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AULA DE MONITORIA 22/05/14 – GARANTIA DE IMPARCIALIDADE DO JUIZ Não basta que o juiz, na sua consciência, sinta-se capaz de exercitar o seu ofício com a habitual imparcialidade. Faz-se necessário que não suscite em ninguém a dúvida de que motivos pessoais possam influir sobre seu ânimo. Daí a fixação pelo Código por causas que tornam o juiz impedido ou suspeito, vedando-lhe a participação em determinadas causas. Os casos de impedimento são mais graves e, uma vez desobedecidos, tornam vulnerável a coisa julgada. Já os de suspeição permitem o afastamento do juiz do processo, mas não afetam a coisa julgada, se não houver a oportuna recusa do julgador pela parte. Aplicam-se os motivos legais de suspeição e impedimento tanto aos juízes singulares como aos membros dos tribunais (art. 137 CPC). Segundo o art. 134, o juiz é IMPEDIDO. O impedimento tem caráter objetivo, portanto há a presunção absoluta (juris et de jure). Não necessita conhecer as justificativas do juiz nesse caso. Ocorrendo qualquer dessas hipóteses, o juiz DEVE alegar impedimento e se afastar do processo. Segundo o art. 135, o juiz é SUSPEITO. A suspeição tem caráter subjetivo, portanto há presunção relativa (juris tantum). Ele deve, quando sentir que tem sua imparcialidade ferida, alegar suspeição e se afastar do processo. Pode alegar, contudo, que as hipóteses não influenciarão na decisão e continuar atuando, se as partes não se recusarem. Além dessas hipóteses, admite o Código que o juiz se declare suspeito por motivo de foro íntimo, que, naturalmente, não precisa ser explicitado pelo julgador (art. 135, parágrafo único). - Adaptado do “Manual de Direito Processual Civil”, do Dr. Humberto Theodoro Jr. Material da Monitoria de TGDP do diurno – 2014 – Monitora: Isabella Branquinho
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