Buscar

Resumo 1ª prova BioMol

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Biologia MolecularBiologia MolecularBiologia MolecularBiologia Molecular 
ResumoResumoResumoResumo –––– 1ª prova1ª prova1ª prova1ª prova 
 
Composição e Estrutura dos Ácidos NucléicosComposição e Estrutura dos Ácidos NucléicosComposição e Estrutura dos Ácidos NucléicosComposição e Estrutura dos Ácidos Nucléicos 
- Tanto o Ácido Desoxirribonucléico (DNA) quanto o Ácido Ribonucléico 
(RNA) são moléculas poliméricas, cuja unidade fundamental é o nucleotídeo. 
- O nucleotídeo é formado por uma pentose, uma base nitrogenada e um 
fosfato inorgânico. 
- A pentose pode ser a ribose ou a 2-desoxirribose, de forma que apenas 
a presença ou ausência da hidroxila do carbono 2’ diferencia DNA e RNA. 
- As bases nitrogenadas podem ser purinas, que contêm dois anéis, ou 
pirimidinas, que tem apenas um anel. Entre si, elas têm pequenas diferenças 
estruturais que lhes conferem propriedades, afinidades e reações diferentes. 
- São purinas a adenina (A) e a guanina (G), enquanto citosina (C), timina 
(T) e uracila (U) são pirimidinas. 
- Devido ao número de ligações de hidrogênio, as bases nitrogenadas 
pareiam-se como A-T (duas ligações de hidrogênio) e C-G (três ligações de 
hidrogênio), no caso de DNA, e também A-U (também duas ligações) no caso 
de RNA. 
- Para a formação da fita de ácido nucléico, primeiramente ocorre a 
ligação da base nitrogenada ao carbono 1’ da pentose, formando um 
nucleosídeo. 
- Depois, um fosfato inorgânico se liga ao carbono 5’ do resíduo de 
pentose já ligado ao resíduo de base nitrogenada, originando um nucleotídeo. 
- Os nucleotídeos podem ter a forma monofosfato, bifosfato ou trifosfato, 
dependendo do fosfato inorgânico que o forma. Apenas o nucleotídeo 
monofosfato compõe o ácido nucléico, mas é necessário que o trifosfato seja 
ligado e depois clivado para fornecer a energia para a incorporação do 
nucleotídeo à molécula. 
- Para formar uma cadeia de ácido nucléico, o fosfato 5’ de um 
nucleotídeo se liga ao carbono 3’ de outro nucleotídeo, formando a ligação 
nucleotídica. Adicionando-se nucleotídeos, forma-se a fita de DNA ou RNA. 
- Dessa forma, observa-se que o sentido de crescimento (síntese) do 
ácido nucléico é sempre 5’ → 3’. 
- A molécula de DNA é formada por duas fitas de nucleotídeos 
antiparalelas e complementares, isto é, enquanto uma fita tem sentido 5’ → 3’, a 
outra tem sentido 3’ → 5’. Ainda, as bases nitrogenadas complementares de 
cada fita ligam-se por ligações de hidrogênio, mantendo-as unidas. 
 
Modelo de WatsonModelo de WatsonModelo de WatsonModelo de Watson----CrickCrickCrickCrick 
- As sequências de nucleotídeos antiparalelas e complementares, que 
formam uma molécula de DNA, é chamada estrutura primária. 
- A conformação em α-hélice (torção para a direita de ambas as fitas), 
mantida pelas ligações de hidrogênio, é a estrutura secundária. 
- O dobramento espacial, auxiliado por proteínas histonas e não-histonas, 
é a estrutura terciária. 
 
Cromossomos e OrganizaçCromossomos e OrganizaçCromossomos e OrganizaçCromossomos e Organizaçãããão do Genomao do Genomao do Genomao do Genoma 
- O dobramento espacial, com proteínas associadas ao DNA, origina a 
cromatina. 
- Para a divisão, quando a cromatina precisa estar muito condensada, 
originam-se os cromossomos, sendo que cada um deles contém 1 molécula de 
DNA mais as proteínas. 
- A estrutura primária do RNA é semelhante ao do DNA, porém com 
apenas uma fita de nucleotídeos. As outras são um pouco diferentes: 
 . Secundária: loop ou hairpin 
 . Terciária: dobramento espacial (sem histonas, bases da mesma 
cadeia ligam-se entre si para aumentar a estabilidade) 
 . Quaternária: rRNA (subunidades que formam o ribossomo) 
 
Replicação do DNAReplicação do DNAReplicação do DNAReplicação do DNA 
- Caracteriza-se como um processo semiconservativo, isto é, uma das 
fitas se mantém na nova molécula, uma vez que serve de molde para a nova 
sequência. 
- A nova fita sintetizada será complementar à fita molde e igual à outra, 
chamada codificadora. 
- Toda a molécula é duplicada, diferente do processo de transcrição que 
envolve apenas poucas sequências. 
- Inicia-se na origem de replicação, um sequência de nucleotídeos onde 
se ligam proteínas de iniciação. 
- Nas proteínas de iniciação liga-se a DNA helicase, enzima responsável 
por abrir a dupla-hélice e separar as fitas do DNA, catalisando uma bolha de 
desnaturação temporária que permite o acesso às fitas separadamente. 
- O ponto que divide a região desnaturada e a não-desnaturada do DNA, 
onde se encontra a helicase, é chamado forquilha de replicação. 
- Nessa bolha de replicação, a enzima DNA primase se liga ao DNA e 
catalisa a síntese de uma pequena sequência de ribonucleotídeos, o primer de 
RNA. 
- A partir da sequência primer, a enzima DNA polimerase III adiciona os 
nucleotídeos complementares à fita molde, lendo a fita molde no sentido 3’ → 5’ 
e catalisando as ligações nucleotídicas no sentido 5’ → 3’ (antiparalelismo). 
- Uma das fitas será lida no mesmo sentido em que a helicase se desloca, 
precisando de apenas um primer logo no início da replicação. 
- A outra fita, no entanto, sendo antiparalela, será lida no sentido contrário 
à abertura da dupla-hélice, de maneira que a síntese será iniciada próxima à 
helicase, em direção à origem da desnaturação, e depois reiniciada tão logo a 
helicase avance. Isso gera várias sequências descontínuas de DNA recém-
sintetizado, e torna necessários vários primers para a replicação dessa fita. 
- Uma vez que os primers do filamento descontínuo tenham sido 
alongados pela DNA polimerase III, eles são removidos pela exonuclease e 
substituídos por sequências de DNA funcionais pela DNA polimerase I 
(também no sentido 5’ → 3’). 
- No término desse intervalo deixado pela retirada do primer, a polimerase 
não consegue ligar a extremidade 3’ na próxima 5’ já existente, o que é feito 
então pela DNA ligase. 
 
Mecanismo Molecular de Mutações do DNAMecanismo Molecular de Mutações do DNAMecanismo Molecular de Mutações do DNAMecanismo Molecular de Mutações do DNA 
- Mutações são alterações herdáveis na sequência de nucleotídeos, isto 
é, na estrutura primária do DNA. 
- Podem ocorrer em qualquer tipo de DNA, qual seja o organismo ou o 
tipo celular de origem. 
- Podem ser espontâneas, causadas por fatores naturais e orgânicos, ou 
induzidas, causadas por fatores externos. 
- Não só as mutações em genes são importantes, visto que as sequências 
não codificantes, como regiões promotoras, operadoras e outras, também 
afetam a expressão do gene. 
- Mutações espontâneas podem ser, por exemplo, causadas por erros de 
replicação. Quando radicais livres (produtos metabólicos) reagem com bases 
nitrogenadas, originam-se formas tautoméricas de purinas ou pirimidinas. 
- Da mesma forma, radicais livres podem ocasionar lesões espontâneas 
do tipo despurinação, originando sítio abásico. Isso pode resultar a deleção do 
nucleotídeo ou a adição de outra base, com consequente mutação. 
- Ainda, há a lesão espontânea causada por oxidação e a ligação de 
algum composto à base nitrogenada (alquilação), que alteram as propriedades 
do nucleotídeo. 
- Isso causa a formação de ligações de hidrogênio erradas entre o 
nucleotídeo modificado e aquele adicionado na nova fita durante a replicação. 
- O mismatch pode ter como consequência a substituição do par de 
nucleotídeos original por outro, caso o pareamento errado seja corrigido antes 
da replicação. Se não, o erro pode ser percebido depois da replicação e 
corrigido sem substituição. 
- A intercalação de compostos aromáticos na fita dupla gera estruturas 
que a DNA polimerase não reconhece, resultando na deleção de nucleotídeos 
ou distorção da dupla-hélice e quebra da simples-fita. 
- Radiações não ionizantescomo a luz ultravioleta (UV) modificam 
elétrons e podem gerar novas ligações químicas. O principal efeito desse 
fenômeno é a formação de dímeros de pirimidinas adjacentes, isto é, a ligação 
entre pirimidinas (citosina ou timina) de uma mesma fita. 
- Já radiações ionizantes podem causar quebra de fita, deleção de 
nucleotídeos e ligação cruzada. 
 
Reparo do DNAReparo do DNAReparo do DNAReparo do DNA 
- Para o reparo, é necessário que haja a fita dupla, uma vez que é feito a 
partir de uma fita molde. 
- As correções são feitas com eficiência antes da replicação, mas podem 
ocorrer em qualquer fase do ciclo celular. Há proteínas que identificam o erro e 
estimulam mediadores para pausar o ciclo o máximo possível e permitir o 
reparo antes da próxima fase. 
- O reparo pode ser feito pela degradação do segmento errado e seguinte 
re-síntese, como no reparo do mau-pareamento de bases (mismatch), no 
reparo por excisão de bases (BER) ou de nucleotídeos (NER). 
- Também há o reparo direto, que desfaz dímeros de pirimidinas, e o 
reparo por recombinação, em caso de quebra da dupla-fita. 
 - O mismatch repair se inicia com o reconhecimento do pareamento 
errado durante a replicação e de qual fita contém o erro, uma vez que o 
filamento-filho é que deve ser corrigido para que se mantenha a sequência 
original. 
- Um complexo protéico então se liga à região identificada e faz a excisão 
do segmento que contém o erro. Há a ação da helicase para abrir tal segmento 
da dupla-fita e permitir sua retirada. 
- As enzimas DNA polimerase e ligase fazem a re-síntese e re-ligação dos 
nucleotídeos adequados, com base na fita original. 
- Os reparos por excisão de bases e de nucleotídeos seguem os mesmos 
passos genéricos, porém são utilizados em situações variadas. 
- O BER é feito para a correção de pequenos erros, como oxidação, 
existência de sítio abásico, alquilação, metilação e outros. 
- Ocorre a clivagem da ligação entre a base alterada e a pentose, 
deixando um sítio apurínico ou apirimidínico. Uma endonuclease então retira 
esse fragmento, e as enzimas de síntese adicionam os nucleotídeos corretos. 
- O NER é um mecanismo aplicado para a correção de grandes 
distorções da dupla-hélice, como dímeros de pirimidina e quebras em fitas-
simples. 
- Nesse caso é feita a remoção do bloco de nucleotídeos que contém a 
lesão, deixando um espaço posteriormente re-sintetizado. 
- O reparo direto ocorre, por exemplo, para reversão de dímeros de 
pirimidinas, mas não ocorre em animais. A enzima fotorreativadora DNA 
fotoliase absorve luz azul e transfere energia para a clivagem do anel formado 
na dimerização. Não há remoção do segmento, apenas é desfeita a ligação 
entre as pirimidinas. 
- O reparo por recombinação pode ocorrer em função da quebra da dupla-
fita, pela ligação das extremidades não homólogas. A DNA ligase faz a junção 
das extremidades, removendo alguns nucleotídeos errados se necessário, 
Pode ocorrer perda de informação devido a este processo. 
- O reparo por recombinação homóloga é mais eficiente, e ocorre quando 
há erro na replicação de um segmento do DNA. Quando alguns nucleotídeos 
são alterados, a polimerase não os reconhece e salta um espaço na replicação, 
deixando a fita sintetizada incompleta. 
- O segmento ausente é reconhecido e identificado no cromossomo 
homólogo, no qual está íntegro. Ele é então removido da fita parental íntegra e 
adicionado na fita recém-sintetizada incompleta, fechando o espaço e 
reparando o erro. Na fita parental do qual foi retirado, ele é re-sintetizado com 
base na sua fita complementar, visto que se encontra ainda na replicação. 
 
Transcrição e Processamento do RNATranscrição e Processamento do RNATranscrição e Processamento do RNATranscrição e Processamento do RNA 
- Em organismos procariotos, o produto da transcrição já é uma molécula 
funcional (mRNA) e pode ser diretamente traduzida para a síntese de uma 
proteína, até antes mesmo da transcrição ser finalizada, visto que ambos os 
processos ocorrem no citoplasma. 
- Já em eucariotos, a transcrição origina uma molécula chamada transcrito 
primário, a qual precisa passar por um processamento ainda no núcleo antes 
de ser utilizada como mRNA para a tradução no citoplasma. 
- A estrutura dos RNAs produzidos é própria às suas funções. 
- O mRNA é sempre linear para facilitar a leitura pelo ribossomo, 
enquanto o rRNA é organizado para formar as subunidades ribossomais. O 
tRNA, por sua vez, forma pontes de hidrogênio entre pequenas sequências 
complementares em si mesmo, originando alças nos pontos em que não há 
complementaridade para expor os sítios necessários à tradução. 
- Os processos de transcrição e replicação são semelhantes apenas 
devido à adição de nucleotídeos que ocorre em ambos. 
- No entanto, diferenciam-se quando aos nucleotídeos adicionados: na 
transcrição, para a formação do mRNA, são utilizados ribonucleotídeos. 
- A RNA polimerase, diferente da DNA polimerase, não necessita de 
primer. Assim, não há a ação da enzima primase. 
- Ao contrário da replicação, em que a fita sintetizada permanece ligada à 
sua fita molde, na transcrição o RNA produzido não pode manter essa ligação. 
- A replicação é um processo mais preciso, visto que conta com vários 
sistemas de reparo. Já a replicação é sujeita a mais erros não corrigidos. 
- A transcrição em procariotos conta com apenas uma enzima de síntese 
(RNA polimerase I), composta pelo cerne - duas cadeias α, uma cadeia β e 
uma β’ – e o fator σ – que reconhece a região promotora. 
- Já em eucariotos, a transcrição envolve RNA polimerase I (para síntese 
de rRNA), RNA polimerase II (para a síntese do transcrito primário e de 
snRNA), RNA polimerase III (síntese do tRNA e também do rRNA), e ainda 
RNA polimerase de mitocôndria e cloroplasto. 
- Na iniciação da transcrição em procariotos, há o reconhecimento do 
molde de DNA pela RNA polimerase I e a ligação à sequência promotora. 
Nessa sequência encontram-se a região -10, conhecida como TATA box, e a 
região -35, cuja especificidade é controlada por fatores sigma presentes nas 
enzimas RNA pol I. 
- O alongamento consiste na adição de ribonucleotídeos complementares 
ao DNA molde pela RNA pol, podendo haver pausas ou mudança de 
velocidade na transcrição em função da disponibilidade de recursos. 
- O término de tal processo em procariotos pode ser independente ou 
dependente de fator protéico. 
 . Independente: ocorre a ligação por pontes de hidrogênio de 
sequências complementares invertidas na molécula recém-sintetizada, gerando 
um grampo/alça de terminação ou hairpin. Associada a uma sequência final de 
ligações fracas (cauda poli-A), o hairpin causa desligamento do RNA com o 
DNA molde. 
 . Dependente: um sítio rut é transcrito, ao qual se liga a proteína 
Rho. Ela se desloca ao longo do RNA e termina a transcrição ao alcançar o 
hairpin também formado. 
- Já para a transcrição em eucariotos, há a necessidade de vários fatores 
de iniciação para permitir a ligação da RNA pol II, como o complexo TFIID. Ele 
conta com a proteína TFIID e com a TBP (TATA binding protein), que 
reconhece sequências reguladoras à montante como a TATA box. 
- Para o alongamento, forma-se a bolha de transcrição onde a RNA pol 
está, permitindo a adição de nucleotídeos. Enzimas DNA topoisomerases 
podem ser requisitadas para evitar a superhelicoidização dos segmentos 
adjacentes à bolha de transcrição e facilitar a abertura pela helicase. 
- O término se dá com a transcrição do sinal poli-A, um marcador para 
clivagem por uma enzima endonuclease, terminando a transcrição. 
- O produto da transcrição em eucariotos é chamado transcrito primário ou 
hnRNA, e não é diretamente funcional por ser composto tanto de íntrons como 
éxons. Por isso, passa por um processamento ainda no núcleo.- A primeira porção sintetizada do hnRNA recebe a adição do CAP-5’, 
para protegê-lo de endonucleases e para reconhecimento pela maquinaria de 
tradução. 
- Após a síntese do sinal de poli-A e seguinte clivagem, há a adição da 
cauda poli-A, com os mesmo objetivos do CAP-5’. 
- Por último, ocorre o splicing, processo pelo qual são retirados os íntrons 
e reunidos os éxons. 
 . Sinais de splicing sinalizam splice junctions (GU identifica o 
início de um íntron, ou sítio de processamento 5’, e AG sinaliza o término de 
um íntron, ou sítio de processamento 3’). 
 . O spliceossomo inativo, formado de snRNP, reconhece as splice 
junctions e aproxima as extremidades dos éxons adjacentes, e tornando-se 
ativo. 
 . Forma-se uma alça com o íntron entre tais éxons, a qual será 
clivada e liberada, e posteriormente degradada. 
 . Unidas as extremidades dos éxons, origina-se o mRNA 
funcional. 
- Podem ocorrer erros de splicing, geralmente relacionados a mutações 
que alterem o processo de transcrição/processamento, por exemplo ao pular 
um éxon, considerando-o um íntron (como na β-talassemia). 
- Também pode ocorrer splicing alternativo, que alterna a utilização de 
sequências como íntrons ou éxons de acordo com a necessidade celular (como 
na produção de α-tropomiosinas diferentes em diversos tipos musculares). 
- Para a produção do tRNA, ocorre também um processamento, com 
algumas etapas: 
. Retirada de porções das extremidades 5’ e 3’. 
. Retirada de uma porção interna, religando as extremidades 
deixadas e expondo anticódons. 
. Adição de bases na extremidade 3’. 
. Modificação de algumas bases em sua estrutura para originar o 
tRNA maduro. 
- Igualmente, o rRNA também passa por processamento para originar as 
subunidades ribossomais. O gene para rRNAs contém as unidades 18S, 5.8S e 
28S, como também as regiões espaçadoras ETS (externa) e ITS1 e ITS2 
(internas). 
 . Ocorre a metilação das regiões funcionais no transcrito pré-
rRNA, permitindo a clivagem dos espaçadores e a reunião das sequências 
funcionais. 
 
Regulação da Expressão Gênica em ProcariotosRegulação da Expressão Gênica em ProcariotosRegulação da Expressão Gênica em ProcariotosRegulação da Expressão Gênica em Procariotos 
- Genes expressos constantemente em todas as células do organismo 
são chamados constitutivos, enquanto aqueles cuja expressão varia segundo 
as necessidades da célula são genes de expressão regulada ou induzida. 
- Em organismos procariotos, a regulação da expressão gênica é 
transcricional, isto é, afeta diretamente a produção da proteína. 
- Ela pode ser feita por proteínas regulatórias, que se ligam ao sítio 
operador do gene e promovem regulação positiva ou negativa. 
 . Regulação positiva: a proteína é necessária para que ocorra a 
transcrição, sendo chamada ativador (sem ela, não ocorre síntese protéica). 
 . Regulação negativa: a presença da proteína inibe a transcrição 
do gene, sendo chamada repressor (só ocorre síntese em sua ausência). 
- Em procariotos, a unidade de expressão gênica é chamada operon e 
inclui: 
. Regiões promotora e operadora; 
. Regiões codificadoras; 
. Terminador. 
- O operon da lactose em bactérias é chamado operon Lac, e conta com 
as regiões codificadoras Lac Z, Lac Y e Lac A, que codificam, respectivamente, 
as enzimas β-galactosidase, permease e transacetilase. 
- Quando a bactéria tem necessidade de metabolizar a lactose, a 
presença desse mesmo composto irá atuar como indutor. 
- A lactose modifica a estrutura do repressor do operon Lac, impedindo 
sua ligação com o operador e permitindo a transcrição das enzimas 
necessárias à metabolização da lactose. 
- Algumas mutações no operon Lac podem afetar a transcrição das 
enzimas. 
- Quando há mutação no operador (mutação Oc), não há ligação do 
repressor com o operador, havendo transcrição mesmo sem o indutor (lactose). 
O controle negativo é prejudicado, havendo síntese desnecessária de enzimas. 
- Com a mutação do tipo I-, no repressor, não há síntese dessa molécula, 
o que acarreta também na síntese mesmo sem o indutor, de maneira 
desnecessária. 
- Já a mutação Is, também no repressor, essa molécula é sintetizada com 
sua forma modificada, conseguindo se ligar ao operador, mas não ao indutor. 
Isso também retira sua funcionalidade, impedindo a transcrição mesmo com a 
presença do indutor. Mesmo quando a síntese é necessária, ela não é feita. 
- Ainda, a alta concentração de glicose pode impedir a síntese de enzimas 
para a lactose, caracterizando repressão catabólica. 
- A glicose inativa a enzima adenilato ciclase, impedindo a produção de 
cAMP, o qual iria se ligar à CAP (proteína ativadora do catabolismo) e acelerar 
a transcrição do operon Lac. 
 . Sem glicose, haveria cAMP e uma consequente elevada taxa de 
transcrição do operon Lac. 
 . Com glicose, não há cAMP, dependendo apenas da presença de 
lactose para a trascrição do operon Lac. 
- O operon do triptofano (operon Trp) se constitui, além do promotor e 
operador, de uma sequência líder que contém atenuador e cinco genes para 
enzimas da cadeia de síntese do triptofano (E, D, C, B e A). 
- Na ausência do triptofano, o repressor não se liga ao operador e há 
transcrição e consequente síntese de triptofano. 
- Analogamente, na presença de triptofano, ele se liga ao repressor e o 
ativa, impedindo a transcrição. 
- Há também a regulação por atenuação, na qual quatro regiões da 
sequência líder, transcritas e concomitantemente traduzidas, têm 
possibilidades de formação de alças com propriedades diferentes. 
 . A região 1 possui dois códons para triptofano. 
 . Uma alça entre as regiões 3 e 4 tem a conformação semelhante 
a um hairpin, então gera terminação. 
 . Uma alça entre as regiões 2 e 3, portanto, é anti-terminação, por 
impedir a formação da alça entre 3 e 4. 
- Quando há baixa concentração de triptofano, a tradução é pausada na 
região 1 devido à falta de recursos para a síntese. Isso possibilita a formação 
de alça entre as regiões 2 e 3, permitindo a tradução do operon Trp e 
consequente síntese de tal composto necessário. 
- Quando há alta concentração de triptofano, não há pausa na região 1, 
chegando rapidamente à região 2 e propiciando a formação de alça entre 3 e 4. 
Esse hairpin desliga a RNA polimerase da molécula e impede a síntese 
desnecessária do triptofano. 
 
Regulação da Expressão Gênica em Regulação da Expressão Gênica em Regulação da Expressão Gênica em Regulação da Expressão Gênica em EuEuEuEucariotoscariotoscariotoscariotos 
- Os níveis de regulação em eucariotos são transcricional, traducional e 
pós-traducional. 
- Existem alguns elementos controladores da transcrição (ou fatores de 
transcrição – TFs), que podem ser ativadores, repressores, coativadores 
(integram sinais de ativadores) e fatores de transcrição basais (ligam RNA 
polimerase à TBP). 
- Um mecanismo de regulação transcricional é a remodelagem da 
cromatina. A acetilação ou desacetilação de nucleossomos pode descondensá-
la ou condensá-la, respectivamente, impedindo ou promovendo a reação de 
reguladores devido à modificação de afinidade bioquímica. 
- O imprinting genômico também se caracteriza como regulação 
transcricional, uma vez que, a partir da metilação da região promotora de 
alguns genes, eles são silenciados e inativados. Assim, são expressos apenas 
na outra cópia não-imprintada do cromossomo. 
- Dentre os mecanismos de regulação traducional, destaca-se o splicing 
alternativo. Ele permite a expressão de proteínas ligeiramente diferentes a 
partir de um mesmo gene, uma vez que utiliza diferentes éxons em função da 
necessidade da célula em que o gene se encontra. 
- Também ocorre a edição do mRNA, pela qual modifica-se ou adiciona-
se um códon em tipos celulares diferentes, também de acordocom as 
necessidades do tecido. As proteínas expressas assim variam. 
- É possível também a produção de microRNAs, que possuem pequenas 
sequências complementares a outros genes. Eles então se ligam a genes que 
não devem ser transcritos no momento, silenciando-os. 
- Há ainda os RNAs de interferência (RNAi), que se ligam a mRNAs e 
produzem sítios de clivagem, fazendo com que sejam quebrados e não 
traduzidos. 
- Os mecanismos de regulação pós-traducional incluem a proteólise, 
fosforilação, dimerização, acetilação, entre outros, uma vez que a adição ou 
retirada de grupos pode ser necessária à ativação de uma proteína ou pode 
inativá-la.

Outros materiais