Buscar

Aula 7- EficáciaJurídicadoCasamento

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
INTRODUÇÃO
O Casamento, como mola propulsora da família, tem base no afeto recíproco de seus membros
Nesse diapasão, suas relações antes de jurídicas são morais, por dizerem respeito à vida íntima de seus pares
Essas relações jurídicas e morais, uma vez estabelecidas, geram os efeitos jurídicos do casamento
Tais efeitos repercutem, portanto, no âmbito social, bem como nas relações pessoais e econômicas de seus pares (cônjuges, filhos e parentes)
Portanto o casamento gera efeitos em três esferas: social, pessoal e patrimonial
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
EFEITOS SOCIAIS
Repercutem as relações oriundas do casamento na sociedade
Principal efeito social: Constituição da família matrimonial (União Estável e Família Monoparental)
A proteção estatal à família não se confunde com interferência
Os direitos e deveres conjugais denotam a função promocional (emuladora) e protetiva do Estado em relação à família
Outro efeito social é a presunção (para a sociedade) de concepção dos filhos na constância da união conjugal (início-fim)
A emancipação do cônjuge menor é outro efeito – interesse social
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
EFEITOS SOCIAIS
Estabelece, ademais, novos vínculos de parentesco por afinidade (cônjuge e os parentes do outro)
Estabelecimento do planejamento familiar de interesse social (Art. 226, §7°, CF/88)
Fundamentos: princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável
Livre decisão do casal sem interferência do Estado
Ao Estado cabe apenas promover educação e pesquisa nesse prol (cirurgias pelo SUS, distribuição gratuita de contraceptivos)
Lei 9.263/96
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
EFEITOS PESSOAIS
Advém das relações do casamento que repercutem entre os cônjuges e seus filhos
Principal efeito pessoal: Comunhão plena de vida, com igualdade de direitos e deveres entre os cônjuges
Desse efeito extraímos:
Dever de fidelidade recíproca (Art. 1.566), face a comunhão de vida
Parceria de interesses e dedicação mútua
Reciprocidade de direitos e obrigações, inclusive quanto aos encargos familiares
Isonomia conjugal (não há mais direitos e deveres individuais do homem e da mulher)
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
EFEITOS PESSOAIS
Continuação...
Entender que além de consortes (sentido jurídico) são companheiros (sentido afetivo)
Respeito e consideração mútuos
Outro efeito pessoal é a mudança do estado civil
Alteração da situação jurídica pessoal dos consortes
Repercussão nas relações com a prole e terceiros
Possibilidade de adoção do sobrenome do consorte (art. 1.565, §1°)
Base na isonomia dos consortes na relação conjugal
Princípio da estabilidade do nome (acréscimos)
Direção da sociedade conjugal (art. 1.567)
Direito e dever de ambos os consortes
Pautada no interesse do casal e dos filhos
Ressalvas do §único do art. 1.567 (divergências) e art. 1.570 (ausente um dos consortes) 
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
EFEITOS PATRIMONIAIS
Relações que repercutem no âmbito econômico dos integrantes da família unida pelo matrimônio
Consubstanciam-se no regime de bens, nas doações recíprocas, na obrigação de sustento mútuo e da prole e no usufruto dos bens dos filhos menores
Acerca do Regime de Bens, importante frisar
É válido desde a celebração do casamento
A regra é a imutabilidade
A adoção do regime, afora o legal e o obrigatório, é no pacto antenupcial (modificável até a celebração)
O CC/2002 admite a mudança do regime em casos motivados – Autorização judicial consensual (art. 1.639)
Direito Empresarial
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
DEVERES RECÍPROCOS AOS CÔNJUGES
Art. 1.566 (I ao IV)
A lei só se ateve àqueles necessários à estabilidade conjugal
A infração de um deles é causa de separação judicial (litigiosa ‡ por mútuo consenso)
Fidelidade recíproca
Advém do caráter monogâmico do casamento
Constitui adultério e é a “falência da moral familiar”
Impõe exclusividade das prestações sexuais
Atos preparatórios ao ato sexual, namoros e encontro em local comprometedor – adultério ou injúria grave?
A “infidelidade virtual” pela internet não é adultério (1.566, V)
O civilmente casado, mas separado de fato não comete adultério (art. 1.723, ª1°)
O CC/2002 adotou a Cláusula Geral para Separação Judicial (Art. 1.572) – “qualquer ato que importe grave violação aos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum”
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
DEVERES RECÍPROCOS AOS CÔNJUGES
Vida em comum, no domicílio conjugal
Este dever não é absoluto, pois admite justificativas (doença e trabalho) (Art. 1.569)
Caracteriza-se pelo animus (intenção de não regressar ao lar)
O CC/2002 especifica o tempo mínimo de 1 anos para caracterizar o abandono voluntário do lar 
Há possibilidade dos consortes residirem separados por mera deliberação – persiste, todavia, o débito conjugal
Recusa reiterada caracteriza injúria grave, salvo justificativa plausível (TJDF/TJRS)
Todavia, deve-se entender esse dever conjugal não só com essa natureza material (ato sexual), mas sobretudo espiritual
Cada cônjuge é livre para dispensar seu tempo em atividade de lazer, esportes, aos amigos e familiares
O domicílio conjugal é escolhido por ambos nubentes
Cabe ao Juiz decidir o conflito eventual
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
DEVERES RECÍPROCOS AOS CÔNJUGES
Mútua assistência
Consiste em ajuda recíproca no campo moral, material e espiritual 
Prega a essência do companheirismo – ajuda mútua nas diversas circunstâncias, sobretudo as mais difíceis (art. 1.568)
O abandono material também é fundamento para Ação de Alimentos – Dever existente entre parentes, cônjuges e companheiros 
Este dever, em relação aos consortes, perdura até o divórcio (Art. 1.576)
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
DEVERES RECÍPROCOS AOS CÔNJUGES
Sustento, guarda e educação dos filhos
Também sujeita o infrator à perda do poder familiar 
Dá ensejo, ademais, a Ação de Alimentos
Subsiste mesmo após o divórcio e até a maioridade, quando cessa o poder familiar
Filho universitário, até conclusão do curso ou até os 24 anos de idade
Findo o poder familiar, pela relação de parentesco, os Tribunais têm admitido os Alimentos (binômio) 
Este é um dever (e direito, pois aguarda é direito e dever) recíproco de ambos genitores, proporcionais ao rendimentos pessoais
Não se extinguem com o novo casamento se um ou ambos ex-consortes
*
*
*
CASAMENTO
EFICÁCIA JURÍDICA
DEVERES RECÍPROCOS AOS CÔNJUGES
Respeito e consideração mútuos
Tem direta relação com o aspecto espiritual do matrimônio e com o companheirismo – intenção de torná-lo mais humano 
Base no princípio da dignidade da pessoa humana (CF/88)
Sua inobservância afronta direitos da personalidade do cônjuge (tentativa de morte; conduta desonrosa; ofensa à liberdade profissional e religiosa, etc.)
Dever de não expor um ao outro a vexames e descrédito junto à sociedade – Ex: Infidelidade moral (intenção e consecução de atos; antes do adultério)
Apresenta um leque vasto de possibilidade de adequar esse dever ao caso concreto e ensejar a Separação Judicial
Como exemplos genéricos, cite-se: intolerância de idéias e pensamentos, falta de diálogo e ausência do affectio maritallis

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando