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AULA 6 Ansioliticos e Hipnoticos 31 05 2016

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31/05/2016
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
Gustavo Caribé
Psicólogo/Professor/Pesquisador
DEFINIÇÕES
�Hipnóticos são utilizados no estímulo do sono -
sedação (casos de insônia);
�Ansiolíticos são fármacos que atuam na diminuição da
atividade do SNC, são, por sua vez, hipnóticos e
redutores da ansiedade.
GUSTAVO CARIBÉ
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DEFINIÇÕES
� Os ansiolíticos têm a capacidade de aliviar a ansiedade 
ou a tensão emocional simples;
� Os sedativos hipnóticos são utilizados para reduzir a 
inquietação e tenção emocional, além de serem usadas 
para induzir sedação e sono;
�Podem ser divididos em barbitúricos (fenobarbital e 
pentobarbital) e não barbitúricos (benzodiazepínicos)
� O uso abusivo leva a dependência química e 
psicológica; 
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INDICAÇÕES - ANSIOLÍTICOS
1. Tratar dos indivíduos que sofrem de delirium tremens;
2. Aliviar a ansiedade de pacientes que sofrem estresse 
situacional moderado;
3. Potencializar medicamentos anticuvulsivantes;
4. Aliviar espasmos musculares;
5. Reduzir níveis de ansiedade endógena, com intuito de 
beneficiar a psicoterapia.
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EFEITOS COLATERAIS - ANSIOLÍTICOS
� Sedação;
� Após algumas semanas de uso pode ocorrer tolerância;
� Deficiências cognitivas (memória, capacidade de 
concentração);
� Inibição da função sexual;
� Desinibição e dependência;
� Fraqueza muscular;
� Em idosos ocorre rebaixamento do nível de consciência;
� Reação paradoxal:
� Excitação aguda, anisedade, alucinação, espasmo muscular, 
insônia e raiva.
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CONTRA-INDICAÇÃO - ANSIOLÍTICOS
� Miastenia gravis (fadiga muscula);
� Insuficiência hepática, renal ou pulmonar crônica;
� Tendências suicidas;
� Glaucoma do ângulo estreito;
� Gravidez e lactação.
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PSICOFARMACOTERAPIA
� Benzodiazepínicos - Principal
� Agonistas Serotonérgicos - Buspirona
� Barbitúricos - Obsoleto
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PSICOFARMACOLOGIA DA ANSIEDADE
� Distúrbio do SNC primário com estimulação 
exagerada do SNA.
� Neurotransmissores envolvidos:
� Noradrenalina – locus coeruleus da ponte projetam-se 
para córtex cerebral, sistema límbico, tronco cerebral 
e medula.
� Serotonina – núcleos da rafe projeta-se para o córtex, 
sistema límbico e hipotálamo. Base dos 
antidepressivos modernos (ISRS). 
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� GABA – local de ação dos Benzodiazepínicos – canais 
GABAA
Canal Iônico Gabaérgico - GABAA
CLORETO
GABA
Barbitúricos
Neuroesteróides
Benzodiazepínicos
Etanol
Farmacologia da Ansiedade
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MECANISMO DE AÇÃO
� Atuam em sítios alostéricos (unidade alfa) dos
receptores GABA-A no SNC, facilitando abertura de
canais de ions Cl- (inibitórios)
� Não atuam na ausência de GABA
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AGONISTAS DE RECEPTORES
SEROTONÉRGICOS – UM CASO A PARTE
� Buspirona:
� Foi introduzida em 1986;
� 1º medicamento não-sedativo especificamente 
indicado para o tratamento do transtorno da 
ansiedade;
� É um agente ansiolítico de espectro restrito (TAG);
� Não tem efeito sobre os canais de íons cloretos 
associados ao ácido Gama-aminobutírico (GABA) 
nesse mecanismo receptor 
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AGONISTAS DE RECEPTORES
SEROTONÉRGICOS – UM CASO A PARTE
� Buspirona (Buspar®) tem grande afinidade por 
receptores 5 HT-1A.
� Atuam em receptores pré-sinápticos, inibindo a 
liberação de 5HT.
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AGONISTAS DE RECEPTORES
SEROTONÉRGICOS – UM CASO A PARTE
� Buspirona:
� Efeitos ansiolíticos demoram alguns dias.
� Não produzem sedação ou incoordenação motora.
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AGENTES ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
� Barbitúricos:
� Hipnóticos, sedativos e ansiolíticos usados no início do século 
XX;
� Atividades depressoras do SNC semelhante aos anestésicos 
gerais administrados via inalações;
� Causam morte por depressão cardiorespiratória;
� Atuam em canal GABA-érgico aumentando o influxo de 
cloreto, atividade do GABA endógeno; 
� Anticonvulsivantes;
� Dependência e Tolerância são observados;
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FARMACOCINÉTICA X CLASSIFICAÇÃO
� Bem absorvidos por via oral, pico de concentração 
plasmática : 1 hora
� Duração do efeito � depende do metabólito formado: 
� longa duração : (60 horas) - diazepam 
� média duração :( 20 horas) - alprazolam
� curta duração : ( 6 horas) - midazolam
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - ANSIOLÍTICOS
� Sintomas a retirada do benzodiazepínico:
� Ansiedade, insônia, agitação, irritabilidade, tensão 
muscular, parestesias, tremor, náuses, cansaço, depressão, 
ataxia (fadiga muscular), tonteira
�Em casos raros: 
� Convulsões;
� Confusão;
� Alucinação;
� Delírio. 
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - ANSIOLÍTICOS
� A capacidade de dirigir veículo no trânsito pode
diminuir e há riscos de acidentes pois provocam
diminuição da atenção;
� Cansaço, apatia, retardo motor, distúrbios da
articulação verbal e coordenação e diplopia podem ser
sinais de superdosagem numa tentativa de suicídio;
� Em caso de abuso crônico pode surgir convulsão ou
delírio, principalmente após suspensão abrupta;
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - ANSIOLÍTICOS
� Ficar atento às prescrições de vários tranquilizantes
em conjunto e à combinação destes com neurolépticos,
pois a literatura demonstra que a inadequação desse
procedimento, é necessário solicitar a confirmação
médica;
� O horário mais indicado para utilização da droga é a
noite sendo dose única e a duração da ação é
relativamente longa;
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - ANSIOLÍTICOS
� Se o diazepan é usado com outros medicamentos de
ação central (neuroléticos, antidepressivos. Hipnóticos,
analgésicos) os efeitos destes medicamentos podem
potencializar ou serem potencializados pelo diazepan;
� A ingestão de bebida alcoólica pode potencializar os
efeitos indesejáveis de ambas as drogas (álcool e
ansiolítico) colocando o paciente em risco devido a
depressão do SNC;
� Na presença de insuficiência cárdio-respiratória os
tranquilizantes podem acentuar a depressão
respiratória; GUSTAVO CARIBÉ® Todos os direitos 
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - ANSIOLÍTICOS
� São ansiolíticos:
� Diazepan (Valium)
� Alprazolam (Frontal)
� Clorduazepóxido (Psicosedin)
� Lorazepan (Lorax)
� Bromazepan (Lexotan)
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EFEITOS COLATERAIS – SEDATIVOS
HIPNÓTICOS
� Sonolência;
� Letargia;
� Sedação;
� Hipnose;
� Erupções cutâneas;
� Ataxia;
� Excitação,
� Depressão e confusão mental em idosos;
� Raquitismo em tratamento prolongado;
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CONTRA-INDICAÇÃO – SEDATIVOS
HIPNÓTICOS
� Hipersensibilidade;
� Gravidez,
�Lactação;
� Depressão e tendências suicidas;
� Insuficiência respiratória, hepática ou renal
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - SEDATIVOS HIPNÓTICOS
� Desenvolve-se tolerância aos efeitos de inúmeros 
hipnóticos e sua retirada abrupta pode precipitar 
distúrbios do sono;
� Todos os hipnóticos disponíveis atualmente 
demonstram certa tendência para determinar o 
desenvolvimento da dependência e do vício;
� Os efeitos depressivos tóxicos dessas drogas são
potencializados pelo álcool. É comum essa associação
ocorrer em tentativas de suicídio;
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ASPECTOS GERAIS PARA O PLANEJAMENTO
DA ASSISTÊNCIA - SEDATIVOS HIPNÓTICOS
� Os sintomas de intoxicação por superdose de
barbitúricos: falta de coordenação muscular com ataxia,
tontura, nistagmo, fala arrastada, pensamento
lentificado, hematomas e fraturas por quedas;
� Na intoxicação mais profunda existem variados graus
de estupor, a fala é incoerente, a memória apresenta
falhas e podem aparecer alucinações;
� Uso de barbitúricos no último trimestre de gravidez
pode causar dependência física no recém-nascido;
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� BENJAMIN, S. Manual de farmacologia psiquiátrica de Kaplan e Sadock/ Benjamin j.
Sadock, Virgínia A. Sadock, Norman Sussman; Trad. Irineo Schuch Ortiz. – 4. ed. –
Porto Alegre: Artmed, 2007.
� Lechin F. Neurocircuitry and Neuroautonomic Disorders – Reviews and Therapeutic
Strategies – Page 26 - Karger 2002.
� MARCOLAN, J. F.; URASAKI, M. B. M. Orientações básicas para os enfermeiros na
ministração de psicofármacos. Ver. Esc.Enf.USP. V.32, nº3, p.208-17, out. 1998.
� MARANGELL, L. B.; Psicofarmacologia/Lauren B. Marangell, Jonathan M. Silver;
Hames M. Martinez e Stuart C. Yudofsky; trad. Claudia Dornelles. – Porto Alegre:
Artmed, 2004.
� Kaplan HI, Sadock BJ, Greb JA. Compêndio de Psiquiatria – 7ª Edição – Artmed –
Páginas 545-579.
� OLIVEIRA JÚNIOR, I. S. de; Princípios da farmacologia básica: em ciências biológicas e
da saúde/ Itamar S. de Oliveira Júnior, organização. – 2ª ed. – São Paulo: Rideel, 2012.
� RANG, H.P.; Dale MM. Farmacologia – Capítulos 33 e 35 – Guanabara Koogan 2001.
� STAHL, S. M. Psicofarmacologia: bases neurocientídicas e aplicações práticas. Trad.
Irismar reis de Oliveira e Eduardo Pondé de Sena. – Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
Referências Bibliográficas

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