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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – UNIVESP Priscila do Carmo Rodrigues TEORIAS DO CURRICULO RIO CLARO 2018 Teorias do Currículo O currículo é parte importante no processo educacional de aprendizagem. E através das teorias curriculares podemos compreender a evolução e a construção pedagógica nos dias atuais. As teorias do currículo são; teorias tradicionais, teorias críticas e teorias pós-críticas. Para a teoria tradicional o currículo se reduz a atividades técnicas, também chamada de teoria tecnicista, era burocrática e administrativa, continha descrições detalhadas dos objetivos e procedimentos que deveriam ser rigorosamente seguidos. Não se preocupava com as transformações sociais e visava a manutenção da estrutura e dos princípios da sociedade capitalista, trazendo para as escolas o mesmo modelo organizacional das fábricas. O currículo tradicional difundia a instrução e assegurava a formação moral e intelectual dos estudantes. Era o professor que possuía o conhecimento e o poder, a exposição das aulas era verbal, e as atividades eram de repetição e memorização e o papel do estudante era assimilar o conteúdo. O contexto era a padronização da escolarização em consequência do processo da industrialização e dos movimentos migratórios. A partir de 1960 passou a se questionar as teorias tradicionais, surgindo as teorias críticas, seu contexto era de protestos e reivindicações por melhores condições de vida e garantias dos direitos da população. O currículo era utilizado pela escola para difundir e autenticar as crenças e os conhecimentos das classes dominantes, a fim de contribuir para a manutenção da sociedade capitalista, neste sentido, o currículo estaria vinculado aos interesses e conceitos das classes dominantes. A teoria crítica defendia a transformação social e propunha conhecimentos e experiências de aprendizagem relacionados diretamente a situação existencial dos estudantes, tinha como objetivo formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, que teriam condições de analisar, interpretar e interferir na realidade em que vive. Para a teoria crítica, o currículo é um lugar onde educador e estudante tem a chance de analisar e questionar os significados do cotidiano. Estabelecendo relação entre escola e sociedade, entre o saber e o poder, se utilizando do currículo oculto. A teoria pós-critica questiona os princípios sociais, econômicos e políticos, tem como contexto a pós-modernidade, critica os padrões considerados rígidos da modernidade. Dando voz aos excluídos de um sistema padronizado, elevando as condições para além das classes sociais, indo direto ao foco principal, o sujeito. Lutando pela inclusão social o combate à opressão das minorias como raça, etnia e sexualidade. Nesta teoria a base do currículo depende do conhecimento, da identidade e do poder com temas como gênero, raça, etnia, sexualidade, subjetividade e multiculturalismo. O currículo deve ser visto como um complemento, como uma forma de aprofundamento e ampliação às teorias críticas. Em 1960, surgiram os primeiros movimentos sociais, a população estava insatisfeita e reivindicavam melhores condições de vida e garantia de seus direitos, exigiam o direito a educação igualitária e não apenas uma educação para a elite. Os conceitos mudaram porque a sociedade mudou, houve uma necessidade da população em buscar uma evolução e emancipação dos poderes que os reprimia. Devido as transformações sociais, houve uma evolução no sistema de ensino, como um olhar mais “humano”, voltado para as minorias, como raça, religião, orientação sexual e os menos favorecidos. Promovendo uma formação acadêmica igualitária, com o mesmo nível de conhecimento. Com as teorias curriculares podemos ver a evolução no sistema de ensino, para a construção de uma sociedade justa e democrática.
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