Buscar

Resumo de Funções BIológicas: Nutrição e Metabolismo



Continue navegando


Prévia do material em texto

Módulo
	Metabolismo 
	Conteúdo
	Nutrição
	
	Tutoria
	PB01
	Fechamento
�
Obj. 01 – O suprimento energético diário necessário aos humanos para manutenção do peso e homeostase
BALANÇOS DIETÉTICOS:
A estabilidade do peso e da composição corporais, por períodos prolongados, exige que a ingestão e o gasto energético estejam balanceados. 
A necessidade nutricional é definida com a quantidade de energia e nutriente biodisponivel nos alimentos que em um indivíduo sadio deve ingerir para satisfazer suas necessidades fisiológicas normais e prevenir sintomas de deficiência. 
Uma vez que os diferentes alimentos contêm diferentes proporções de proteínas, carboidratos, gorduras, minerais e vitaminas, balanços adequados devem, igualmente, ser mantidos entre esses constituintes de modo que todos os segmentos dos sistemas metabólicos corporais possam ser supridos com os materiais necessários.
Todos os dias, é necessário energia suficiente para realizar as funções básicas do corpo e para manter a atividade física. 
Superalimentação ( ingestão energética em excesso ( o excesso de energia é armazenado sob a forma de gordura no copo ( aumento do peso corporal = obesidade.
Ingestão energética insuficiente ( não suprimento das necessidades metabólicas do corpo ( perda de massa corporal = inanição.
Além de fornecer energia, a dieta fornece precursores para as biossínteses de compostos necessários para a estrutura, função e sobrevivência celular e tecidual. Entre esses precursores, estão ácidos graxos essenciais e aminoácidos (aqueles que o corpo necessita, mas não pode sintetizar). A dieta também deve fornecer vitaminas, minerais e água.
Requisitos metabólicos: sintetizar tudo o que não é suprido pela dieta e proteger o meio interno de toxinas e de condições variáveis no meio externo.
ENERGIA DISPONÍVEL NOS ALIMENTOS:
Os alimentos da dieta são os substratos que fornecem energia na forma de calorias. Essa energia é utilizada para a realização de diversas funções, como movimento, pensamento e reprodução.
Quando esses substratos energéticos são oxidados a CO2 e H2O nas células, é liberada energia pela transferência de elétrons para o O2. A energia desse processo de oxidação gera calor e trifosfato de adenosina (ATP)(RESPIRAÇÃO.
Carboidratos: A energia liberada por 1g de carboidrato, à medida que é oxidada a dióxido de carbono e água, é de 4,1 Calorias.
[Amido, Sacarose, Lactose, Frutose e Glicose] 
Possui 98% em média de taxa de absorção no TGI.
Proteínas: A medida que cada grama de proteína é oxidada a dióxido de carbono, água e ureia, a energia liberada é de 4,5 Calorias.
[Possui Carbono, Hidrogênio, Oxigênio e 16% de Nitrogênio por peso]
Possui 92% em média de taxa de absorção no TGI.
A necessidade diária média de Proteína é de 30 a 50 gramas.
Gorduras: A energia liberada pelos lipídios é de 9,3 Calorias. 
Gorduras são lipídios compostos de triacilgliceróis. Uma molécula de triacilglicerol contém 3 ácidos graxos esterificados a uma porção de glicerol.
As gorduras contêm muito menos oxigênio do que há contido em carboidratos ou proteínas. Portanto, elas são mais reduzidas e liberam mais energia quando oxidadas. A oxidação completa de triacilgliceróis a CO2 e H2O no corpo libera aproximadamente 9 Kcal/, mais do que duas vezes a energia liberada de uma quantidade equivalente de carboidrato ou proteína.
Possui 94% em média de taxa de absorção no TGI.
Qualquer substrato energético da dieta que exceder as necessidades imediatas de energia é armazenado, principalmente, como triacilglicerol (gordura) no tecido adiposo, como glicogênio no músculo, no fígado e em outras células e, em alguma quantidade, como proteína no músculo. É o substrato energético que será retirado dessas reservas e oxidado para fornecer energia nos momentos de jejum e sono.
Alcool: O etanol (CH3CH2OH) é oxidado a CO2 e H2) no corpo e libera aproximadamente 7Kcal/g.
RESERVAS DE SUBSTRATOS ENERGÉTICOS DO CORPO:
O triacilglicerol adiposo (triglicerídeo) é a principal reserva de substrato energético do corpo. Isso, porque é o que contém mais calorias por grama e pelo fato de que tecidos adiposos não contém muita água (apenas cerca de 15%).
Além das reservas de gordura, o corpo também possui reservas de carboidrato na forma de glicogênio, localizado principalmente no fígado e nos músculos. O glicogênio hepático é utilizado para manter níveis de glicose sanguínea entre as refeições e o glicogênio muscular fornece energia para a contração muscular durante o exercício.
A proteína muscular é essencial para o movimento corporal. Outras proteínas funcionam como enzimas ou como componentes estruturais de células e tecidos.
GASTO DIÁRIO DE ENERGIA (GDE):
Consumo de alimentos = Gastos diários de energia
GDE = TMR ou TMB (taxa metabólica de repouso ou basal) + Atividade Física + TID (termogênese induzida pela dieta)
( Taxa metabólica de repouso: medida da energia necessária para manter a vida.
( Taxa metabólica basal: o gasto de energia de uma pessoa mental e corporamental em repouso em um ambiente de temperatura neutra 12 a 18 horas após uma refeição. É afetada por tamanho corporal, idade, sexo e outros fatores. É proporcional à quantidade de tecido metabolicamente ativo e à massa corporal magra.
TMB em pessoas grandes > TMB em pessoas pequenas.
TMB em mulheres > TMB em homens (mesmo peso). ( as mulheres possuem mais tecido adiposo metabolicamente inativo.
Aumento em 12% com cada grau centígrado aumentado na temperatura corporal.
Hipertireoidismo aumenta a TMB, enquanto o hipotireoidismo diminui a TMB.
Os valores de TMR e TMB diferem pouco. 
( Atividade física: 
Energia necessária por dia para atividade física é de 30 % da TMR para pessoas muito sedentárias, 60 a 70% da TMR para pessoas que treinam moderadamente em torno de duas horas por dia e 100% ou mais da TRM para pessoas que fazem várias horas de exercício por várias horas. 
 
( Termogênese induzida pela dieta: é o efeito térmico dos alimentos (ETA).
Após a ingestão de alimento, a taxa metabólica amenta devido à energia necessária para digerir, absorver, distribuir e armazenar energia. 
*IMC 
 
NECESSIDADES E DIRETRIZES DIETÉTICAS 
A Recomendação Dietética Adequada (RDE) e a Ingesta Adequada (IA) fornecem estimativas quantitativas das necessidades de nutrientes. 
A RDA para um nutriente é o nível de ingesta média necessária por dia para corresponder às necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis em um grupo de gênero e estágio de vida particular. 
Nenhum carboidrato foi identificado como necessário na dieta, eles podem ser sintetizados a partir de aminoácidos, e um tipo de carboidrato pode ser convertido em outro. Porém, uma dieta baixa em carboidratos deve conter grandes quantidades de gordura para fornecer a energia necessária. Sendo que dietas ricas em gordura estão associadas a obesidade, aterosclerose e outros problemas de saúde. 
Ácidos graxos essenciais são necessários na dieta, pois ácidos graxos com ligações duplas não podem ser sintetizados. Assim, o ácido alfa-linoléico e o ácido-linolênico são fornecidos por óleos de plantas da dieta, e o ácido eicosapentanóico (EPA)e ácido docosa-hexanóico (DHA) são fornecidos por óleos de peixes.
A RDA para proteínas é aproximadamente 0,8 g de proteína de alta qualidade (origem animal – pois contém todos os aa essenciais em quantidades adequadas), por quilograma de peso corporal ideal, ou aproximadamente 60g/dia para homens e 50g para mulheres. 
Aminoácidos essenciais na dieta de um adulto humano: lisina, isoleucina, leucina, tronina, valina, triptofano, fenilalanina, metionina, histidina e arginina. 
Devem ser ingeridas cinco ou mais porções de vegetais e frutas por dia e seis ou mais porções diárias de grãos.
A ingesta de gorduras deve ser reduzida. Não deve corresponder a mais do que 30% do total de calorias da dieta, e ácidos graxos saturadosdevem corresponder a 10% ou menos.
Ácidos graxos trans, tais como os óleos vegetais parcialmente hidrogenados utilizados na margarina, devem ser evitados
A ingesta de sódio deve ser diminuída na maioria dos indivíduos. O sódio é geralmente consumido como sal, NaCl, Indivíduos com tendência à hipertensão sensível ao sal devem ingerir menos de 3g por dia (aproximadamente 6g de NaCl).
Obj. 02 – A atuação das vitaminas e sais minerais no organismo
Função: As vitaminas são compostos orgânicos necessários em pequenas quantidades para o metabolismo normal e que não podem ser fabricadas pelas células do corpo (biossintetizados). São elementos nutritivos essenciais para a vida (VITA), que na sua maioria possuem na sua estrutura compostos nitrogenados (AMINAS) essenciais para o crescimento e o funcionamento metabólico normal de um organismo. São ativas em doses mínimas. Não apresentem valor energético inerente. 
>> As vitaminas são armazenadas em quantidades desprezíveis em todas as células. 
>> Algumas vitaminas são estocadas, em maior grau, pelo fígado (vitamina A e D).
>> O armazenamento da maioria das vitaminas hidrossolúveis é relativamente desprezível. Especialmente dos compostos da vitamina B (exceto a vitamina B12, que pode ser conservada no fígado por um ano ou mais) uma vez que a sua deficiência apresenta sintomas rapidamente, assim como a vitamina C (ex. escorbuto).
Tipos e fontes:
VITAMINA A (RETINOL, RETINAL, RETINALDEÍDO OU ÁCIDO RETINÓICO) 
Existe nos tecidos animais sob a forma de retinol. 
A vitamina A não existe nos alimentos de origem vegetal, mas as provitaminas (pigmentos carotenoides amarelos e vermelhos, como o beta caroteno) para a sua formação existem em abundância. 
Essas provitaminas, devido a semelhança estrutural com a vitamina A, podem ser convertidas à ela no fígado.
A sua função básica é a formação dos pigmentos retinianos (visuais) dos olhos. A rodopsina contém um cromóforo chamado retinal, que é um aldeído do retinol ou vitamina A. 
>Componente estrutural dos pigmentos visuais da retina, fotorrecepção<
>> Previne a cegueira noturna.
É igualmente necessária para o crescimento normal da maioria das células corporais e, em especial, para o crescimento e proliferação normal dos diferentes tipos de células epiteliais.  
>Diferenciação celular, reconhecimento celular, crescimento e desenvolvimento<
Também possui funções imunológica e na reprodução. Tem sido denominada como vitamina anti-infecção.
Encontrada no fígado, gordura do leite, ovos, óleo de fígado de bacalhau, vegetais folhosos verde-escuros e vegetais e frutas amarelam-alaranjados. 
COMPLEXO B:
VITAMINA B1 (TIAMINA)
A tiamina opera nos sistemas metabólicos do corpo, principalmente sob a forma de pirofosfato de tiamina, esse composto funciona como carboxilasem agindo em sua maior parte em conjunção com uma descarboxilase proteica, para descarboxilação do ácido pirúvico e de outros alfa-cetoácidos.
É, especificamente, necessária para o metabolismo final dos carboidratos e de muitos aminoácidos. Atua, portanto, como coenzima em vários complexos enzimáticos envolvidos no metabolismo de carboidratos.
A sua deficiência provoca lesões no sistema nervoso central e periférico (redução da utilização de glicose pelo tecido nervoso, e utilização de corpos cetônicos derivados do metabolismo lipídico), degeneração das bainhas e mielina, gera insuficiência cardíaca e vasodilatação periférica (resultado da liberação diminuída de energia metabólica pelos tecidos), além de distúrbios do TGI (indigestão, constipação grave, anorexia, atonia gástrica e hipocloridria, como resultado da insuficiência da musculatura lisa e das glândulas). 
Encontrada no levedo de cerveja, fígado, grãos integrais.
VITAMINA B2 (RIBOFLAVINA) 
Atua como coenzima no metabolismo de ácidos graxos e glicose, na conversão de piridoxina a piridoxal fosfato, na biossíntese de niacina a partir do triptofano, combate ao dano oxidativo de células.
Riboflavina + Ácido Fosfórico ( Flavina-adenina dinucleotídeo (FAD) e Flavina-mononucleotídeo (FMN). [coenzimas]
Ela funciona como transportadores de hidrogênio, em importantes sistemas oxidativos das mitocôndrias. 
A NAD, funcionando em associação com desidrogenases específicas, normalmente, aceita o hidrogênio removido dos diversos substratos alimentares, repassando-o então à FMN ou à FAD, por fim, o hidrogênio é liberado como íon dentro da matriz mitocondrial, para ser oxidado pelo oxigênio.
Sua deficiência debilita o sistema devido à depressão generalizada dos processos oxidativos no interior das células. 
Distúrbios digestivos, sensações de queimação da pele e dos olhos, distúrbios digestivos, rachaduras dos cantos da boca, cefaleias, depressão mental, esquecimento, etc.
É encontrada em vegetais folhosos verdes, fígado, leite integral.
VITAMINA B3 (NIACINA)
Atua como coenzima no metabolismo de carboidratos, lipídeos e aminoácidos.
É também denominada como ácido nicotínico e funciona no organismo como coenzima, sob a forma de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD) e de nicotinamida adenina dinucleotideo fosfato (NADP). Essas coenzimas são aceptoras de hidrogênio, elas se combinam com os átomos de hidrogênio, à medida que eles são removidos dos substratos alimentares, por diversos tipos de desidrogenases.
Quando existe deficiência de niancina, a intensidade normal de desidrogenação não pode ser mantida, consequentemente, a transferência oxidativa da energia dos alimentos para os elementos funcionantes de todas as células não pode ocorrer em níveis normais. 
>>Pelagra
É encontrada em carnes magras, carnes de aves, peixes, amendoim e levedos.
VITAMINA B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO)
Envolvida nos processos de síntese de ácidos graxos, colesterol, e no metabolismo de alcoóis, aminas e aminoácidos e ativação de ácidos graxos para formação de triglicerídeos.
É incorporada ao organismo, principalmente na coenzima A (CoA), que é metabolicamente responsável pela conversão do ácido pirúvico descarboxilado em acetil-CoA, antes de sua entrada no ciclo do ácido cítrico e degradação das moléculas de acetil-CoA.
 
A carência do ácido pantotênico pode levar à depressão do metabolismo dos carboidratos e dos lipídios.
Encontrada no fígado, coração, cogumelos, abacate, brócolis, gema de ovo, levedo, leite, batata doce.
VITAMINA B6 (PIRIDOXINA)
Existe nas células, sob a forma de piridoxal fosfato, atuando como coenzima para muitas reações químicas, relacionadas ao metabolismo dos aminoácidos e das proteínas.
Seu papel mais importante é o de coenzima no processo de transaminação para a síntese de aminoácidos. 
Encontrada em sarnes produtos de grãos integrais (trigo), vegetais e nozes.
VITAMINA B8 (BIOTINA)
Atua como carregador de carboxila ligado às enzimas carboxilas envolvidas na glicoenogênese, na síntese dos ácidos graxos e também na transcrição de algumas enzimas orgânicas.
Encontrada no amendoim, amêndoa, proteína de soja, ovos, iogurte, leite, batata doce.
VITAMINA B9 (ÁCIDO FÓLICO)
Co-substrato enzimático em relações de síntese no metabolismo de aminoácidos e nucleotídeos (síntese e reparação do DNA), essencial para maturação e formação de glóbulos vermelhos e brancos na medula óssea.
Fígado, cogumelos, vegetais de folhas verdes, carne bovina magra, batatas, pão de trigo integral.
VITAMINA B12 (CIANOCOBALAMINA)
Atua como coenzima aceptora de hidrogênio. Sua função principal é agir como coenzima para reduzir ribonucleotídeos a desoxirribonucleotídeos, passo necessário para a replicação genética.
Isso justifica as funções principais da VB12: promoção do crescimento e promoção da formação e maturação das hemácias (função eritrocitária). 
A vitamina B12 está envolvida em duas reações no organismo:
Transferência de um grupo metila do N5-metil – FH4 para a homicisteína para formar metionina. 
Tetraidrofolato >> recebe C da Serina >> C é reduzidoao nível metil e transferido pra B12 >> forma metilcobalamina >> transfere o grupo metil pra homocisteína >> é convertida em metionina pela enzima metionina-sintase. 
Rearranjo do grupo metila da L-metilmalonil-CoA para formar succinil-CoA.
Atua, portanto, no metabolismo de propionato, aminoácidos e carbonos simples, sendo principalmente importantes no metabolismo das células do TGI, medula óssea e tecido nervoso.
Produtos lácteos, ovos, peixes, aves, frutos do mar e carnes.
Absorção e transporte da VB12
A B12 livre quando ingerida liga-se a proteínas chamadas ligadora-R ou R-binder ou haptocorinas ou transcobalamina I (secretadas pelas glândulas salivares e mucosa gástrica) 
A B12 ligada a proteínas da dieta é liberada dessas pela atuação das proteases digestivas no estômago e no intestino delgado. A B12 irá ligar-se nas haptocorinas, que serão digeridas pelas proteases pancreáticas. A B12 liga-se, então, ao fator intrínseco. O complexo fator intrínseco-B12 se liga a receptores específicos no segmento terminal do intestino delgado conhecido como íleo e, em seguida, é internalizado.
A b12 dentro do enterócito forma complexo com a transcobalamina II e, então, é liberada na circulação. O complexo transcobalamina II-B12 entrega a B12 para os tecidos, que possuem receptores específicos. 
O fígado capta aproximadamente 50% da VB12 e armazena, enquanto o restante é transportado para os outros tecidos.
A quantidade estocada no fígado é tão grande, que pode passar 3 a 6 anos sem que apareçam sintomas da deficiência dietética dessa vitamina.
A dieta diária normal nos países ocidentais contém 5 a 30 micrograma de vitamina B12, dos quais 1 a 5 micrograma são absorvidos para o sangue. O conteúdo corporal total dessa vitamina em um adulto é cerca de 2 a 5 mg, dos quais 1 mg está presente no fígado. Como resultado, a deficiência dietética de B12 é incomum e somente observada após vários anos em uma dieta deficiente nessa vitamina.
Portanto, a causa usual da sua deficiência não é a carência alimentar, mas o déficit de formação do fator intrínseco que, normalmente, é secretado pelas células parietais das glândulas gástricas, sendo essencial para a absorção da VB12 pela mucosa do íleo. 
>> A deficiência de VB12 provoca desmielinização das grandes fibras nervosas da medula espinhal e, como resultado, muitas pessoas com anemia perniciosa ficam paralisadas.
VITAMINA C (ÁCIDO ASCÓRBICO)
Auxilia na absorção do ferro vegetal, participa das reações envolvidas na formação do colágeno e carnitina, promove resistência a infecções.
É essencial para a ativação da enzima prolil hidroxilase que promove a etapa hidroxilativa da formação da hidroxiprolina, constituinte integral do colágeno. Sem o ácido ascórbico, as fibras colágenas formadas em, virtualmente, todos os tecidos corporais, são defeituosas e fracas. 
É, portanto, essencial para o crescimento e para a força das fibras no tecido subcutâneo, cartilagem, ossos e dentes.
Sua deficiência causa Escorbuto (deficiência de ácido ascórbico por 20 a 30 semanas).
Seus efeitos mais importantes são:
- Incapacidade de cicatrização das feridas (provocada pela deficiência das células em depositar fibrilas colágenas e substâncias que servem de cimento intercelular).
- Cessação do crescimento ósseo (as células das epífises de crescimento continuam a proliferar, mas nenhum colágeno novo é depositado entre elas, fazendo com que os ossos fraturem com facilidade no local de crescimento, devido à incapacidade de ossificação; em caso de fraturas, os osteoblastos não conseguem formas nova matriz óssea).
- Fragilidade das paredes dos vasos sanguíneos (devido à incapacidade das células endoteliais serem adequadamente cimentadas em conjunto e à incapacidade de formas fibrilas colágenas, normalmente presentes nas paredes vasculares).
É encontrada no pimentão amarelo, na laranja, acerola, morango, brócolis e maracujá.
VITAMINA D (CALCIFEROL)
Manutenção de homeostase do cálcio e fósforo. Diferenciação, proliferação e crescimento celulares em muitos tecidos. A vitamina D é um pró-hormônio que precisa sofrer duas reações de hidroxilação sucessivas para se transformar na forma ativa 1,25-di-hidroxivitamina D. A vitamina D desempenha um papel decisivo na absorção do Ca++ e, em menor grau, na absorção do Pi pelo intestino delgado e também regula a remodelação óssea e a reabsorção renal do Ca++ e do Pi.
A vitamina D3 (colecalciferol) é o composto mais importante, sendo formada na pele, em consequência da irradiação do 7-desidrocolesterol, substância presente normalmente na pele pelos raios ultravioletas provenientes do sol. Os compostos suplementares da VD ingeridos nos alimentos são idênticos ao colecalciferol formado na pele.
O Colecalciferol é convertido em 25-Hidroxicolecalciferol no fígado.
Receptores de vitamina D estão presentes na maioria das células do corpo e estão localizados, principalmente, no núcleo das células-alvo. O receptor de vitamina D forma complexo com outro receptor intracelular, o receptor de renitoide-X, e esse complexo se liga ao DNA e ativa a transcrição na maioria dos casos. Em alguns casos, porém, a vitamina D suprime essa transcrição.
A VD aumenta a absorção gastrointestinal de Cálcio, por meio de um efeito hormonal, auxiliando no controle da deposição óssea deste mineral. Mecanismo: transporte ativo de cálcio através do epitélio do íleo. Ela aumenta a formação de proteína ligadora (aumento da formação de calbindina, em torno de 2 dias) de cálcio nas células epiteliais intestinais. Essa proteína atua na borda em escova dessas células, para transportar o cálcio para o citoplasma celular. O cálcio então se desloca através da membrana basolateral da célula por difusão facilitada. A absorção de cálcio é diretamente proporcional à quantidade dessa proteína ligante. 
O fluxo do fosfato através do epitélio gastrointestinal é intensificado pela vitamina D.
Essa vitamina também aumenta a absorção de cálcio e fosfato pelas células epiteliais dos túbulos renais e, dessa forma, tende a diminuir a excreção dessas substâncias na urina. (EFEITO FRACO).
A VD é encontrada no óleo de fígado de peixes, manteiga, nata, gema de ovo e fígado. Produzida por bactérias do trato intestinal.
VITAMINA E (TOCOFEROL)
	Antioxidante lipossolúvel mais importante nas células. Acredita-se que desempenhe papel protetor na prevenção da oxidação das gorduras não saturadas. Na sua ausência, a quantidade de gorduras não saturadas nas células fica diminuída, provocando anormalidades estruturais e funcionais de organelas celulares tais como as mitocôndrias, os lisossomos e, até mesmo, a membrana celular. 
	
É encontrada em óleos vegetais, nozes variadas, amêndoas, margarina, amendoim.
VITAMINA K (MENADIONA)
Regulação de enzimas envolvidas no metabolismo de esfingolipídeos no cérebro e em outros sistemas – coagulação sanguínea.
A vitamina K é um cofator essencial oara a enzima hepática que adiciona grupo carboxila aos fatores II (protrombina), VII (proconvertina), IX e X, todos os quais são importante para a coagulação do sangue. Sem essa carboxilação, esses fatores de coagulação são inativos. Consequentemente. Quando ocorre a deficiência da vitamina K, a coagulação sanguínea é retardada.
A vitamina K é sintetizada pelas bactérias do cólon, então é raro que a pessoa apresente tendência hemorrágica devido à sua deficiência dietética. Porém, quando as bactérias colônicas são destruídas pelo uso elevado de fármacos antibióticos, a deficiência de VK ocorre rapidamente, devido a pequena quantidade desse composto em uma dieta normal.
A VK é encontrada em óleos vegetais, vegetais verdes-escuros, fígado. Produzida por bactérias do trato intestinal.
VITAMINAS DERIVADAS DE LIPIDIOS 
VIT A- teofeno 
VIT K- Naftaquinonas 
VIT E- tocoferoides 
VIT D- colesterol (int/ext)
Metabolismo Mineral:
Magnésio: É necessário como catalisador para muitas reações enzimáticas intracelulares, particularmenteas relacionadas ao metabolismo dos carboidratos.
+ [Mg2+] ( deprime as atividades do sistema nervoso, bem como a contração muscular esquelética.
- [Mg2+] ( provoca irritabilidade aumentada do sistema nervoso, vasodilatação periférica e arritmias cardíacas, especialmente após infarto agudo do miocárdio.
Cálcio: Está presente no corpo, principalmente sob a forma de fosfato nos ossos. Quantidades excessivas de íons cálcio no líquido extracelular, podem provocar parada cardíaca m sístole e agir como depressor mental. No outro extremo, baixos níveis de cálcio podem provocar a ativação espontânea das fibras nervosas, resultando em tetania.
Fósforo: É o principal ânion do líquido intracelular. Os fosfatos têm a capacidade de se combinarem reversivelmente co diversas coenzimas e múltiplos outros compostos necessários a operação dos processos metabólicos.
Ferro: Dois terços do ferro corporal estão sob a forma de hemoglobina, embora quantidades menores estejam presentes sob outras formas, especialmente no fígado e na medula óssea.
Carreadores de elétrons contendo ferro (em especial citocromos) são encontrados nas mitocôndrias de todas as células do corpo, sendo essenciais para a maioria das oxidações que ocorrem nas células. Portanto, o ferro é absolutamente essencial tanto para o transporte de oxigênio para os tecidos como para o funcionamento dos sistemas oxidativos, no interior das células teciduais.
Oligoelementos importantes: São elementos presentes no organismo em pequenas quantidades.
- Iodo: É essencial para a formação da tiroxina e tri-iodotironina, os dois hormônios tireoidianos que são essenciais para a manutenção do metabolismo normal em todas as células corporais. 
- Zinco: Constitui parte integrante de diversas enzimas e principalmente a reações relacionadas ao metabolismo do CO2.
 A anidrase carbônica é uma dessas enzimas, presente em concentrações especialmente elevadas nas hemácias. Essa enzima é responsável pela rápida combinação do CO2 com a água, nas hemácias do sangue capilar periférico e pela rápida liberação de CO2, pelo sangue pulmonar para os alvéolos.
A mucosa gastrointestinal, nos túbulos renais e nas células epiteliais de diversas glândulas do corpo.
É componente da desidrogenase lática, sendo, consequentemente, importante para as interconversões entre o ácido pirúvico e o ácido lático. Finalmente, ele é componente de algumas peptidases, sendo importante para a digestão proteica no TGI.
- Flúor: O Flúor não deixa os dentes mais fortes, mas tem efeito mal compreendido na supressão do processo cariogênico. Sabe-se, apenas, que quando o flúor está presente, as enzimas permanecem inativas e não provocam cáries.
A ingestão excessiva ocasiona fluorose.
Absorção: 
Vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) são incorporadas a micelas e absorvidas juntamente com outros lipídios.
A maioria das vitaminas hidrossolúveis é absorvida por mecanismos de co-transporte NA+-depentente.
A vitamina B12 é absorvida no íleo e requer fator intrínseco.
O complexo vitamina B12 liga-se a um receptor nas células ileais e é então absorvido.
A absorção de Cálcio no intestino delgado depende da presença de quantidades adequadas da forma ativa da vitamina D, o 1,25-diidroxicolecalciferol, que é produzido nos rins. O 1,25-diidroxicolecalciferol induz a síntese de uma proteína intestinal de ligação ao Ca2+, a calbindina D-28K.
A deficiência de vitamina D, ou a insuficiência renal crônica, resulta em absorção intestinal inadequada de Ca2+, causando raquitismo em crianças e osteomalácia nos adultos.
É absorvido como ferro heme ou como F2+ livre. Nas células intestinais, o “ferro heme” é degradado, com a liberação de Fe2+ livre. O Fe2+ livre liga-se à apoferritina e é transportado para o sangue.
O Fe2+ livre circula no sangue ligado à transferrina, que o transporta do intestino delgado até os locais de armazenamento no fígado, e do fígado até a medula óssea, para a síntese de hemoglobina.
A deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia. 
Obj. 03 – O metabolismo lipídico
FUNÇÃO: São substâncias caracterizadas pela baixa solubilidade em água e outros solventes polares e alta solubilidade em solventes apolares. Suas propriedades físicas estão relacionadas com a natureza hidrófoba das suas estruturas. Justamente por serem insolúveis, os lipídios são fundamentais para estabelecer uma interface entre o meio intracelular e o extracelular. 
Os principais tipos de lipídios são a gordura neutra ou triglicerídeos, fosfolipídios e colesterol.
Quimicamente, a parte lipídica básica dos triglicerídeos e dos fosfolipídios é formada por ácidos graxos, que são, simplesmente, cadeias longas de hidrocarbonetos ácidos.
A estrutura química típica da molécula de um triglicerídeo é composta por três moléculas de cadeia longa dos ácidos graxos ligadas a uma molécula de glicerol.
Os três ácidos graxos, mais comumente encontrados nos triglicerídeos do corpo humano são ácido esteárico (cadeia com 18 carbonos e completamente saturada com átomos de hidrogênio), ácido oleico (cadeia com 18 carbonos e com uma dupla ligação no meio da cadeia) e o ácido palmítico (cadeia com 16 carbonos e completamente saturada).
O colesterol é um composto esterol que não contém ácido graxo, porém exibe algumas características químicas e físicas das gorduras, uma vez que seu núcleo esterol é sintetizado a partir de partes de moléculas de ácidos graxos. Além disso é derivado das gorduras e metabolizado como elas. Do ponto de vista dietético, o colesterol é gordura.
Principais funções:
Componentes das membranas celulares, juntamente com as proteínas. Especialmente o colesterol, os fosfolipídios e pequenas quantidades de triglicerídeos.
Reserva de energia 
Combustível celular;
Funcionam como isolante térmico sobre a epiderme de muitos animais (tecido adiposo);
Isolamento e proteção de órgãos;
Funções especializadas como hormônios e vitaminas;
 Sinalização intra e intercelulares.
SÍNTESE: Os trigliceróis são as principais gorduras da dieta humana (gorduras neutras). Eles são formados por três moléculas de ácidos graxos condensadas com uma só molécula de glicerol, em um processo denominado esterificação. Durante a condensação, três moléculas de água são removidas. 
DEGRADAÇÃO: A digestão dos triglicerídeos consiste no processo inverso: as enzimas digestivas de gorduras reinserem três moléculas de água na molécula de triglicerídeo e, assim, separam as moléculas de ácido graxo do glicerol. O processo digestivo é, portanto, uma hidrolise. 
Devido à baixa solubilidade dos substratos, ocorre digestão limitada desses lipídeos na língua (lipase lingual, menos de 10% de digestão) e no estômago (lipase gástrica). No intestino, entretanto, os ácidos graxos são emulsificados pelos sais biliares que são liberados a partir da vesícula biliar.
No estômago:
No estômago, os movimentos de mistura fragmentam os lipídios em gotículas para aumentar a área de superfície para a digestão pelas enzimas pancreáticas hidrossolúveis. Esse processo é denominado emulsificação da gordura.
As lipases linguais digerem alguns dos triglicerídios ingeridos em monoglicerídios e ácidos graxos. No entanto, a maior parte dos lipídios ingeridos é digerida no intestino pelas lipases pancreáticas;
A CCK torna mais lento o esvaziamento gástrico. Assim, o aporte de lipídios do estômago para o duodeno torna-se mais lento, para dar tempo adequado à digestão e à absorção no intestino. 
No intestino delgado:
Os sais biliares, assim como o fosfolipídeo lecitina, presentes na bile, emulsificam os lipídios no intestino delgado, aumentando a área de superfície para a digestão. As porções polares (os pontos onde ocorre a ionização na água) dos sais biliares e das moléculas de lecitina são muito solúveis em água, enquanto quase todas as porções remanescentes de suas moléculas são muito solúveis em gordura. No entanto, as porções solúveis em gordura dessas secreções hepáticas se dissolvem na camadasuperficial dos glóbulos gordurosos, com as porções polares projetadas. As projeções polares são solúveis nos líquidos circundantes, o que diminui, consideravelmente, a tensão interfacial da gordura e também a torna solúvel. Como essa tensão interfacial do glóbulo do fluido imiscível é baixa, sob agitação ele pode ser dividido em pequenas partículas muito mais facilmente.
As lipases pancreáticas hidrolisam os lipídios em ácidos graxos livres, 2-monoglicerídios, colesterol e lisolecitina. As enzimas são a lipase pancreática, a hidrolase do éster de colesterol (hidrolisa o éster de colesterol) e a fosfolipase A2(hidrolisa fosfolipídeos). Os enterócitos do intestino delgado contêm outra lipase adicional, a lipase entérica, mas ela normalmente não é necessária.
A hidrólise dos triglicerídeos é reação muito reversível; por conseguinte, o acúmulo de monoglicerídeos e de ácidos graxos livres na vizinhança do que está sendo digerido impede a continuação da digestão. São os sais biliares que irão remover esses monoglicerídeo e ácidos graxos das adjacências das partículas em digestão, quase tão rapidamente quanto esses produtos da digestão são formados.
Os produtos hidrofóbicos da digestão dos lipídios são solubilizados em micelas pelos ácidos biliares. Essas micelas são agregados cilíndricos com 3 a 6 nanômetros de diâmetro, compostos por 20 a 40 moléculas de sais biliares. As micelas se desenvolvem porque cada molécula de sal biliar é composta por núcleo esterol, muito lipossolúvel e grupo polar muito hidrossolúvel. 
O grupo esterol envolve os produtos da digestão das gorduras, formando pequeno glóbulo de gordura, no meio da micela resultante, com os grupos polares dos sais biliares se projetando para fora, para cobrir a superfície da micela. Como esses grupos polares têm cargas negativas, eles permitem que todo o glóbulo de micela se dissolva na água dos líquidos digestivos e permaneça em solução estável até a absorção da gordura.
As micelas de sais biliares também são meios de transporte carreando monoglicerídeos e ácidos graxos, que seriam relativamente insolúveis na borda em escova das células epiteliais intestinais. 
Esses ácidos graxos e monoglicerídeos são absorvidos pelo sangue.
As micelas, livres dos produtos da digestão, voltam ao quimo para serem usadas nesse processo de transporte.
ABSORÇÃO: Acredita-se que os produtos da digestão da gordura sejam capazes de atravessar facilmente as membranas celulares devido à sua lipofi licidade. Entretanto, evidências recentes sugerem que sua absorção pode ser, alternativa ou adicionalmente, regulada pela atividade de transportadores de membrana específicos. 
Uma proteína ligante de ácidos graxos na membrana dos microvilosidades (MVM-FABP) parece ser responsável pela absorção de ácidos graxos de cadeia longa através da borda em escova. De igual modo, o Niemann Pick C1 tipo 1 (NPC1L1) foi, recentemente, identificado como via de absorção do colesterol e pode ser alvo terapêutico em pacientes que apresentam aumento patológico dos níveis de colesterol circulante (hipercolesterolemia). 
Entretanto, a absorção global do colesterol é, relativamente, ineficiente porque essa molécula, junto com o esterol de vegetais, também pode sair, ativamente, dos enterócitos de volta para o citosol por complexo heterodimérico de dois transportadores “ABC” (cassete ligante de ATP), chamados ABC G5 e G8. [BERNE]
Os monoglicerídeos e ácidos graxos livres, produtos finais da digestão das gorduras, são incorporados na parte lipídica por conta das micelas de sais biliares, sendo carreados para a borda em escova das células intestinais.
As micelas permitem o contato entre os produtos da digestão dos lipídios e a superfície absortiva das células intestinais. A seguir, os ácidos graxos, os monoglicerídios e o colesterol difundem-se através da membrana luminal para dentro das células. O glicerol é hidrofílico e não está contido nas micelas. 
Nas células intestinais, os produtos da digestão dos lipídios são reesterificados em triglicerídios, ésteres de colesterol e fosfolipídios e, com apoproteínas, formam os quilomícrons. 
Pequena quantidade de apoproteína B é adsorvida às superfícies externas dos quilomícrons. Isso deixa o restante das moléculas de proteína projetando-se na solução hídrica adjacente, o que aumenta, consequentemente, a estabilidade da suspensão dos quilomícrons no líquido linfático e impede sua aderência às paredes dos vasos linfáticos. 
Os quilomícrons são transportados para fora das células intestinais por exocitose. Como são grandes demais para entrar nos capilares, os quilomícrons são transferidos para os vasos linfáticos e levados para a corrente sanguínea por meio do ducto torácico. 
Grande parte dos quilomícrons é removida da circulação sanguínea, à medida que faz o caminho dos capilares, uma vez que nas paredes dos capilares musculares, do coração e do tecido adiposo, existe uma enzima chamada lipase lipoproteica, que é transportada para a superfície das células endoteliais capilares e são ativadas quando essas células reconhecem a apoproteína CII. Essas enzimas digerem os triglicerídeos e então os ácidos graxos entram no músculo ou tecido adiposo por difusão.
Pequenas quantidades de ácidos graxos de cadeias curta e média, como os da gordura do leite, são absorvidas, diretamente, pelo sangue porta, em vez de serem convertidas em triglicerídeos e transferidos para a linfa. A causa dessa diferença é que os de cadeia curta são mais hidrossolúveis e, em grande parte, não são convertidos a triglicerídeos pelo RE. Essas características levam à difusão desses ácidos graxos de cadeia curta das células do epitélio intestinal, diretamente, para o sangue no capilar das vilosidades intestinais. 
Após os triglicerídeos serem removidos dos quilomícrons, os remanescentes dos quilomícrons enriquecidos com colesterol são rapidamente depurados do plasma. Eles se ligam a receptores nas células endoteliais dos sinusoides do fígado. A Apolipoproteína-E na superfície dos remanescentes de quilomícrons e secretadas pelas células do fígado também colaboram com a iniciação da depuração dessas lipoproteínas plasmáticas. 
Obj. 04 – Impactos da gastrectomia