa escura, difícil de ser branqueada e que fica amarelada quando exposta à luz. Fabricação do Papel - Depois da obtenção da polpa, esta pode ser branqueada (uso de hipoclorito, peróxido de hidrogênio ou dióxido de cloro) - Sofrer a adição de aditivos que conferem características especiais ao papel (menor absorção de água, menor permeabilidade à gordura, etc.) Laminação (fabricação de folhas) Os equipamentos usados são: - tipo Fourdrinier: a pasta é despejada sobre uma tela plana para drenagem da maior parte da água e submetida á secagem por pressão (sob rolamentos); Pode ser usado para qualquer tipo de papel, sendo específico para papéis finos; No caso da produção de papéis mais espessos, após secagem parcial da polpa (camada-base) outras camadas podem ser adicionadas e secas. Laminação (fabricação de folhas) - tipo cilindro: após a drenagem da água em uma mesa plana (tipo Fourdrinier) a pasta é seca por passagem entre cilindros aquecidos. Pode ser usado em série com a secagem por pressão. Laminação (fabricação de folhas) Após a secagem, alguns tipos de papel são submetidos à calandragem (acabamento), o que lhes confere flexibilidade. TIPOS DE PAPEL a) Papéis para embrulho e sacos: ➔Em geral são produzidos com pasta mecânica, semiquímica, de aparas ou restos agrícolas; ➔Sua gramatura pode variar de 20g/m² (papéis tipo seda) até 100 - 120g/m² (papéis tipo hamburguês, para produção de embrulhos em geral); ➔Papéis tipo monolúcido são produzidos com pasta química (método ácido) e branqueados. São usados na fabricação de sacos e laminados com filmes plásticos. São usados em açougues, padarias e no comércio em geral. TIPOS DE PAPEL b) Papelão: especiais para produção de caixas de papelão ondulado. ➔ Miolo: feito de pasta semiquímica e de aparas. Gramatura entre 120 e 150g/m². Usado para ondular; ➔ Capa: 1) de primeira: usa pelo menos 70% de pasta química, gramatura acima de 120g/m², em uma ou várias camadas. 2) de segunda: usa menos de 70% de pasta química. TIPOS DE PAPEL c) Papéis tipo KRAFT ➔ para sacos multifoliados: 100% de pasta química, gramatura entre 80 e 90g/m², alta resistência à tração e ao rasgo. - natural: para embalagens industriais de grande porte - branqueado/monolúcido: usado como folha externa em diversas embalagens (para impressão em cores). TIPOS DE PAPEL c) Papéis tipo KRAFT Para outros fins: 100% pasta química. Gramatura entre 30 e 150g/m². Pode ser natural, branqueado ou em cores. Usado para sacos pequenos, embalagens de açúcar e farinha e para embrulhos em geral. ➔ Kraft de primeira: com pelo menos 50% de pasta química; - Kraft de segunda: com menos de 50% de pasta química. Podem ser branqueados ou não. Menor resistência mecânica. Sacos e embrulhos em geral. TIPOS DE PAPEL d) Papel cartão ➔ Papel multicamadas: resultante da união de várias camadas de papel e sobrepostas. Nessas camadas podem ser usadas celulose virgem e material reciclado. ➔ Para embalagens de alimentos é necessário o uso de material de melhor qualidade, em geral polpa virgem de processo tipo Kraft ou ácido (dependendo da rigidez desejada). TIPOS DE PAPEL d) Papel cartão ➔O custo mais alto deste material é compensado por sua maior rigidez que permite o uso de cartões com espessura 10% inferior, para resistência equivalente; ➔Usado na produção de caixas rígidas, cartuchos, multipacks e latas compostas. TIPOS DE PAPEL e) Celofane: filme transparente de celulose ➔A pasta é tratada com soda cáustica e sulfeto de carbono e sofre extrusão para formação do filme; ➔O filme é lavado com ácidos ficando transparente e brilhante; ➔Durante a fabricação da pasta, são adicionados agentes plastificantes e amaciadores (em geral glicóis) que garantem a manutenção de um certo teor de umidade no filme, o que evita que ele se torne quebradiço. O filme é, então, seco e bobinado. TIPOS DE PAPEL ➔Em geral o celofane recebe algum tipo de “coating” em uma ou nas duas faces do filme; ➔Isto garante notável barreira a gases e protege o filme contra a perda de água; ➔ Os recobrimentos mais comuns são com nitrocelulose, PVdC (policloreto de vinilideno) e polietileno, sendo este último mais utilizado por conferir excelente termossoldagem. TIPOS DE PAPEL O filme de celofane causou uma revolução quando foi lançado por ser o primeiro material flexível e transparente para embalagens; Até hoje encontra grande utilidade principalmente por não derreter (como os filmes plásticos) durante a selagem e a aplicação e secagem de tintas e vernizes. Principais tipos de embalagens celulósicas SACOS - Com fundo reto, costurado ou colado e lateral sanfonada; - Com fundo automático ou plano: podendo ter lateral simples ou sanfonada. Caracterizam-se por sua forma plana na base (o saco fica em pé sozinho, quando aberto); - Com fundo reto, colado ou costurado, e lateral simples. Tipos de Sacos SACOS Sacos de papel podem apresentar janelas de filmes transparentes (em geral PVC ou poliestireno) para visualização do produto. Tipos de Fechamento: - dobra dupla + colagem; - costura; - fita adesiva. CARTUCHOS ➔Embalagens muito utilizadas tanto no varejo quanto para fins industriais pois permitem embalagem automatizada em equipamentos de alta velocidade; ➔São ideais para impressão em cores e têm grande superfície para exposição do nome do produto e para propaganda. CARTUCHOS ➔Garantem facilidade de estocagem (empilhamento) com boa identificação do produto; CARTUCHOS - CARTUCHOS MONTADOS: Vendido pelo fabricante pronto para o uso. ➔caixas rígidas consistindo de caixa e tampa, podendo conter divisões, gavetas, plataformas internas, etc. ➔Despachadas prontas para serem enchidas. CARTUCHOS - CARTUCHOS DOBRADOS: ➔São cortados e vincados na cartonagem e montados na linha de empacotamento, podendo ser fechados por colagem ou encaixe;➔Podem receber revestimento, interno e externo, de filmes plásticos que conferem maior barreira, brilho e a possibilidade de termossoldagem e ainda conter janelas de visualização, picotes de fácil abertura, etc. Dobrados Estruturas Laminadas –aumentar resistência mecânica - Estrutura das caixas longa vida Longa vida (Externo) 2 poliolefina/Papel/PE/Alumínio/ 2 poliolefina (Interno) Embalagens Combibloc Combibloc Combishape Combisafe Sistemas de fechamento Sistemas de fechamento PRINCIPAIS TIPOS DE CARTUCHOS Existe uma grande variedade de modelos e tipos de fechamento para cartuchos. O tipo mais comum, chamado “dobra reversa”, consiste de uma chapa de cartão dobrada sobre si mesma e colada em um dos lados para formar um corpo retangular, tem tampa e fundo sobrepostos. PRINCIPAIS TIPOS DE CARTUCHOS Os cartuchos tipo display têm o formato de uma bandeja e consistem basicamente de uma chapa de cartão com todos os quatro lados dobrados em ângulo reto em relação a chapa principal, sendo que um dos lados apresenta uma extensão que funciona como tampa PRINCIPAIS TIPOS DE CARTUCHOS “flip-top” Multipacks São embalagens cartonadas, de uso varejista, para facilitar o manuseio e o transporte de garrafas, latas, etc, em nível de consumidor final. Para este tipo de embalagem, que necessita de alta resistência mecânica, são usados cartões mais espessos, de polpa Kraft. Papelão Ondulado - Papelão ondulado: estrutura formada por um ou mais elementos ondulados (miolos) fixados a um ou mais elementos planos (capas ou faces) por meio de adesivos no topo das ondas. - Chapa: folha de papelão ondulado, plana, definida por 3 dimensões: largura (medida paralela às ondas), comprimento (perpendicular) e espessura (distância entre as duas faces externas da chapa) – dada em “mm”. Miolo – confere ao papelão ondulado diferentes características contra choques, compressão e esmagamento, dependendo do tipo de ondulação Papelão Ondulado CLASSIFICAÇÃO DO PAPELÃO ONDULADOCLASSIFICAÇÃO DO PAPELÃO ONDULADO Face simples – um elemento ondulado (miolo) e um elemento plano (capa) Parede Simples - um elemento ondulado (miolo) e dois elementos planos (capa) Parede Dupla - dois elementos ondulados (miolo) e três elementos planos (capa) Parede Tripla - três elementos ondulados (miolo) e quatro elementos planos (capa) Face SimplesFace Simples Parede SimplesParede Simples Parede DuplaParede Dupla Tipos de Ondas CARACTERISTICAS DOS CARACTERISTICAS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ONDAPRINCIPAIS TIPOS DE ONDA 31 – 381,2 – 1,4E 13 – 183,6 – 3,7C 16 – 182,5 – 2,6B 11 – 134,2 – 4,5A Números de Onda (10 cm) Altura da Onda (mm) Tipos de Onda Tipos de Ondas Tipos de Ondas O tipo de onda influencia principalmente a proteção contra CHOQUES e a RESISTÊNCIA AO ESMAGAMENTO. - ondas mais altas são mais difíceis de dobras no vinco, oferecem mais acolchoamento e, portanto, maior resistência a choques e punção; - ondas menores oferecem maior resistência ao rasgo e ao esmagamento e são mais fáceis de dobrar. APLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDAAPLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDA Onda A – Melhor capacidade de absorção de choque, difícil de vincar. Utilizada para transportes de equipamentos, especialmente para exportação. Onda B – Mais usada quando requer maior resistência ao esmagamento. Ex. produtos enlatados, pois já são resistentes, não exigindo da caixa resistência durante empilhamento, mas sim ao esmagamento devido as bordas das latas APLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDAAPLICAÇÕES DOS TIPOS DE ONDA Onda C – Intermediária entre as ondas A e B. Ex. produtos incapazes de suportar cargas de empilhamento sem se deformar, tais como lenços de papel, biscoitos, sabão em pó em caixa. Onda E – De maior resistência ao esmagamento, utilizada para separação de unidades ou camadas. Ex. separação das camadas de latas de óleo, em caixas de papinha de neném. Caixa de papelão Ondulado Embalagem rígida, formada por uma ou mais chapas de papelão ondulado, vincadas para permitir as dobras que formarão as faces. As dimensões da caixa são sempre dadas na seguinte ordem: comprimento x largura x altura e se referem às dimensões internas da caixa. Caixa de papelão Ondulado Na confecção de caixa de papelão ondulado de parede dupla, tripla ou múltipla são utilizadas diferentes combinações de ondas para conferir diferentes propriedades às caixas. Nas laterais, as ondas devem ficar sempre na vertical, para conferir maior resistência ao empilhamento Caixa de papelão Ondulado Caixas para frascos de vidro devem oferecer maior resistência a choques – uso de ondas altas; Caixas para latas devem oferecer resistência ao esmagamento e serem resistentes ao rasgo visto que as extremidades da latas são finas e podem romper a base da caixa – uso de ondas menores. Principais tipos de caixas de papelão a) normal: todas as abas têm o mesmo comprimento, assim, as externas se unem no centro mas as internas não. Baixo custo e uso mais difundido; b) especial: abas internas e externas se unem no centro; c) normal com aba total: as abas internas não se encontram mas as externas se sobrepõem totalmente; d)especial com aba total: abas internas se unem no centro e externas se sobrepõem totalmente; tipos b, c e d são variações da caixa normal que são mais caras e usadas para fins especiais, em geral que necessitam de maior rigidez na base. Vantagens das embalagens de papelão ondulado ➔Menor peso apesar da sua rigidez; ➔Capacidade de amortecer choques; ➔Mais baixo custo em comparação com as de outros materiais rígidos; ➔Facilidade de impressão, manuseio, receber adesivos, aceitar grampos metálicos, de combinar outros materiais (plástico, alumínio) ➔Conservação de odor, coloração e umidade dos vegetais. Vantagens das embalagens de papelão ondulado ➔Aptidão para as operações de corte, vincagem e colagem; ➔Excelente compatibilidade com produtos alimentícios; ➔Quando impermeabilizadas, resistem a longos transportes e armazenamento; ➔Permite a reciclagem do material utilizado, para nova matéria-prima; ➔Não constituem problemas de poluição. Emprego das embalagens de papelão ondulado ➔Para vegetais: ➔ Providas de segurança mecânica; ➔Munidas de dispositivos necessários para não interromper a circulação do ar e com isso não interromper a respiração do produto; ➔Usada tanto no mercado interno quanto externo, para a exportação de frutas; ➔Em casos especias, uso de caixas tratadas por revestimentos internos e impregnadas de substâncias destinadas a impedir o crescimento de mofos nas superfícies das frutas; Emprego das embalagens de papelão ondulado ➔Para carnes: ➔Carnes bovinas, aves, pescado, tanto congeladas como em estado fresco; ➔O principal problema – elevado teor aquoso; ➔Utilização de embalagens impermeabilizadoras; ➔Quando retirada do frigorífico a embalagem não impermeabilizada fica umedecida pela condensação que ocorre nas suas paredes interna e externa. Emprego das embalagens de papelão ondulado ➔Para recipientes de vidro: ➔ A caixa deve ser acolchoada, reforçada por acessórios, como tiras de papelão intercaladas entre os recipientes, para que possa resistir aos choques e impactos de direção lateral e sobre a parte superior da caixa. ➔Essa capacidade de proteção é bastante influenciada pela gramatura, densidade e elasticidade do papelão, pela altura e número de ondas. Emprego das embalagens de papelão ondulado ➔ Caixa para enlatados:➔Quando é grande o peso dos produtos ou as latas são dispostas em várias camadas, precisa ser fortificada, para que resista aos choques e forças de compressão, deve ser fabricada com papelão sólido e resistente e envolvida por material plástico ou metálico. Latas Compostas São definidas como cilindros de material celulósico (em geral cartão), com tampa e fundo de material metálico, podendo conter diferentes camadas de filmes e outros materiais, para melhor proteção/apresentação. Batata Pringles e fermento químico. Latas Compostas Revestimento interno (liner): formado por um laminado de papel/ alumínio/ poliolefina, depende das necessidades do alimento. Responsável pela solda e propriedades de barreira da embalagem. Corpo (alma): constituído de cartão de polpa kraft, confere rigidez a embalagem. Revestimento externo (rótulo) : aparência externa da embalagem. Em geral de papel branqueado e pode ser laminado de papel/alumínio/ poliolefina. Tampa e fundo: de folha de flandres, Opção de tampa plástica de fechamento fácil. Produção de Latas Compostas Latas Compostas As latas compostas são mais leves que as latas metálicas convencionais e menos sujeitas à corrosão; Sua montagem (fabricação) é mais complexa (embora seja feita em equipamentos de alta velocidade); É menos reciclável, como todo material laminado. Controle de Qualidade de Materiais Celulósicos Condicionamento: uma vez que a umidade do material (em extensão à umidade relativa do ambiente) influencia fortemente as características do papel, todos os ensaios devem ser conduzidos com amostras e corpos de prova previamente condicionadas em ambiente padrão (UR %=65; 20ºC: normas brasileiras), pelo tempo necessário para que se estabeleça o equilíbrio. 1. Gramatura: peso/unidade de área, dada em g/m², determinada em condições padronizadas; 2. Espessura: dada em “mm”, medida com micrômetro, em condições padrão. São importantes para caracterização para fins comerciais mas não são bons indicadores de resistência, uma vez que esta depende muito do material utilizado. C.Q. Geral C.Q. Papel 1. Resistência ao rasgo: importante para sacos. Força necessária para rasgar um comprimento determinado de papel; 2. Resistência à tração: importante para sacos. Força necessária para romper tiras de papel tracionadas por garras pelas extremidades; 3. Resistência ao estouro: usa um diafragma de borracha dentro de um saco de papel e mede a pressão necessária para que haja rompimento do mesmo. Não é considerada uma boa medida de resistência; 4. Porosidade ou Permeabilidade ao ar: mede o volume de ar que passa por uma certa área do papel em condições padrão de pressão e tempo. Importante para sacos que devem deixar o ar sair, depois de fechados, sem se romper. C.Q. Cartão 1. Rigidez: força necessária para dobrar um corpo de prova apoiado sobre uma superfície fixa por uma das extremidades 2. Resistência ao dobramento: verifica-se se as faces se rompem ao serem dobradas e o número de dobramentos que o material suporta até ser danificado C.Q. Papelão Ondulado 1. Rigidez: idem cartão; 2. Resistência à perfuração: força necessária para a penetração de um êmbolo de dimensões padronizadas; 3. Resistência ao esmagamento da onda: avaliação da qualidade do miolo e estabilidade da espessura; 4. Absorção de água: determinada por método gravimétrico, em condições padrão. 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