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Exodontia associada a implantes imediato (1)

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PRO-ODONTO
PRO-ODONTO/Implante | Porto Alegre | Ciclo 1 | Módulo 2 | 2007
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM
IMPLANTODONTIA
IMPLANTE
COORDENADOR-GERAL
NORBERTO FRANCISCO LUBIANA
WALDEMAR DAUDT POLIDO
JOSÉ CÍCERO DINATO
DIRETORES ACADÊMICOS
Proodonto-implante_0_Iniciais.p65 27/4/2007, 18:243
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em Saúde Continuada a Distância (SESCAD) da Artmed/Panamericana Editora.
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AUTORES
Aline Franco Siqueira – Mestre em Implantodontia pela Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Doutoranda em Implantodontia pela UFSC.
André Ricardo Buttendorf – Especialista em Implantodontia pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC). Mestrando em Implantodontia pela UFSC.
Arthur Belém Novaes Júnior – Especialista e Mestre em Periodontia pela Boston University.
Doutor em Microbilogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Titular de
Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP/
USP).
Cimara Fortes Ferreira – Especialista em Implantodontia pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais da Universidade de São Paulo de Bauru (USP/Bauru). Mestre em Implantodontia pela
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis (UFSC). Doutora em Implantodontia pela
UFSC/Florianópolis. Professora de Periodontia da UFSC/Florianópolis.
Israel Chilvarquer – Pós-graduado nível Mestrado. Doutorado e Livre Docente pela Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). Pós-graduado pela University of Texas at San
Antonio, USA.
Jorge Elie Hayek – Pós-Graduado Nível Mestrado pela Faculdade de Odontologia da Universidade
de São Paulo (FOUSP). Doutorando pela FOUSP.
José Henrique Villaça – Especialista em Periodontia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP
– Araçatuba). Mestre em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (FORP/USP). Doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da USP
Lilian Waitman Chilvarquer – Pós-Graduado Nível Mestrado pela Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo (FOUSP). Pós-graduado pela University of Texas at San Antonio, USA.
Mario Sergio Saddy – Pós-Graduado Nível Mestrado pela Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo (FOUSP). Doutorando pela FOUSP.
Mauro Tosta – ITI Fellow. Especialista em Implantodontia e Periodontia. Mestre em Semiologia.
Doutorando em Morfologia. Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia do Centro
de Estudos – Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia (Cetao/SP).
Rafael Ramos de Oliveira – Especialista e Mestre em Periodontia pela Faculdade de Odontologia
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP/USP). Doutorando em Periodontia pela
FORP/USP.
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 59
Mauro Tosta
EXODONTIA ASSOCIADA
A IMPLANTES IMEDIATOS
INTRODUÇÃO
As altas taxas de sucesso clínico dos implantes osseointegrados têm ampliado cada vez mais
as possibilidades terapêuticas na clínica odontológica atual. Estudos comprovam o bom de-
sempenho clínico dos implantes osseointegrados, tanto em pacientes totalmente edêntulos1,2
como em pacientes parcialmente edêntulos.2,3,4,5 Da mesma forma, outras publicações têm
mostrado que sítios com implantação imediata logo após a exodontia têm apresentado taxas
de sucesso semelhantes às áreas de rebordo ósseo cicatrizado.5,6,7,8,9
É fato ainda que atualmente a implantação imediata tornou-se uma das abordagens mais
utilizadas em áreas estéticas, devido ao alto grau de satisfação dos pacientes com o procedi-
mento, uma vez que não raramente é possível, em uma única sessão, preceder a remoção de
um dente comprometido e substituí-lo por um implante osseointegrado, que pode ainda
receber ou não uma restauração provisória imediata, com ou sem função oclusal direta.9,10,11,12,13
Os resultados obtidos com a técnica de implantação imediata são de alta qualidade estético-
funcional, atendendo assim aos enormes anseios de pacientes e da comunidade de
implantodontistas. Ainda que se pesem as crescentes evoluções em termos de desenhos de
implantes e componentes protéticos, não há, atualmente, um consenso entre os autores
quanto ao momento ideal para a instalação do implante. A escolha da conduta depende, na
realidade, de diversos fatores, como:
ƒ presença ou não de defeitos ósseos ou de tecidos moles no sítio em questão;
ƒ biótipo dos tecidos periodontais, em especial a espessura dos tecidos moles;
ƒ fatores protéticos e oclusais;
ƒ preferência pessoal do cirurgião.
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60 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
As duas abordagens mais descritas pelos autores têm sido a implantação imediata
em alvéolos frescos pós-extração e a implantação precoce em alvéolos de extração
recente (aproximadamente 6 a 8 semanas pós-extração).14
Na hipótese de implantação imediata, a possibilidade de instalação de uma restauração pro-
visória imediata implantossuportada logo após a colocação do implante é um recurso
freqüentemente utilizado, desde que o implante apresente estabilidade inicial adequada.15 O
objetivo é proporcionar ao paciente um tratamento mais confortável, com cirurgias menos
invasivas no menor intervalo de tempo possível. A suposta manutenção da arquitetura gengival
propiciada pela técnica simplificaria sobremaneira a evolução do tratamento até a sua com-
pleição com a instalação da restauração final.
Em contrapartida, a estabilidade dos tecidos perimplantares pode estar comprometida após
a exodontia seguida de implantação imediata, conforme os resultados apresentados pelo
grupo de pesquisa de Araújo e colaboradores.16 Com base nesses achados, a abordagem
precoce seria, então, uma alternativa para compensar-se o processo de remodelação tecidualno rebordo alveolar após a exodontia.
É importante que se entenda que a colocação do implante 6 a 8 semanas após a
exodontia muito provavelmente implicará a necessidade de aumento ósseo associ-
ado da parede vestibular não apenas como forma de compensação às já menciona-
das alterações alveolares pós-extração, bem como para a manutenção de tecidos
perimplantares estáveis, mesmo após muitos anos em função mastigatória.
OBJETIVOS
Após a leitura do capítulo, o leitor deve estar capacitado a:
ƒ familizar-se aos procedimentos da técnica de implantação imediata em alvéolos frescos
pós-exodontia e das indicações para extração de dentes comprometidos associadas
ou não à colocação de implantes imediatos.
ƒ sistematizar conhecimentos, no caso de utilização da abordagem imediata, a respeito
da técnica cirúrgica de exodontia com baixo trauma, no preparo de leitos implantares
em posição protética favorável e na necessidade ou não de procedimentos de aumento
tecidual (ósseo ou de tecidos moles) nos sítios implantares.
ƒ compreender a indicação de instalação de restaurações imediatas implantossuportadas,
em função da estabilidade inicial do implante e do volume dos tecidos do rebordo
alveolar, bem como dos aspectos biomecânicos, tais como a presença ou não
de contatos oclusais diretos na restauração imediata. 
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 61
O aluno deverá entender que, apesar de a técnica de implantação imediata
aparentemente apresentar taxas de sucesso semelhantes aos implantes colocados
em sítios precoces ou cicatrizados, ainda não há consenso na literatura quanto à
melhor abordagem para instalação dos implantes, especialmente em áreas estéticas.
ESQUEMA CONCEITUAL
Revisão de literatura
Indicações
Técnica operatória cirúrgica
Técnica operatória protética
Relatos de caso
Implantes imediatos: estado atual
Conclusão
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62 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
REVISÃO DE LITERATURA
A colocação imediata de implantes foi relatada pela primeira vez em 197817 e, desde então,
diversas publicações surgiram com a disseminação da técnica. A literatura apresenta, em sua
maioria, relatos de casos, sendo poucos os estudos clínicos controlados existentes.18 Três
revisões de literatura foram publicadas sobre o tema.19,20,21
Em 1989, Lazzara22 pioneiramente relatou a colocação de implantes em alvéolos frescos pós-
extração. O autor destacava as vantagens cirúrgicas e protéticas da colocação imediata dos
implantes. Os alvéolos com os implantes em posição eram cobertos com uma membrana de
politetrafluoretileno expandido (PTFE-e) por um período aproximado de 4 a 6 semanas.
Foi destacada, em diversas publicações,23,24 a importância do bom posicionamento
protético do implante para o sucesso nas restaurações implantossuportadas, do
ponto de vista estético e funcional, inclusive em casos de implantação imediata.
Segundo Tosta e colaboradores,24 função, conforto, acesso à higiene e estética são
os quatro requisitos fundamentais das restaurações implantossuportadas.
Em 1998, um artigo com relatos de casos clínicos apresentou diversos métodos de utilização
de restaurações provisórias para aprimoramento do contorno dos tecidos moles.10 Os autores
descrevem a técnica da restauração temporária fixa imediata sobre o implante, sugerindo
que, quanto mais cedo instalada a restauração temporária, melhor será a estética final.
Um estudo clínico prospectivo avaliou a taxa de sucesso, a resposta dos tecidos perimplantares,
e os resultados estéticos de 35 implantes imediatos com restaurações unitárias provisórias
imediatas.18 As restaurações finais foram colocadas 6 meses após a implantação, e os pacien-
tes foram avaliados clínica e radiograficamente no ato da implantação, após 3, 6 e 12 meses.
Aos 12 meses de acompanhamento pós-operatório, todos implantes encontravam-se
osseointegrados.
A média de alteração óssea marginal desde a colocação do implante até 12 meses pós-
operatórios foi de -0,26 mm (+/-0,40 mm) na crista óssea mesial e -0,22mm (+/-0,28mm) na
crista óssea distal. Não houve diferença estatisticamente significante nos índices de placa
bacteriana durante os diferentes intervalos de tempo observados. A média das alterações do
nível da margem gengival vestibular e dos níveis de papila mesial e distal, do pré-tratamento
até os 12 meses de observação pós-operatória, foram, respectivamente -0,55mm (+/-0,53mm),
-0,53mm (+/-0,39mm), e -0,39mm (+/-0,40mm).
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Os autores concluem que, apesar das alterações ósseas marginais e no nível gengival
terem sido estatisticamente significativas, do pré-tratamento até os 12 meses de
acompanhamento clínico e radiográfico, todos pacientes mostraram-se muito satis-
feitos com os resultados estéticos, e nenhum deles havia notado quaisquer altera-
ções em nível gengival.
Um estudo prospectivo publicado por Tosta e colaboradores envolvia 21 implantes imediatos,
associados a restaurações imediatas em áreas estéticas.15 As restaurações temporárias uni-
tárias foram mantidas sem contatos oclusais diretos por um período de 6 meses após a
implantação. Após 2 anos de observação clínica e radiográfica, todos implantes apresenta-
vam-se osseointegrados, sem sinais de anormalidades nos tecidos perimplantares e com re-
sultados estéticos satisfatórios. A exceção foi um implante imediato colocado na região do
21 em uma paciente de 28 anos, que apresentava então tecidos periodontais de espessura
fina.
Na paciente mencionada no parágrafo anterior, o gap originado entre parede do
alvéolo-superfície do implante (HDD) não foi preenchido com nenhum tipo de ma-
terial de enxerto ósseo, apenas coágulo sangüíneo. Durante a fase de acompanha-
mento pós-operatório, tornou-se nítido um processo de retração tecidual em anda-
mento na margem gengival vestibular. Após 3 meses, observou-se a estabilização
dos tecidos vestibulares, mas com uma retração tecidual vestibular de 2mm, que
comprometeu sobremaneira o resultado estético do tratamento.
Um estudo clínico prospectivo apresentou os resultados de 92 implantes imediatos colocados
em regiões de incisivos superiores, com colocação simultânea de coroas provisórias
implantossuportadas.13 Após 2 anos de acompanhamento, 6 implantes foram perdidos e os
demais 86 implantes apresentavam-se sem sinais de mobilidade, inflamação perimplantar,
ou reações adversas. Os autores concluem que, quando utilizada em casos selecionados, a
técnica facilitou a manutenção da arquitetura gengival adjacente a implantes imediatos
transalveolares.
Um estudo clínico retrospectivo apresentou os resultados de uma técnica cirúrgica de implan-
tação sem retalho, com implantes colocados em posições predeterminadas por meio de
modelos tridimensionais pré-operatórios, associados a restaurações imediatas provisórias pré-
fabricadas.25 De um total de 97 implantes colocados em 46 pacientes, 27 tratavam-se de
restaurações unitárias, e 25 de próteses fixas. Nove implantes em 8 pacientes falharam nas
primeiras 8 semanas em função mastigatória, e os autores relataram uma taxa de sucesso
cumulativo de 91% após um período de 3 anos em função mastigatória.
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64 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Os resultados de um importante estudo clínico prospectivo foram publicados em 2004.11 Esse
estudo envolveu uma amostra de 163 implantes imediatos associados a restaurações provi-
sórias imediatas em 95 pacientes. Os pacientes foram submetidos a avaliações clínicas e
radiográficas anuais e, após 4 anos de observação, a taxa de sucesso cumulativo foi de 97%,
tendo sido perdidos cinco implantes.Todos implantes eram de superfície rugosa e foram
restaurados com próteses unitárias. Os autores destacam duas vantagens da colocação ime-
diata do implante em alvéolo fresco:
ƒ preservação da altura e da espessura do rebordo alveolar;
ƒ redução no tempo do tratamento restaurador.
Em 2004, um dos grupos de estudos do 3rd ITI Consensus Conference apresentou
uma declaração de consenso quanto à colocação de implantes em alvéolos pós-
extração. Segundo Chen e colaboradores,21 há diversos estudos relatando que a
taxa de sobrevivência de implantes imediatos é semelhante à de implantes coloca-
dos em rebordos cicatrizados.
Entretanto, não há estudos clínicos controlados avaliando os resultados estéticos para a téc-
nica de colocação imediata, nem para a de colocação precoce dos implantes. Em caso de
tratamento de pacientes com biótipo periodontal fino, os autores recomendam procedimen-
tos de aumento tecidual associados à implantação, devido ao alto risco de reabsorção da
parede vestibular seguida retração tecidual marginal.
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 65
INDICAÇÕES
As indicações para substituição de dentes comprometidos por implantes osseointegrados
não são raras na clínica diária (trincas ou fraturas radiculares; complicações endodônticas,
como as infecções recorrentes ou defeitos radiculares [perfurações], dentes com perda de
inserção periodontal avançada, mobilidade avançada, dentes candidatos a pilares de próteses
fixas com pouca inserção periodontal, ou com estrutura radicular fragilizada, entre outras).
1. Caracterize e diferencie as técnicas de implantação imediata e a implantação precoce em
alvéolos de extração recente.
2. O estudo de Kan e colaboradores18 aponta que, com relação aos tecidos perimplantares,
aos resultados estéticos e à avaliação dos pacientes ao tratamento de 35 implantes ime-
diatos com restaurações unitárias provisórias imediatas, em uma avaliação do pré-trata-
mento até 12 meses posteriores ao implante:
A) não houve alterações estatisticamente significativas e todos pacientes se mostraram
muito satisfeitos com os resultados estéticos e não notam quaisquer alterações em
nível gengival.
B) além de haver alterações estatisticamente significativas, pacientes relatam estarem
insatisfeitos quanto aos resultados estéticos. Alguns pacientes mencionaram altera-
ções em nível gengival.
C) embora houvesse alterações estatisticamente significativas, todos pacientes se mos-
traram muito satisfeitos com os resultados estéticos e não notaram quaisquer altera-
ções em nível gengival.
D) não houve alterações estatisticamente significativas, contudo os pacientes relatam
estarem insatisfeitos quanto aos resultados estéticos. Alguns pacientes menciona-
ram alterações em nível gengival.
Resposta no final do capítulo
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66 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
3. Quais as situações de maior risco para a colocação de implantes imediatos?
A) Sítios implantares com perda de uma parede do alvéolo.
B) Paciente com biótipo gengival fino.
C) Paciente com fístula no local a ser implantado.
D) Nenhuma das alternativas.
Resposta no final do capítulo
4. Associe V (verdadeiro) ou F (falso) às seguintes afirmações:
A) ( ) Em seu estudo, Covani e colaboradores11 destacam duas vantagens da coloca-
ção imediata do implante em alvéolo fresco: 1) preservação da altura e da espessura
do rebordo alveolar; 2) redução no tempo do tratamento restaurador.
B) ( ) Groismann e colaboradores13 concluem, quando utilizada em casos seleciona-
dos, a técnica de implantação imediata facilitou a manutenção da arquitetura gengival
adjacente a implantes imediatos transalveolares.
C) ( ) Chen e colaboradores21 apontam haver diversos estudos relatando que a taxa
de sobrevivência de implantes imediatos é superior à de implantes colocados em
rebordos cicatrizados.
D) ( ) Segundo Tosta e colaboradores,24 conforto e estética são os dois requisitos
fundamentais e suficientes das restaurações implantossuportadas.
Resposta no final do capítulo
5. Segundo Chen e colaboradores,21 quais as principais indicações quanto à colocação de
implantes em alvéolos pós-extração?
6. Quais as indicações dos implantes imediatos?
A) Dentes com fraturas radiculares.
B) Dentes com perda de inserção periodontal avançada.
C) Elementos dentários com fragilidade radicular.
D) Todas as anteriores.
Resposta no final do capítulo
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 67
TÉCNICA OPERATÓRIA CIRÚRGICA
[1] A exodontia, com vistas à implantação imediata, deve ser realizada promovendo-se o
menor trauma operatório possível, no intuito de preservarem-se as paredes alveolares,
em especial, a parede óssea vestibular do alvéolo.
ƒ Um recurso muitas vezes útil é a separação das raízes dos dentes multirradiculares,
ou, ainda, a secção de raízes unitárias visando a minimizar a força empregada no
movimento de luxação radicular. Deve-se evitar a elevação de retalhos de tecido mole
quando as paredes do alvéolo estiverem intactas, pois, caso contrário, as placas ósse-
as finas podem sofrer necrose e conseqüente reabsorção óssea.22
[2] Após a remoção do elemento dental, deve-se remover remanescentes de fibras
periodontais do interior do alvéolo com curetas e instrumentos rotatórios em baixa
velocidade no sentido anti-horário.
ƒ Em se tratando de sítios implantares infectados, deve-se realizar uma minuciosa limpeza
cirúrgica do alvéolo, a qual pode ser complementada com a aplicação de substâncias
químicas antimicrobianas como a clorexidina a 0,2% por dois minutos, por exemplo.
[3] Inicia-se então a perfuração do leito implantar, certificando-se a obtenção de uma
posição favorável para o eixo de inserção do implante no alvéolo, a qual muitas vezes
não coincide com a anatomia do alvéolo fresco.
ƒ Em sítios imediatos, é fundamental atingir-se estabilidade inicial do implante, por-
quanto deve-se evitar a dilatação excessiva do leito implantar na fresa final, especial-
mente no caso da utilização de implantes cilíndricos. Caso o implante não atinja
estabilidade inicial suficiente, deve-se removê-lo e aguardar a reparação do sítio im-
plantar por aproximadamente 6 semanas (abordagem precoce) antes da reentrada
para implantação.
[4] Com o implante em posição, avalia-se agora a magnitude do defeito ósseo residual
ou gap (espaço residual entre superfície do implante e as paredes ósseas circundantes).
ƒ Estudos mostram que em implantes de superfície rugosa (gaps) de até 2mm apresen-
tam reparação óssea espontânea.21,22 Gaps maiores do que 2mm devem ser enxerta-
dos com um material de preenchimento ósseo com propriedades osteocondutoras
comprovadas cientificamente.
Enxerto ósseo autógeno é sempre a primeira escolha como material de preenchi-
mento ósseo, apesar de biomateriais de eficácia comprovada poderem ser utiliza-
dos. Na eventualidade da perda da parede vestibular, deve-se elevar o retalho para
a realização de técnica de regeneração óssea guiada (ROG), utilizando-se material
de preenchimento ósseo recoberto por membrana barreira.
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68 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Nesse momento, cabe uma explicação a respeito da classificação dos defeitos ósseos ao
redor de implantes instalados. Segundo Vanden Bogaerde,23 esses podem ser classificados
em abertos ou fechados. Para melhor compreensão da natureza, classificação e tratamento
de defeitos ósseos ao redor de implantes recomenda-se a consulta de literatura específica.24
[5] Suturas são realizadas para o fechamento da ferida quando indicadas. Em situações de
implantação sem retalho com instalaçãode provisórios imediatos, normalmente as sutu-
ras não são necessárias.
Vale salientar que o paciente deve iniciar antibioticoterapia previamente ao
procedimento cirúrgico. Em sítios livres de infecção, a cobertura antibiótica inicia-se
ao menos duas horas antes da cirurgia, sendo mantida por sete dias pós-operatórios,
enquanto em sítios infectados recomenda-se o início da cobertura antibiótica dois
dias antes da implantação, sendo também mantida por sete dias pós-operatórios.
No caso de enxertia óssea ou ROG associada à implantação imediata, o cirurgião
implantodontista deve acompanhar a reparação tecidual atentamente nas primei-
ras semanas pós-operatórias e a antibioticoterapia pode ser estendida por 10 a 14
dias pós-operatórios, se necessária.
TÉCNICA OPERATÓRIA PROTÉTICA
As restaurações provisórias imediatas podem ser parafusadas ou cimentadas. As
parafusadas têm a vantagem de eliminar o risco penetração e aprisionamento de
cimento na região do gap entre implante e alvéolo. Em contrapartida, as restaura-
ções parafusadas freqüentemente apresentam problemas de angulação na região
anterior.
Muitas vezes, o eixo de inserção do implante em dentes anteriores nem sempre proporciona
que a abertura do canal de acesso ao parafuso do pilar temporário exteriorize-se na face
lingual da coroa, uma vez que os componentes para restaurações temporárias são basica-
mente retos. Já os pilares cimentados raramente apresentam problema de angulação.
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 69
Uma vez definida a forma de retenção da coroa, parte-se para a usinagem do pilar
provisório até o contorno ideal, seguida do reembasamento de uma restauração
provisória já previamente providenciada. Após o recorte, acabamento, ajustes
proximal e oclusal e polimento, a prótese temporária é finalmente assentada em
posição. A maioria dos autores concorda que devem ser evitados os contatos oclusais
diretos em restaurações imediatas unitárias, pois micromovimentos podem prejudi-
car a osseointegração.9,11,15,18
É importante salientar que a restauração temporária não deve ser removida durante o perío-
do de reparação tecidual (entre 3 e 6 meses), a fim de não induzir agressões desnecessárias à
área do tecido marginal perimplantar ainda em processo de maturação.13,15,18
Uma tendência mais recente na técnica operatória protética é a utilização de pila-
res definitivos pré-fabricados em titânio ou zircônia no ato da instalação do
implante imediato. A restauração provisória imediata é instalada sobre o pilar defi-
nitivo, que recebe o torque final já no dia da colocação do implante.
O conceito biológico da utilização do pilar definitivo reside no fato de ele jamais ser removido
no dia da colocação do implante até a compleição do caso, com a entrega da restauração
final, vários meses após a implantação. Esse artifício baseia-se na tentativa de minimizar
eventos como colonização bacteriana na interface abutment-implante e traumas adicionais
na região dos tecidos perimplantares marginais, o que teoricamente reduziria a retração
tecidual fisiológica pós-extração. Do ponto de vista científico, ainda são necessários estudos
controlados que corroborem essa assertiva clínica.
7. Quando devemos optar pelo preenchimento do gap (HD) entre a superfície do implante
e parede do alvéolo?
A) Quando a distância horizontal for < 2mm.
B) Quando a distância horizontal for > 2mm.
C) Quando houver defeitos ósseos de 2 paredes.
D) Nunca se deve preencher o gap.
Resposta no final do capítulo
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70 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
8. Qual material de preenchimento ósseo pode ser utilizado no gap entre o implante e o
alvéolo em implantes imediatos?
A) Enxerto ósseo autógeno.
B) Substitutos ósseos com propriedades osteocondutoras.
C) Coágulo sangüíneo.
D) Todas as anteriores.
Resposta no final do capítulo
9. Qual a vantagem de se optar por um implante cônico em alvéolos frescos pós-extração?
A) Menor reabsorção óssea.
B) Melhor adaptação dos tecidos moles.
C) Melhor estabilidade inicial do implante.
D) Todas as anteriores.
Resposta no final do capítulo
10. Elabore um diagrama com os procedimentos da técnica operatória cirúrgica visando à
implantação imediata.
11. Em que consiste a técnica operatória protética e qual a tendência mais recente nesse
conjunto de procedimentos?
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 71
RELATOS DE CASO
Uma paciente de 45 anos que apresentava comprometimento dos elementos 11 e 21
(Figuras 1 e 2) foi encaminhada para tratamento com implantes osseointegrados.
CASO CLÍNICO 1
Figura 1 – Aspecto inicial do caso. Restaurações provisórias
ferulizadas insatisfatórias nos elementos 11 e 21.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 2 – Aspecto radiográfico denota defeitos radiculares nos
elementos 11 e 21.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2971
72 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Os dentes foram removidos (Figura 3) e dois implantes Straumann SP RN de 12mm de
comprimento foram colocados nos alvéolos frescos pós-extração, com torque de inserção
superior a 35N/cm (Figura 4).
Figura 3 – Após as exodontias do 11 e 21, foram confeccionados
os leitos implantares nos alvéolos frescos.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 4 – Implantes em posição com estabilidade inicial superior a
35N/cm.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2972
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 73
O gap entre a parede vestibular e a superfície do implante não foi tratado com nenhum
tipo de material de preenchimento ósseo, apenas coágulo sangüíneo. Restaurações
provisórias parafusadas sem contatos oclusais diretos foram instaladas imediatamente
após a implantação (Figura 5). Após 6 meses de reparação tecidual sem complicações,
iniciou-se a confecção das próteses finais (Figura 6).
Figura 5 – Restaurações provisórias imediatas instaladas sem con-
tatos oclusais diretos.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 6 – As restaurações provisórias são mantidas em posição por
6 meses, quando se iniciou a confecção das restaurações finais.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2973
74 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Nas Figuras 7A e B observa-se a exuberância dos tecidos perimplantares. As Figuras 8A,
B e C apresentam as restaurações cerâmicas após 2 anos em função mastigatória.
Observa-se a manutenção da estabilidade dos tecidos moles.
Figura 7 – A) e B) No ato de instalação das restaurações finais, observa-se a exuberância dos tecidos
moles perimplantares.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 8 – A), B) e C) Restaurações
metalocerâmicas finais após 2 anos em
função mastigatória. (Prótese: Prof. Dr.
Paulo Sérgio Pedrosa Ferraz)
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A B
A
B C
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2974
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 75
O aspecto radiográfico também mostra cristas ósseas proximais estáveis dentro da
normalidade (Figura 9). As restaurações e sua integração com a linha de sorriso da
paciente aparecem na Figura 10.
Figura 9 – Aspecto radiográfico demonstra esta-
bilidade das cristas ósseas perimplantares após 2
anos em função mastigatória
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 10 – As restaurações finais em posição e sua relação com a
linha do sorriso da paciente.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007,18:2975
76 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Uma paciente de 42 anos de idade que apresentava fratura radicular no dente 14 com
indicação de exodontia para colocação de um implante osseointegrado (Figuras 11 e
12). Evidenciou-se um extenso defeito ósseo na parede vestibular após a exodontia
(Figura 13), mas ainda assim optou-se pela colocação de um implante Straumann de
12mm de comprimento no alvéolo fresco pós-extração, com torque de inserção superior
a 35N/cm (Figura 14).
CASO CLÍNICO 2
Figura 11 – Aspecto inicial do elemento 14 que apresentava uma
restauração metalocerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 12 – A radiografia inicial evidencia fratura radicular do ele-
mento 14.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2976
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 77
Figura 13 – Após a exodontia observa-se um extenso defeito ósseo na pare-
de vestibular do alvéolo fresco.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 14 – Implante em posição. Amplo defeito ósseo aberto ao redor do
implante imediato.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2977
78 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
O defeito ósseo aberto foi tratado inicialmente com enxerto ósseo autógeno particulado,
que foi colocado em contato direto com a superfície do implante (Figura 15A). Em
seguida, osso bovino inorgânico foi utilizado para preencher toda a área do defeito e
reconstruir o contorno do rebordo alveolar (Figura 15B). Uma membrana de colágeno
em dupla camada foi colocada recobrindo os materiais de preenchimento ósseo (Figura
15C), seguida da instalação de uma restauração provisória parafusada sem contatos
oclusais diretos e do fechamento da ferida com suturas interruptas (Figura 16).
Figura 15 – A) Enxerto ósseo autógeno
particulado removido da mesma área
cirúrgica recobrindo a superfície exposta
do implante. B) Osso bovino inorgânico
preenchendo toda a área do defeito e
recuperando o contorno do rebordo
alveolar. C) Membrana de colágeno em
dupla camada recobrindo os materiais de
preenchimento ósseo.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A
B
C
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2978
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 79
A Figura 17 comprova o aspecto de normalidade dos tecidos perimplantares um ano
após a implantação. O caso foi finalizado com a confecção de uma restauração
metalocerâmica parafusada sobre um pilar SynOcta® (Figura 18).
Figura 16 – Restauração provisória ime-
diata parafusada sem função oclusal di-
reta instalada. Fechamento da ferida sem
tensões no retalho.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 17 – Após um ano de reparação
tecidual, a restauração temporária é final-
mente removida para confecção da res-
tauração final. Os tecidos moles
perimplantares mostram-se clinicamente
sadios.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 18 – Pilar SynOcta® em posição.
Contornos do rebordo alveolar totalmen-
te recuperados.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2979
80 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
As Figuras 19A e B mostram a restauração final após 2 anos em função mastigatória.
Na radiografia de controle, observa-se aspecto de normalidade dos tecidos
perimplantares.
Figura 19 – A) e B) Restauração
metalocerâmica final em posição.
(Prótese: Prof. Dr. Gastão Soares de
Moura Filho).
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
B
A
Figura 20 – Aspecto radiográfico após 2
anos em função mastigatória comprova
a estabilidade dos tecidos duros
perimplantares.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2980
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 81
12. Resuma os procedimentos empregados no caso clínico 1.
Resposta no final do capítulo
13. De que maneira foi tratado o defeito ósseo observado após a exodontia no caso clínico 2?
Resposta no final do capítulo
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2981
82 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Um paciente de 38 anos de idade apresentava fratura radicular oblíqua no terço cervical
do dente 21 (Figuras 21 e 22) indetectável radiograficamente; no entanto, foi
diagnosticada por meio de cirurgia exploratória sob microscopia operatória. A exodontia
foi realizada com menor trauma possível sem nenhum descolamento dos tecidos moles
(Figura 23A), e um implante Straumann RN de 12mm foi instalado com estabilidade
inicial de 35N/cm (Figura 23B).
CASO CLÍNICO 3
Figura 21 – Aspecto inicial do
incisivo central superior esquer-
do. Uma cirurgia exploratória sob
microscopia operatória compro-
vou a suspeita de fratura radicular
no 21.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 22 – Radiografia inicial do
elemento 21. Não foi possível di-
agnosticar-se a presença de fra-
tura radicular por meio de avali-
ação radiográfica.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2982
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 83
Figura 23 – A) e B) - Após exodontia minimamente invasiva do 21, proce-
deu-se a colocação de um implante imediato com estabilidade inicial de
35N/cm.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A
B
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2983
84 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
O gap (HD) foi preenchido com osso autógeno particulado removido da região da
tuberosidade (Figura 24A) e um enxerto de tecido mole removido também da
tuberosidade foi colocado selando o leito implantar e área do defeito ósseo (Figura
24B).
Figura 24 – A) Enxerto ósseo autógeno particulado removido da região de
tuberosidade preenchendo o gap (HDD) entre a parede vestibular do alvéo-
lo e a superfície do implante. B) Enxerto de tecido mole removido da região
da tuberosidade recobrindo a área do defeito ósseo e fechando o alvéolo.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A
B
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2984
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 85
Após a imobilização do enxerto de tecido mole com suturas, um adesivo provisório foi
instalado (Figura 25). A Figura 26 apresenta o aspecto radiográfico após a colocação do
implante no alvéolo. Após a reparação do enxerto de tecido mole (Figura 27), foi insta-
lada uma restauração provisória (Figura 28). Radiografia após a instalação da restaura-
ção temporária é mostrada na Figura 29.
Figura 25 – Estabilização do en-
xerto de tecidos moles com su-
turas, seguida da instalação do
próprio dente recém-extraído
como restauração provisória ade-
siva.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 26 – Radiografia pós-ope-
ratória.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2985
86 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Figura 29 – Aspecto radiográfico
da restauração provisória.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 27 – Aspecto clínico após
3 meses de reparação tecidual. Ob-
serva-se a integração do enxerto
de tecidos moles. Neste momento
realizou-se a exposição do implan-
te e instalação de uma restauração
provisória implantossuportada.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 28 – Restauração provi-
sória implantossuportada após 2
meses em função mastigatória.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2986
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 87
Após 6 meses em função mastigatória, o aspecto dos tecidos moles é favorável (Figura
30A). Nas Figuras 30B e 30C observa-se a seqüência de instalaçãoda restauração final.
Primeiramente, posiciona-se o pilar SynOcta® 1,5mm seguido do posicionamento do
cilindro MesosynOcta® individualizado. Restauração cerâmica sem metal em posição
após 2 anos em função mastigatória é mostrada nas Figuras 31A e 31B. A Figura 32
apresenta o aspecto radiográfico após 2 anos em função mastigatória.
Figura 30 – A) Seqüência de instalação
da restauração final. Contorno dos teci-
dos moles após a fase de provisório. B)
Pilar SynOcta® em posição. C) Pilar
MesosynOcta® individualizado imediata-
mente antes da cimentação da restaura-
ção cerâmica.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A
B
C
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2987
88 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Figura 31 A) e B) Restauração cerâmi-
ca final após 18 meses em função
mastigatória.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A
B
Figura 32 – Aspecto radiográfico após
18 meses em função mastigatória de-
monstra a estabilidade das cristas ósseas
perimplantares.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2988
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 89
Uma paciente de 55 anos de idade, que apresentava comprometimento do elemento
25 (Figura 33) foi encaminhada para tratamento com implante osseointegrado. O den-
te foi cuidadosamente removido (Figuras 34 e 35) e um implante Replace Select RP
TiUnite de 13mm de comprimento Nobel Biocare foi colocado no alvéolo fresco pós-
extração, com torque de inserção superior a 35 N/cm (Figura 36).
CASO CLÍNICO 4
Figura 34 – Radiografia inicial do elemento 25. Não foi possível diagnosti-
car a presença de fratura radicular por meio de avaliação radiográfica.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 33 – Aspecto inicial do elemento 25 no qual foi detectada uma trin-
ca radicular após avaliação endodôntica com microscópio operatório.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2989
90 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Figura 35 – Raiz removida com lesão periapical associada.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 36 – Exodontia minimamente invasiva do 25. Observam-se paredes
ósseas alveolares intactas (defeito ósseo fechado) e tecidos moles com boa
espessura. Trata-se de uma situação favorável a implantação imediata.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2990
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 91
O gap entre a parede vestibular e a superfície do implante não foi tratado com nenhum
tipo de material de preenchimento ósseo, apenas coágulo sangüíneo. Não foi instalado
nenhum tipo de restauração provisória após a implantação, permanecendo o implante
não-submerso por meio de um cicatrizante de 5mm de altura (Figura 37). A reparação
tecidual ocorreu normalmente ao longo das semanas (Figuras 38 a 42).
Figura 37 – Colocação de um implante imediato Replace Select® RP de
13mm de comprimento com estabilidade inicial de 35N/cm.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 38 – Após a colocação de um cicatrizante de 5mm de altura, proce-
deu-se o fechamento da ferida. Não foi realizada a instalação de uma res-
tauração provisória imediata.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2991
92 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Figura 39 – Aspecto pós-operatório de 7 dias.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 40 – Aspecto pós-operatório de 12 semanas. Vista oclusal.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2992
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 93
Figura 41 – Aspecto pós-operatório de 12 semanas. Vista vestibular.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 42 – A) e B) Restauração metalocerâmica final.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
B
A
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2993
94 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Após 3 meses de reparação tecidual sem complicações, iniciou-se a confecção da prótese
final (Figuras 42B e 43A). Na Figura 43B, observa-se a exuberância dos tecidos
perimplantares no ato da instalação da restauração metalocerâmica. As Figuras 44A e B
apresentam a restauração cerâmica após 6 meses de função mastigatória. Observa-se a
manutenção da estabilidade dos tecidos moles. O aspecto radiográfico também mostra
cristas ósseas proximais estáveis em estado de normalidade (Figura 45).
Figura – 43 A) e B) No ato de instalação da restauração final, os tecidos
moles apresentam volume e contorno favoráveis. Cabe salientar que não foi
realizado nenhum tipo de aumento ósseo ou de tecido mole após a exodontia
seguida da instalação do implante. Portanto, a correta avaliação das carac-
terísticas dos tecidos alveolares após a exodontia é fundamental para um
bom prognóstico do resultado final em sítios de implantação imediata.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
A
B
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2994
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 95
Figura 44 – A) e B) Restauração
metalocerâmica final em posição.
Vista vestibular e oclusal.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
Figura 45 – Aspecto radiográ-
fico da restauração final em po-
sição.
Fonte: Arquivo de imagens do autor.
B
A
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2995
96 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
14. Elabore um diagrama com os procedimentos e fluxo de decisões empregados no caso
clínico 3 e no caso clínico 4.
15. Com base no caso clínico 4, responda: em que sentido a correta avaliação das caracterís-
ticas dos tecidos alveolares após a exodontia é fundamental para um bom prognóstico
do resultado final em sítios de implantação imediata?
IMPLANTES IMEDIATOS: ESTADO ATUAL
Aparentemente, as taxas de sucesso dos implantes imediatos são semelhantes às dos implan-
tes colocados em rebordo cicatrizado,21 sendo inegável que a possibilidade de instalação de
um implante imediato após a exodontia de um elemento dental comprometido possibilita
maior conforto ao paciente, uma vez que diminui o número de procedimentos cirúrgicos e o
tempo total de tratamento e, principalmente, facilita a manutenção dos contornos dos teci-
dos moles10,13,15,18 (arquitetura gengival) mesmo após a exodontia.
Além disso, permite muitas vezes a instalação de uma restauração provisória imediata
implantossuportada o que traz vantagens no quesito conforto aos pacientes, pois elimina a
necessidade de provisórios removíveis ou adesivos na região do sítio implantar. Segundo Kan
e colaboradores,18 essa abordagem proporciona uma restauração provisória estética e con-
fortável ao paciente durante todo o tratamento, diminuindo o número de procedimentos
cirúrgicos, e conseqüentemente, o tempo total de tratamento.9,10,25,11,13,15
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2996
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 97
O cirurgião implantodontista deve adestrar-se ao máximo na preparação do leito
implantar em alvéolos frescos, visando sempre à obtenção do posicionamento
protético ideal do implante no alvéolo,26 tarefa nem sempre simples de atingir, uma
vez que as paredes inclinadas do alvéolo tendem a desviar as fresas na direção do
alvéolo anatômico. Em situações de pouca estabilidade inicial do implante, a insta-
lação imediata da prótese provisória deve ser evitada.27
Um aspecto ainda não totalmente esclarecido é o comportamento dos tecidos perimplantares
quando da aplicação da técnica de implantação imediata em alvéolos frescos pós-extração, e
a impossibilidade de controle da remodelação tecidual após a instalação da prótese temporá-ria é preocupante.16 Isto poderia ocasionar complicações estéticas, especialmente em pacien-
tes com tecidos periodontais de pouca espessura.21
Em função de potenciais complicações estéticas, é fundamental que se observe não somente
fundamentos cirúrgicos da técnica de implantação imediata, mas também aspectos protéticos,
como o contorno cervical da coroa temporária, o qual deve respeitar o perfil de emergência
correto, além de apresentar acabamento e polimento adequados, a fim de propiciar uma boa
reparação dos tecidos moles perimplantares.18,28
Vários autores têm relatado bons resultados clínicos com esta abordagem, e, conseqüente-
mente, sua aceitação tem aumentado por parte dos pacientes.9,10,11,13,15,18,27 É importante
salientar que a previsibilidade na obtenção de osseointegração é uma condição fundamental
na implantodontia, mas não única, para que se atinjam resultados estéticos satisfatórios.26,28
Além disso, a condição clínica após curtos períodos de observação é importante, mas muito
mais relevantes são, indiscutivelmente, os resultados após longos períodos de acompanha-
mento clínico e radiográfico.12,21
A técnica da restauração imediata unitária implantossuportada parece promissora; porém,
estudos clínicos controlados com períodos mais longos de observação são necessários, para
que implantodontistas possam intervir com segurança e alta previsibilidade, especialmente
em áreas estéticas, que usualmente são regiões de grande expectativa de resultado por parte
de profissionais e pacientes.
CONCLUSÃO
Existem diferentes abordagens possíveis para instalação do implante após a extração de um
dente comprometido, ficando a critério do cirurgião-implantodontista a escolha da técnica
mais indicada ou com maior previsibilidade de resultado favorável para cada caso. A aborda-
gem imediata aparenta ser uma técnica promissora na substituição de dentes por implantes
osseointegrados, especialmente em áreas estéticas. Não obstante, há de se considerar as
alterações teciduais existentes no rebordo alveolar após a extração do dente e há de se
estabelecer protocolos clínicos para compensá-las.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2997
98 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
16. Qual a principal vantagem de optarmos por implantes imediatos?
A) Melhor estética final.
B) Diminuição do número de procedimentos cirúrgicos e do tempo total de tratamento.
C) Maior previsibilidade de resultados.
D) Maior longevidade dos implantes.
Resposta no final do capítulo
17. Qual o período de reparação óssea em implantes imediatos com enxertia óssea?
A) 6 semanas.
B) 2 meses.
C) 3 a 4 meses.
D) Nenhuma das alternativas.
Resposta no final do capítulo
18. Em sítios implantares unitários nos quais os dentes adjacentes apresentam perda de
inserção periodontal proximal, deve-se, previamente à cirurgia de implantação, atentar
para:
A) posicionamento do ombro do implante em relação à crista óssea proximal deficiente.
B) presença de retração gengival ou mobilidade do dente adjacente.
C) ausência de papila gengival preenchendo a ameia interproximal.
D) todas as anteriores.
Resposta no final do capítulo
RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 2
Resposta: C
Comentário: Kan e colaboradores concluíram que, apesar das alterações ósseas marginais e
no nível gengival terem sido estatisticamente significativas, do pré-tratamento até os 12
meses de acompanhamento clínico e radiográfico, todos pacientes mostraram-se muito
satisfeitos com os resultados estéticos, e nenhum deles havia nem sequer notado quaisquer
alterações em nível gengival.18
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2998
PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 99
Atividade 3
Resposta: B
Comentário: O cirurgião-implantodontista deve atuar com cautela em sítios implantares
com tecido gengival fino. Estudos mostram que tecidos periodontais de espessura reduzida
tendem a sofrer maior reabsorção óssea e conseqüentemente retração gengival após a
extração do dente causando complicações estéticas significativas. Nesses casos, devem-se
considerar procedimentos de aumento tecidual (ósseo e/ou de tecido mole) associados à
implantação imediata como forma de compensação ao processo fisiológico de reabsorção
alveolar pós-exodontia. Sítios com infecção crônica não são contra-indicação à implantação
imediata, enquanto sítios em fase de infecção aguda devem ser devidamente tratados
previamente à cirurgia.
Atividade 4
Resposta: V, V, F, F
Comentários: A alternativa C é falsa, pois Chen e colaboradores apontam haver diversos
estudos relatando que a taxa de sobrevivência de implantes imediatos é semelhante à de
implantes colocados em rebordos cicatrizados. A alterntaiva D é falsa porque, para Tosta e
colaboradores,24 função, conforto, acesso à higiene e estética são os quatro requisitos
fundamentais das restaurações implantossuportadas.
Atividade 6
Resposta D
Comentário: Implantes imediatos estão indicados em todas situações de falência da “raiz
natural” do dente, seja por problemas endodônticos ou periodontais. São, da mesma forma,
indicados quando as técnicas restauradoras convencionais não são capazes de proporcionar
um bom desempenho clínico em médio e longo prazo com previsibilidade.
Atividade 7
Resposta: B
Comentário: Estudos com implantes de superfície rugosa em animais mostraram que gaps
ou defeitos horizontais (HD) menores do que 2mm em alvéolos com paredes ósseas intactas
sofrem reparação óssea espontânea (apenas o coágulo sangüíneo pode preencher o defeito).
Atividade 8
Resposta: D
Comentário: O preenchimento ósseo do gap maior do que 2mm deve ser preferencialmente
realizado com enxerto ósseo autógeno, que é o material de eleição em cirurgias de enxertia
óssea, devido à sua rápida remodelação óssea produzindo novo osso vital na área enxertada.
Substitutos ósseos com propriedades osteocondutoras comprovadas por meio de estudos
histológicos em animais e em humanos também podem ser utilizados. O material de
preenchimento ósseo selecionado deve sempre ser embebido em soro fisiológico e/ou sangue
do paciente.
Proodonto-implante_3_Exodontia associada a implantes.p65 27/4/2007, 18:2999
100 EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
Atividade 9
Resposta: C
Comentário: A geometria externa dos implantes cônicos ou cônico-cilindrícos realmente
favorece uma maior estabilidade inicial. Todavia, há de se considerar se a porção cônica do
implante não causará pressão excessiva nas finas paredes alveolares, o que aumentaria a
reabsorção óssea fisiológica pós-exodontia. Além disso, o espaço mínimo do gap (HD) em
torno de 1,5mm a 2mm deve ser preservado para assegurar a preservação do espaço para a
reparação da parede óssea vestibular.
Atividade 12
Resposta: Foi realizada a remoção dos dentes 11 e 21 e implantação imediata de dois implantes
SP RN de 12mm, com torque de inserção superior a 35N/cm. O gap foi preenchido com
coágulo sangüíneo. Foram realizadas restaurações provisórias parafusadas e mantidas sem
contatos oclusais diretos por 6 meses. Após avaliação de ter havido recuperação tecidual sem
complicações, confeccionaram-se e instalaram-se as restaurações finais.
Atividade 13
Resposta: O defeito ósseo aberto foi tratado inicialmente com enxerto ósseo autógeno
particulado, que foi colocado em contato direto com a superfície do implante (Figura 15A).
Em seguida, osso bovino inorgânico foi utilizado para preencher toda a área do defeito e
reconstruir o contorno do rebordo alveolar (Figura 15B). Uma membrana de colágeno em
dupla camada foi colocada recobrindo os materiais de preenchimento ósseo (Figura 15C),
seguida da instalação de uma restauração provisória parafusada sem contatos oclusais diretos
e do fechamento da ferida com suturas interruptas (Figura 16).
Atividade 16
Resposta: B
Comentário: A diminuição do número de procedimentoscirúrgicos e do tempo total de
tratamento, a menor morbidade dos procedimentos cirúrgicos sem retalhos em alvéolos com
paredes ósseas intactas (defeitos fechados), bem como a possibilidade de instalação de
restaurações provisórias imediatas são vantagens inerentes aos implantes imediatos. Não há
evidências científicas da superioridade do resultado estético ou das taxas de sucesso em
longo prazo de implantes imediatos quando comparados a implantes colocados com a
abordagem precoce ou em áreas de rebordo cicatrizado.
Atividade 17
Resposta: C
Comentário: Em casos de aumento ósseo associado à implantação imediata, em vez do
período de osseointegração padrão do implante utilizado, prevalece o período de reparação
óssea do enxerto ósseo autógeno particulado de aproximadamente 4 meses. Substitutos
ósseos necessitam de um intervalo de tempo maior, entre 6 a 9 meses.
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PRO-ODONTO | IMPLANTE | SESCAD 101
Atividade 18
Resposta: D
Comentário: Situações de perda de inserção óssea proximal em dente adjacente ao sítio
implantar devem ser cuidadosamente avaliadas previamente à implantação, inclusive expondo
ao paciente as possíveis limitações de resultado no determinado sítio em questão. Não
raramente, a perda de altura da crista óssea proximal (mesial e/ou distal) resultará em perda
de volume papilar entre o implante e o dente na área em questão, comprometendo dessa
forma o resultado estético-funcional do caso quando da entrega da restauração final.
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Agradeço à Dra. Leda Guerra pelo auxílio na elaboração das questões de múltipla escolha.
Aos Drs. Paulo Ferraz, Gastão Soares de Moura Filho pela participação na fase protética dos
casos clínicos 1 e 2, respectivamente. Às Dras. Isabel Tumenas e Marina Tosta pela participação
na fase de diagnóstico e planejamento pré-operatório dos casos 3 e 4, respectivamente. À
Sra.Rubia Minozzo e Equipe Editorial pelo brilhante trabalho de revisão e formatação do
layout do capítulo, que contribuiu sobremaneira para elevar sua qualidade final.
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Reservados todos os direitos de publicação à
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organizado pela Associação Brasileira de Odontologia ; coordenador-geral,
Norberto Francisco Lubiana, diretores acadêmicos, José Cícero Dinato,
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Editora, 2007 – 17,5 x 25cm.
(Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância (SESCAD).
 
ISSN: 1980-8011
 
1. Implantodontia – Educação a distância. I. Associação Brasileira
de Odontologia. II. Lubiana, Norberto Francisco. III. Dinato, José Cícero. IV. Polido,
Waldemar Daudt.
 
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Diretores acadêmicos
José Cícero Dinato
Professor assistente na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestrado em Odontologia pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Doutorado em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro da revista
Implant News. Membro do corpo editorial da Revista da Faculdade de Odontologia da UFRGS. Produção acadêmica em implantodontia,
estética em odontologia, prótese adesiva, prótese dentária, prótese fixa, sistema Branemark, soldagem a laser e sistema Procera.
Waldemar Daudt Polido
Doutor e mestre em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Residência em Cirurgia Bucomaxilofacial na Universidade do Texas, Southwestern Medical Center at Dallas, EUA. Especialista em
Implantodontia, CFO. Fellow do International Team for Implantology (ITI). Coordenador do Curso de Especialização em Implantodontia da
ABO/RS, Porto Alegre. Chefe do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Porto Alegre. Membro titular do
Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. Fellow da International Association of Oral and Maxillofacial Surgeons
(IAOMS). Active Member, Surgical, Academy of Osseointegration, EUA. Affiliate Fellow, American Association of Oral and Maxillofacial
Surgery, EUA.
Presidente
Norberto Francisco Lubiana
Vice-presidente
Luiz Roberto Craveiro Campos
Secretário-geral
Newton Miranda de Carvalho
Primeiro secretário
Roberto Eluard da Veiga Cavali
Tesoureiro-geral
Sinval Santos Pereira Silva
Primeiro tesoureiro
Geraldo Alves Vasconcelos Filho
Suplentes
Alberto Tadeu do N. Borges
Jander Ruela Pereira
Manoel de Jesus Rodrigues Mello
Manoel Nunes Barreto
Conselho Fiscal
Efetivos
Júlio Medeiros Barros Fortes
Osmar Cutrim Fróz
Paulo Murilo Oliveira da Fontoura
Vice-presidentes regionais
Norte
Arnalno Mário Frias Zúniga
Nordeste
Eliardo Silveira Santos
Sudeste
Leovirgílio Furtado de Oliveira
Sul
Mário Thaddeu Filho
Centro-Oeste
Eduardo Antônio Ayub
Assessores da presidência
Avilmar Passos Galvão
Ricardo Calazans Duarte
João Alfredo Silva
Assessor internacional
Roberto de Carvalho Braga Vianna
Diretores do Departamento
de Avaliação de Produtos
Odontológicos (DAPO)
Heitor Panzeri e Elza Helena G. Lara
Diretor científico da Revista
ABO Nacional
Ricardo Lombardi de Farias
Representantes na Comissão
Nacional de Convênios e
Credenciamentos (CNCC)
Efetivo
Ricardo Calazans Duarte
Suplente
Francisco das Chagas Pinheiro
Conselho Deliberativo
Nacional (CDN)
Presidente
Delcik Dutra
Vice-presidente
Paulo Murilo O. da Fontoura
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	EXODONTIA ASSOCIADA A IMPLANTES IMEDIATOS
	INTRODUÇÃO
	OBJETIVOS
	ESQUEMA CONCEITUAL
	REVISÃO DE LITERATURA
	INDICAÇÕES
	TÉCNICA OPERATÓRIA CIRÚRGICA
	TÉCNICA OPERATÓRIA PROTÉTICA
	RELATOS DE CASO
	CASO CLÍNICO 1
	CASO CLÍNICO 2
	CASO CLÍNICO 3
	CASO CLÍNICO 4
	IMPLANTES IMEDIATOS: ESTADO ATUAL
	CONCLUSÃO
	RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
	REFERÊNCIAS

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