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Apostila de Anatomia

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Anatomia Humana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Maxwell Tostes Vieira de Almeida 
Prof. Maxwell Almeida 2 
SUMÁRIO 
CAPA ......................................................................................................... 1 
1. INTRODUÇÃO A ANATOMIA HUMANA ............................................... 4 
1.1 Princípios básicos da Anatomia............................................................ 4 
1.2 Origem embriológica ............................................................................ 5 
1.3 Métodos de estudo ............................................................................... 5 
1.4. Denominação do sistema estudado .................................................... 5 
1.5 Tipos de assimetria .............................................................................. 6 
1.6 Nomenclatura anatômica...................................................................... 6 
1.7 Posição Anatômica ............................................................................... 6 
1.8 Termos de posição e direção ............................................................... 7 
1.9 Alterações congênitas na formação do indivíduo ................................. 8 
2. SISTEMA ESQUELÉTICO ..................................................................... 9 
2.1 Osteologia ............................................................................................ 9 
2.2 Funções dos ossos............................................................................... 10 
2.3. Divisão do esqueleto ........................................................................... 10 
2.4 Classificação dos ossos ....................................................................... 11 
2.5 Organização do osso ............................................................................ 14 
3. CRÂNIO ................................................................................................. 16 
3.1 Neurocrânio .......................................................................................... 17 
3.2. Viscerocrânio ....................................................................................... 21 
4. COLUNA VERTEBRAL .......................................................................... 26 
4.1 Estruturas básicas de uma vértebra ..................................................... 27 
4.2. Características da Região Cervical ..................................................... 27 
4.3. Características da Região Torácica..................................................... 28 
4.4. Características da Região Lombar ...................................................... 28 
4.5. Características da Região Sacra ......................................................... 29 
4.6. Características da Região Coccígea ................................................... 29 
5. OSSOS DO TÓRAX ............................................................................... 35 
5.1 Esterno ................................................................................................. 35 
5.2 Costelas. ............................................................................................... 35 
6. OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR ....................................................... 38 
6.1 Clavícula............................................................................................... 38 
Prof. Maxwell Almeida 3 
6.2 Escápula............................................................................................... 38 
6.3 Úmero .................................................................................................. 38 
6.4 Rádio .................................................................................................... 39 
6.5 Ulna ...................................................................................................... 39 
6.6 Ossos da mão ...................................................................................... 39 
7. OSSOS DO MEMBRO INFERIOR ......................................................... 46 
7.1 Fêmur ................................................................................................... 46 
7.2 Patela ................................................................................................... 47 
7.3 Tíbia ..................................................................................................... 47 
7.4 Fíbula ................................................................................................... 48 
7.5 Ossos do pé ......................................................................................... 48 
8. INTRODUÇÃO A ARTROLOGIA ........................................................... 55 
8.1 Movimentos articulares ......................................................................... 55 
8.2 Planos de delimitação .......................................................................... 57 
8.3 Planos de secção ................................................................................. 57 
8.4 Eixos de movimento ............................................................................. 57 
8.5 Artrologia .............................................................................................. 58 
8.6 Tipos de articulações ............................................................................ 59 
9. MIOLOGIA.............................................................................................. 66 
9.1 Tipos de músculos................................................................................ 66 
9.2 Componentes Anatômicos dos músculos esqueléticos ........................ 67 
9.3 Funções dos músculos esqueléticos .................................................... 69 
9.4 Tipos de contrações musculares. ......................................................... 69 
9.5 Classificação funcional dos músculos. ................................................. 72 
9.6 Músculos da cabeça ............................................................................. 73 
9.7 Músculos do pescoço ........................................................................... 78 
9.8 Músculos do tronco .............................................................................. 80 
9.9. Músculos do Membro Superior ........................................................ 89 
9.10. Músculos do Membro Inferior .......................................................... 103 
10. REFERÊNCIAS .................................................................................... 115 
Prof. Maxwell Almeida 4 
1. INTRODUÇÃO A ANATOMIA HUMANA 
 
 
1.1 – Princípios básicos da Anatomia 
 
 
Anatomia 
 
 
Ana = em partes Tomein = cortar 
 
 
“Ciência que estuda as estruturas do corpo humano sendo considerada como 
fundamento para as ciências da saúde, e para tal utiliza-se como material de 
ensino e estudo o corpo humano.” 
 
A anatomia é o estudo da forma e da constituição do corpo, pré-requisito 
indispensável para o estudo da fisiologia dos órgãos. Seu estudo compreende 
tanto a evolução do indivíduo desde a fase de zigoto até a velhice (ontogenia), 
como o desenvolvimento de uma estrutura no reino animal (filogenia). 
A unidade fundamental do corpo é a célula. A união de diversas células de 
mesma função dá origem aos tecidos. A união de diversos tecidos origina os 
órgãos, que por sua vez originam os sistemas. 
 
 
 
TECIDO – FUNÇÃO: 
Epitelial =Revestimento 
Conjuntivo = Preenchimento 
Muscular = Movimentação 
Nervoso = Integração 
 
 
 
A anatomia macroscópica pode ser estudada de duas formas: 
(1) anatomia sistemática ou descritiva, que estuda os vários sistemas 
separadamente. 
(2) anatomia topográficaou cirúrgica, que estuda todas as estruturas de uma 
região e suas relações entre si. 
Prof. Maxwell Almeida 5 
 
1.2 – Origem Embriológica 
Quanto à origem, os órgãos podem ser classificados em homólogos ou análogos. 
Diz-se que dois órgãos são homólogos quando possuem a mesma origem 
embriológica mas diferentes funções, como, por exemplo, os membros 
superiores do homem e as asas dos pássaros. A analogia, por sua vez, acontece 
quando dois órgãos têm funções semelhantes e diferentes origens 
embriológicas, como ocorre com os pulmões humanos e as guelras dos peixes. 
 
 
 
1.3 – Métodos de estudo 
1. Inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos 
(ectoscopia) ou internos (endoscopia). 
2. Palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os 
tendões musculares e as saliências ósseas, dentre outras coisas. 
3. Percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos 
produzir sons audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou 
estruturas (gases, líquidos ou sólidos). 
4. Ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, 
pulmão, intestino). 
5. Mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais 
megalias. 
6. Dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma 
melhor visualização. 
7. Métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear 
magnética e tomografia computadorizada. 
 
 
 
1.4 Denominação do sistema estudado 
estesiologia Sensorial 
neuroanatomia Nervoso 
esplancnologia Visceral 
osteologia Ósseo 
miologia Muscular 
Prof. Maxwell Almeida 6 
artrologia Articular 
angiologia Vascular 
 
 
 
1.5 – Tipos de Assimetria 
Os órgãos pares podem ser assimétricos quanto à forma ou quanto à posição. 
ASSIMETRIA – EXEMPLOS: 
Forma - o pulmão direito possui 3 lobos; o esquerdo apenas 2 
Posição - o rim direito é mais baixo que o esquerdo 
Embriologicamente - os órgãos ímpares são ditos anormais quando possuem 
distúrbios de crescimento ou de deslocamento. Os distúrbios de deslocamento 
(distopias) podem ser melhor compreendidos visualizando os seguintes 
exemplos: 
 A B C D: 
 se um órgão, ao se deslocar de B para D, parar em C, temos uma 
transposição. Exemplo: criptorquidia (descida incompleta do testículo); 
 se um órgão, ao se deslocar de B para D, for para A, temos uma inversão. 
Exemplo: situs inversus totalis. 
 
 
 
1.6 Nomenclatura anatômica 
- Forma (músculo trapézio); 
- Posição ou situação (nervo mediano); 
- Trajeto (artéria circunflexa da escápula); 
- Conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); 
- Relação com o esqueleto (artéria radial); 
- Função (m. levantador da escápula); 
- Critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). 
 
 
 
1.7 – Posição anatômica 
Prof. Maxwell Almeida 7 
Antes de tudo, é imprescindível que o profissional 
da área da saúde conheça a posição anatômica, 
esta que deve ser utilizada sempre no início de 
cada estudo. 
Pode ser descrita como: 
-Posição bípede (em pé) 
-Corpo ereto 
-Face voltada para frente 
-Membros superiores estendidos ao longo do 
corpo, com as palmas das mãos voltadas para 
frente 
-Membros inferiores unidos, com as pontas dos 
pés voltadas para frente 
 
 
 
 
 
 
 
1.8 Termos de posição e direção 
Prof. Maxwell Almeida 8 
Na figura acima podemos identificar a linha mediana representada pelas letras 
x/y. 
As estruturas a,b & c podem ser chamadas de medianas por estarem 
exatamente sob a linha. 
As letras d, e & f são classificadas respectivamente como lateral, intermédio e 
medial. 
As letras g, h & i são respectivamente estruturas: posterior, média e anterior. 
Os números 1 e 2 representam estruturas externas e internas. 
 
Outros termos: 
Proximal: próximo a raiz de implantação do membro. 
Distal: mais afastado da raiz de implantação do membro. 
 
Superficial: mais próximo da superfície. 
Profundo: mais afastando da superfície. 
 
Homolateral ou Ipsilateral: do mesmo lado 
Contralateral: do lado oposto 
 
Inferior ou caudal: mais próximo dos pés 
Superior ou cranial: mais próximo da cabeça 
 
 
 
1.9 Alterações congênitas na formação do indivíduo 
Variação Anatômica: Alteração morfológica que não traz prejuízo funcional ao 
indivíduo. Ex: Polidactilia 
 
Anomalia: Alteração morfológica que traz prejuízo funcional ao indivíduo. Ex: 
Microcefalia 
 
Monstruosidade: Alteração morfológica incompatível com a vida. Ex: Anencefalia 
Prof. Maxwell Almeida 9 
2. SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
 
2.1 - Ostelologia 
 
 
Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por 
intermédio das articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada 
de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de 
sua matriz óssea. 
 
No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm 
células ósseas chamadas osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos 
chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos 
canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e 
lacunas em toda a massa de tecido mineralizado. 
 
Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos 
maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). 
 
 
 
É clássico admitir o número de 206 ossos. 
 
Cabeça = 22 
Crânio = 08 
Face = 14 
Pescoço = 8 
Tórax = 37 
24 costelas 
12 vértebras 
1 esterno 
Abdômen = 7 
5 vértebras lombares 
1 sacro 
1 cóccix 
Membro Superior = 64 
Cintura Escapular= 4 
Braço = 2 
Antebraço = 4 
Mão = 54 
Membro Inferior = 62 
Cintura Pélvica = 2 
Coxa = 2 
Joelho = 2 
Perna = 4 
Pé = 52 
Ossículos do Ouvido Médio = 6 
 
 
Ossos Extranumerários: 
Prof. Maxwell Almeida 10 
Além desse número normal de ossos, alguns supranumerários são 
freqüentemente encontrados. 
Suturais: são encontrados quando se interpõe nas linhas articulares dos ossos 
do crânio. 
Sesamóides: quando são encontrados em outras regiões do corpo. 
 
 
Periósteo: 
Delgada membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção das superfícies 
articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e um profundo (contato direto 
com o osso). Além da função de proteção, o periósteo é responsável pela 
reconstituição do osso em casos de fratura 
 
2.2. Funções dos ossos 
 
 
 Proteção; 
 Sustentação; 
 Armazenamento de minerais; 
 Hematopoiese; 
 Sistema de alavancas; 
 
 
 
2.3. Divisão do esqueleto 
 
 
-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica. 
São ossos que possuem como função principal a realização de proteção a 
alguma víscera nobre. 
 
-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas 
escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (quadril) e o 
esqueleto dos membros (superiores e inferiores). Tem como função principal 
realizar movimentação. 
Prof. Maxwell Almeida 11 
 
 
 
 
 
 
 
2.4. Classificação dos ossos 
 
 
Para determinar a classificação dos ossos do corpo, devemos levar em 
consideração as dimensões dos ossos, sendo necessário analisar o seu 
comprimento, largura e espessura. 
Prof. Maxwell Almeida 12 
LONGOS: Comprimento maior que a largura e espessura. 
Exemplos: (Úmero, Rádio, Ulna, Fêmur, Tíbia, Falanges) 
 
 
 
 
 
CURTOS: Comprimento, largura e altura se equivalem. 
Exemplos: (Ossos do Carpo, Tarso)PLANOS OU LAMINARES: Comprimento e largura equivalentes, sendo maiores 
que a espessura. 
Prof. Maxwell Almeida 13 
Exemplos: (Escápula, Parietal) 
 
 
 
 
IRREGULARES: Possui formas variadas, não se encaixando em nenhuma das 
categorias anteriores, sendo difícil determinar suas dimensões. 
Exemplos: (Vértebras, Sacro, Quadril, Occipital) 
 
 
 
 
 
 
 
 
PNEUMÁTICOS: Presença de cavidades com ar, cuja função é atuar na fala. 
Prof. Maxwell Almeida 14 
Exemplo: (Frontal, Maxila, Esfenóide e Etmóide) 
 
 
 
SESAMÓIDES: Estão inseridos em tendões, que lhes fornecem apoio extra e 
reduzem a pressão sobre os restantes tecidos. Existem vários ossos sesamoides 
extra numerários nas mãos e pés, nas bases dos dedos, cujo número varia 
aleatoriamente. 
São ossos que se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos 
lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos 
membros; eles protegem os tendões do desgaste excessivo e frequentemente 
modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até a inserção. 
.Exemplos: (Patela, Hióide) 
Prof. Maxwell Almeida 15 
2.5. Organização do osso 
 
 
Macroscópica – o osso longo típico apresenta: 
Diáfise: um corpo central formado por osso compacto, que contém um cilindro 
oco com medula óssea amarela (gordura). 
Epífises: as duas extremidades, rodeadas por osso compacto, mas suas regiões 
centrais contêm osso esponjoso. Em certos ossos, como o esterno, o osso 
esponjoso contém medula vermelha. 
Obs.: Os ossos planos não apresentam cavidade medular, mas um tecido 
esponjoso (chamado de díploe) localizado entre duas camadas de tecido 
compacto. 
 
 
 
Os ossos apresentam as seguintes estruturas: 
Canal de Havers: são uma série de tubos estreitos dentro dos ossos por onde 
passam vasos sanguíneos e células nervosas, contém ao menos um vaso 
sanguíneo. 
Prof. Maxwell Almeida 16 
Lacunas, cavidades que contém Osteócitos, que são células maduras derivadas 
dos Osteoblastos , residentes em lacunas da matriz óssea. Há de 20 000 a 30 
000 osteócitos por mm³ de osso. 
Canalículos, que permitem a passagem de nutrientes e resíduos. 
Canais de Volkmann: interligam os vasos sanguíneos. São canais microscópicos 
encontradas no osso compacto, perpendiculares aos Canais de Havers e 
também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. 
Prof. Maxwell Almeida 17 
3. CRÂNIO 
 
 
O crânio é composto por 22 ossos, divididos em neurocrânio e viscerocrânio. O 
neurocrânio é formado por 8 ossos e possui a função de proteger o Encéfalo, já 
o viscerocrânio possui 14 ossos e forma a face. 
 
3.1. Neurocrânio 
 
 
O neurocrânio é constituído por oito ossos, dois pares e quatro ímpares. Tem 
como função proteger o encéfalo. 
Os ossos ímpares são: o FRONTAL, o OCCIPITAL, o ESFENÓIDE e o 
ETMÓIDE. 
Os ossos pares são: o PARIETAL e o TEMPORAL. 
 
 
Exterior do Crânio 
A parte superior do crânio é chamada de calota craniana e é marcada por três 
suturas (articulações que não permitem mobilidade): 
1 - Sutura Coronal: entre os ossos frontal e parietais 
2 - Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha mediana) 
3 - Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital 
O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é chamado de BREGMA. O 
ponto de encontro das suturas sagital e lambdóide é chamada de LAMBDA. 
Prof. Maxwell Almeida 18 
 
 
 
Base Craniana 
É dividida em 3 fossas: Fossa Anterior, Fossa Média e Fossa Posterior. 
 
 
Fossa Anterior 
Ossos: Frontal e etmóide 
Fossa Média 
Ossos: esfenóide e temporal 
Fossa Posterior 
Ossos: Occipital 
 
 
 
 
O osso frontal é um osso pneumático ou plano, situado mais anteriormente e 
superiormente as órbitas. 
Acidentes Anatômicos do osso Frontal: 
* Seio Frontal 
* Arcos Superciliares - saliências que se estendem lateralmente à glabela 
* Glabela - entre os dois arcos superciliares (ponto antropométrico) 
Prof. Maxwell Almeida 19 
* Sutura Metópica - encontrada em alguns raros casos e localiza-se logo acima 
da glabela e se estende até o bregma pela linha sagital mediana. Esta sutura, na 
infância, divide o osso em dois, podendo permanecer por toda a vida. 
* Incisura ou Forame Supra-Orbital - passagem de vasos e nervos supra-orbitais 
 
 
O frontal articula-se com doze ossos: esfenóide, etmóide, parietais (2), nasais 
(2), maxilares (2), lacrimais (2) e zigomáticos (2). 
 
 
É um osso leve, esponjoso, pneumático, ímpar e situa-se na parte anterior do 
crânio. 
* Crista Galli - processo triangular na linha mediana 
* Forames Olfatórios - localiza-se ao lado da crista Galli e dá passagem aos 
nervos olfatórios 
* Lâmina perpendicular - Lâmina achatada que forma a parede mediana do septo 
nasal 
* concha nasal superior 
* concha nasal média 
O osso etmóide articula-se com treze ossos: frontal (1), esfenoide (1), nasais (2), 
lacrimais (2), maxilares (2), palatinos (2), conchas nasais inferiores (2) e o vômer 
(1). 
 
 
 
 
 
 
É um osso pneumático, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos 
temporais e ao osso occipital. 
* Sela Turca ou fossa hipofisária - aloja a glândula hipófise 
* Seio Esfenoidal - cavidades preenchidas com ar (osso pneumático) e servem 
para deixar o crânio mais leve. Raramente são simétricas 
* Asa Menor 
* Asa maior 
Prof. Maxwell Almeida 20 
 
É um osso par, irregular, muito complexo, é importante porque no seu interior 
encontra-se o aparelho auditivo 
* Fossa Mandibular - articula-se com o côndilo da mandíbula 
* Meato Acústico Externo 
* Processo Mastóide - projeção crônica que pode variar de tamanho e forma 
* Meato Acústico Interno - dá passagem ao nervo facial, acústico e intermediário 
e ao ramo auditivo interno da artéria basilar 
* Canal Carótico - dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso 
carótido 
* Forame Jugular - aloja o bulbo da veia jugular interna 
O osso temporal articula-se com 5 ossos: occipital, parietal, zigomático, 
esfenóide e mandíbula. 
 
 
 
 
 
É um osso irregular e o mais posterior do crânio. 
* Protuberância Occipital Externa - localiza-se entre o ápice do osso e o forame 
magno 
* Protuberância Occipital Interna - ponto de intersecção das quatro divisões 
* Fossas Occipitais Superiores (Cerebrais) 
* Fossas Occipitais Inferiores (Cerebelares) 
* Forame Magno - grande abertura oval que dá passagem à medula oblonga 
(tronco encefálico - bulbo) e suas membranas (meninges), líquor, nervos, 
artérias, veias e ligamentos 
* Côndilos Occipitais - tem forma oval e articulam com a 1ª vértebra cervical 
(Atlas) 
 
O occipital articula-se com seis ossos: parietais (2), temporais (2), esfenóide e 
atlas. 
 
 
Prof. Maxwell Almeida 21 
 
O parietal forma a maior parte da calota craniana. Osso par e plano. 
Faces 
Face Externa é convexa, lisa e lateral. Possui os forames parietais. 
Face Interna é côncava e medial apresentando sulcos anteriores que 
correspondem aos ramos da artéria meningea média 
 
 
 
3.2. Viscerocrânio 
 
 
A face é constituída por 2 ossos ímpares e 6 pares totalizando assim 14 ossos. 
Os osso pares são : ZIGOMÁTICO, MAXILA, PALATINO, LACRIMAL, NASAL e 
CONCHA NASAL INFERIOR 
Os ossos ímpares são: MANDÍBULA e VÔMER 
 
 
 
 
É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. 
* Protuberância Mentoniana - eminência triangular 
* Forame Mentoniano - depressão de cada lado da sínfise. Passagem de vasos 
e nervo mentoniano 
* Processo Coronóide e Processo Condilar (articula-se com o disco articular da 
articulação temporomandibular- ATM). Entre estes dois processos encontramos 
a incisura da mandíbula. 
A mandíbula articula-se com dois ossos: Temporais (2). 
Prof. Maxwell Almeida 22 
 
 
Prof. Maxwell Almeida 23 
 
 
 
 
Prof. Maxwell Almeida 24 
 
 
 
 
 
Prof. Maxwell Almeida 25 
 
 
 
Prof. Maxwell Almeida 26 
 
4. COLUNA VERTEBRAL 
 
 
A coluna vertebral é formada pelas vértebras, sacro e cóccix, sendo ao todo 33 
ossos. Estes ossos agrupam-se em 5 regiões: 
- Cervical 7 vértebras 
- Torácica 12 vértebras 
- Lombar 5 vértebras 
- Sacro 1 osso (formado pela fusão de 5 vértebras) 
- Cóccix 1 osso (formado pela fusão de 3 a 5 vértebras) 
 
 
A coluna tem como função equilibrar e sustentar o peso do corpo e 
proteger a medula espinhal (que está no interior do canal vertebral) . 
A medula apresenta curvaturas para melhor sustentar e equilibrar o peso. 
São três tipos de curvaturas: 
 Primaria (cifose): curvatura com a concavidade voltada anteriormente 
(REGIÕES TORÁCICA E SACRA). 
 Secundária (lordose): curvatura com a concavidade para trás (REGIÕES 
CERVICAL E LOMBAR). 
 Terciária (escoliose): curvaturas laterais (REGIÃO TORÁCICA). 
A cifose é a primeira a surgir, é observada ainda no período fetal, e o feto 
tem uma posição de flexão total para frente. Pelo fato de ser a primeira a surgir 
durante o desenvolvimento , a cifose é chamada de curvatura primária. 
À medida que o recém-nascido sustenta o peso da cabeça sobre o tronco, 
como por exemplo quando começa a sentar (5º mês), surge uma curvatura 
compensatória na região cervical que é oposta a primeira curvatura observada 
até então. Esta curvatura aparece também na região lombar no período em que 
este recém nascido começa a andar (1º ano), pois agora todo o peso do tronco 
será lançado na região lombar. Estas curvaturas que surgem para compensar 
as primeiras são chamadas de curvaturas secundárias ou lordoses. 
As últimas a surgir são chamadas de terciárias ou escoliose. São 
observadas geralmente na região torácica e ficam acentuadas quando existe 
uma desigualdade de peso entre os dois lados do corpo. 
Prof. Maxwell Almeida 27 
 
4.1 Estruturas básicas de uma vértebra 
 
 
A vértebra apresenta anteriormente o CORPO VERTEBRAL para 
sustentar o peso do tronco. O corpo vertebral é pequeno na vértebra cervical e 
aumenta à medida que o analisamos em vértebras mais baixas como as 
vértebras lombares. O corpo vertebral atinge o seu maior tamanho nas vértebras 
lombares. 
FORAME VERTEBRAL é um orifício da vértebra por onde atravessa a 
medula espinhal. A medula espinhal está no interior do canal vertebral (formado 
pela união de todos os forames vertebrais). 
Os nervos espinhais, que são prolongamentos da medula espinhal, saem 
do canal vertebral pelos forames intervertebrais. Os forames intervertebrais são 
laterais na coluna vertebral. 
Vários prolongamentos ósseos chamados de PROCESSOS projetam-se 
da vértebra em várias direções. Alguns destes são importantes pois são 
utilizados como área de inserção muscular, como por exemplo, os processos 
transversos e o processo espinhoso. Outros são utilizados para unir as vértebras 
como os processos articulares superior e inferior. 
 
 
 
4.2. Características da Região Cervical 
A região cervical é formada por 7 vértebras e sua curvatura é uma lordose. 
As vértebras cervicais apresentam características em comum, como por 
exemplo: 
1-a - Processo espinhoso bipartido. 
1-b - Corpo vertebral pequeno. 
1-c - Forame vertebral amplo. 
 
 
OBS: Estas características não são compartilhadas somente pela 1ª, 2ª e 
7ª vértebras cervicais (vértebras atípicas). 
 
1ª vértebra cervical – ATLAS: 
É a única vértebra que não possui corpo vertebral e no lugar do corpo está 
o arco anterior do atlas. Os processos articulares superiores articulam-se com 
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os côndilos do osso occipital (superiormente) e os processos articulares 
inferiores articulam-se com os processos articulares superiores do áxis 
(inferiormente). Por fim, o atlas articula-se mais uma vez com o áxis através de 
seu arco anterior que se prende com o dente do áxis. 
 
2ª vértebra cervical – ÁXIS: 
A grande diferença do áxis para as outras vértebras é o dente do áxis. 
Este processo ósseo projeta-se para cima a partir do corpo do áxis para articular 
com o arco anterior do atlas. Os movimentos de rotação lateral da cabeça são 
realizados principalmente nesta articulação (atlanto-axial). 
 
7ª vértebra cervical – PROEMINENTE: 
A última vértebra da região cervical diferencia-se das outras por 
apresentar um processo espinhoso muito longo. Uma proeminência é formada 
no pescoço posteriormente por este processo espinhoso. 
 
 
 
4.3. Características da Região Torácica: 
A região torácica é formada por 12 vértebras formando uma curvatura com 
concavidade para frente, ou seja, uma cifose. As principais características de 
uma vértebra torácica são: 
2-a - Processo espinhoso longo e vertical. 
2-b - Fóveas costais. 
As fóveas representam os pontos de contato das costelas com as 
vértebras. Elas são encontradas somente nas vértebras torácicas pois somente 
no tórax encontramos costelas. 
 
 
 
4.4. Características da Região Lombar: 
A região lombar possui 5 vértebras e uma lordose. As vértebras da região 
lombar são adaptadas para suportar grande peso do tronco. As principais 
características de suas vértebras são: 
3-a - Corpo vertebral grande. 
3-b - Processo espinhoso quadrilátero. 
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3-c - Forame vertebral estreito. 
O corpo vertebral é grande pois o peso do corpo nesta região é bastante intenso. 
Este peso é apoiado principalmente no corpo das vértebras. 
O forame vertebral é estreitado porque a medula espinal é estreitada 
nesta região. A medula espinhal tem seu calibre maior nas regiões mais elevadas 
do canal vertebral, porém a medula espinhal diminui de calibre à medida que 
emite seus nervos espinhais. Nas regiões inferiores do corpo (região lombar) a 
medula é mais estreita e os forames por onde ela atravessa são também 
menores. 
 
 
 
4.5. Características da Região Sacra 
O sacro é o único osso desta região da coluna vertebral. Ele é formado 
pela fusão de cinco vértebras. O9 processo de ossificação inicia-se no segundo 
mês da vida fetal e termina somente por volta dos trinta anos. 
O sacro tem a forma triangular, com a base do triângulo para cima e o 
ápice inferiormente. 
Na base encontramos uma borda óssea chamada de promontório. Este 
representa a porção mais anterior do sacro. Lateralmente ao promontório o sacro 
alarga-se formando as asas sacrais. As asas encontram-se com o ílio formando 
a articulação sacro-ilíaca. O sacro é atravessado pelo canal sacral. 
 
4.6. Características da Região Coccígea 
O cóccix é o remanescente da cauda observada em outros animais. É 
formado por um número variável de três a cinco vértebras rudimentares. 
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5. OSSOS DO TÓRAX: 
 
 
O tórax é formado pelo ESTERNO, pelas COSTELAS e VÉRTEBRAS 
TORÁCICAS. 
 
 
 
5.1. Esterno 
O esterno possui três divisões: manúbrio, corpo e processo xifóide. 
O manúbrio é a porção superior do esterno, articula-se lateralmente com 
as clavículas. O corpo do esterno é a maior porção do esterno, articula-se 
superiormente com o manúbrio e inferiormente com o processo xifóide. O corpo 
do esterno se unelateralmente com as costelas através das incisuras costais. O 
processo xifóide é a menor e mais inferior das porções do esterno. 
 
5.2. Costelas 
As costelas são ossos que protegem as vísceras intra-torácicas. Existem 
12 costelas a cada lado, sendo que estas se articulam anteriormente com o 
esterno e posteriormente com as vértebras torácicas. As costelas são divididas 
em três categorias de acordo com sua relação com o esterno: 
 
 
 
 
 COSTELAS VERDADEIRAS: são as sete primeiras costelas pois possuem uma 
inserção direta com o esterno. 
 
 COSTELAS FALSAS: são costelas que não apresentam uma inserção direta 
com o esterno. Articulam-se com o esterno indiretamente através da cartilagem 
costal da sétima costela. A oitava, a nona e a décima costela são chamadas de 
falsas. 
 
 COSTELAS FLUTUANTES: as costelas flutuantes em nenhum momento 
articulam-se com o esterno. São as duas últimas costelas (décima primeira e 
décima segunda). 
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6. OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR 
 
 
A cintura escapular é formada por dois ossos: clavícula e escápula. 
Estes dois ossos unem os ossos próprios dos membros superiores com 
os ossos do tronco, ou seja, os membros superiores prendem-se ao tronco 
indiretamente através do cíngulo superior. 
 
 
 
6.1. Clavícula 
A clavícula é um osso longo, articula-se medialmente com o esterno e 
lateralmente com a escápula. A posição da clavícula é superior e anterior ao 
tórax. 
 
 
 
6.2. Escápula 
A escápula é triangular, está localizada na região posterior-superior do 
tórax e é separada das costelas por músculos. A escápula apresenta um 
movimento bastante livre e acompanha os membros superiores em todos os 
seus movimentos. 
A face posterior é marcada por uma crista óssea chamada espinha da 
escápula que separa a fossa supra-espinal da fossa infra-espinal. A continuação 
da espinha da escápula lateralmente é chamada de acrômio. O acrômio é a 
porção mais alta e lateral da escápula. Abaixo e anteriormente ao acrômio está 
o processo coracóide. Inferiormente ao acrômio e ao processo coracóide 
encontra-se a cavidade glenoidal, que é o local de contato com o úmero. 
 
 
 
6.3 Úmero 
O úmero é um osso longo, possui duas extremidades, uma proximal e 
outra distal 
A extremidade proximal (no ombro) é formada pela cabeça do úmero e 
pelos tubérculos maior e menor. 
A cabeça do úmero tem a forma esferóide e encontra-se com a cavidade 
glenoidal da escápula para formar a articulação do ombro (escápulo-umeral). Os 
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tubérculos são estruturas ósseas laterais da extremidade proximal do úmero e 
servem para inserção de vários músculos. A extremidade distal do úmero está 
próximo ao cotovelo e possui acidentes ósseos adaptados para formar a 
articulação do cotovelo com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna). Nesta 
extremidade estão os epicôndilos lateral e medial que são palpáveis facilmente 
através da pele. 
 
6.4. Rádio 
O antebraço é formado por dois ossos, o rádio e a ulna. O rádio é lateral 
em relação a ulna, articula-se proximalmente com o úmero (articulação do 
cotovelo) e distalmente com os ossos do carpo (articulação do punho). 
A extremidade proximal do rádio é marcada por um acidente ósseo com 
forma circular denominado cabeça do rádio. A extremidade distal possui uma 
projeção denominada processo estilóide. 
 
6.5. Ulna 
A ulna é medial ao rádio. Na extremidade proximal a ulna articula-se com 
o úmero e na extremidade distal com o rádio. Note que a extremidade distal não 
contribui na formação da articulação do punho. O punho é formado pela união 
do rádio com os ossos do carpo. A extremidade proximal da ulna apresenta o 
olécrano e a extremidade distal é formada pela cabeça e pelo processo estilóide. 
 
6.6. Ossos da mão 
Os ossos da mão podem ser divididos em três regiões: carpo (ossos do punho), 
metacarpos (ossos próprios da mão) e falanges (ossos dos dedos ). 
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7. OSSOS DO MEMBRO INFERIOR 
 
 
A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril. Eles se unem 
anteriormente na sínfise púbica e posteriormente com o sacro formando a pelve. 
Lateralmente o quadril articula-se com o fêmur pelo acetábulo, transmitindo o 
peso da coluna vertebral (sacro) para o membro inferior (fêmur) pela região do 
acetábulo. Cada osso do quadril é formado por três ossos: ílio, ísquio e púbis. 
Até a puberdade os ossos do quadril estão separados por cartilagens, após esta 
fase os ossos se fundem na região do acetábulo porém mantendo os nomes 
originais (ílio, ísquio e púbis). O ílio é o mais superior dos três, o púbis é ântero- 
inferior e o ísquio póstero-inferior. 
 
OSSOS: 
 
 
1 – ÍLIO: O ílio possui uma crista superiormente (crista ilíaca) onde se 
prendem os músculos do abdome. Anteriormente à crista ilíaca está a espinha 
ilíaca ântero-superior. A espinha ilíaca ântero-superior (E.I.A.S.) é proeminente 
e palpável. Ela é utilizada para se aferir o comprimento do membro inferior. 
2 – ÍSQUIO: O ísquio é o mais baixo dos três ossos, entra em contato 
com o assento quando a pessoa está sentada. Esta região do osso chama-se 
tuberosidade isquiática. Os músculos posteriores da coxa prendem-se nesta 
tuberosidade. 
3 – PÚBIS: O púbis é o osso mais anterior e articula-se com o púbis do 
outro lado pela articulação chamada sínfise púbica. 
 
4 – ACETÁBULO: O acetábulo é descrito separadamente pois é 
formado pela união dos três ossos (púbis, ísquio e ílio). O fêmur articula-se com 
o quadril através do acetábulo. 
 
 
 
7.1. Fêmur 
 
 
O fêmur é o osso mais longo do corpo humano, articula-se superiormente 
com o acetábulo e inferiormente com a tíbia e com a patela. Como todo osso 
Prof. Maxwell Almeida 47 
do tipo longo, o fêmur apresenta uma extremidade proximal e outra distal. A 
extremidade proximal do fêmur é formada pela cabeça do fêmur que possui 
uma forma esferóide e articula-se com o acetábulo (articulação do quadril). O 
colo do fêmur é lateral à cabeça do fêmur, apresenta freqüentemente fraturas 
devido ao seu pequeno diâmetro e por ser uma área que trabalha suportando 
muito peso. Com a menopausa há reabsorção e fragilidade óssea nesta região. 
Dois grandes pontos de fixação para vários músculos que atuam na articulação 
do quadril estão laterais ao colo do fêmur, são o trocanter maior e trocanter 
menor. A extremidade distal do fêmur que se apóia sobre a tíbia é composta 
pelos côndilos medial e lateral. O peso do corpo é transmitido dos côndilos 
femorais para os côndilos tibiais. Os côndilos são convexos e adaptados a 
movimentos de flexão e extensão do joelho. 
 
 
 
7.2. Patela 
 
 
A patela é um osso sesamóide localizado anteriormente ao joelho, possui 
uma base (superiormente) e um ápice (inferiormente).Na base da patela se 
insere o tendão do músculo quadríceps, este traciona a patela para cima durante 
o movimento de extensão do joelho. O ápice da patela se prende com a 
tuberosidade da tíbia através do ligamento patelar. É desta forma que o músculo 
quadríceps realiza a extensão do joelho, tracionando a patela para cima que 
movimenta a tuberosidade da tíbia para frente. 
 
 
 
7.3. Tíbia 
 
 
A tíbia é o osso medial da perna e articula-se superiormente com o fêmur. 
A tíbia é mais resistente que a fíbula pois sustenta o peso do corpoque é 
transmitido do fêmur para a tíbia. Na extremidade proximal da tíbia está a 
tuberosidade da tíbia, uma elevação anterior que é o local de inserção do 
ligamento patelar. Na extremidade distal está o maléolo medial que fortalece 
a articulação do tornozelo. 
Prof. Maxwell Almeida 48 
7.4. Fíbula 
 
 
A fíbula é mais estreita que a tíbia, possui superiormente a cabeça da 
fíbula e inferiormente o maléolo lateral. Ela está localizada na perna lateralmente 
à tíbia. 
 
7.5. Ossos do pé 
 
 
O esqueleto do pé é formado por três tipos de ossos: ossos do tarso 
(tornozelo), ossos do metatarso (pé) e falanges (ossos dos dedos). 
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Prof. Maxwell Almeida 52 
 
 
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8. INTRODUÇÃO A ARTROLOGIA 
 
 
8.1. Movimentos articulares 
 
 
Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. 
Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. 
 
Adução : movimento na direção do plano mediano em um plano coronal. 
Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal. 
 
Rotação: virar ou girar uma parte do corpo em torno de seu eixo longitudinal. 
Rotação Medial traz a face anterior de um membro para mais perto do plano 
mediano. 
Rotação Lateral leva a face anterior para longe do plano mediano. 
 
 
Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da 
mandíbula e no ombro. 
Retração: movimento para trás como ocorre na retrusão da mandíbula e no 
ombro. 
 
Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em 
torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. 
Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em 
torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. 
 
Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano 
mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido. 
Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé 
está totalmente invertido, ele também está plantifletido. 
 
Dorsiflexão (flexão dorsal): movimento de flexão na 
articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro 
acima ou se levantam os dedos do solo. 
Plantiflexão (flexão plantar): 
Prof. Maxwell Almeida 56 
Dobra o pé ou os dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na 
ponta dos dedos. 
 
Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas 
ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. 
 
Elevação : elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. 
Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. 
 
Oclusão: movimento de aproximação da arcada dental superior (maxila) com a 
arcada dental inferior (mandibula). 
Abertura: movimento de afastamento da arcada dental superior (maxila) com a 
arcada dental inferior (mandibula). 
 
Circundução: é o movimento no qual uma parte do corpo descreve um cone cujo 
o vértice está na articulação e a base na extremidade distal da parte. Ocorre em 
articulações triaxiais e biaxiais. 
 
Hiperextensão: O movimento ultrapassa a posição anatômica. 
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8.2. Planos de delimitação 
 
 
Anterior ou Ventral 
Posterior ou Dorsal 
Superior ou Cranial 
Inferior ou Podálico 
Lateral 
 
8.3. Planos de secção 
SAGITAL OU MEDIANO 
Divide o corpo em 2 partes (Direito e Esquerdo) 
 
 
FRONTAL OU CORONAL 
Divide o corpo em 2 partes diferentes 
(Anterior e Posterior) 
 
TRANSVERSAL OU HORIZONTAL 
Divide o corpo em 2 partes diferentes 
(Superior e Inferior) 
 
8.4. Eixos de movimento 
LÁTERO LATERAL 
Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os 
movimentos de Flexão e Extensão, perpendicular ao 
Plano Sagital 
 
ÂNTERO POSTERIOR 
Cruza as partes anterior e posterior, orientando os movimentos de Abdução e Adução, 
perpendicular ao Plano Frontal 
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LONGITUDINAL OU CRÂNIO PODÁLICO 
Cruza as partes superior e inferior, orientando os movimentos de Rotação Medial e 
Rotação Lateral, perpendicular ao Plano Horizontal ou Transversal 
 
 
 
Observações: 
 
 
O eixo junta as duas metades que o plano separou. 
O eixo é sempre perpendicular ao plano. 
Plano é a descrição da trajetória e o eixo é o ponto em torno do qual ocorre o movimento. 
 
 
 
8.5. Artrologia 
 
 
É a união de duas ou mais estruturas que podem ser ossos, cartilagens 
ou tecido fibroso. Esta união pode ou não permitir movimento livre, de acordo 
com o tipo de tecido e as características próprias das articulações. 
Os tecidos que conectam as articulações apresentam diferentes características, 
as superfícies articulares diferentes formas, logo existirão diferentes critérios de 
classificação. 
As articulações são comumente afetadas em problemas traumato-ortopédicos e 
reumatológicos como: entorses, luxações, artrite reumatóide, gota, etc. 
Devido ás variedades histológicas e morfológicas das articulações 
encontraremos grandes diferenças quanto a funcionabilidade, porém todas 
relacionadas quanto a mobilidade, flexibilidade e compressibilidade dessas 
estruturas. 
 
As articulações como um todo se dividem quanto ao tipo de tecido e quanto ao 
grau de movimento permitido pela articulação. 
Prof. Maxwell Almeida 59 
8.6. Tipos de articulações 
Articulações quanto ao tipo de tecido são divididas em 3 tipos: 
 
 
1 -FIBROSAS ou SINARTROSE 
(Syn = junto com; Arthron = articulação)  Articulação Imóvel 
 
 
Fibrosas: as fibras que se interpõe formando estas articulações são compostas 
de tecido conjuntivo fibroso. Além disso estas articulações se subdividem em: 
Suturas; Sindesmose e Gonfose; 
Suturas: as fibras que interpõe esta articulação são fibras curtas. 
Sindesmose: as fibras que interpõe esta articulação são fibras longas. 
Gonfose: além da característica desta articulação que é por ser formada de 
fibras curtas esta se destaca por ter um processo cônico entre o dente e o alvéolo 
dental. 
 
Ossos mantidos juntos firmemente por tecido conjuntivo fibroso 
Articulações imóveis 
Três tipos principais, classificados pelo comprimento das fibras que unem os 
ossos: 
 
Sutura – Fibras de conexão curtas, formando interdigitações (somente entre os 
ossos do crânio) 
 
 
 
 
Suturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sindesmose – Fibras de conexão mais longas, formando bandas ou faixas (Entre 
corpo de rádio/ulna e tíbia/fíbula) 
Prof. Maxwell Almeida 60 
 
 
 
 
 
 
Membrana interóssea, 
formando a sindesmose tíbio- 
fibular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gonfose é um termo de anatomia para a articulação específica entre os dentes 
e seus receptáculos, os alvéolos dentários. Este tipo de articulação fibrosa serve 
para fixar os dentes em seus alvéolos dentários e praticamente não permite 
movimentos, exceto quando durante a troca de dentes em crianças, quando 
enfraquecida no idoso ou caso doenças enfraqueçam essa articulação. 
 
 
 
 
2 - CARTILAGINOSAS ou ANFIARTROSE 
(Amphi = de ambos os lados; Arthron = articulação)  Articulação Semimóvel 
Cartilaginosas: as fibras que se interpõe formando estas articulações são 
Prof. Maxwell Almeida 61 
compostas de cartilagem hialinae cartilagem fibrosa. Estas articulações se 
subdividem em: Sínfise e Sincondrose. 
 
Ossos unidos por cartilagem que permitem movimentos limitados. 
 
 
Sincondroses – Ossos são mantidos juntos por cartilagem hialina. 
. Temporária – A cartilagem é substituída por osso 
(epífises dos ossos longos) 
. Permanente – A cartilagem permanece inalterada 
(as dez primeiras costelas e suas cartilagens costais) 
 
Sincondrose 
Permanente: 
Cartilagens 
 costais 
 
Sincondrose 
Temporária: 
Prof. Maxwell Almeida 62 
 
Sínfises – Superfícies articulares dos ossos cobertas por fibrocartilagem ou 
cartilagem fibrosa 
(união entre os ossos púbicos e as articulações entre corpos vertebrais 
adjacentes) 
 
 
 
Disco 
Intervertebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - SINOVIAIS ou DIARTROSE 
(Diarthrosis = articulação móvel)  Articulação Móvel 
- Sinoviais: a principal característica das articulações sinoviais é que estas 
apresentam cápsula articular sendo esta cápsula composta de cartilagem 
articular, membrana sinovial e líquido sinovial. 
 
Movimentam-se livremente, sendo limitado somente por ligamentos, músculos, 
tendões e ossos adjacentes. 
Prof. Maxwell Almeida 63 
Características das articulações sinoviais 
 
 
. Cápsula Articular 
Membrana dupla que envolve e 
encerra a articulação 
 
. Cartilagem articular 
Fina camada de cartilagem hialina 
que cobre a superfície articular 
lisa dos ossos 
 
. Membrana Sinovial 
Camada mais interna da cápsula 
articular 
 
. Liquido Sinovial 
Produzido pela membrana 
sinovial, é responsável pela 
nutrição das cartilagens 
articulares e pela lubrificação das 
superfícies articulares 
 
. Ligamentos 
Estrutura de tecido conjuntivo denso com a função de unir ossos, permitir e 
limitar o movimento 
Prof. Maxwell Almeida 64 
Tipos de articulações sinoviais 
 
 
 
 
Plana (não axial) – possui 
superfícies articulares planas ou 
ligeiramente curvas (ossos do 
carpo, esterno-clavicular, 
acrômio-clavicular, sacro-ilíaca) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trocóide ou Pivô (uni- 
axial) – uma superfície 
articular se articula 
com um pivô (art. 
atlanto-axial, rádio- 
ulnar proximal) 
 
Condilar ou Elipsóide (bi-axial) – 
uma superfície articular é côncava, 
a outra convexa (art. rádio-cárpica, 
do joelho, úmero-radial) 
Prof. Maxwell Almeida 65 
 
Gínglimo ou Dobradiça 
(uni-axial) – uma 
superfície articular se une 
a outra em forma de 
dobradiça (art. úmero- 
ulnar) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esferóide ou Esférica (tri-axial) – 
uma superfície articular é esférica e 
a outra é uma cavidade (art. gleno- 
umeral, coxo-femural) 
Selar (bi-axial) – a superfície 
articular é convexa e côncava 
ao mesmo tempo (art. carpo- 
metacarpiana do polegar – é 
a única articulação deste tipo) 
Prof. Maxwell Almeida 66 
9. MIOLOGIA 
 
 
9.1. Tipos de músculos 
 
 
Músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento 
e/ou alongamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas 
(contração / relaxamento). Constituem a parte ativa do movimento. 
 
 
 
 
Tipos: 
Muscular estriado esquelético: 
contração vigorosa, rápida e voluntária; 
 
Muscular estriado cardíaco: 
contração vigorosa, rítmica e involuntária; 
 
 
Muscular liso: 
contração lenta e involuntária. 
Prof. Maxwell Almeida 67 
 
 
 
 
 
9.2. Componentes Anatômicos de Tecido Conjuntivo dos músculos esqueléticos 
 
 
O Ventre muscular é a parte contrátil do músculo, é altamente vascularizado, e 
é composto da seguinte forma: 
Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circundando todo o 
músculo. 
 
Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, 
separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a 
olho nu. 
 
Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior 
de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos. 
Prof. Maxwell Almeida 68 
 
 
 
Obs: Os músculos estriados esqueléticos são responsáveis pelos movimentos. 
 
 
O Músculo estriado esquelético é fixo as estruturas por meio de tendões ou 
aponeuroses. O tendão caracteriza-se por ser estreito e, geralmente, circular. A 
aponeurose é longa e fina. 
 
A fáscia envolve o músculo como um todo, permitindo deslizamento e auxiliando 
a nutrição. 
 
Tônus Muscular: é o estado de tensão elástica (ou contração leve mantida) que 
apresentam os músculos em repouso (no momento em que eles não são 
usados). Este estado de tensão permite começar o movimento imediatamente 
após receber os impulsos nervosos cerebrais 
 
Trofismo: corresponde ao volume de massa muscular existente no corpo. Em 
algumas regiões, conforme os estímulos e o uso, podemos ter aumento de 
massa muscular, ou seja "hipertrofia muscular". Para finalizar: 
consequentemente, um aumento da força muscular, graças à essa quantidade 
aumentada do volume muscular. Quando negligenciamos algum músculo e o 
usamos pouco perdemos massa muscular, ou seja, temos um quadro de 
"hipotrofia". 
 
Fadiga muscular: incapacidade gerar e manter a força requerida ou esperada de 
contração muscular ou a diminuição da força muscular decorrente do exercício 
Prof. Maxwell Almeida 69 
de alta intensidade e de curta duração ou sub-máximo e de longa duração é 
conhecida como fadiga. 
 
Tremor muscular: contrações musculares assincronicas 
Paralisia muscular (plegia): incapacidade de contração muscular 
Paresia muscular: diminuição da força muscular 
Fasciculaçâo: ativação espontânea de uma única unidade motora 
Fibrilação: ativação espontânea de uma única fibra muscular 
 
9.3. Funções dos músculos esqueléticos: 
Força para a locomoção e respiração; 
Força para a sustentação corporal (postura); 
Produção de calor durante períodos de exposição ao frio; 
Movimento de substâncias dentro do corpo; 
Regulação do volume dos órgãos. 
 
 
 
9.4. Tipos de contrações musculares 
 
 
1 - ISOTÔNICA (Contração em que o esforço muscular é constante através de 
toda a excursão muscular.) 
a) Concêntrica; Contração em que ocorre um encurtamento muscular. 
Onde a potência ou a força do músculo prevalece sobre a resistência (Peso 
adicionado e/ou gravidade). 
 
b) Excêntrica; Contração em que se observa um alongamento muscular. 
Onde a resistência (peso adicional e/ou gravidade) prevalece sobre a potência 
ou força do músculo, ocorre o movimento de freada. 
Prof. Maxwell Almeida 70 
Contração Isotônica 
 
Também conhecida por contração dinâmica, é a contração muscular que 
provoca um movimento articular. 
Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. 
A contração isotônica divide-se em dois tipos: concêntrica e Excêntrica. 
Concêntrica: ocorre quando ao realizar um movimento o músculo aproxima suas 
inserções, com encurtamento de seu ventre muscular. 
Excêntrica: ocorre quando ao realizar o movimento o músculo alonga-se, ou seja, 
as inserções se afastam, com aumento do comprimento de seu ventre muscular. 
 
 
 
Vantagens: 
- mais motivador 
- contração em toda a amplitude de movimento 
- aumenta a resistência muscular 
- aumenta a força muscular 
 
 
Desvantagens: 
- não é seguro se houver dor 
- mensuração imprecisa 
- dor tardia a contração excêntrica 
- maior sobrecarga onde o músculo é mecanicamente mais fraco 
2 - ISOMÉTRICA – ausência de movimento articular observável. 
Prof. Maxwell Almeida 71Manutenção do mesmo comprimento muscular. Quando o músculo se contrai 
produzindo força sem nenhuma alteração macroscópica no ângulo da 
articulação. 
 
Contração Isométrica 
 
 
 
Também conhecida por contração estática, é a contração muscular que não 
provoca movimento ou deslocamento articular, sendo que o músculo exerce um 
trabalho estático. 
Não há alteração no comprimento do músculo, mas sim um aumento na tensão 
máxima do mesmo. 
 
 
 
Vantagens: 
- aumento da força muscular estática 
- utilização precoce na reabilitação 
- auxilia no retardo das hipotrofias por desuso 
- fácil execução 
- pode parar em alguns pontos onde o torque é maior 
 
 
Desvantagens: 
- execução monótona 
- não aumenta a resistência ou potência 
- não melhora a performance 
Prof. Maxwell Almeida 72 
9.5. Classificação funcional dos músculos 
 
 
Agonista 
Músculo ou grupo muscular que ao contrair-se é considerado o principal músculo 
responsável pelo movimento articular ou pela manutenção de uma determinada 
postura. Movente para as ações articulares resultantes. Sempre se contrai 
ativamente para produzir uma contração concêntrica, isométrica ou excêntrica. 
Trabalha em prol do movimento desejado. 
 
Antagonista 
Músculo que possui ação oposta a do agonista. Normalmente não está se 
contraindo e não auxilia ou resiste ao movimento, mas que se alonga ou encurta 
passivamente para permitir que ele ocorra. 
 
Sinergista 
Músculo que se contrai ao mesmo tempo que o músculo agonista, ou seja, é um 
musculo que ancora, firme ou sustenta um osso afim de que outro musculo ativo 
possa ter uma base firme sobre a qual traciona. 
Atua neutralizando uma ação indesejada por outros músculos ativos. 
Se contrai ao mesmo tempo que o agonista, sua ação é sempre isométrica. 
 
 
a) Sinergista auxiliar 
Ocorre durante a ação de 2 músculos que compartilham uma ação articular e 
tem uma 2ª ação antagonista a do outro. Quando esses músculos se contraem 
simultaneamente, eles atuam juntos para produzir ação comum desejada e 
atuam como sinergistas auxiliadores um do outro porque neutralizam a ação 
secundária indesejável. 
Ex: 
Deltóide anterior e posterior 
Oblíquo direito e esquerdo 
 
b) Sinergista verdadeiro 
Ocorre quando um músculo se contrai estaticamente para impedir qualquer ação 
numa das articulações atravessadas para um músculo biarticular em contração. 
Prof. Maxwell Almeida 73 
Ex: 
Agonista: flexor superficial e profundo dos dedos. 
Antagonista: Extensor dos dedos 
Sinergista verdadeiro: Extensores do punho e metacarpo-falangeanas 
 
 
 
9.6. Músculos da cabeça 
 
 
 
 
Levantador do Lábio Superior: 
Origem: Margem inferior da órbita acima do forame infra-orbital, maxila e zigomático 
Inserção: Substância muscular do lábio superior e asa do nariz 
Inervação: Ramos bucais do nervo facial 
Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente 
 
 
Zigomático Menor: 
Origem: Superfície malar do osso zigomático 
Inserção: Lábio superior (entre o levantador do lábio superior e o zigomático maior 
Inervação: Ramos bucais do nervo facial 
Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial 
 
 
Zigomático Maior: 
Origem: Superfície malar do osso zigomático 
Inserção: Ângulo da boca 
Inervação: Ramos bucais do nervo facial 
Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada) 
 
 
Risório: 
Origem: Fáscia do masseter 
Inserção: Pele no ângulo da boca 
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado) 
 
Depressor do Lábio Inferior: 
Origem: Linha oblíqua da mandíbula 
Prof. Maxwell Almeida 74 
Inserção: Tegumento do lábio inferior 
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de 
ironia) 
 
Mentoniano: 
Origem: Fossa incisiva da mandíbula 
Inserção: Tegumento do queixo 
Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial 
Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do queixo 
 
 
Orbicular da Boca: 
Origem: Parte marginal e parte labial 
Inserção: Rima da boca 
Inervação: Ramos bucais do nervo facial 
Ação: Fechamento direto dos lábios 
 
Bucinador: 
Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a pressão 
direta dos dentes. 
Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula 
Inserção: Ângulo da boca 
Inervação: Ramos bucais do nervo facial 
Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante 
para assobiar e soprar 
 
Prócero: 
Origem: Fáscia que reveste a parte mais inferior do osso nasal e a parte superior da 
cartilagem nasal lateral 
Inserção: Pele da parte mais inferior da fronte entre as duas sobrancelhas 
Inervação: Ramos bucais do nervo facial 
Ação: Traciona para baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as rugas 
transversais sobre a raiz do nariz 
 
Orbicular do Olho: 
Este músculo contorna toda a circunferência da órbita. Divide-se em três porções: 
palpebral, orbital e lacrimal. 
Prof. Maxwell Almeida 75 
Origem: Parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal da maxila, 
crista lacrimal posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do 
ligamento palpebral medial (porção palpebral) 
Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter 
Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial 
Ação: Fechamento ativo das pálpebras 
 
Corrugador do Supercílio: 
Origem: Extremidade medial do arco superciliar 
Inserção: Superfície profunda da pele 
Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial 
Ação: Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais 
na fronte. Músculos da expressão de sofrimento. 
 
 
Músculos da Face 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 76 
 
 
 
É responsável pelos movimentos da mandíbula (fonação, mastigação). 
Articulação: Fossa mandibular do osso temporal e cabeça do côndilo da mandíbula. 
Principais Movimentos: 
Oclusão - Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior. 
Protrusão - Deslocamento anterior da mandíbula. 
Retrusão - Deslocamento posterior da mandíbula em direção ao osso temporal. 
 
 
Músculos da ATM 
Temporal: 
Passa medialmente ao arco zigomático. 
Origem: Face externa do temporal (escama), face interna do arco zigomático 
Inserção: Processo coronoide e face anterior do ramo da mandíbula 
Inervação: Nervo temporal (ramo mandibular do nervo trigêmio - 5º par craniano) 
Ação: 
Contração Unilateral - Lateralização contralateral 
Contração Bilateral - Oclusão e retrusão 
 
Masseter: 
É o músculo mais potente da mastigação. 
Origem: Borda externa do arco do zigomático 
Inserção: Face externa do ângulo da mandíbula 
Inervação: Nervo masseteriano (ramo do mandibular do nervo trigêmio - 5º par 
craniano) 
Ação: Oclusão e protrusão 
 
 
Pterigóideo Medial (Interno): 
Origem: Face medial da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide 
Inserção: Face interna do ângulo da mandíbula 
Inervação: Nervo do pterigoideo interno (ramo do nervo facial - 7º par craniano) 
Ação: Oclusão e protrusão 
 
Pterigóideo Lateral (Externo): 
Origem: 
Prof. Maxwell Almeida 77 
Cabeça Inferior - Face lateral da lâmina lateral do processo pterigóide do osso 
esfenóide 
Cabeça Superior - Asa maior do esfenóide 
Inserção: Cabeça do côndilo da mandíbula e face anterior do discoarticular 
Inervação: Nervo do pterigoideo externo (ramo do mandibular do nervo trigêmio - 
5º par craniano) 
Ação: 
Contração Unilateral - Lateralização da mandíbula contralateral 
Contração Bilateral - Abertura e protrusão da mandíbula 
 
Músculos da ATM - Masseter e Temporal 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 78 
 
Músculos da ATM - Pterigóideos Lateral e Medial 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
 
9.7. Músculos do pescoço 
 
Os músculos do pescoço têm como função principal mover a cabeça e o osso hióide. 
Os que se encontram por detrás da coluna vertebral são chamados músculos da nuca 
e os demais são ditos músculos do pescoço propriamente dito e dividem-se em quatro 
regiões: 
 
 
 
Platisma ou Cutâneo do Pescoço: 
Origem: Camada profunda da derme da região mentoniana, borda inferior do corpo 
da mandíbula, comissura labial e linha oblíqua externa da mandíbula 
Inserção: Camada profunda da derme da região subclavicular e acromial Inervação: 
Nervo Facial (7º par craniano) 
Ação: 
Prof. Maxwell Almeida 79 
Fixo Superior - Eleva a pele do tronco superior e forma rugas transversais do 
pescoço 
Fixo Inferior - Baixa a pele da região mandibular 
 
 
Esternocleidomastóideo: 
Origem: Processo mastóide e linha nucal superior 
Inserção: Face anterior do manúbrio do esterno, junto a borda superior e anterior 
do 1/3 medial da clavícula 
Inervação: Nervo Acessório (11º par craniano) e 2º e 3º nervos cervicais (plexo 
cervical) 
Ação: 
Fixo Superior - Ação inspiratória 
Fixo Inferior 
Contração Unilateral: Inclinação lateral e rotação com a face virada para o 
lado oposto 
Contração Bilateral: Flexão da cabeça 
 
 
Músculos do Pescoço - Vista Anterior 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 80 
Músculos do Pescoço - Vista Lateral 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
9.8. Músculos do tronco 
 
O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso 
esterno, lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral. 
 
Peitoral Maior: 
Origem: 2/3 mediais da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face 
externa da 1ª a 6ª cartilagens costais, 6ª a 7ª costelas e aponeurose abdominal 
Inserção: Tubérculo maior do úmero (porção superior do lábio anterior do sulco 
intertubercular) 
Inervação: Nervo peitoral lateral e medial (C5, C6, C7, C8 e T1) 
Ação: 
Prof. Maxwell Almeida 81 
Fixo no Tórax: Adução, rotação medial do braço, auxilia na abdução e flexão do 
braço até 90°. A porção esternal faz extensão e a porção clavicular faz flexão 
horizontal 
Fixo no Braço: Eleva tronco 
 
 
Peitoral Menor: 
Origem: Face externa da 2ª a 5ª costelas 
Inserção: Processo coracóide 
Inervação: Nervo do peitoral medial (C8 e T1) 
Ação: 
Fixo no Tórax: Deprime o ombro. Na escápula realiza rotação inferior, abdução 
e depressão 
Fixo na Escápula: Eleva costelas (ação inspiratória) 
 
 
Serrátil Anterior: 
Passa por baixo da escápula 
* Porção Superior 
Inserção: Ângulo superior da escápula Inserção 
Origem: Face externa da 1ª e 2ª costelas 
* Porção Média 
Inserção: Borda medial da escápula Inserção 
Origem:: Face externa da 2ª a 4ª costelas 
* Porção Inferior 
Inserção: Ângulo inferior da escápula Inserção 
Origem: Face externa da 5ª a 8ª costelas 
Inervação: 5º e 6º nervos cervicais e 8º e 9º intercostais 
Ação: 
Fixo na escápula: Ação inspiratória 
Fixo nas costelas: Abdução e rotação superior da escápula 
 
 
Região Costal 
 
 
Estes músculos estão localizados nos espaços intercostais (entre as costelas). 
Intercostais Externos (11 Pares): 
Origem: Borda inferior da costela suprajacente (superior) 
Inserção: Borda superior da costela infrajacente (inferior) 
Inervação: Nervos intercostais 
Ação: Eleva as costelas (Ação inspiratória) 
Prof. Maxwell Almeida 82 
 
Intercostais Internos (11 Pares): 
Origem: Borda inferior da costela suprajacente (superior) 
Inserção: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: 
Nervos intercostais 
Ação: Deprime as costelas (Ação expiratória) 
Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". As fibras dos 
intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. 
Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior 
para posterior. 
 
 
 
 
Músculos do Tórax - Vista Anterior (Dissecação Superficial) 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 83 
Músculos do Tórax - Vista Anterior (Dissecação Profunda) 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Músculos do Tórax - Vista Interna 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 84 
 
Trapézio: 
Origem: Linha nucal superior, ligamento nucal, protuberância occipital externa até 
os processos espinhosos da C6 e processos espinhosos da C7 a T12 
Inserção: 1/3 lateral da borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula 
Inervação: Nervo acessório (11º par craniano) e Plexo Cervical (C3 e C4) 
Ação: 
Fixo na Coluna: Eleva o ombro e aduz as escápulas 
Fixo na Escápula: 
* Contração Unilateral: Inclina a cabeça para o mesmo lado, rodando o 
campo de visão para o lado oposto. Na escápula faz rotação superior, adução, 
elevação e depressão 
* Contração Bilateral: Extenção da cabeça 
 
 
Grande Dorsal ou Latíssimo do Dorso 
Origem: Processos espinhosos das 7 últimas vértebras dorsais e todas as 
lombares, crista do sacro, crista ilíaca e face externa das 4 últimas costelas 
Inserção: Sulco intertubercular do úmero 
Inervação: Nervo Toracodorsal (C6, C7 e C8) 
Ação: Adução, extenção e rotação medial do braço, baixa o ombro e auxilia na 
inspiração forçada 
 
Rombóide: 
Origem: Processos espinhosos da C7 à T5 
Inserção: Borda medial e ângulo inferior da escápula 
Inervação: Nervo escapular dorsal (C4 e C5) 
Ação: Adução e rotação inferior da escápula e deprime o ombro 
O músculo rombóide pode ser subdividido em rombóide maior (processos espinhosos 
de T1 à T4 até a 2/3 inferiores da borda medial da escápula e ângulo inferior da 
escápula) e rombóide menor (processos espinhosos de C7 e T1 à 1/3 superior da 
borda medial da escápula) 
Prof. Maxwell Almeida 85 
Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Superficial) 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Intermédia) 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 86 
 
 
 
Os músculos dessa região têm por função a proteção visceral, expiração, além de 
colaborar com os músculos do dorso nos movimentos do tronco e na manutenção da 
postura ereta. 
 
Reto Anterior do Abdômen: 
O Reto Anterior do Abdômen é um músculo poligástrico, ou seja, possui vários 
ventres, pois em seu trajeto apresenta três ou mais intersecções tendíneas. O 
músculo Reto Anterior do Abdômen está alojado num estojo aponeurótico formado 
pelos músculos Oblíquo Externo, Interno e Transverso do Abdômen. A aponeurosedirige-se até a região média. 
Origem: Face externa e borda inferior da 5ª à 7ª cartilagem costais e processo 
xifóide 
Inserção: Corpo do púbis e sínfise púbica 
Inervação: Ramos ventrais dos 6 últimos espinhais torácicos 
Ação: 
Fixo no tórax: Realiza retroversão (extensão) da pelve 
Fixo na pelve: Flete o tronco 
Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, Defecação, Micção e no 
Parto). 
 
Oblíquo Externo do Abdômen: 
Suas fibras se dirigem obliquamente para baixo e para frente. 
Origem: Face externa das 8 últimas costelas e interdigita-se com os músculos 
Serrátil Anterior e Grande Dorsal 
Inserção: Crista íliaca, Espinha Ilíaca Ântero-Superior, púbis e linha alba Inervação: 
Ramos anteriores dos 4 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico 
(L1) 
Ação: 
Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto 
Contração Bilateral: Flete o tronco e aumenta a pressão intra-abdominal 
 
Oblíquo Interno do Abdômen: 
Suas fibras se dirigem de baixo para cima e trás para frente. 
Prof. Maxwell Almeida 87 
 Origem: 3 últimas cartilagens costais, linha alba, púbis e eminência íleo- púbica 
Inserção: Espinha Ilíaca Ântero-Superior, 1/4 lateral do ligamento inguinal (arco 
crural) e crista ilíaca. Posteriormente, ele se insere nos processos espinhosos e 
transversos das últimas vértebras lombares 
Inervação: Ramos anteriores dos 6 últimos nervos espinhais torácicos e nervo 
ilioipogástrico (L1) 
Ação: Idem ao Oblíquo Externo, porém rota o tórax para o mesmo lado 
Os músculos Oblíquo Externo e Oblíquo Interno do abdômen trabalham 
conjuntamente em alguns movimentos. Exemplo: quando realizamos flexão e 
rotação do tronco para o lado direito, o Oblíquo Externo do lado esquerdo e o Oblíquo 
Interno do lado direito trabalham em conjunto. 
 
Transverso do Abdômen: 
É o músculo mais profundo da região ântero-lateral do abdômen. Suas fibras se 
dirigem horizontalmente no sentido posterior para anterior. 
Origem: Face interna e borda inferior das 6 últimas cartilagens costais, processo 
transverso das vértebras lombares, crista ilíaca e 1/4 lateral do ligamento inguinal 
Inserção: Linha alba e púbis 
Inervação: Ramos anteriores dos 6 últimos nervos espinhais torácicos e nervo 
ilioipogástrico (L1) 
Ação: Aumento da pressão intra-abdominal 
Prof. Maxwell Almeida 88 
Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação Superficial) 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação Intermédia) 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 89 
9.9. Músculos do Membro Superior 
 
 
 
 
Deltóide: 
Origem: 2/3 laterais da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula 
Inserçãor: Tuberosidade deltoidea (1/2 da diáfise do úmero) Inervação: 
Nervo axilar (C5 e C6) 
Ação: Abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral 
e medial e flexão e extensão horizontal do braço e fixa a articulação do ombro 
 
Redondo Maior (Passa internamente - entre costelas e úmero): 
Origem: Metade inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula 
Inserção: Sulco intertubercular 
Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6) 
Ação: Rotação medial, adução e extensão do braço e fixação da articulação do ombro 
 
 
Redondo Menor: 
Origem: Metade superior da borda lateral da escápula 
Inserção: Face inferior do tubérculo maior do úmero 
Inervação: Nervo axilar (C5 e C6) 
Ação: Rotação lateral do braço e fixação da articulação do ombro 
 
 
Infra-Espinhoso : 
Origem: Fossa infra-espinhosa 
Inserção: Faceta média do tubérculo maior do úmero 
Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6) 
Ação: Rotação lateral do braço, fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão 
horizontal do braço 
 
Supra-Espinhoso: 
Origem: Fossa supra-espinhosa 
Inserção: Faceta superior do tubérculo maior do úmero 
Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6) 
Prof. Maxwell Almeida 90 
Ação: Auxilia o deltóide na abdução do braço (até aproximadamente 30°), auxilia na 
rotação lateral e fixa a articulação do ombro 
 
Subescapular: 
Origem: Borda medial e lateral da escápula e fossa subescapular (face anterior da 
escápula) 
Inserção: Tubérculo menor do úmero 
Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6) 
Ação: Rotação medial e fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão e 
abdução do braço 
 
MANGUITO ROTADOR: A função principal deste grupo é manter a cabeça do úmero 
contra a cavidade glenóide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente e 
deslocamentos indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e 
superior 
* SUPRA-ESPINHOSO 
* INFRA-ESPINHOSO 
* REDONDO MENOR 
* SUBESCAPULAR 
Prof. Maxwell Almeida 91 
Músculos do Ombro - Vista Anterior 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
Músculos do Ombro - Vista Posterior 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 92 
 
Músculos do Ombro - Manguito Rotador 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
 
 
 
Bíceps Braquial: 
Origem: 
Porção Longa (Lateral): Tubérculo supra-glenoidal 
Porção Curta (Medial): Processo coracóide (escápula) 
Inserção: Tuberosidade radial Inervação: 
Nervo musculocutâneo (C5 e C6) 
Ação: Flexão do cotovelo, supinação do antebraço, depressão do ombro e um 
pequeno movimento de abdução realizada pela porção longa 
 
Coracobraquial: 
Origem: Processo coracóide (escápula) 
Inserção: Face medial de 1/3 médio do úmero 
Inervação: Nervo musculocutâneo (C6 e C7) 
Ação: Flexão e adução do braço e deprime o ombro 
Prof. Maxwell Almeida 93 
 
Braquial Anterior: 
Origem: Tuberosidade deltóidea e face anterior da metade inferior do úmero 
Inserção: Processo coronóide da ulna 
Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6) 
Ação: Flexão do cotovelo 
 
Região Posterior 
 
 
Tríceps Braquial: 
Origem: 
Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal (único que fica na escápula) 
Porção Lateral: Face posterior do úmero (acima do sulco radial) 
Porção Medial: Face posterior do úmero (abaixo do sulco radial) 
Inserção: Olécrano (ulna) 
Inervação: Nervo radial (C7 e C8) 
Ação: Extensão do cotovelo e a porção longa faz adução do braço 
Prof. Maxwell Almeida 94 
Músculos do Braço - Vista Anterior 
Dissecação Superficial 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Dissecação 
 
Profunda 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 95 
Músculos do Braço - Vista Posterior 
Dissecação Superficial 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
Dissecação 
 
Profunda 
 
 
 
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 
Prof. Maxwell Almeida 96 
 
 
 
Pronador Redondo: 
Origem: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna 
Inserção: Face lateral do 1/3 médio do rádio 
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7) 
Ação: Pronação do antebraço 
 
Flexor Radial do Carpo: 
Origem: Epicôndilo medial do úmero (epitroclea) 
Inserção: Face anterior do 2º metacarpiano 
Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7) 
Ação: Flexão do punho, rotação medial da mão e auxilia na

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