1 COLETA SANGUÍNEA

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Coleta Sanguínea 
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1 INTRODUÇÃO 
A coleta de sangue é um procedimento rotineiramente utilizado em laboratórios de 
análises clinicas e alguns cuidados são essenciais tanto para com o paciente como para com a 
amostra a ser coletada. A coleta é realizada com agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou 
por meio de tubos com vácuo, adaptados a agulhas estéreis, com ou sem anticoagulantes. O 
garrote deve permanecer o menor tempo possível no braço do paciente e a amostra deve ser 
acondicionada no tubo de ensaio de maneira que não ocorra hemólise da amostra (ZAGO et 
al., 2001). 
Com as amostras de sangue podem-se fazer diversos exames laboratoriais, conforme 
demostra a Associação da Medula óssea -ameo (2016): 
O hemograma, que é um exame comumente solicitado pelos médicos como ajudar no 
diagnóstico. É capaz de quantificar as células do sangue (hemácias ou glóbulos vermelhos, 
leucócitos ou glóbulos brancos e plaquetas). 
O Teste de Compatibilidade (HLA): a tipagem HLA (Antígenos Leucocitários 
Humanos) é semelhante à tipagem sanguínea, porém as características genéticas analisadas 
estão presentes em todas as células nucleadas do organismo. O exame é realizado para 
verificar a compatibilidade entre possíveis doadores e pacientes (receptores) que necessitam 
de transplante de medula óssea. Por meio de uma pequena amostra de sangue retirada da veia, 
pode-se realizar a tipagem com métodos sorológicos e moleculares. 
Citogenética: tem a função de avaliar numericamente e morfologicamente os 
cromossomos das células tumorais. Colhe-se material da medula ou do sangue na veia 
periférica. A variação cromossômica é importante para diagnosticar algumas doenças ( 
subtipos de leucemias agudas, leucemias crônicas, alguns linfomas etc) e acompanhar a 
evolução da doença e do tratamento. 
Mielograma: é um exame do “tutano do osso”, ou da medula óssea. O exame é 
realizado com uma pequena quantidade de sangue, que é colhido no interior do osso. Aplica-
se uma pequena anestesia no local da coleta, que pode ser de frente no torax (na região 
chamada externo) ou na parte posterior da bacia. A agulha para a coleta do mielograma é 
especial, chama-se Jamshid, ela é colocada na pele anestesiada e introduzida até alcançar o 
interior do osso. 
Quando atingido este local, coloca-se uma seringa na parte posterior da agulha e 
aspira-se algumas gotas do material do interior do osso. Essas gotas de medula são 
examinadas em lâminas e também, se for solicitado pelo médico, podem ser utilizadas para 
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outras análises (cariótipo, imunofenotipagem, biologia molecular). Esse exame pode ser 
realizado em consultório médico ou em laboratórios. Possui duração aproximada de 10 
minutos. Este é um exame muito importante para diagnóstico de leucemias, mieloma, algumas 
doenças infecciosas e algumas anemias. Avalia a forma das células progenitoras do sangue e 
quantifica. 
Nessa perspectiva, esse relatório teve como objetivo demostrar as etapas de uma coleta 
sanguínea por punção venosa e apresentar a metodologia aplicada na realização da prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 
2.1 Sangue 
De acordo com Souza e Elias (2006) 
“Os elementos celulares correspondem a aproximadamente 45% do volume de 
sangue, enquanto o plasma corresponde a 55%. O sangue é um tecido que contém 
uma fase sólida, que compreende os elementos celulares, e uma fase líquida, que 
corresponde ao plasma. Os elementos celulares do sangue são as hemácias, os 
leucócitos e as plaquetas”. 
2.2 Coleta Sanguínea 
 A coleta sanguínea dar-se de duas formas: coleta arterial e coleta venosa. A coleta 
arterial baseia-se em pulsionar sangue arterial em locais como a artéria femoral e a artéria 
braquial. Já a coleta venosa, consista na pulsão de sangue venoso através das veias, como 
exemplo, tem-se a veia braquial. 
2.3 Coleta Sanguínea por Punção Venosa 
Segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (2010) 
“O local de preferência para as venopunções é a fossa antecubital, na área anterior 
do braço em frente e abaixo do cotovelo, onde está localizado um grande número de 
veias, relativamente próximas à superfície da pele”. 
Posto isso, há dois tipos comuns de regimes de distribuição venosa: um com formato 
de H e outro se assemelhando a um M (Figura 1). O padrão H foi assim denominado devido 
às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e basílica) distribuírem-se como se fosse 
um H, ele representa cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais 
proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) assemelha-se à letra M. 
Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser 
puncionada, a veia cubital mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas 
(RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA, 
2010). 
 
 
 
 
 
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Figura 1. Localização das veias do membro superior. 
 
2.3.1 Passos de uma coleta sanguínea por punção venosa 
 Para realizar-se uma boa coleta, precisa-se de rapidez, eficiência, qualidade de 
atendimento e menor sofrimento ao paciente. Dessa forma, o profissional deve seguir algumas 
etapas fundamentais, tais como: 
1. Preparação dos materiais e do profissional; 
2. Recepção de forma comodante ao paciente; 
3. Identificação do paciente; 
4. Preparação do profissional, dos materiais e do paciente para coleta; 
5. Coleta; 
6. Finalização da coleta e orientações; 
7. Orientações finais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 MATERIAL E MÉTODOS 
3.1 Material 
 
 Tubos para coleta sanguínea 
 Seringa descartável 
 Agulha descartável 
 Garrote 
 Algodão 
 Álcool 70% 
 Estante 
 Descarte para materiais perfuro cortantes 
3.2 Metodologia 
No primeiro momento, introduziram-se as técnicas teóricas de punção venosa. Após as 
instruções dos procedimentos, iniciou-se o processo de coleta venosa, no qual o primeiro 
procedimento foi realizado pelo professor no papel de flebotomista e uma aluna como 
paciente. Logo após, as duplas montadas se revessavam afim de que todos participassem. 
1. Acomodou-se o paciente e o instruiu sobre o procedimento; 
2. Nomearam-se os tubos com o nome do paciente; 
3. Identificou-se o local apropriado para a coleta; 
4. Com algodão em álcool 70% realizou-se a assepsia do local; 
5. Colocou-se um garrote ao redor do braço do voluntario; 
6. Retirou-se a agulha da embalagem estéril e acoplou-se à seringa estéril; 
7. Alinhou-se o bizel com o medidor de volumes; 
8. Após coletar coma seringa dentro, tirou-se o garrote; 
9. Retirou-se a agulha e comprimiu-se o local com algodão; 
10. Transferir-se o material coletado para o tudo de ensaio; 
11. Descartou-se a seringa utilizada no recipiente apropriado. 
12. Cobriu-se o local com curativo oclusivo. 
 
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Diante da prática realizada constatou-se que a coleta sanguínea é um procedimentoque requer atenção do flebotomista, pois como demostrado em aula muitos alunos por 
inexperiência ou nervosismo não conseguiram realizar a coleta, alguns perfuravam 
superficialmente não alcançando a veia, outros no momento em que se coletava o sangue 
traziam a agulha junto, retirando o bizel, o que acabava por provocar um pequeno 
sangramento e consequentemente um hematoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 CONCLUSÃO 
 
 Neste relatório, foi descrita a prática de coleta sanguínea. Apesar dos acontecimentos é 
possível afirmar que tal procedimento é indispensável para aprendizagem, sendo que esta 
oportunizou a aplicação dos conhecimentos teóricos obtidos em sala de aula. Para se realizar 
uma coleta com excelência, necessita-se de habilidade o que só é adquirido com a prática, o 
curso de biomedicina oportuniza várias dessas práticas, o que é ótimo para uma melhor 
formação de um profissional biomédico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSOCIAÇÃO DA MEDULA ÓSSEA -AMEO (São Paulo). Entenda para o que servem 
os exames. Disponível em: <http://ameo.org.br/paciente/informacoes-para-o-paciente/163-
entenda-para-o-que-servem-os-exames>. Acesso em: 26 mar. 2016. 
 
RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA: 
Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso. São Paulo: Minha Editora, 2010. 
 
SOUZA, Maria Helena L.; ELIAS, Decio O. Fundamentos da Circulação 
Extracorpórea. Centro Editorial Alfa Rio, Rio de Janeiro, v. 2, n. -, p.104-104, 
2006. 
 
ZAGO, M.A; FALCÃO, R.P; PASQUINI, R. Hematologia – Fundamentos e Prática. São 
Paulo, 2001.