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DIREITO DE FAMÍLIA

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DIREITO DE FAMÍLIA.
Origem e histórico da família no Brasil
Família- realidade pré-jurídica.
Qual é a razão da existência da família? Necessidades de defesa, de reprodução, de apropriação de bens, de alimentação, de sobrevivência e necessidades econômicas.
Família- instituição basilar do direito privado ocidental.
Três fases do direito de família no Brasil
1- Direito de família religioso 1500 – 1889/1916
Homem como dono da família, proprietário da esposa e dos filhos
2- Direito de família institucional 19160 1988
Família com sentido de instituição, mas com forte influência religiosa, ainda com família como propriedade do homem 
3- Direito de família constitucional a partir de 1988.
Igualdade entre os cônjuges, dos filhos reconhecimento da união estável como entidade familiar, trazer um conceito aberto de família
· Direito de família canônico
Fundamento jurídico ordenações portuguesas.
Arranjo político entre o estado de Portugal e a igreja católica.
Questões de direito de família eram essencialmente atribuídas à igreja católica.
· Direito de família institucional.
Fundamento jurídico Código Civil de 1916.
Família- reflexo da sociedade tradicional brasileira. Família agrária, matrimonial e hierárquica. Objetivo- manutenção das tradições. Modelo transpessoal.
Direito de família laico, patriarcal, matrimonializado, desigual e patrimonializado.
Orlando gomes- privatismo doméstico.
FAMÍLIA DO CC/16
Célula base-( casamento)
Adoção limitada- idade mínima de cinquenta anos, sem descendentes legítimos ou legitimados e deveria ser, ao menos, dezoito anos mais velho que o adotado.
Adoção modificada-em 1957, lei n° 3.133/57, que alterou o Código Civil, reduzindo a idade mínima do adotante para trinta anos; podia adotar já tendo filhos, mas adotantes não tinham direito à sucessão.
Não aceitação de filhos(espúrios) – legitimados, ilegítimos e adotivos.
Casamento pessoas de sexos diferentes (instrução normativa n° 57 INSS 1° em benefícios para homossexuais).
Proibição do rompimento (só com a L.D n° 6515 de 26/12/77).
Mulher auxiliar do marido0 233 do CC/16, com a redação do estatuto da mulher casada (lei 4121 de 27 de agosto de 1962).
Homem cabeça do casal mulher incapaz para diversos atos. Ex-ter profissão, receber herança.
Homem – chefe de domicílio.
Liberdades começam mais com a revolução sexual da década de 60/70.
Concubinato- não aceitação da união estável hoje – lei 8971 de 1994, lei 9.278/96 e CC/2002.
Aula 3 
TERCEIRA FASE DA FAMILIA BRASILEIRA: família constitucionalizada, pós contistuição de 1988
c) O direito de família constitucional 
fundamento jurídico: const 1988
- 1pilar: deixou aberto o conceito de família, para que pudesse encaixar varias entidades familiares e que devem ter proteção igual a família matrimonial, ex: união estável, união homossexual... reconhecer outras famílias que não estão expressas na constituição –
- 2 pilar: traz a igualdade dos cônjuges entre a igualdade familiar, apartir da constituição de 1988 se proibiu qualquer distinção entre os cônjuges. NÃO EXISTE MAIS HIERARQUIA ETRE A FAMILIA, cônjuges tem igualdade de direitos-
- 3 pilar: igualdade entre os filhos sejam eles fruto do casamento ou não, todos os filhos terão os mesmos direitos. 
Familia: de institucional a eudemonista. Instrumento de busca pela felicidade e autorrealização, repersonalização- despatrimonialização 
- Evolução: antes o conceito de família era uma família institucional (em que o pai mandava na casa, só era família as pessoas casadas, só era respeitado os filhos homens....) depois de 1988 PASSOU A SERGUIR conceito eudamonista (que traz a questão da felicidade, a família e instrumento para alcançar a felicidade) oque importa e quem compõe a família e não o patrimônio - 
Preceitos: igualdade entre os membros, solidariedade pluralidade de modelos familiares (desmatrimonialização) e efetividade. 
- solidariedade: pagar pensão para idosos ou pagar para filhos maiores de idade ( e o principio que traz que os entes familiares devem se ajudar uns aos outros), outro exemplo e pagar pensão para o ex cônjuge após o fim do casamento, por isso que a gente tem estatuto do idoso, ECA – 
ESTADO CONSITUCIONAL
•	 Independência da mulher
•	divorcio
•	igualdade dos filhos (todos são iguais, inclusive filho de incesto)
•	liberdade de gênero (trans)
•	flexibilização da monogamia (discussão muito grande, não temos leis que regulamentem nenhum tipo de relacionamento que não seja monogâmico) obs da geo: tudo burro esses legisladores 
•	familia com abertura conceitual: (foi oque possibilitou a união homoafetiva)
* DIREITO DE FAMILIA E IGUALITARIO E SOLIDARIO *
Funções da família: 
Funções históricas: religiosa, procriativa, politica e econômica (quem deve cuidar financeiramente de quem está vulnerável e a família, se não tiver como ai o estado cuida, mas o estado não quer cuidar, quer primeiro deixar pra família cuidar)
Funções contemporâneas: afetividade e solidariedade 
Evolução do direito civil: família, sociedade e ordenamento jurídico brasileiro
•	O caminho da família-instituição (família: casamento, pai manda) para a família instrumento (família instrumento para alcançar a felicidade) 
•	Mudanças sociais- urbanização (saíram do campo e foram pra cidade), emancipação feminina, movimento hippie (movimento de liberdade sexual), revolução sexual (descobrimento dos métodos anticontraceptivos) ;
•	Estatuto da mulher casada Lei 6.515/1977: com a emancipação feminina acabou com isso
•	Lei do divorcio lei 6.515/1977: roptura do casal solicitada por qualquer dos cônjuges. 
•	Reconhecimento da união estável como sociedade conjugal: tendo todos os direitos de um casamento 
IMPORTANTES INTRUMENTOS JURIDICOS PÓS-CONSTITUCIONAIS
(vem para complementar as evoluções da constituição de 1988)
•	Estatuto da criança e do adolescente (8.069/90)
•	Lei da união estável (lei 9.278/96) – a constituição falou que podia ter a união que quisesse mas não tinha lei que regulamentasse ai veio essa lei)
•	Código Civil brasileiro de 2002 (veio para atualizar a lei da união estável, porque o código de 96 tinha varias regras desnecessárias) 
•	Estatuto do idoso (lei 10.741/2003)
•	Lei maria da Penha (lei 11.340/2006) – e onde esta expressamente digo que a família e formada onde tem afeto- 
•	Emenda constitucional 66 de 2010: antes tinha que fazer um processo de separação para depois converter em divorcio ou estava separado de corpos a 2 anos para poder se divorciar, essa emenda veio para regulamentar- obs geo: tia geo adora essa lei porque odeia salvar 2 processos em vez de um . 
•	Lei da alienação parental 12.318 de 2010 – tem uns retardados querendo revogar ela porque diz que fez mais mal do que bem, porque pode ser usado de um cônjuge contra o outro-
•	Lei da guarda compartilhada (13.058/2014) – vem para tentar regulamentar que um pai não possa ficar usando o filho de instrumento para alfinetar o outro, ta adiantando? Não ta, mas ta tentando, trazendo o conceito e que nenhum dos pais tem poder sobre o filho -
•	Estatuto da pessoa com deficiência (13.146/2015)
Conclusões parciais
•	Familia é o instituto em constante movimento 
•	Direito esta sempre a reboque das alterações sociais 
•	Alteracoes jurídicas decorrem, na maior parte dos casos, da jurisprudência (exemplo: reconhecimento das uniões homoafetivas, ex2: divorcio unilateral: decreta o divocrcio sem nem ouvir a outra parte, porque o judiciário entende que o divorcio e um direito potestativo, que so depende a pessoa ir la e protestar ele)
•	A constituição Federal permitiu (e permite ) a abertura da noção de família
Aula 04
Direito de família- conceito, princípios, importância, características e atualidades
- direito de família ou direito das família?
* um conceito de família é possível? proteção às famílias (matrimonial, informa, homoafetiva, monoparental, solidária...)
Impossibilidade de construir um conceito único de família.
*não é mais etnológico- mesmo teto.
* não é mais PATER no poder.
 há várias acepções
1- Pai, mãe e filho e OUTROS.
2- Demais colaterais, ascendentes
3- Em suma- amplamentesão todos os que derivam de ascendentes comuns ou afins (parentes por afinidade).
· Possíveis elementos para a constatação de um arranjo familiar.
1- Vínculo de afeto;
2- Laços de responsabilidade e liberdade;
3- Simetria e colaboração;
4- Divisão da vida comum.
*é preciso buscar um conceito PLURALISTA.
· Importancia da família
São valorizados mais os aspectos afetivos e sociológicos constitucionalização do direito civil ser+ ter pessoa base do direito.
Mas há grande importância PATRIMONIAL.
· Natureza jurídica
3 teorias
1- Pessoa jurídica- pois tinha direitos extrapatrimoniais com o NOME, direitos de pátrio poder, ou patrimonias, como o bem de família.
*ERRADO- pois são direitos de cada um dos componentes da família.
2- Organismo jurídico- por não ser pessoa jurídica.
*ERRADO- pois não se pode esquecer que o direito é posterior ao fenômeno natural de família.
3- Instituição- prevalece, mas não é pacífica. Teoria criada por MAURICE HAURIOU( frança).
É uma coletividade humana subordinada à autoridade e condutas sociais.
É regular , formal e definida para realizar uma atividade em geral- a procriação e a criação dos filhos.
Silvio rodrigues- traduzem direitos personalíssimos e refletem-
Normas cogentes/ ordem pública.
Direitos inegociáveis.
Supremacia do público sobre o particular.
É DIREITO FUNDAMENTAL DE RELAÇÃO.
· DIREITO DE FAMÍLIA- é o conjunto de regras que disciplinam os direitos pessoais e patrimoniais das relações de família.
· Clóvis bevilaqua- é o complexo de normas, que regulam a celebração do casamento, sua validade e os efeitos, que dele resultam, as relações pessoais e econômicas da sociedade conjugal, a dissolução desta, as relações entre pais e filhos, o vínculo de parentesco e os institutos complementares de tutela e curatela
*direito de família divide-se em 3 partes no CC de 2002:
1- O direito das entidades familiares- diz respeito ao matrimonio e outros arranjos familiares, sem discriminação.
2- O direito parental- paternidade, maternidade, filiação e parentesco.
3- O direito patrimonial familiar- regime de bens, alimentos, administração dos bens dos filhos e o bem de família.
4- Direito tutelar- guarda, tutela e curatela (direito assistencial).
· Princípios do direito de família- Paulo lobo.
1- Dignidade da pessoa humana e família.
Dificuldade conceitual de dignidade
"A família, tutelada pela constituição, está funcionalizada ao desenvolvimento da dignidade das pessoas humanas que a integram".
2- Solidariedade familiar.
Tem como fundamento a oferta de ajuda em busca do equilíbrio entre os membros da família.
Superação do individualismo jurídico.
Solidariedade recíproca entre os cônjuges e companheiros; solidariedade dos pais com os filhos; solidariedade dos filhos com os pais.
3- Princípio da igualdade e do direito à diferença.
Igualdade entre homem e mulher; igualdade entre filhos e igualdade entre entidades familiares.
Art. 226, Constituição Federal, § 5º, os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
Art. 227, Constituição Federal , § 6º, os filhos havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
4- Princípio da liberdade e sua aplicação nas relações familiares.
Autonomia de constituição, realização e extinção da entidade familiar(DIREITO POTESTATIVO);
Livre aquisição e administração do patrimônio familiar;
Livre definição dos modelos educacionais a serem aplicados aos filhos.
5- Princípio da convivência familiar.
Implica a relação cotidiana e duradoura entre as pessoas que compõem o grupo familiar, em um ambiente comum.
Casa com espaço de identidade coletiva própria. Constituição Federal , art. 5° inc XI- a casa é asilo inviolável do indivíduo.
Casos de pais separados/ divorciados- criança deve manter regularmente contato com ambos os pais, salvo se isso for contrário a seus interesses. Guarda compartilhada como regra- lei 13.058/2014.
6- Princípio do melhor interesse da criança.
A criança deve ter seus interesses tratados com prioridade pelo estado, pela sociedade e pela família. Art. 227 Constituição Federal.
Critério significativo em decisões e aplicação da lei.
Crianças e adolescentes com indivíduos em desenvolvimento, merecedoras de proteção prioritária.
Pátrio poder versus poder familiar.
· Princípios constitucionais do direito de família por josé sebastião de oliveira:
a) Proteção de todas as espécies de família( 226 caput Constituição Federal)
b) Reconhecimento familiar ao lado do casamento ( 226, parágrafos 3° e 4°, Constituição Federal ).
Aula 05
c) Igualdade entre os cônjuges( art. 5°, caput, I e art. 226 parágrafos 3° e 4°, Constituição Federal)
d) Dissolubilidade do vínculo conjugal e do matrimonio( art. 226, parágrafo 6°, Constituição Federal)
e) Paternidade responsável( art. 226, parágrafos 5°, Constituição Federal)
f) Igualdade entre os filhos havidos ou não no casamento ou por adoção ( art. 226,parágrafo 6°, Constituição Federal )
CARACTERISTICAS DO DIREITO DE FAMÍLIA CONTEMPORANEO.
Pautado na solidariedade e na afetivadade,
Plural quanto aos modelos familiares,
Desmatrimonializado,
Despatrimonializado,
Repersonalizado.
QUESTÕES ATUAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA
Direito privado ou direito público
Crise da dicotomia direito privado X direito público.
Superação do estado liberal- mistura entre direito público e privado.
Direito de família faz parte do direito privado, mas apesar disso apresenta diversas normas de caráter cogente. Autonomia reduzida, que deve, porém ser respeitada.
Falam em sujeitos do processo, não em partes;
Trouxe capítulo exclusivo para as ações de direito de família( cap. X – artigos 693 a 699)
Estímulo à diminuição da litigiosidade- mediação.
Nas ações de família, todos os esforços, serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para mediação e conciliação.
Principais questões recentemente julgadas ou a serem julgadas em breve pelo STF.
RE 878.694 ( JÁ JULGADO)- equiparação de direitos sucessórios entre cônjuges e companheiros;
RE 898.060 (JÁ JULGADO) – consolidou a tese da socioafetividade e da multiparentalidade;
RE 883.168- SC( A SER JULGADO)- famílias simultâneas.
IMPORTANCIA DA EFETIVIDADE NAS RELAÇÕES FAMILIARES- EXISTE UM PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE NO DIREITO BRASILEIRO.
Afetividade – valor relevante, princípio jurídico ou elemento externo ao direito ?
Correntes doutinárias 
a) Afetividade deve ser reconhecida e pode ser classificada como um princípio jurídico.
b) Afetividade deve ser assimilada pelo direito, mas apenas como um valor relevante;
c) Afetividade não deve ser valorada juridicamente, uma vez se tratar de um sentimento- o que estaria fora dos lindes do direito.
Concepção atual
Afetividade é um dos sócios princípios do direito de família brasileiro;
Está implícito na constituição- igualdade entre filhos ( art. 227 parágrafo 6°) adoção como escolha afetiva que gera igualdade de direitos( art. 227, parágrafos 5° e 6°)
Decorre da força construtiva dos fatos sociais;
DUPLA FACE DO PRINCÍPIO DA AFETIVIDADE.
a) Afetividade como dever jurídico, voltado para aqueles que apresentam vínculo de parentalidade ou de conjugalidade;
b) Afetividade como geradora de vínculo familiar, voltado para aqueles que ainda não apresentam vínculo de parentalidade ou de conjugalidade.
DUAS DIMENSÕES
Subjetiva- sentimento de afeto em sí. Não apreensível pelo direito.
Dimensão objetiva- manifestações concretas de afetividade. Apreensível pelo direito.
De acordo com Ricardo Calderón, afetividade jurídica envolve atos de cuidado, de subsistência, de carinho, de educação, de suporte psíquico e emocional, de entreajuda, de comunhão de vida, entre outros.
O dever de afeto e a responsabilidade civil.
REsp n° 757.411/MG- afastou a possibilidade de compensação por abandono moral ou efetivo
REsp 1.159.242/SP- reconheceu que o abandono afetivo pode dar ensejo à indenização por danos morais
STJdivulga 11 teses sobre responsabilidade civil por dano moral.
Abandono afetivo de filho, em regra, não gera dano moral indenizável, podendo, em hipóteses excepcionais, se comprovada a ocorrência de ilícito civil que ultrapasse o mero dissabor, ser reconhecida a existência do dever de indenizar.
Aula 06
A família no ordenamento jurídico brasileiro e a interferência do judiciário nas questões familiares.
- processo judicial no âmbito de família tende a acirrar o conflito. Binômio certo/ errado; inocente/ culpado; ganhador/perdedor.
-tendência atual de menor intervenção estatal na vida íntima dos indivíduos e maior respeito à autonomia individual;
-lei 11.441/2007: possibilita a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa.
* a separação judicial é uma faculdade
Divórcio extrajudicial (mediante escritura pública) requisitos: ausência de filhos menores ou incapazes e existência de acordo quanto à divisão patrimonial.
-crescente incentivo da utilização da mediação no âmbito do direito de família;
-conciliação, mediação e arbitragem- diferenças.
-Mediação- utilização de terceira pessoa para incentivar e auxiliar as partes a chegar num acordo.
-Abordagem interdisciplinar da mediação.
 estatuto das famílias- projetos de lei.
*estatuto da família(PL 6.583/2013 – em tramitação) X estatuto das famílias ( PLS 470/2013 – arquivado).
Estatuto da família- para os fins desta lei, define-se entidade familiar como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Estatuto das famílias- é protegida a família em qualquer de suas modalidades e as pessoas que a integram.
Modelos e (re) classificação das famílias
a) Modelo transpessoal- família fundada no matrimonio, formada por marido, esposa e filhos.
b) Modelos constitucionais de família,
Quanto a origem da entidade familiar.
1- Família fundade pelo casamento- matrimonial.
2- Família fundada pela união estável-informal.
3- Família fundada pela união homoafetiva.
4- Família fundada por união poliafetiva( não há consenso, inclusive os registros estão suspensos por determinação do STJ).
Quanto à formação da entidade familiar.
1- Família biparental.
2- Família monoparental.
3- Família reconstruída, pluriparental ou mosaico, estabelecida entre pessoas, casadas ou em união estável, que possuem um ou mais filhos de relacionamentos anteriores.
Outros modelos familiares
Família anaparental- sem os pais. Convivência entre os parentes, ou não, dentro de identidade de proposito, gera família, ex- irmãos).
Família solidária.
Família paralela ou simultânea- duas famílias ao mesmo tempo?
Família natural, extenda ou ampliada.
Substituta- ECA 19. Quando não é mais possível na família biológica.
Eudemonista- busca da felicidade- desloca da instituição para o SUJEITO. Conceitua família pelo vínculo afetivo entre os envolvidos.
Aula 07
Parentesco- noções gerais e afinidades.
Vínculo entre indivíduos que pertencem a uma mesma família.
Parentesco pode ser,
1- Natural/ consanguíneo, civil, socioafetivo ou por afinidade;
2- Em linha reta ou colateral (ATÉ O 4° GRAU);
3- Maternal ou paternal;
4- Decorrente da conjugalidade, do companheirismo ou da filiação.
Parentesco natural ou consanguíneo
Vínculo entre pessoas descendentes de um mesmo trinco ancestral, ligadas umas às outras pelo sangue.
Tem origem na verdade biológica.
Parentesco civil- decorre da adoção. Lei n° 12.010/2009
A adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e parentes consanguíneos, exceto quanto aos impedimentos matrimoniais.
Com relação a adoção, as relações de parentesco são estabelecidas não apenas entre adotante e adotado, como também entre aqueles e os descendentes deste e entre o adotado e todos os parentes do adotante.
A adoção imita a verdade biológica.
Parentesco socioafetivo.
Constituída a partir da posse do estado de filho.
CC/02 não definiu de modo expresso o que é a posse do estado de filho.
Elementos da posse do estado de filho- tractatus, nomem e reputatio.
Parentesco por afinidade
Decorre do casamento ou da união estável e une os cônjuges ou entre companheiros à família do outro.
Estabelecido por determinação legal
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1° O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou companheiro.
§ 2° Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
PARENTESCO EM LINHA RETA OU COLATERAL.
Parentesco em linha reta- estabelecidos entre pessoas que descendem umas das outras.
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes.
Parentesco ilimitado em linha reta 
Ascendencia gera duas linhas de parentesco- ascendentes paternos e maternos. Com isso, há a linha paterna e a linha materna.
Parentes em linha reta são herdeiros necessários.
Parentesco em linha reta não tem origem apenas biológica ou civil ( adoção). Deriva também do casamento ou da união estável( vínculo por afinidade)
O vínculo por afinidade em linha reta( sogro e genro) não gera direitos sucessórios e permanece mesmo após o divórcio ou o fim da união estável.
Parentesco em linha colateral- estabelecido entre pessoas provenientes de um mesmo tronco, mas que não descendem uma da outra.
Art. 1.592- são parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
Parentes colaterais- irmãos, tios, primos.
São herdeiros legítimos.
GRAUS.
Grau – número de gerações que separa os parentes.
Contagem dos graus, art. 1594
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente.
Contagem de graus na linha colateral – também é feita pelo número de gerações que separa os parentes, mas é necessário subir até o ascendente comum e depois descer para identificar o grau de parentesco.
Não existem parentes na linha colateral de primeiro grau. Irmão é parente de 2° grau.
Obs- a relação de parentesco colateral encerra-se no quarto grau.
ESTIRPE
Conceito utilizado para distinguir irmãos.
Os filhos do mesmo pai e da mesma mãe são chamados de irmãos bilaterais ou germanos.
Os filhos apenas do mesmo pai ou somente da mesma mãe são irmãos unilaterais( meio irmão) 
Quanto à estirpe, os irmãos são bilaterais ou unilaterais.
Classificação é relevante na sucessão.
Concorrendo à herança irmãos unilaterais e bilaterais, os últimos tem direito ao dobro da parte destinada aos meio-irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Aula 09 
Lei 13.146/2015
Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, incorporada ao direito brasileiro por meio do decreto legislativo 186, 9.7.2008.
Razões subjacentes
Censo do ano de 2010( IBGE) aproximo 25 % população nacional padece de alguma modalidade de deficiência. Doenças mentais ou intelectuais incidem em 1,4 % dos brasileiros.
Tratamento estigmatizante da pessoa com deficiência.
Reconhecimento de que há níveis variados de deficiência e que os que os deficientes se casam, trabalham e estabelecem relações negociais.
OBJETIVO DA LEI
Promover a inclusão e a cidadania dos deficientes;
Garantia de direitos fundamentais sociais ao deficiente por meio de políticas públicas;
Conferir maior autonomia à pessoa com deficiência;
Permitir que o deficiente( inclusive mental) decida sobre tratamentos médicos a que vai se submeter.
Principal alteração promovida pelo estatuto.
Alteração do regime das incapacidades.
Art. 6° do estatuto- a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. Alteração dos artigos 3° e 4° do CC.Assim a priori, deficientes mentais são plenamente capazes.
Obs- mediante análise específica do indivíduo( feita por equipe multidisciplinar) torna-se possível atestar sua incapacidade absoluta ou relativa e submeter o deficiente ao regime de curatela.
Análise do deficiente levará em consideração
Os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
Fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
Limitação no desempenho de atividades;
E restrição de participação na sociedade.
Com isso, a condição de deficiente deixa de estar necessariamente relacionada à doença, vinculando-se às limitações concretas sofridas pela pessoa.
Curatela torna-se medida excepcional.
Estatuto alterou a redação dos incisos I do art. 1.767 e revogou os incisos II e IV.
Art. 1.767 
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
V - os pródigos.
Quando necessário a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei.
A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidade e às circunstancias de cada caso, e durará o menor tempo possível .
A curatela afeta os atos de natureza patrimonial, não alcançando, nos termos do parágrafo 1° o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimonio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
Deficiente é livre para praticar atos existenciais.
Aula 10 
Tomada de decisão apoiada
*art. 1.783-A- a tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos duas pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade 
§1° termo de decisão apoiada. limite do apoio.
§3° antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do MP, ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio.
§4° eficácia da decisão apoiada sobre terceiros.
Estatuto da pessoa com deficiência e o direito de família
-garantia ao deficiente do direito de ter família.
Art. 6°-
- casar-se e constituir união estável;
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; 
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
Críticas ao estatuto da pessoa com deficiência.
Ausência de segurança jurídica.
Maior vulnerabilidade aos deficientes mentais;
Ausência de regime de transição;
Ineficácia do SUS para atuar na avaliação dos doentes mentais.
CASAMENTO.
· Conceito de casamento para Paulo lobo- um ato jurídico negocial, solene, público e complexo, mediante o qual um homem e uma mulher constituem família por livre manifestação de vontade e pelo reconhecimento do estado.
· Maria Berenice dias- casamento significa tanto o ato de celebração do matrimonio como a relação jurídica que dele se origina a relação matrimonial. O sentido da relação matrimonial melhor se expressa pela noção de comunhão de vidas, ou comunhão de afetos.
VISÃO HISTÓRICA.
· Até 1889- não católicos não tinham acesso ao matrimonio, constituição da república faz do casamento instituição laica.
· Casamento civil somente surgiu em 1891.
· CC/16 e casamento- desquite ( não dissolvia o vínculo matrimonial- impossibilidade de novo casamento).
· Lei do divórcio- 6.515/77 desquite se tornou separação, introdução da figura do divórcio.
· Art 2º - A Sociedade Conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
Il - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.
DIFERENÇA ENTRE SEPERAÇÃO E DIVÓRCIO.
1- Ambos extinguem a sociedade conjugla( comunhão pessoal e patrimonial)
2- Na separação- subsistência do vínculo matrimonial. Extinção dos deveres matrimoniais. Extinção do regime de bens.
No divórcio rompe-se o vínculo matrimonial.
· Emenda constitucional 66/10
Possibilidade de busca pelo divórcio sem previa separação e sem prazo prévio.
Afasta o elemento culpa.
Lei n°11.441/07- divorcio extrajudicial.
· Condição da mulher e do homem.
A diversidade de sexos não é condição de existência ou validade do casamento.
Resolução Nº 175 de 14/05/2013 do CNJ, Art. 1º É vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo.
Aula 11
Objetivo do casamento
Paulo lobo- constituição da família.
Lamartine e Munhoz- formação de uma comunhão plena de vida entre os cônjuges
Maria Berenice dias- plena comunhão de vida.
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
EFEITOS DO CASAMENTO.
1- Estabelece a sociedade conjugal( parcela que diz respeito a deveres matrimoniais e a questão patrimonial)
2- Altera o estado civil dos cônjuges.
3- Gerar dois vínculos
O vínculo conjugal entre cônjuges.
O vínculo de parentesco por afinidade entre o cônjuge e os parentes do outro.
NATUREZA JURÍDICA DO CASAMENTO.
É instituto de direito público ou privado ?
Natureza jurídica de contrato ou de negócio jurídico?
a) Perspectiva contratual.
Doutina individualista- casamento como instituto de direito privado.
Silvio rodrigues- casamento é o contrato de direito de direito de família que tem por fim promover a união do homem e da mulher de conformidade com a lei, a fim de regularem suas relações sexuais, cuidarem da prole comum e se prestarem mútua assistência.
b) Perspectiva institucional.
Casamento como instituto de direito público.
Destaca o conjunto de normas imperativas a que aderem os nubentes.
A liberdade estaria limitada à decisão de causar ou não.
Casamento como instituição social- visão sociológica.
c) Perspectiva do negócio jurídico.
Compreensão mais adequada- casamento como negócio jurídico.
Negócio jurídico é figura mais ampla que o contrato
Contrato- instituto nitidamente patrimonial.
Casamento tem aspecto patrimonial, mas não é o mais relevante.
Negócio jurídico- principal aspecto é a autonomia.
Casamento como negócio jurídico- ressalta-se o aspecto de liberdade da relação matrimonial.
Liberdade do casamento- liberdade dos indivíduos de casar( ou não casar), liberdade de escolher o cônjuge e liberdade da escolha do regime de bens
Assim, casamento- não é contrato, tampouco apenas uma instituição.
É um negócio jurídico de caráter existencial com efeitos patrimoniais de caráter sui generis.
Por que sui generis? As regras sobre os planos da existência, validade e eficácia são regras próprias. Aplicação subsidiária da parte geral.
Casamento no plano da existência.
Sujeitos- nubentes;
Objeto- comunhão plena de vida;
Forma- forma é constitutiva do negócio jurídico;
Manifestações de vontade, e
Autoridade celebrante competente( proclama os nubentes como casados).
Casamento no plano da validade.
Quanto aos nubentes- capacidade e ausência de impedimentos;
Quanto à forma- soleníssima e complexa;
Quanto às manifestações de vontade- hígidas( ausência de erro ou coação- únicos vícios de consentimento aplicáveis ao casamento).
Casamento no plano da eficácia.
Causas suspensivas do casamento- causas que suspendem os efeitos patrimoniais do casamento até a resolução de certas questões.
Não podem haver condição, termo e encargo
Direitos e deveres matrimoniais.
Requisitos- capacidade, impedimentos, causas suspensivas e oposição.
· Capacidade 
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, oude seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Idade núbil- 16 anos. Até atingir a maioridade, é necessária a autorização dos pais ou representantes para casar
Exceções à idade núbil- para evitar punição criminal e em caso de gravidez, ambas revogadas
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código.
Autorização dos pais/representantes legais.
Necessária autorização de ambos os pais, mesmo que separados/divorciados.
Exceção- perda do poder familiar.
A autorização é apresentada no pedido de habilitação.
Recusa à autorização- é direito do pai ou da mãe, desde que devidamente fundamentada em motivo razoável.
Divergência entre os pais- art. 1631 Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Revogação da autorização- Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
Negativa de ambos os pais.
Se ambos os pais não autorizam o casamento, o juiz pode suprir o consentimento se a denegação for injusta.
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Justiça da infância e da juventude.
Impedimentos- números clausus.
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;
II - os afins em linha reta;
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
Aula 12
Consequência dos impedimentos- nulidade do casamento.
Nulidade pode ser suscitada por qualquer pessoa ou pelo ministério público, ou declarada de ofício pelo juiz.
Art. 1522, parágrafo único- se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declara-lo.
Art.1522. os impedimentos podem ser opostos até o momento da celebração do casamentos, por qualquer pessoa capaz.
Caso oposto o impedimento antes da celebração, esta será suspensa até decisão judicial.
· Causas suspensivas do casamento.
Art. 1523. Não devem casar
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
*estas causas não impedem a realização do casamento- situações em que o casamento não é recomendável.
*não geram nulidade ou anulabilidade do casamento.
*Atuam nos efeitos do casamento- plano eficacial.
*podem não ser aplicadas por pedido judicial, mediante comprovação da ausência de prejuízos.
*mesmo que haja prejuízos, é possível realizar o casamento em regime de separação de bens(hipóteses dos incisos I, III e IV)
Art. 1641- é obrigatório o regime da separação de bens no casamento.
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
OPOSIÇÃO DAS CAUSAS SUSPENSIVAS
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
CONSTITUIÇÃO DO VÍNCULO CONJUGAL.
Casamento civil- realizado no cartório, precedido de habilitação 
Casamento religioso- o casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registo próprio, produzido efeitos a partir da data de sua celebração.
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 1° O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
§ 2° O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
§ 3° Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.
Validade civil do casamento religioso está condicionada à habilitação( que pode ser feita antes ou depois da celebração religiosa) e à inscrição no registro de pessoas naturais.
A busca de efeitos civis ao casamento religioso é admitida a qualquer tempo.
Procedida a habilitação e o registro, mesmo que tardios, os efeitos retroagem à data da solenidade.
HABILTAÇÃO
Tratamento jurídico
Artigos 1.525 ao 1.532 do Código Civil.
Artigos 67 ao 69, da lei de registros públicos.
O que é? Procedimento prévio ao casamento, feito perante o registro civil, no qual os nubentes apresentam documentação, tornam público o desejo de casar e definem o regime de bens( pacto antenupcial ou comunhão parcial)
Pela habilitação é feita uma investigação quanto aos requisitos de validade do casamento.
Inicia-se com o pedido dos nubentes perante o registro civil. Apresentam-se os seguintes documentos( art. 1525, CC)
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Art. 1.526. Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.
Hipótese de inexistência de impugnação- publicação de edital.
Edital – 15 dias de afixação e publicação na imprensa local.
Neste período, qualquer pessoa pode apresentar oposições.
1° hipótese- ausência de oposição.
Procedimento é remetido ao MP.
Não sendo constatado fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação.
Com ela, em até 90 dias pode ser realizado o casamento (art. 1.532)
2° hipótese- existência de oposição.
Oposição deve ser feita por escrito.
Noivos terão prazo de 03 dias para a defesa e apresentação de documentos.
Autos são remetidos ao MP e posteriormente ao poder judiciário para que decida a respeito da oposição.
CELEBRAÇÃO.
É ato formal, solene e público.
Envolve : 
A manifestação livre e consciente dos contraentes,
O testemunho dos que fazem presente e, 
A declaração da autoridade judicial ou religiosa.
Art.1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.
Local- no cartório ou em outro local( com consentimento da autoridade)
Duas testemunhas, no mínimo.
Portas abertas
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
SUSPENSÃO DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO 
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa 
à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
Aula 13
Ritos especiais.
Caso de moléstia grave de algum dos nubentes, art. 1.539.
Casamento será realizado, pela autoridade competente, onde o impedido estiver.
Necessidade de duas testemunhas que saibam ler e escrever.
Nubente em iminente risco de vida.
Casamento nuncupativo.
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Casamento realizado sem habilitação prévia e sem autoridade competente.
No prazo de 10 dias as testemunhas devem confirmar o casamento perante a autoridade judicial que, antes de determinar o registro do casamento, deve fazer uma investigação sobre a urgência da situação.
Se o cônjuge sobreviver, é necessário ratificar o casamento na presença da autoridade competente.
Casamento realizado no exterior.
Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
Homologação não é judicial, mas realizada no 1° ofício de registro civil da comarca em que os cônjuges vão estabelecer domicílio.
Nubentes deverão realizar o procedimento de habilitação perante este ofício.
Inexistindo impedimentos, a expedição do certificado de habitação é suficiente para homologar o casamento.
Casamento por procuração.
A procuração deve ser outorgada por instrumento público com poderes especiais, valendo pelo prazo de 90 dias.
Não pode ser o mesmo procurador para ambos os nubentes.
Havendo revogação da procuração, ainda que o procurador não tenha conhecimento, sua manifestação terá sido ineficaz.
PROVAS DO CASAMENTO.
Provas diretas e indiretas.
Provas diretas e específicas: 
Do casamento celebrado no Brasil- certidão do registro civil do casamento.
Do casamento realizado no exterior- certidão de registro no cartório brasileiro.
Provas diretas supletórias,
Outros documentos que comprovam o casamento- certidão de proclamas, passaporte, testemunhas da celebração, CTPS.
Casos de incêndio, enchente, extravio do livro de registro.
Prova indireta- quando não há meios para comprovação do casamento- falecimento, limitações físicas e psíquicas.
Prova da posse do estado de casado.
Teoria da aparência.
Presume-se casado quem vive como tal( nominativo, tratactus, fama)
Princípio in dubio pro matrimonio.
Objetivo de proteger o casamento.
Presunção é afastada mediante prova de casamento anterior de alguma das partes.
Prova indireta resulta de ação judicial.
Art. 1.546. Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da sentença no livro do Registro Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento.
EFEITOS DO CASAMENTO.
Gera efeitos pessoais e patrimoniais.
Eficácia patrimonial- regime de bens, administração econômica da família( realizado em igualdade por homem e mulher- art. 1.567 e 1.568) e patrimônio familiar ( bem de família).
Eficácia pessoal- direitos e deveres conjugais.
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
§ 1° Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.
§ 2° O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de instituições privadas ou públicas.
Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
I - fidelidade recíproca;
II - vida em comum, no domicílio conjugal;
III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos. 
Domicílio 
Art. 1.569. O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e outro podem ausentar-se do domicílio conjugal para atender a encargos públicos, ao exercício de sua profissão, ou a interesses particulares relevantes.
É aceita a pluralidade de domicílios, contanto que por razão profissional ou por interesse particulares relevantes.
Aula 14
· INVALIDADES DO CASAMENTO
Caracteristicas próprias.
Teoria das invalidades da parte geral- supletiva.
Nulidade e anulabilidade.
NULIDADE.
Refere-se a interessados públicos ou sociais relevantes.
Qualquer interessado ou o MP podem invocar.
O decurso do tempo não a afasta- imprescritibilidade.
O casamento nulo pode gerar efeitos? Sim especialmente em relação à prole.
Causas são taxativas.
ANULABILIDADE.
Corresponde a interesses particulares.
A tutela depende da manifestação das pessoas afetadas.
Não é possível declaração de ofício pelo magistrado.
Decurso do tempo- convalidação do casamento.
· Casamento nulo e anulável.
Causa- quando um ou ambos os cônjuges incorrem em impedimento matrimonial.
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I - (Revogado) 
II - por infringência de impedimento.
DECRETAÇÃO DA NULIDADE
Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado( NÃO É QUALQUER PESSOA), ou pelo Ministério Público.
Quem é interessado?
Decretação da nulidade- sentença.
Efeitos retroativos desde a data da celebração, eficácia ex tunc.
Todas as relações são desfeitas? Proteção aos terceiros de boa-fé.
ANULABILIDADE DO CASAMENTO.
Causas
Art. 1.550. É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
· Coação- quando houver coação para ser dado o consentimento por um dos cônjuges.
§ 1 ° Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
§ 2 ° A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
Legitimação para promover a anulabilidade- apenas dos diretamente interessados, descrito na lei.
Eficácia da anulabilidade- ex nunc.
Na hipótese de culpa, o cônjuge culpado perde todas as vantagens patrimoniaisque recebeu em virtude do casamento.
*casamento sob coação
Fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a segurança, a saúde e a honra do cônjuge ou de seus familiares.
Temor deve ser presente.
*erro essencial sobre a pessoa do cônjuge
Diz respeito às qualidades essenciais da pessoa.
Causas de erro-
Quanto à identidade, honra e fama da cônjuge, que torne insuportável a vida comum.
Paulo lobo- homossexualidade e bissexualidade, vida clandestina( membro de quadrilha ou falso profissional)
*quanto à ignorância de crime anterior
Crime não precisa ser grave, mas deve haver decisão que confirme o fato criminoso( mesmo sem transito em julgado)
Circunstancias devem levar à desonra e à difamação.
*quanto a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável ou de moléstia grave, transmissível e contagiosa.
Paulo lobo- impotência sexual, vírus do HIV.
Quanto à ignorância de doença mental grave- hipótese revogada em virtude do estatuto da pessoa com deficiência.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
 Convalidação do casamento anulável por erro.
A coabitação entre os cônjuges, após a ciência do cônjuge enganado, sana o defeito oi vício, em benefício da estabilidade familiar.
Exeção- hipótese de erro por questão de saúde física.
Prazos decadenciais para anulação do casamento.
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de:
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;
IV - quatro anos, se houver coação.
§ 1 o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes.
§ 2° Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
CASAMENTO PUTATIVO
O que é ? é o casamento invalido mas que externamente se apresenta como válido.
Requisito- bos-fé
Exemplo- irmãos que se casam sem saber que são irmãos.
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
Consequência do casamento putativo- produz todos os efeitos até sobrevir sentença anulatória.
§ 1° Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
§ 2° Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão.
UNIÃO ESTÁVEL.
CC 1916- omitiu-se em regulamentar relações não matrimoniais. concubinato.
1° alimentos camuflados- indenização por serviços prestados.
2° momento- sociedade de fato, súmula 380 STF (1963) necessidade de comprovação da contribuição.
3° momento- Constituição Federal 1988- alargou o rol de entidades familiares e protegeu a união estável.
Descompasso dos tribunais, falta de aplicação do texto constitucional.
4° momento- lei n° 8.971/94- previu alimentos e sucessão ao companheiro. Prazo para configuração- 5 anos ( ou existência da prole)
Não albergou os separados de fato.
5° momento lei n° 9.278/96- afastou o prazo mínimo.
Albergou as relações dos separados de fato.
Competência das vara de família.
TENTATIVA CONCEITUAL.
O CC/02 se omite em conceituar união estável.
O conceito de união estável requer conceituar o que é família.
União estável- decorre da convivência more uxório, com características de união familiar, por um prazo que demonstre estabilidade e objetivo de manter vida em comum. MARIA BERENICE DIAS.

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