Buscar

Desnutrição Proteico energetica Aula 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

09/05/2016 
1 
Desnutrição Proteico-Energética 
É uma consequência da ingestão inadequada 
de proteínas e calorias, ou de deficiências na 
digestão ou absorção de proteínas, resultando 
na perda de tecido gorduroso e muscular, 
perda de peso, letargia e fraqueza 
generalizada. 
Desnutrição Proteico-Energética (DPE) 
• É uma doença séria e frequentemente letal que 
afeta crianças. 
• É comum em países de baixa renda, onde até 
25% das crianças podem ser afetadas, e onde é 
um fator principal nas altas taxas de mortalidade 
entre crianças com menos de 5 anos de idade. 
Desnutrição Proteico-Energética (DPE) Insuficiência Dietética 
• Uma dieta adequada deve fornecer: 
 Energia suficiente, na forma de carboidratos, 
gorduras e proteínas, para as necessidades 
metabólicas diárias do corpo; 
 Aminoácidos e ácidos graxos para serem 
utilizados como blocos de construção para a síntese 
estrutural e funcional das proteínas e lipídios; 
Insuficiência Dietética 
• Uma dieta adequada deve fornecer: 
 Vitaminas e minerais, que funcionam como 
coenzimas ou hormônios nas vias metabólicas 
vitais ou, como no caso do cálcio e do fosfato, 
como componentes estruturais importantes. 
 
Insuficiência Dietética 
• Na desnutrição primária, um ou todos estes 
componentes estão faltando na dieta. 
• Na desnutrição secundária, o fornecimento de 
nutrientes é adequado, mas a desnutrição resulta 
da ingestão insuficiente, má absorção, utilização ou 
armazenamento debilitado, perda excessiva ou 
aumento das necessidades de nutrientes. 
09/05/2016 
2 
Desnutrição Primária Grave 
• Marasmo – ↓ da quantidade total de 
alimentos, ou seja fome, também chamada de 
desnutrição calórica total. 
• Kwashiorkor – alteração na composição dos 
alimentos consumidos, ou seja, alteração da 
qualidade da dieta. 
 Do ponto de vista funcional, há dois compartimentos de 
proteínas regulados diferentemente no corpo: 
 O compartimento somático, representado por proteínas dos 
músculos esqueléticos; 
 O compartimento visceral, representado pelo 
armazenamento de proteínas nos órgãos viscerais, 
principalmente no fígado. 
Desnutrição Primária Grave 
Marasmo 
Definição – condição relacionada com má nutrição 
que resulta numa deficiência total (energético-
proteico). 
• Criança – o peso é ↓ para 60% do normal para o sexo, altura e idade. 
• Sofre retardo no crescimento e perda muscular (catabolismo e 
depleção do compartimento somático proteico) - reação de 
adaptação que fornece ao corpo aminoácidos como fonte de energia. 
• A gordura subcutânea é mobilizada e utilizada como combustível. 
• O compartimento visceral, que é presumivelmente mais precioso e 
crítico para a sobrevivência, é apenas marginalmente esvaziado, e 
logo os níveis séricos de albumina são ou normais ou discretamente 
reduzidos. 
Marasmo 
• A produção de leptina é ↓, o que pode estimular o eixo 
hipotalâmico-hiporisário-suprarrenal a produzir altos níveis de 
cortisol, que contribuem para a lipólise. 
• Há evidência de deficiência imune, especialmente da imunidade 
mediada por células T → infecções concomitantes impõe demandas 
nutricionais adicionais. 
• A concentração de beta-lipoproteína (transporte de triglicerídeos do 
fígado para os depósitos de gordura no corpo) também está mantida 
→ não-aparecimento de esteatose hepática 
Marasmo 
09/05/2016 
3 
Kwashiorkor 
• Ocorre quando a falta de proteínas é relativamente 
maior do que a redução de calorias totais. 
• Essa é a forma mais comum de DPE 
vista em crianças africanas que 
desmamaram muito cedo e foram 
alimentadas, quase que 
exclusivamente, com uma dieta de 
carboidratos. 
• A escassez de proteína é marcada e está associada à perda 
intensa do compartimento proteico visceral, e a 
hipoalbuminemia resultante desperta um edema 
generalizado ou dependente. 
• A perda de peso nesses pacientes é mascarada pelo 
aumento da retenção de líquidos. 
• Ainda em contraste com o marasmo, há uma economia da 
massa gordurosa e muscular. 
Kwashiorkor 
• Possuem lesões na pele características, com zonas alternadas 
de hiperpigmentação, áreas de descamação, e 
hipopigmentação, dando uma aparência de “tinta descamada”. 
• Alterações no cabelo incluem perda geral da cor ou partes 
alternando entre pálidas e escuras. 
• Esteatose hepática (resultante da síntese reduzida do 
componente transportador de proteína das lipoproteínas). 
• As deficiências vitamínicas são prováveis, assim como defeitos 
na imunidade e infecções secundárias. 
Kwashiorkor 
09/05/2016 
4 
DPE secundária 
• Desenvolve-se com frequência em pacientes cronicamente doentes, 
idosos e acamados. 
• Os sinais mais óbvios da DPE secundária incluem: 
 Depleção da gordura subcutânea nos braços, parede torácica, 
ombros ou regiões metacárpicas; 
 Desgaste do quadríceps femoral e do músculo deltoide; 
 Edema no tornozelo ou no sacro. 
• Pacientes desnutridos acamados ou hospitalizados têm um aumento 
no risco de infecção, sepse, cicatrização debilitada e morte após 
cirurgia. 
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA 
Fisiopatologia 
Privação Energético-Proteica 
 
 Repercussão em todos os órgãos e sistemas 
 
Mecanismos Adaptativos: 
Diminuição do Metabolismo Basal 
 Hipoatividade 
 Ganho Ponderal Insuficiente 
 Diminuição da Velocidade de Crescimento (fases mais 
 tardias) 
 
DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO-PROTEICA 
Fisiopatologia 
DEP 
Utilização de reservas energéticas: 
Lipídeos 
Proteínas 
Aumento dos hormônios catabólicos 
(GH, cortisol, glucagon,epinefrina etc) 
 Diminuição dos hormônios anabólicos 
(insulina) 
Aumento da Gliconeogenese 
“Equilíbrio Metabólico Compensatório” 
 Repercussões 
em tecidos 
e órgãos 
Principais Características Clínicas no 
Diagnóstico Diferencial 
Achados clínicos 
e laboratoriais 
Marasmo Kwashiorkor 
Alteração crescimento (peso, altura) + + + + 
Atrofia muscular + + + + + + 
Gordura subcutânea Ausente Presente 
Edema Ausente Presente 
Dermatoses Raras Comuns 
Alteração de cabelos + + + + 
Hepatomegalia Rara Frequente 
Atraso Desenvolvimento + + + + 
Achados clínicos 
e laboratoriais 
Marasmo Kwashiorkor 
Atividade física Diminuída Muito diminuída 
Diarreia + + + + + + 
Albumina Sérica Normal Baixa 
Água Corporal Aumentada Muito Aumentada 
Potássio corpóreo Baixo Muito baixo 
Anemia Comum Muito comum 
Principais Características Clínicas no 
Diagnóstico Diferencial

Outros materiais