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Experimento 1: Fluidos Erike Simon Guilherme Borges Mirella Rayane Tulio Humberto Yuri Falcão I. OBJETIVO DO EXPERIMENTO Determinar a densidade do fluido utilizado no experimento (no caso a água) utilizando o Princípio de Arquimedes. II. ROTEIRO DOS PROCEDIMENTOS Será utilizado um pequeno cilíndro, balança, paquímetro, régua, Becker, líquido com densidade a ser medida (no caso, a água), dinamômetro, haste com suporte. Passos: 1) Pese seu cilíndro na balança, depois pindure-o na haste do dinamômetro e observe se o peso mostrado na marcação do dinamômetro condiz com a massa medida pela balança. Caso não, ajuste o dinamômetro até as medidas ficarem compatíveis; 2) Divida a altura do cilíndro em 3 partes (1/4, 1/2, 3/2), a marcação pode ser feita à caneta. Isso deixará o cálculo da densidade mais preciso ao final do experimento; 3) Meça as dimensões do cilíndro com o paquímetro, depois com a régua, e então anote separadamente as medidas realizadas por cada um desses aparatos. Essas medidas serão utilizadas para calcular o volume do cilíndro; 4) Agora, faça uma tabela de Força aparente por Volume submerso e pindure de volta o cilíndro no dinamômetro. Feito isso, anote a força aparente do cilíndro sem contato com a água, então encha o Becker com água até atingir a primeira marcação feita. Anote a nova força aparente mostrada na marcação do dinamômetro e siga fazendo o mesmo para as outras marcações, até o cilíndro ficar todo submerso na água; 5) Feitos todos os passos, junte as informações coletadas e, utilizando o princípio de arquimedes, faça um gráfico de Força aparente em função do volume, após isso conclua o valor experimental da densidade da água. III. ESQUEMA DOS APARATOS UTLIZADOS Balança Becker Cilíndro Dinamômetro Paquímetro Dinamômetro medindo a força aparente do cilíndro sem que a água o toque Dinamômetro medindo a força aparente do cilíndro submerso por completo IV. DESCRIÇÃO DOS INSTRUMENTOS UTILIZIADOS 1) Paquímetro - É um instrumento utilizado para medir a distância entre dois lados simetricamente opostos em um objeto; 2) Dinamômetro - Instrumento utilizado para medir forças; 3) Becker de vidro para realizar experimentos e misturas. V. DADOS MEDIDOS E CÁLCULOS Agora iremos calcular o erro entre as medidas 1 e 2, esses calculos serão feitos tanto para o raio quanto para a altura do objeto. O primeiro erro calculado será o erro absoluto, que será dado pelo módulo da diferença entre as medidas M1 e M2. Erro absoluto do raio: M1−M2 = |0, 95− 0, 96| = | − 0, 01| = 0, 01cm Erro absoluto da altura: M1−M2 = |4, 00− 4.15| = | − 0, 15| = 0, 15cm Essa é o erro entre as medidas do cilíndro M1 e M2. Agora iremos calcular qual é o valor médio dessas medidas. O valor médio será calculado pela média aritmética das medidas obtidas. Iremos chamar o valor médio do raio de x e da altura de y. Valor médio do raio (VmR): x = M1+M22 = 0,95+0,96 2 ≈ 0, 95cm Valor médio da altura (VmH): y = M1+M22 = 4,00+4,15 2 ≈ 4, 08cm Esses são os valores medios do raio e da altura, que se aproximam de um valor mais correto. Com isso, podemos calcular agora o erro relativo, que será dado em porcentagem. Erro Relativo referente ao raio: |M1−M2| VmR = |0,95−0,96|0,95 ≈ 0, 52% Erro Relativo referente a altura: |M1−M2| VmH = |4,00−4,15|4,08 ≈ 3, 68% Esses são os valores aproximados dos erros relativos das medidas feitas. Calcularemos agora a dispersão entre as medidas 1 e 2. Essa dispersão será dada pelo módulo da diferença entre o valor medido e o valor médio. Dispersão (d) das medidas do raio: M1: dM1R = |M1− VmR| = |0, 95− 0, 95| = 0, 00cm M2: dM2R = |M2− VmR| = |0, 96− 0, 95| ≈ 0, 00cm Dispersão das medidas da altura: M1: dM1H = |M1− VmH| = |4, 00− 4, 08| = 0, 08cm M2: dM2H = |M2− VmH| = |4, 15− 4, 08| ≈ 0, 08cm Agora calcularemos qual é o valor da dispersão média das medidas. A dispersão média é dada pela média aritmética das dispersões de cada medida calculada. Iremos chamar de x′ a dispersão média do raio e y′ a da altura: Dispersão média do raio x′: x′ = dM1R+dM2R2 = 0,00+0,00 2 = 0, 00 Dispersão média da altura y′: y′ = dM1H+dM2H2 = 0,08+0,08 2 = 0, 08 Agora, faremos o calculo da variação máxima e mínima do valor do raio e da altura. Esse cálculo confirma se os nossos valores estão dentro dos valores máximos e mínimos aceitáveis. A variação máxima será o valor médio mais a dispersão média, e o valor mínimo será o valor médio menos a dispersão média. Para o raio: MAXR = 0, 95 + 0, 00 ≈ 0, 96cm MINR = 0, 95− 0, 00 = 0, 95cm Para a altura: MAXH = 4, 08 + 0, 08 ≈ 4, 15cm MINH = 4, 08− 0, 08 = 4, 00 Os valores medidos, de fato, estão dentro do máximo e mínimo aceitável. Calcularemos o volume utilizando os valores médios cal- culados, pois esses valores são os que mais se aproximam de um valor verdadeiro. O volume do cilíndro é dado por piR2H . Considerando pi = 3, 14, o raio médio R e a altura média H efetuaremos o calculo. V olume = piR2H = 3, 14 · 0, 952 · 4, 08 ≈ 11, 61cm3 Finalmente, calcularemos de quanto foi a propagação dos erros do raio e da altura em relação ao volume. Por se tratar de um produto, a propagação do erro será dada pela derivada do produto dos erros: x′ ·y+x ·y′. Em que x′ é a dispersão do raio, y′ dispersão da altura, x valor médio do raio e y valor médio da altura. Então temos que a propagação do erro volume é: x′ · x+ y′ · y = 0, 00 · 4, 08 + 0, 95 · 0, 08 ≈ 0, 08cm3 Agora calcularemos o percentual do desse erro, que é o erro relativo do volume igual a propagação do erro dividida pelo volume: 0,08 11,61 ≈ 0, 7% A propagação do erro é o quanto o erro das medidas se propagou devido ao produto entre elas (calculo do volume). Assim, A variação máxima ou mínima do volume será calcu- lada por: Variação máxima do volume é o volume mais propagação do erro: 11, 61 + 0, 08 ≈ 11, 69cm3 Variação mínima do volume é o volume menos propagação do erro: 11, 61− 0, 08 ≈ 11, 53cm3 Com isso, temos quanto o volume pode variar durante a geração do gráfico já que usaremos 25%, 50%, 75% e 100% do volume durante o experimento. Os valores do dinamômetro para os volumes do cilindro foram medidos apenas 2 vezes, as medidas foram estas: Com isso, calcularemos os erros que podem ter sido cometi- dos na hora da medição com o dinamômetro e suas variações. O primeiro erro é o erro absoluto, que é calculado fazendo diferença entre as medidas do dinamômetro para cada volume do objeto que vão de 0%, 25%, 50%, 75% e 100% (o erro é dado em modulo): Erro absoluto: 0% =M1−M2 = |0, 97− 0, 98| = 0, 01N 25% =M1−M2 = |0, 96− 0, 96| = 0, 00N 50% =M1−M2 = |0, 95− 0, 95| = 0, 00N 75% =M1−M2 = |0, 93− 0, 92| = 0, 01N 100% =M1−M2 = |0, 85− 0, 87| = 0, 02N Agora tiraremos a média dos valores: Valor médio das medidas do dinamômetro: Vm0% = 0,97+0,98 2 ≈ 0, 98N Vm25% = 0,96+0,96 2 ≈ 0, 96N Vm50% = 0,95+0,95 2 ≈ 0, 95N Vm75% = 0,93+0,92 2 ≈ 0, 93N Vm100% = 0,85+0,87 2 ≈ 0, 86N Podemos ver, então, qual foi o percentual do erro dos valores medidos. O erro relativo será dado pela diferença dos valores medidos, que equivale ao erro absoluto, sendo esse dividido pelo valor médio é igual ao valor relativo. Erro relativo = Erro absoluto / Valor médio Er0% = 0,010,98 ≈ 1, 02% Er25% = 0,000,96 = 0% Er50% = 0,000,95 = 0% Er75% = 0,010,93 ≈ 1, 09% Er100% = 0,020,86 ≈ 2, 30% Como não foram realizadas muitas medidas, há uma grande variação no erro, mas o fato de resultarem num baixo valor indica que as medidas foram boas. Em seguida, calcularemos o quanto esses valores podem variar na hora de plotar o gráfico, inicialmente com o calculo da dispersão para as medidas M1 e M2. Dispersão (D) = |valor medido - valor médio| Temos então para M1 dispersão: D0% = |0, 97− 0, 98| = 0, 01N D25% = |0, 96− 0, 96|= 0, 00N D50% = |0, 95− 0, 95| = 0, 00N D75% = |0, 93− 0, 93| ≈ 0, 01N D100% = |0, 85− 0, 86| = 0, 01N Agora a dispersão para M2: D0% = |0, 98− 0, 98| ≈ 0, 01N D25% = |0, 96− 0, 96| = 0, 00N D50% = |0, 95− 0, 95| = 0, 00N D75% = |0, 92− 0, 93| = 0, 01N D100% = |0, 87− 0, 86| = 0, 01N Agora, calcularemos a Dispersão Média entre essas medi- das, para saber em quanto o valor médio delas podem variar. A Dispersão Média é calculada fazendo média aritimetica das disperções em cada medida. Dispersão média: Dm0% = (0, 01 + 0, 01)/2 = 0, 01N Dm25% = (0, 00 + 0, 00)/2 = 0, 00N Dm50% = (0, 00 + 0, 00)/2 = 0, 00N Dm75% = (0, 01 + 0, 01)/2 = 0, 01N Dm100% = (0, 01 + 0, 01)/2 = 0, 01N Agora veremos em quanto cada medida media pode variar, que sera dado pelo valor médio mais dispersão média para o valor máximo, e a diferença para o valor mínimo. Esse cálculo é feito para todas as 5 medidas. Variação máxima: 0% = 0, 98 + 0, 01 ≈ 0, 98N 25% = 0, 96 + 0, 00 = 0, 96N 50% = 0, 95 + 0, 00 = 0, 95N 75% = 0, 92 + 0, 01 = 0, 93N 100% = 0, 86 + 0, 01 = 0, 87N Variação mínima: 0% = 0, 98− 0, 01 = 0, 97 25% = 0, 96− 0, 00 = 0, 96 50% = 0, 95− 0, 00 = 0, 95 75% = 0, 93− 0, 01 = 0, 92 100% = 0, 86− 0, 01 = 0, 85 Com isso, montaremos uma tabela com os valores medios obitidos. Como o volume está variando, também se calcula quanto vale 25%,50%,75% do volume médio do cilindro: 25%volume = 14 · volume = 14 · 11, 61 = 2, 90cm3 50%volume = 12 · volume = 12 · 11, 61 = 5, 80cm3 75%volume = 34 · volume = 34 · 11, 61 = 8, 71cm3 Com esses dados calculados, segue a tabela: Essa tabela mostra a variação do volume submerso e sua força aparente. Conforme aumentamos o volume sumerso, a força peso se torna a força aparente devido a o empuxo do fluido. VI. GRÁFICO . VII. CONCLUSÃO Por meio do experimento feito em laboratório percebe-se que, de fato, quando um corpo está completamente submerso em um fluido, uma força de empuxo do fluido atua sobre o corpo. O empuxo é direcionado para cima, dessa forma tem-se a impressão que a massa do corpo submerso diminui, porém, o que diminui é o peso aparente do corpo. Isso demonstra o Princípio de Arquimedes perfeitamente. Para calcular a densidade do corpo é simples, apenas divide-se a sua massa pelo seu volume, porém, isso não funciona para o líquido estudado. Para isso, utiliza-se novamente o Princípio de Arquimedes que nos permite a partir do empuxo encontrar o valor da densidade que queremos calcular (densidade do líquido é representada pela letra grega ρ). Analisando os resultados obtidos e o gráfico plotado, podemos finalmente tirar conclusões sobre a densidade do líquido. Através de regressão linear, temos que a equação da reta é Y = −0, 0091x + 0, 98. De acordo com o Princípio de Arquimedes: Fr = P−E = mg−ρgV (Fr é a força resultante, P é a força peso e E o empuxo), comparando com a equação obtida a partir do gráfico temos que o coeficiente angular é 0, 0091 = ρg, então para encontrar a densidade ρ do fluido resolveremos essa igualdade. Considerando o valor do S.I., o valor da gravidade g é 9, 8m/s2 temos que: ρ = 0, 0091/g = 0, 0091/9, 8 ≈ 0, 0009. Para achar esse valor, utilizamos a massa em Kg (quilograma) e o volume esta em cm3, então ρ ≈ 0, 0009kg/cm3. Como a densidade da água no S.I. é dada em grama por centímetro cúbico, faremos a seguinte conversão: ρ = 0, 0009kg/cm3 · 1000g/1kg = 0, 9g/cm3. Logo, a densidade da água calculada experimentalmente é de aproximadamente 1g/cm3. Por fim, valem algumas observações sobre o experimento. Primeiramente, o programa utilizado para realizarmos os cálculos foi o excel office, o qual acabava fazendo alguns arredondamentos que à primeira vista parecem imprecisos. Por esse motivo, tivemos o seguinte arrendondamento por exemplo: |0, 96 − 0, 95| ≈ 0, 00cm. Pensamos que isso poderia ser justificado pelo motivo de, na hora de plotar o gráfico, o programa utiliza valores reais. Segundamente, mesmo que tenhamos realizado poucas medidas, as mesmas apresentaram bem pouca diferença quando comparadas com os valores médios (após o cálculo do erro), isso mostra que os erros encontrados foram muito pequenos. Sabendo disso, consideramos satisfatório o valor encontrado para a densidade da água.
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