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Anatomia Humana Prof. Maxwell Tostes Vieira de Almeida Prof. Maxwell Almeida 2 SUMÁRIO CAPA ......................................................................................................... 1 1. INTRODUÇÃO A ANATOMIA HUMANA ............................................... 4 1.1 Princípios básicos da Anatomia............................................................ 4 1.2 Origem embriológica ............................................................................ 5 1.3 Métodos de estudo ............................................................................... 5 1.4. Denominação do sistema estudado .................................................... 5 1.5 Tipos de assimetria .............................................................................. 6 1.6 Nomenclatura anatômica...................................................................... 6 1.7 Posição Anatômica ............................................................................... 6 1.8 Termos de posição e direção ............................................................... 7 1.9 Alterações congênitas na formação do indivíduo ................................. 8 2. SISTEMA ESQUELÉTICO ..................................................................... 9 2.1 Osteologia ............................................................................................ 9 2.2 Funções dos ossos............................................................................... 10 2.3. Divisão do esqueleto ........................................................................... 10 2.4 Classificação dos ossos ....................................................................... 11 2.5 Organização do osso ............................................................................ 14 3. CRÂNIO ................................................................................................. 16 3.1 Neurocrânio .......................................................................................... 17 3.2. Viscerocrânio ....................................................................................... 21 4. COLUNA VERTEBRAL .......................................................................... 26 4.1 Estruturas básicas de uma vértebra ..................................................... 27 4.2. Características da Região Cervical ..................................................... 27 4.3. Características da Região Torácica..................................................... 28 4.4. Características da Região Lombar ...................................................... 28 4.5. Características da Região Sacra ......................................................... 29 4.6. Características da Região Coccígea ................................................... 29 5. OSSOS DO TÓRAX ............................................................................... 35 5.1 Esterno ................................................................................................. 35 5.2 Costelas. ............................................................................................... 35 6. OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR ....................................................... 38 6.1 Clavícula............................................................................................... 38 Prof. Maxwell Almeida 3 6.2 Escápula............................................................................................... 38 6.3 Úmero .................................................................................................. 38 6.4 Rádio .................................................................................................... 39 6.5 Ulna ...................................................................................................... 39 6.6 Ossos da mão ...................................................................................... 39 7. OSSOS DO MEMBRO INFERIOR ......................................................... 46 7.1 Fêmur ................................................................................................... 46 7.2 Patela ................................................................................................... 47 7.3 Tíbia ..................................................................................................... 47 7.4 Fíbula ................................................................................................... 48 7.5 Ossos do pé ......................................................................................... 48 8. INTRODUÇÃO A ARTROLOGIA ........................................................... 55 8.1 Movimentos articulares ......................................................................... 55 8.2 Planos de delimitação .......................................................................... 57 8.3 Planos de secção ................................................................................. 57 8.4 Eixos de movimento ............................................................................. 57 8.5 Artrologia .............................................................................................. 58 8.6 Tipos de articulações ............................................................................ 59 9. MIOLOGIA.............................................................................................. 66 9.1 Tipos de músculos................................................................................ 66 9.2 Componentes Anatômicos dos músculos esqueléticos ........................ 67 9.3 Funções dos músculos esqueléticos .................................................... 69 9.4 Tipos de contrações musculares. ......................................................... 69 9.5 Classificação funcional dos músculos. ................................................. 72 9.6 Músculos da cabeça ............................................................................. 73 9.7 Músculos do pescoço ........................................................................... 78 9.8 Músculos do tronco .............................................................................. 80 9.9. Músculos do Membro Superior ........................................................ 89 9.10. Músculos do Membro Inferior .......................................................... 103 10. REFERÊNCIAS .................................................................................... 115 Prof. Maxwell Almeida 4 1. INTRODUÇÃO A ANATOMIA HUMANA 1.1 – Princípios básicos da Anatomia Anatomia Ana = em partes Tomein = cortar “Ciência que estuda as estruturas do corpo humano sendo considerada como fundamento para as ciências da saúde, e para tal utiliza-se como material de ensino e estudo o corpo humano.” A anatomia é o estudo da forma e da constituição do corpo, pré-requisito indispensável para o estudo da fisiologia dos órgãos. Seu estudo compreende tanto a evolução do indivíduo desde a fase de zigoto até a velhice (ontogenia), como o desenvolvimento de uma estrutura no reino animal (filogenia). A unidade fundamental do corpo é a célula. A união de diversas células de mesma função dá origem aos tecidos. A união de diversos tecidos origina os órgãos, que por sua vez originam os sistemas. TECIDO – FUNÇÃO: Epitelial =Revestimento Conjuntivo = Preenchimento Muscular = Movimentação Nervoso = Integração A anatomia macroscópica pode ser estudada de duas formas: (1) anatomia sistemática ou descritiva, que estuda os vários sistemas separadamente. (2) anatomia topográficaou cirúrgica, que estuda todas as estruturas de uma região e suas relações entre si. Prof. Maxwell Almeida 5 1.2 – Origem Embriológica Quanto à origem, os órgãos podem ser classificados em homólogos ou análogos. Diz-se que dois órgãos são homólogos quando possuem a mesma origem embriológica mas diferentes funções, como, por exemplo, os membros superiores do homem e as asas dos pássaros. A analogia, por sua vez, acontece quando dois órgãos têm funções semelhantes e diferentes origens embriológicas, como ocorre com os pulmões humanos e as guelras dos peixes. 1.3 – Métodos de estudo 1. Inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia) ou internos (endoscopia). 2. Palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares e as saliências ósseas, dentre outras coisas. 3. Percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou sólidos). 4. Ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino). 5. Mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias. 6. Dissecção: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor visualização. 7. Métodos de estudo por imagem: inclui o raioX, ecografia, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada. 1.4 Denominação do sistema estudado estesiologia Sensorial neuroanatomia Nervoso esplancnologia Visceral osteologia Ósseo miologia Muscular Prof. Maxwell Almeida 6 artrologia Articular angiologia Vascular 1.5 – Tipos de Assimetria Os órgãos pares podem ser assimétricos quanto à forma ou quanto à posição. ASSIMETRIA – EXEMPLOS: Forma - o pulmão direito possui 3 lobos; o esquerdo apenas 2 Posição - o rim direito é mais baixo que o esquerdo Embriologicamente - os órgãos ímpares são ditos anormais quando possuem distúrbios de crescimento ou de deslocamento. Os distúrbios de deslocamento (distopias) podem ser melhor compreendidos visualizando os seguintes exemplos: A B C D: se um órgão, ao se deslocar de B para D, parar em C, temos uma transposição. Exemplo: criptorquidia (descida incompleta do testículo); se um órgão, ao se deslocar de B para D, for para A, temos uma inversão. Exemplo: situs inversus totalis. 1.6 Nomenclatura anatômica - Forma (músculo trapézio); - Posição ou situação (nervo mediano); - Trajeto (artéria circunflexa da escápula); - Conexões ou inter-relações (ligamento sacroilíaco); - Relação com o esqueleto (artéria radial); - Função (m. levantador da escápula); - Critério misto (m. flexor superficial dos dedos – função e situação). 1.7 – Posição anatômica Prof. Maxwell Almeida 7 Antes de tudo, é imprescindível que o profissional da área da saúde conheça a posição anatômica, esta que deve ser utilizada sempre no início de cada estudo. Pode ser descrita como: -Posição bípede (em pé) -Corpo ereto -Face voltada para frente -Membros superiores estendidos ao longo do corpo, com as palmas das mãos voltadas para frente -Membros inferiores unidos, com as pontas dos pés voltadas para frente 1.8 Termos de posição e direção Prof. Maxwell Almeida 8 Na figura acima podemos identificar a linha mediana representada pelas letras x/y. As estruturas a,b & c podem ser chamadas de medianas por estarem exatamente sob a linha. As letras d, e & f são classificadas respectivamente como lateral, intermédio e medial. As letras g, h & i são respectivamente estruturas: posterior, média e anterior. Os números 1 e 2 representam estruturas externas e internas. Outros termos: Proximal: próximo a raiz de implantação do membro. Distal: mais afastado da raiz de implantação do membro. Superficial: mais próximo da superfície. Profundo: mais afastando da superfície. Homolateral ou Ipsilateral: do mesmo lado Contralateral: do lado oposto Inferior ou caudal: mais próximo dos pés Superior ou cranial: mais próximo da cabeça 1.9 Alterações congênitas na formação do indivíduo Variação Anatômica: Alteração morfológica que não traz prejuízo funcional ao indivíduo. Ex: Polidactilia Anomalia: Alteração morfológica que traz prejuízo funcional ao indivíduo. Ex: Microcefalia Monstruosidade: Alteração morfológica incompatível com a vida. Ex: Anencefalia Prof. Maxwell Almeida 9 2. SISTEMA ESQUELÉTICO 2.1 - Ostelologia Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por intermédio das articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea. No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado. Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). É clássico admitir o número de 206 ossos. Cabeça = 22 Crânio = 08 Face = 14 Pescoço = 8 Tórax = 37 24 costelas 12 vértebras 1 esterno Abdômen = 7 5 vértebras lombares 1 sacro 1 cóccix Membro Superior = 64 Cintura Escapular= 4 Braço = 2 Antebraço = 4 Mão = 54 Membro Inferior = 62 Cintura Pélvica = 2 Coxa = 2 Joelho = 2 Perna = 4 Pé = 52 Ossículos do Ouvido Médio = 6 Ossos Extranumerários: Prof. Maxwell Almeida 10 Além desse número normal de ossos, alguns supranumerários são freqüentemente encontrados. Suturais: são encontrados quando se interpõe nas linhas articulares dos ossos do crânio. Sesamóides: quando são encontrados em outras regiões do corpo. Periósteo: Delgada membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção das superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e um profundo (contato direto com o osso). Além da função de proteção, o periósteo é responsável pela reconstituição do osso em casos de fratura 2.2. Funções dos ossos Proteção; Sustentação; Armazenamento de minerais; Hematopoiese; Sistema de alavancas; 2.3. Divisão do esqueleto -Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica. São ossos que possuem como função principal a realização de proteção a alguma víscera nobre. -Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (quadril) e o esqueleto dos membros (superiores e inferiores). Tem como função principal realizar movimentação. Prof. Maxwell Almeida 11 2.4. Classificação dos ossos Para determinar a classificação dos ossos do corpo, devemos levar em consideração as dimensões dos ossos, sendo necessário analisar o seu comprimento, largura e espessura. Prof. Maxwell Almeida 12 LONGOS: Comprimento maior que a largura e espessura. Exemplos: (Úmero, Rádio, Ulna, Fêmur, Tíbia, Falanges) CURTOS: Comprimento, largura e altura se equivalem. Exemplos: (Ossos do Carpo, Tarso)PLANOS OU LAMINARES: Comprimento e largura equivalentes, sendo maiores que a espessura. Prof. Maxwell Almeida 13 Exemplos: (Escápula, Parietal) IRREGULARES: Possui formas variadas, não se encaixando em nenhuma das categorias anteriores, sendo difícil determinar suas dimensões. Exemplos: (Vértebras, Sacro, Quadril, Occipital) PNEUMÁTICOS: Presença de cavidades com ar, cuja função é atuar na fala. Prof. Maxwell Almeida 14 Exemplo: (Frontal, Maxila, Esfenóide e Etmóide) SESAMÓIDES: Estão inseridos em tendões, que lhes fornecem apoio extra e reduzem a pressão sobre os restantes tecidos. Existem vários ossos sesamoides extra numerários nas mãos e pés, nas bases dos dedos, cujo número varia aleatoriamente. São ossos que se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos membros; eles protegem os tendões do desgaste excessivo e frequentemente modificam o ângulo dos tendões em sua passagem até a inserção. .Exemplos: (Patela, Hióide) Prof. Maxwell Almeida 15 2.5. Organização do osso Macroscópica – o osso longo típico apresenta: Diáfise: um corpo central formado por osso compacto, que contém um cilindro oco com medula óssea amarela (gordura). Epífises: as duas extremidades, rodeadas por osso compacto, mas suas regiões centrais contêm osso esponjoso. Em certos ossos, como o esterno, o osso esponjoso contém medula vermelha. Obs.: Os ossos planos não apresentam cavidade medular, mas um tecido esponjoso (chamado de díploe) localizado entre duas camadas de tecido compacto. Os ossos apresentam as seguintes estruturas: Canal de Havers: são uma série de tubos estreitos dentro dos ossos por onde passam vasos sanguíneos e células nervosas, contém ao menos um vaso sanguíneo. Prof. Maxwell Almeida 16 Lacunas, cavidades que contém Osteócitos, que são células maduras derivadas dos Osteoblastos , residentes em lacunas da matriz óssea. Há de 20 000 a 30 000 osteócitos por mm³ de osso. Canalículos, que permitem a passagem de nutrientes e resíduos. Canais de Volkmann: interligam os vasos sanguíneos. São canais microscópicos encontradas no osso compacto, perpendiculares aos Canais de Havers e também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Prof. Maxwell Almeida 17 3. CRÂNIO O crânio é composto por 22 ossos, divididos em neurocrânio e viscerocrânio. O neurocrânio é formado por 8 ossos e possui a função de proteger o Encéfalo, já o viscerocrânio possui 14 ossos e forma a face. 3.1. Neurocrânio O neurocrânio é constituído por oito ossos, dois pares e quatro ímpares. Tem como função proteger o encéfalo. Os ossos ímpares são: o FRONTAL, o OCCIPITAL, o ESFENÓIDE e o ETMÓIDE. Os ossos pares são: o PARIETAL e o TEMPORAL. Exterior do Crânio A parte superior do crânio é chamada de calota craniana e é marcada por três suturas (articulações que não permitem mobilidade): 1 - Sutura Coronal: entre os ossos frontal e parietais 2 - Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha mediana) 3 - Sutura Lambdóide: entre os parietais e o occipital O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é chamado de BREGMA. O ponto de encontro das suturas sagital e lambdóide é chamada de LAMBDA. Prof. Maxwell Almeida 18 Base Craniana É dividida em 3 fossas: Fossa Anterior, Fossa Média e Fossa Posterior. Fossa Anterior Ossos: Frontal e etmóide Fossa Média Ossos: esfenóide e temporal Fossa Posterior Ossos: Occipital O osso frontal é um osso pneumático ou plano, situado mais anteriormente e superiormente as órbitas. Acidentes Anatômicos do osso Frontal: * Seio Frontal * Arcos Superciliares - saliências que se estendem lateralmente à glabela * Glabela - entre os dois arcos superciliares (ponto antropométrico) Prof. Maxwell Almeida 19 * Sutura Metópica - encontrada em alguns raros casos e localiza-se logo acima da glabela e se estende até o bregma pela linha sagital mediana. Esta sutura, na infância, divide o osso em dois, podendo permanecer por toda a vida. * Incisura ou Forame Supra-Orbital - passagem de vasos e nervos supra-orbitais O frontal articula-se com doze ossos: esfenóide, etmóide, parietais (2), nasais (2), maxilares (2), lacrimais (2) e zigomáticos (2). É um osso leve, esponjoso, pneumático, ímpar e situa-se na parte anterior do crânio. * Crista Galli - processo triangular na linha mediana * Forames Olfatórios - localiza-se ao lado da crista Galli e dá passagem aos nervos olfatórios * Lâmina perpendicular - Lâmina achatada que forma a parede mediana do septo nasal * concha nasal superior * concha nasal média O osso etmóide articula-se com treze ossos: frontal (1), esfenoide (1), nasais (2), lacrimais (2), maxilares (2), palatinos (2), conchas nasais inferiores (2) e o vômer (1). É um osso pneumático, ímpar e situa-se na base do crânio anteriormente aos temporais e ao osso occipital. * Sela Turca ou fossa hipofisária - aloja a glândula hipófise * Seio Esfenoidal - cavidades preenchidas com ar (osso pneumático) e servem para deixar o crânio mais leve. Raramente são simétricas * Asa Menor * Asa maior Prof. Maxwell Almeida 20 É um osso par, irregular, muito complexo, é importante porque no seu interior encontra-se o aparelho auditivo * Fossa Mandibular - articula-se com o côndilo da mandíbula * Meato Acústico Externo * Processo Mastóide - projeção crônica que pode variar de tamanho e forma * Meato Acústico Interno - dá passagem ao nervo facial, acústico e intermediário e ao ramo auditivo interno da artéria basilar * Canal Carótico - dá passagem à artéria carótida interna e ao plexo nervoso carótido * Forame Jugular - aloja o bulbo da veia jugular interna O osso temporal articula-se com 5 ossos: occipital, parietal, zigomático, esfenóide e mandíbula. É um osso irregular e o mais posterior do crânio. * Protuberância Occipital Externa - localiza-se entre o ápice do osso e o forame magno * Protuberância Occipital Interna - ponto de intersecção das quatro divisões * Fossas Occipitais Superiores (Cerebrais) * Fossas Occipitais Inferiores (Cerebelares) * Forame Magno - grande abertura oval que dá passagem à medula oblonga (tronco encefálico - bulbo) e suas membranas (meninges), líquor, nervos, artérias, veias e ligamentos * Côndilos Occipitais - tem forma oval e articulam com a 1ª vértebra cervical (Atlas) O occipital articula-se com seis ossos: parietais (2), temporais (2), esfenóide e atlas. Prof. Maxwell Almeida 21 O parietal forma a maior parte da calota craniana. Osso par e plano. Faces Face Externa é convexa, lisa e lateral. Possui os forames parietais. Face Interna é côncava e medial apresentando sulcos anteriores que correspondem aos ramos da artéria meningea média 3.2. Viscerocrânio A face é constituída por 2 ossos ímpares e 6 pares totalizando assim 14 ossos. Os osso pares são : ZIGOMÁTICO, MAXILA, PALATINO, LACRIMAL, NASAL e CONCHA NASAL INFERIOR Os ossos ímpares são: MANDÍBULA e VÔMER É um osso ímpar que contém a arcada dentária inferior. * Protuberância Mentoniana - eminência triangular * Forame Mentoniano - depressão de cada lado da sínfise. Passagem de vasos e nervo mentoniano * Processo Coronóide e Processo Condilar (articula-se com o disco articular da articulação temporomandibular- ATM). Entre estes dois processos encontramos a incisura da mandíbula. A mandíbula articula-se com dois ossos: Temporais (2). Prof. Maxwell Almeida 22 Prof. Maxwell Almeida 23 Prof. Maxwell Almeida 24 Prof. Maxwell Almeida 25 Prof. Maxwell Almeida 26 4. COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é formada pelas vértebras, sacro e cóccix, sendo ao todo 33 ossos. Estes ossos agrupam-se em 5 regiões: - Cervical 7 vértebras - Torácica 12 vértebras - Lombar 5 vértebras - Sacro 1 osso (formado pela fusão de 5 vértebras) - Cóccix 1 osso (formado pela fusão de 3 a 5 vértebras) A coluna tem como função equilibrar e sustentar o peso do corpo e proteger a medula espinhal (que está no interior do canal vertebral) . A medula apresenta curvaturas para melhor sustentar e equilibrar o peso. São três tipos de curvaturas: Primaria (cifose): curvatura com a concavidade voltada anteriormente (REGIÕES TORÁCICA E SACRA). Secundária (lordose): curvatura com a concavidade para trás (REGIÕES CERVICAL E LOMBAR). Terciária (escoliose): curvaturas laterais (REGIÃO TORÁCICA). A cifose é a primeira a surgir, é observada ainda no período fetal, e o feto tem uma posição de flexão total para frente. Pelo fato de ser a primeira a surgir durante o desenvolvimento , a cifose é chamada de curvatura primária. À medida que o recém-nascido sustenta o peso da cabeça sobre o tronco, como por exemplo quando começa a sentar (5º mês), surge uma curvatura compensatória na região cervical que é oposta a primeira curvatura observada até então. Esta curvatura aparece também na região lombar no período em que este recém nascido começa a andar (1º ano), pois agora todo o peso do tronco será lançado na região lombar. Estas curvaturas que surgem para compensar as primeiras são chamadas de curvaturas secundárias ou lordoses. As últimas a surgir são chamadas de terciárias ou escoliose. São observadas geralmente na região torácica e ficam acentuadas quando existe uma desigualdade de peso entre os dois lados do corpo. Prof. Maxwell Almeida 27 4.1 Estruturas básicas de uma vértebra A vértebra apresenta anteriormente o CORPO VERTEBRAL para sustentar o peso do tronco. O corpo vertebral é pequeno na vértebra cervical e aumenta à medida que o analisamos em vértebras mais baixas como as vértebras lombares. O corpo vertebral atinge o seu maior tamanho nas vértebras lombares. FORAME VERTEBRAL é um orifício da vértebra por onde atravessa a medula espinhal. A medula espinhal está no interior do canal vertebral (formado pela união de todos os forames vertebrais). Os nervos espinhais, que são prolongamentos da medula espinhal, saem do canal vertebral pelos forames intervertebrais. Os forames intervertebrais são laterais na coluna vertebral. Vários prolongamentos ósseos chamados de PROCESSOS projetam-se da vértebra em várias direções. Alguns destes são importantes pois são utilizados como área de inserção muscular, como por exemplo, os processos transversos e o processo espinhoso. Outros são utilizados para unir as vértebras como os processos articulares superior e inferior. 4.2. Características da Região Cervical A região cervical é formada por 7 vértebras e sua curvatura é uma lordose. As vértebras cervicais apresentam características em comum, como por exemplo: 1-a - Processo espinhoso bipartido. 1-b - Corpo vertebral pequeno. 1-c - Forame vertebral amplo. OBS: Estas características não são compartilhadas somente pela 1ª, 2ª e 7ª vértebras cervicais (vértebras atípicas). 1ª vértebra cervical – ATLAS: É a única vértebra que não possui corpo vertebral e no lugar do corpo está o arco anterior do atlas. Os processos articulares superiores articulam-se com Prof. Maxwell Almeida 28 os côndilos do osso occipital (superiormente) e os processos articulares inferiores articulam-se com os processos articulares superiores do áxis (inferiormente). Por fim, o atlas articula-se mais uma vez com o áxis através de seu arco anterior que se prende com o dente do áxis. 2ª vértebra cervical – ÁXIS: A grande diferença do áxis para as outras vértebras é o dente do áxis. Este processo ósseo projeta-se para cima a partir do corpo do áxis para articular com o arco anterior do atlas. Os movimentos de rotação lateral da cabeça são realizados principalmente nesta articulação (atlanto-axial). 7ª vértebra cervical – PROEMINENTE: A última vértebra da região cervical diferencia-se das outras por apresentar um processo espinhoso muito longo. Uma proeminência é formada no pescoço posteriormente por este processo espinhoso. 4.3. Características da Região Torácica: A região torácica é formada por 12 vértebras formando uma curvatura com concavidade para frente, ou seja, uma cifose. As principais características de uma vértebra torácica são: 2-a - Processo espinhoso longo e vertical. 2-b - Fóveas costais. As fóveas representam os pontos de contato das costelas com as vértebras. Elas são encontradas somente nas vértebras torácicas pois somente no tórax encontramos costelas. 4.4. Características da Região Lombar: A região lombar possui 5 vértebras e uma lordose. As vértebras da região lombar são adaptadas para suportar grande peso do tronco. As principais características de suas vértebras são: 3-a - Corpo vertebral grande. 3-b - Processo espinhoso quadrilátero. Prof. Maxwell Almeida 29 3-c - Forame vertebral estreito. O corpo vertebral é grande pois o peso do corpo nesta região é bastante intenso. Este peso é apoiado principalmente no corpo das vértebras. O forame vertebral é estreitado porque a medula espinal é estreitada nesta região. A medula espinhal tem seu calibre maior nas regiões mais elevadas do canal vertebral, porém a medula espinhal diminui de calibre à medida que emite seus nervos espinhais. Nas regiões inferiores do corpo (região lombar) a medula é mais estreita e os forames por onde ela atravessa são também menores. 4.5. Características da Região Sacra O sacro é o único osso desta região da coluna vertebral. Ele é formado pela fusão de cinco vértebras. O9 processo de ossificação inicia-se no segundo mês da vida fetal e termina somente por volta dos trinta anos. O sacro tem a forma triangular, com a base do triângulo para cima e o ápice inferiormente. Na base encontramos uma borda óssea chamada de promontório. Este representa a porção mais anterior do sacro. Lateralmente ao promontório o sacro alarga-se formando as asas sacrais. As asas encontram-se com o ílio formando a articulação sacro-ilíaca. O sacro é atravessado pelo canal sacral. 4.6. Características da Região Coccígea O cóccix é o remanescente da cauda observada em outros animais. É formado por um número variável de três a cinco vértebras rudimentares. Prof. Maxwell Almeida 30 Prof. Maxwell Almeida 31 Prof. Maxwell Almeida 32 Prof. Maxwell Almeida 33 Prof. Maxwell Almeida 34 Prof. Maxwell Almeida 35 5. OSSOS DO TÓRAX: O tórax é formado pelo ESTERNO, pelas COSTELAS e VÉRTEBRAS TORÁCICAS. 5.1. Esterno O esterno possui três divisões: manúbrio, corpo e processo xifóide. O manúbrio é a porção superior do esterno, articula-se lateralmente com as clavículas. O corpo do esterno é a maior porção do esterno, articula-se superiormente com o manúbrio e inferiormente com o processo xifóide. O corpo do esterno se unelateralmente com as costelas através das incisuras costais. O processo xifóide é a menor e mais inferior das porções do esterno. 5.2. Costelas As costelas são ossos que protegem as vísceras intra-torácicas. Existem 12 costelas a cada lado, sendo que estas se articulam anteriormente com o esterno e posteriormente com as vértebras torácicas. As costelas são divididas em três categorias de acordo com sua relação com o esterno: COSTELAS VERDADEIRAS: são as sete primeiras costelas pois possuem uma inserção direta com o esterno. COSTELAS FALSAS: são costelas que não apresentam uma inserção direta com o esterno. Articulam-se com o esterno indiretamente através da cartilagem costal da sétima costela. A oitava, a nona e a décima costela são chamadas de falsas. COSTELAS FLUTUANTES: as costelas flutuantes em nenhum momento articulam-se com o esterno. São as duas últimas costelas (décima primeira e décima segunda). Prof. Maxwell Almeida 36 Prof. Maxwell Almeida 37 Prof. Maxwell Almeida 38 6. OSSOS DO MEMBRO SUPERIOR A cintura escapular é formada por dois ossos: clavícula e escápula. Estes dois ossos unem os ossos próprios dos membros superiores com os ossos do tronco, ou seja, os membros superiores prendem-se ao tronco indiretamente através do cíngulo superior. 6.1. Clavícula A clavícula é um osso longo, articula-se medialmente com o esterno e lateralmente com a escápula. A posição da clavícula é superior e anterior ao tórax. 6.2. Escápula A escápula é triangular, está localizada na região posterior-superior do tórax e é separada das costelas por músculos. A escápula apresenta um movimento bastante livre e acompanha os membros superiores em todos os seus movimentos. A face posterior é marcada por uma crista óssea chamada espinha da escápula que separa a fossa supra-espinal da fossa infra-espinal. A continuação da espinha da escápula lateralmente é chamada de acrômio. O acrômio é a porção mais alta e lateral da escápula. Abaixo e anteriormente ao acrômio está o processo coracóide. Inferiormente ao acrômio e ao processo coracóide encontra-se a cavidade glenoidal, que é o local de contato com o úmero. 6.3 Úmero O úmero é um osso longo, possui duas extremidades, uma proximal e outra distal A extremidade proximal (no ombro) é formada pela cabeça do úmero e pelos tubérculos maior e menor. A cabeça do úmero tem a forma esferóide e encontra-se com a cavidade glenoidal da escápula para formar a articulação do ombro (escápulo-umeral). Os Prof. Maxwell Almeida 39 tubérculos são estruturas ósseas laterais da extremidade proximal do úmero e servem para inserção de vários músculos. A extremidade distal do úmero está próximo ao cotovelo e possui acidentes ósseos adaptados para formar a articulação do cotovelo com os dois ossos do antebraço (rádio e ulna). Nesta extremidade estão os epicôndilos lateral e medial que são palpáveis facilmente através da pele. 6.4. Rádio O antebraço é formado por dois ossos, o rádio e a ulna. O rádio é lateral em relação a ulna, articula-se proximalmente com o úmero (articulação do cotovelo) e distalmente com os ossos do carpo (articulação do punho). A extremidade proximal do rádio é marcada por um acidente ósseo com forma circular denominado cabeça do rádio. A extremidade distal possui uma projeção denominada processo estilóide. 6.5. Ulna A ulna é medial ao rádio. Na extremidade proximal a ulna articula-se com o úmero e na extremidade distal com o rádio. Note que a extremidade distal não contribui na formação da articulação do punho. O punho é formado pela união do rádio com os ossos do carpo. A extremidade proximal da ulna apresenta o olécrano e a extremidade distal é formada pela cabeça e pelo processo estilóide. 6.6. Ossos da mão Os ossos da mão podem ser divididos em três regiões: carpo (ossos do punho), metacarpos (ossos próprios da mão) e falanges (ossos dos dedos ). Prof. Maxwell Almeida 40 Prof. Maxwell Almeida 41 Prof. Maxwell Almeida 42 Prof. Maxwell Almeida 43 Prof. Maxwell Almeida 44 Prof. Maxwell Almeida 45 Prof. Maxwell Almeida 46 7. OSSOS DO MEMBRO INFERIOR A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril. Eles se unem anteriormente na sínfise púbica e posteriormente com o sacro formando a pelve. Lateralmente o quadril articula-se com o fêmur pelo acetábulo, transmitindo o peso da coluna vertebral (sacro) para o membro inferior (fêmur) pela região do acetábulo. Cada osso do quadril é formado por três ossos: ílio, ísquio e púbis. Até a puberdade os ossos do quadril estão separados por cartilagens, após esta fase os ossos se fundem na região do acetábulo porém mantendo os nomes originais (ílio, ísquio e púbis). O ílio é o mais superior dos três, o púbis é ântero- inferior e o ísquio póstero-inferior. OSSOS: 1 – ÍLIO: O ílio possui uma crista superiormente (crista ilíaca) onde se prendem os músculos do abdome. Anteriormente à crista ilíaca está a espinha ilíaca ântero-superior. A espinha ilíaca ântero-superior (E.I.A.S.) é proeminente e palpável. Ela é utilizada para se aferir o comprimento do membro inferior. 2 – ÍSQUIO: O ísquio é o mais baixo dos três ossos, entra em contato com o assento quando a pessoa está sentada. Esta região do osso chama-se tuberosidade isquiática. Os músculos posteriores da coxa prendem-se nesta tuberosidade. 3 – PÚBIS: O púbis é o osso mais anterior e articula-se com o púbis do outro lado pela articulação chamada sínfise púbica. 4 – ACETÁBULO: O acetábulo é descrito separadamente pois é formado pela união dos três ossos (púbis, ísquio e ílio). O fêmur articula-se com o quadril através do acetábulo. 7.1. Fêmur O fêmur é o osso mais longo do corpo humano, articula-se superiormente com o acetábulo e inferiormente com a tíbia e com a patela. Como todo osso Prof. Maxwell Almeida 47 do tipo longo, o fêmur apresenta uma extremidade proximal e outra distal. A extremidade proximal do fêmur é formada pela cabeça do fêmur que possui uma forma esferóide e articula-se com o acetábulo (articulação do quadril). O colo do fêmur é lateral à cabeça do fêmur, apresenta freqüentemente fraturas devido ao seu pequeno diâmetro e por ser uma área que trabalha suportando muito peso. Com a menopausa há reabsorção e fragilidade óssea nesta região. Dois grandes pontos de fixação para vários músculos que atuam na articulação do quadril estão laterais ao colo do fêmur, são o trocanter maior e trocanter menor. A extremidade distal do fêmur que se apóia sobre a tíbia é composta pelos côndilos medial e lateral. O peso do corpo é transmitido dos côndilos femorais para os côndilos tibiais. Os côndilos são convexos e adaptados a movimentos de flexão e extensão do joelho. 7.2. Patela A patela é um osso sesamóide localizado anteriormente ao joelho, possui uma base (superiormente) e um ápice (inferiormente).Na base da patela se insere o tendão do músculo quadríceps, este traciona a patela para cima durante o movimento de extensão do joelho. O ápice da patela se prende com a tuberosidade da tíbia através do ligamento patelar. É desta forma que o músculo quadríceps realiza a extensão do joelho, tracionando a patela para cima que movimenta a tuberosidade da tíbia para frente. 7.3. Tíbia A tíbia é o osso medial da perna e articula-se superiormente com o fêmur. A tíbia é mais resistente que a fíbula pois sustenta o peso do corpoque é transmitido do fêmur para a tíbia. Na extremidade proximal da tíbia está a tuberosidade da tíbia, uma elevação anterior que é o local de inserção do ligamento patelar. Na extremidade distal está o maléolo medial que fortalece a articulação do tornozelo. Prof. Maxwell Almeida 48 7.4. Fíbula A fíbula é mais estreita que a tíbia, possui superiormente a cabeça da fíbula e inferiormente o maléolo lateral. Ela está localizada na perna lateralmente à tíbia. 7.5. Ossos do pé O esqueleto do pé é formado por três tipos de ossos: ossos do tarso (tornozelo), ossos do metatarso (pé) e falanges (ossos dos dedos). Prof. Maxwell Almeida 49 Prof. Maxwell Almeida 50 Prof. Maxwell Almeida 51 Prof. Maxwell Almeida 52 Prof. Maxwell Almeida 53 Prof. Maxwell Almeida 54 Prof. Maxwell Almeida 55 8. INTRODUÇÃO A ARTROLOGIA 8.1. Movimentos articulares Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Adução : movimento na direção do plano mediano em um plano coronal. Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal. Rotação: virar ou girar uma parte do corpo em torno de seu eixo longitudinal. Rotação Medial traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano. Rotação Lateral leva a face anterior para longe do plano mediano. Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro. Retração: movimento para trás como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro. Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente. Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente. Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido. Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido. Dorsiflexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo. Plantiflexão (flexão plantar): Prof. Maxwell Almeida 56 Dobra o pé ou os dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos. Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica. Elevação : elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros. Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros. Oclusão: movimento de aproximação da arcada dental superior (maxila) com a arcada dental inferior (mandibula). Abertura: movimento de afastamento da arcada dental superior (maxila) com a arcada dental inferior (mandibula). Circundução: é o movimento no qual uma parte do corpo descreve um cone cujo o vértice está na articulação e a base na extremidade distal da parte. Ocorre em articulações triaxiais e biaxiais. Hiperextensão: O movimento ultrapassa a posição anatômica. Prof. Maxwell Almeida 57 8.2. Planos de delimitação Anterior ou Ventral Posterior ou Dorsal Superior ou Cranial Inferior ou Podálico Lateral 8.3. Planos de secção SAGITAL OU MEDIANO Divide o corpo em 2 partes (Direito e Esquerdo) FRONTAL OU CORONAL Divide o corpo em 2 partes diferentes (Anterior e Posterior) TRANSVERSAL OU HORIZONTAL Divide o corpo em 2 partes diferentes (Superior e Inferior) 8.4. Eixos de movimento LÁTERO LATERAL Cruza os lados direito e esquerdo, orientando os movimentos de Flexão e Extensão, perpendicular ao Plano Sagital ÂNTERO POSTERIOR Cruza as partes anterior e posterior, orientando os movimentos de Abdução e Adução, perpendicular ao Plano Frontal Prof. Maxwell Almeida 58 LONGITUDINAL OU CRÂNIO PODÁLICO Cruza as partes superior e inferior, orientando os movimentos de Rotação Medial e Rotação Lateral, perpendicular ao Plano Horizontal ou Transversal Observações: O eixo junta as duas metades que o plano separou. O eixo é sempre perpendicular ao plano. Plano é a descrição da trajetória e o eixo é o ponto em torno do qual ocorre o movimento. 8.5. Artrologia É a união de duas ou mais estruturas que podem ser ossos, cartilagens ou tecido fibroso. Esta união pode ou não permitir movimento livre, de acordo com o tipo de tecido e as características próprias das articulações. Os tecidos que conectam as articulações apresentam diferentes características, as superfícies articulares diferentes formas, logo existirão diferentes critérios de classificação. As articulações são comumente afetadas em problemas traumato-ortopédicos e reumatológicos como: entorses, luxações, artrite reumatóide, gota, etc. Devido ás variedades histológicas e morfológicas das articulações encontraremos grandes diferenças quanto a funcionabilidade, porém todas relacionadas quanto a mobilidade, flexibilidade e compressibilidade dessas estruturas. As articulações como um todo se dividem quanto ao tipo de tecido e quanto ao grau de movimento permitido pela articulação. Prof. Maxwell Almeida 59 8.6. Tipos de articulações Articulações quanto ao tipo de tecido são divididas em 3 tipos: 1 -FIBROSAS ou SINARTROSE (Syn = junto com; Arthron = articulação) Articulação Imóvel Fibrosas: as fibras que se interpõe formando estas articulações são compostas de tecido conjuntivo fibroso. Além disso estas articulações se subdividem em: Suturas; Sindesmose e Gonfose; Suturas: as fibras que interpõe esta articulação são fibras curtas. Sindesmose: as fibras que interpõe esta articulação são fibras longas. Gonfose: além da característica desta articulação que é por ser formada de fibras curtas esta se destaca por ter um processo cônico entre o dente e o alvéolo dental. Ossos mantidos juntos firmemente por tecido conjuntivo fibroso Articulações imóveis Três tipos principais, classificados pelo comprimento das fibras que unem os ossos: Sutura – Fibras de conexão curtas, formando interdigitações (somente entre os ossos do crânio) Suturas Sindesmose – Fibras de conexão mais longas, formando bandas ou faixas (Entre corpo de rádio/ulna e tíbia/fíbula) Prof. Maxwell Almeida 60 Membrana interóssea, formando a sindesmose tíbio- fibular Gonfose é um termo de anatomia para a articulação específica entre os dentes e seus receptáculos, os alvéolos dentários. Este tipo de articulação fibrosa serve para fixar os dentes em seus alvéolos dentários e praticamente não permite movimentos, exceto quando durante a troca de dentes em crianças, quando enfraquecida no idoso ou caso doenças enfraqueçam essa articulação. 2 - CARTILAGINOSAS ou ANFIARTROSE (Amphi = de ambos os lados; Arthron = articulação) Articulação Semimóvel Cartilaginosas: as fibras que se interpõe formando estas articulações são Prof. Maxwell Almeida 61 compostas de cartilagem hialinae cartilagem fibrosa. Estas articulações se subdividem em: Sínfise e Sincondrose. Ossos unidos por cartilagem que permitem movimentos limitados. Sincondroses – Ossos são mantidos juntos por cartilagem hialina. . Temporária – A cartilagem é substituída por osso (epífises dos ossos longos) . Permanente – A cartilagem permanece inalterada (as dez primeiras costelas e suas cartilagens costais) Sincondrose Permanente: Cartilagens costais Sincondrose Temporária: Prof. Maxwell Almeida 62 Sínfises – Superfícies articulares dos ossos cobertas por fibrocartilagem ou cartilagem fibrosa (união entre os ossos púbicos e as articulações entre corpos vertebrais adjacentes) Disco Intervertebral 3 - SINOVIAIS ou DIARTROSE (Diarthrosis = articulação móvel) Articulação Móvel - Sinoviais: a principal característica das articulações sinoviais é que estas apresentam cápsula articular sendo esta cápsula composta de cartilagem articular, membrana sinovial e líquido sinovial. Movimentam-se livremente, sendo limitado somente por ligamentos, músculos, tendões e ossos adjacentes. Prof. Maxwell Almeida 63 Características das articulações sinoviais . Cápsula Articular Membrana dupla que envolve e encerra a articulação . Cartilagem articular Fina camada de cartilagem hialina que cobre a superfície articular lisa dos ossos . Membrana Sinovial Camada mais interna da cápsula articular . Liquido Sinovial Produzido pela membrana sinovial, é responsável pela nutrição das cartilagens articulares e pela lubrificação das superfícies articulares . Ligamentos Estrutura de tecido conjuntivo denso com a função de unir ossos, permitir e limitar o movimento Prof. Maxwell Almeida 64 Tipos de articulações sinoviais Plana (não axial) – possui superfícies articulares planas ou ligeiramente curvas (ossos do carpo, esterno-clavicular, acrômio-clavicular, sacro-ilíaca) Trocóide ou Pivô (uni- axial) – uma superfície articular se articula com um pivô (art. atlanto-axial, rádio- ulnar proximal) Condilar ou Elipsóide (bi-axial) – uma superfície articular é côncava, a outra convexa (art. rádio-cárpica, do joelho, úmero-radial) Prof. Maxwell Almeida 65 Gínglimo ou Dobradiça (uni-axial) – uma superfície articular se une a outra em forma de dobradiça (art. úmero- ulnar) Esferóide ou Esférica (tri-axial) – uma superfície articular é esférica e a outra é uma cavidade (art. gleno- umeral, coxo-femural) Selar (bi-axial) – a superfície articular é convexa e côncava ao mesmo tempo (art. carpo- metacarpiana do polegar – é a única articulação deste tipo) Prof. Maxwell Almeida 66 9. MIOLOGIA 9.1. Tipos de músculos Músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento e/ou alongamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas (contração / relaxamento). Constituem a parte ativa do movimento. Tipos: Muscular estriado esquelético: contração vigorosa, rápida e voluntária; Muscular estriado cardíaco: contração vigorosa, rítmica e involuntária; Muscular liso: contração lenta e involuntária. Prof. Maxwell Almeida 67 9.2. Componentes Anatômicos de Tecido Conjuntivo dos músculos esqueléticos O Ventre muscular é a parte contrátil do músculo, é altamente vascularizado, e é composto da seguinte forma: Epimísio é a camada mais externa de tecido conjuntivo, circundando todo o músculo. Perimísio circunda grupos de 10 a 100 ou mais fibras musculares individuais, separando-as em feixes chamados fascículos. Os fascículos podem ser vistos a olho nu. Endomísio é um fino revestimento de tecido conjuntivo que penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individuais de seus vizinhos. Prof. Maxwell Almeida 68 Obs: Os músculos estriados esqueléticos são responsáveis pelos movimentos. O Músculo estriado esquelético é fixo as estruturas por meio de tendões ou aponeuroses. O tendão caracteriza-se por ser estreito e, geralmente, circular. A aponeurose é longa e fina. A fáscia envolve o músculo como um todo, permitindo deslizamento e auxiliando a nutrição. Tônus Muscular: é o estado de tensão elástica (ou contração leve mantida) que apresentam os músculos em repouso (no momento em que eles não são usados). Este estado de tensão permite começar o movimento imediatamente após receber os impulsos nervosos cerebrais Trofismo: corresponde ao volume de massa muscular existente no corpo. Em algumas regiões, conforme os estímulos e o uso, podemos ter aumento de massa muscular, ou seja "hipertrofia muscular". Para finalizar: consequentemente, um aumento da força muscular, graças à essa quantidade aumentada do volume muscular. Quando negligenciamos algum músculo e o usamos pouco perdemos massa muscular, ou seja, temos um quadro de "hipotrofia". Fadiga muscular: incapacidade gerar e manter a força requerida ou esperada de contração muscular ou a diminuição da força muscular decorrente do exercício Prof. Maxwell Almeida 69 de alta intensidade e de curta duração ou sub-máximo e de longa duração é conhecida como fadiga. Tremor muscular: contrações musculares assincronicas Paralisia muscular (plegia): incapacidade de contração muscular Paresia muscular: diminuição da força muscular Fasciculaçâo: ativação espontânea de uma única unidade motora Fibrilação: ativação espontânea de uma única fibra muscular 9.3. Funções dos músculos esqueléticos: Força para a locomoção e respiração; Força para a sustentação corporal (postura); Produção de calor durante períodos de exposição ao frio; Movimento de substâncias dentro do corpo; Regulação do volume dos órgãos. 9.4. Tipos de contrações musculares 1 - ISOTÔNICA (Contração em que o esforço muscular é constante através de toda a excursão muscular.) a) Concêntrica; Contração em que ocorre um encurtamento muscular. Onde a potência ou a força do músculo prevalece sobre a resistência (Peso adicionado e/ou gravidade). b) Excêntrica; Contração em que se observa um alongamento muscular. Onde a resistência (peso adicional e/ou gravidade) prevalece sobre a potência ou força do músculo, ocorre o movimento de freada. Prof. Maxwell Almeida 70 Contração Isotônica Também conhecida por contração dinâmica, é a contração muscular que provoca um movimento articular. Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. A contração isotônica divide-se em dois tipos: concêntrica e Excêntrica. Concêntrica: ocorre quando ao realizar um movimento o músculo aproxima suas inserções, com encurtamento de seu ventre muscular. Excêntrica: ocorre quando ao realizar o movimento o músculo alonga-se, ou seja, as inserções se afastam, com aumento do comprimento de seu ventre muscular. Vantagens: - mais motivador - contração em toda a amplitude de movimento - aumenta a resistência muscular - aumenta a força muscular Desvantagens: - não é seguro se houver dor - mensuração imprecisa - dor tardia a contração excêntrica - maior sobrecarga onde o músculo é mecanicamente mais fraco 2 - ISOMÉTRICA – ausência de movimento articular observável. Prof. Maxwell Almeida 71Manutenção do mesmo comprimento muscular. Quando o músculo se contrai produzindo força sem nenhuma alteração macroscópica no ângulo da articulação. Contração Isométrica Também conhecida por contração estática, é a contração muscular que não provoca movimento ou deslocamento articular, sendo que o músculo exerce um trabalho estático. Não há alteração no comprimento do músculo, mas sim um aumento na tensão máxima do mesmo. Vantagens: - aumento da força muscular estática - utilização precoce na reabilitação - auxilia no retardo das hipotrofias por desuso - fácil execução - pode parar em alguns pontos onde o torque é maior Desvantagens: - execução monótona - não aumenta a resistência ou potência - não melhora a performance Prof. Maxwell Almeida 72 9.5. Classificação funcional dos músculos Agonista Músculo ou grupo muscular que ao contrair-se é considerado o principal músculo responsável pelo movimento articular ou pela manutenção de uma determinada postura. Movente para as ações articulares resultantes. Sempre se contrai ativamente para produzir uma contração concêntrica, isométrica ou excêntrica. Trabalha em prol do movimento desejado. Antagonista Músculo que possui ação oposta a do agonista. Normalmente não está se contraindo e não auxilia ou resiste ao movimento, mas que se alonga ou encurta passivamente para permitir que ele ocorra. Sinergista Músculo que se contrai ao mesmo tempo que o músculo agonista, ou seja, é um musculo que ancora, firme ou sustenta um osso afim de que outro musculo ativo possa ter uma base firme sobre a qual traciona. Atua neutralizando uma ação indesejada por outros músculos ativos. Se contrai ao mesmo tempo que o agonista, sua ação é sempre isométrica. a) Sinergista auxiliar Ocorre durante a ação de 2 músculos que compartilham uma ação articular e tem uma 2ª ação antagonista a do outro. Quando esses músculos se contraem simultaneamente, eles atuam juntos para produzir ação comum desejada e atuam como sinergistas auxiliadores um do outro porque neutralizam a ação secundária indesejável. Ex: Deltóide anterior e posterior Oblíquo direito e esquerdo b) Sinergista verdadeiro Ocorre quando um músculo se contrai estaticamente para impedir qualquer ação numa das articulações atravessadas para um músculo biarticular em contração. Prof. Maxwell Almeida 73 Ex: Agonista: flexor superficial e profundo dos dedos. Antagonista: Extensor dos dedos Sinergista verdadeiro: Extensores do punho e metacarpo-falangeanas 9.6. Músculos da cabeça Levantador do Lábio Superior: Origem: Margem inferior da órbita acima do forame infra-orbital, maxila e zigomático Inserção: Substância muscular do lábio superior e asa do nariz Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Levanta o lábio superior e leva-o um pouco para frente Zigomático Menor: Origem: Superfície malar do osso zigomático Inserção: Lábio superior (entre o levantador do lábio superior e o zigomático maior Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Auxilia na elevação do lábio superior e acentua o sulco nasolabial Zigomático Maior: Origem: Superfície malar do osso zigomático Inserção: Ângulo da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada) Risório: Origem: Fáscia do masseter Inserção: Pele no ângulo da boca Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado) Depressor do Lábio Inferior: Origem: Linha oblíqua da mandíbula Prof. Maxwell Almeida 74 Inserção: Tegumento do lábio inferior Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia) Mentoniano: Origem: Fossa incisiva da mandíbula Inserção: Tegumento do queixo Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial Ação: Eleva e projeta para fora o lábio superior e enruga a pele do queixo Orbicular da Boca: Origem: Parte marginal e parte labial Inserção: Rima da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Fechamento direto dos lábios Bucinador: Importante músculo acessório na mastigação, mantendo o alimento sob a pressão direta dos dentes. Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula Inserção: Ângulo da boca Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para assobiar e soprar Prócero: Origem: Fáscia que reveste a parte mais inferior do osso nasal e a parte superior da cartilagem nasal lateral Inserção: Pele da parte mais inferior da fronte entre as duas sobrancelhas Inervação: Ramos bucais do nervo facial Ação: Traciona para baixo o ângulo medial da sobrancelha e origina as rugas transversais sobre a raiz do nariz Orbicular do Olho: Este músculo contorna toda a circunferência da órbita. Divide-se em três porções: palpebral, orbital e lacrimal. Prof. Maxwell Almeida 75 Origem: Parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal da maxila, crista lacrimal posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do ligamento palpebral medial (porção palpebral) Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial Ação: Fechamento ativo das pálpebras Corrugador do Supercílio: Origem: Extremidade medial do arco superciliar Inserção: Superfície profunda da pele Inervação: Ramos temporal e zigomáticas do nervo facial Ação: Traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais na fronte. Músculos da expressão de sofrimento. Músculos da Face Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 76 É responsável pelos movimentos da mandíbula (fonação, mastigação). Articulação: Fossa mandibular do osso temporal e cabeça do côndilo da mandíbula. Principais Movimentos: Oclusão - Contato dos dentes da arcada superior com a arcada inferior. Protrusão - Deslocamento anterior da mandíbula. Retrusão - Deslocamento posterior da mandíbula em direção ao osso temporal. Músculos da ATM Temporal: Passa medialmente ao arco zigomático. Origem: Face externa do temporal (escama), face interna do arco zigomático Inserção: Processo coronoide e face anterior do ramo da mandíbula Inervação: Nervo temporal (ramo mandibular do nervo trigêmio - 5º par craniano) Ação: Contração Unilateral - Lateralização contralateral Contração Bilateral - Oclusão e retrusão Masseter: É o músculo mais potente da mastigação. Origem: Borda externa do arco do zigomático Inserção: Face externa do ângulo da mandíbula Inervação: Nervo masseteriano (ramo do mandibular do nervo trigêmio - 5º par craniano) Ação: Oclusão e protrusão Pterigóideo Medial (Interno): Origem: Face medial da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide Inserção: Face interna do ângulo da mandíbula Inervação: Nervo do pterigoideo interno (ramo do nervo facial - 7º par craniano) Ação: Oclusão e protrusão Pterigóideo Lateral (Externo): Origem: Prof. Maxwell Almeida 77 Cabeça Inferior - Face lateral da lâmina lateral do processo pterigóide do osso esfenóide Cabeça Superior - Asa maior do esfenóide Inserção: Cabeça do côndilo da mandíbula e face anterior do discoarticular Inervação: Nervo do pterigoideo externo (ramo do mandibular do nervo trigêmio - 5º par craniano) Ação: Contração Unilateral - Lateralização da mandíbula contralateral Contração Bilateral - Abertura e protrusão da mandíbula Músculos da ATM - Masseter e Temporal Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 78 Músculos da ATM - Pterigóideos Lateral e Medial Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 9.7. Músculos do pescoço Os músculos do pescoço têm como função principal mover a cabeça e o osso hióide. Os que se encontram por detrás da coluna vertebral são chamados músculos da nuca e os demais são ditos músculos do pescoço propriamente dito e dividem-se em quatro regiões: Platisma ou Cutâneo do Pescoço: Origem: Camada profunda da derme da região mentoniana, borda inferior do corpo da mandíbula, comissura labial e linha oblíqua externa da mandíbula Inserção: Camada profunda da derme da região subclavicular e acromial Inervação: Nervo Facial (7º par craniano) Ação: Prof. Maxwell Almeida 79 Fixo Superior - Eleva a pele do tronco superior e forma rugas transversais do pescoço Fixo Inferior - Baixa a pele da região mandibular Esternocleidomastóideo: Origem: Processo mastóide e linha nucal superior Inserção: Face anterior do manúbrio do esterno, junto a borda superior e anterior do 1/3 medial da clavícula Inervação: Nervo Acessório (11º par craniano) e 2º e 3º nervos cervicais (plexo cervical) Ação: Fixo Superior - Ação inspiratória Fixo Inferior Contração Unilateral: Inclinação lateral e rotação com a face virada para o lado oposto Contração Bilateral: Flexão da cabeça Músculos do Pescoço - Vista Anterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 80 Músculos do Pescoço - Vista Lateral Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 9.8. Músculos do tronco O tórax se localiza na região superior do tronco, é definido anteriormente pelo osso esterno, lateralmente pelas costelas e posteriormente pela coluna vertebral. Peitoral Maior: Origem: 2/3 mediais da borda anterior da clavícula, face anterior do esterno, face externa da 1ª a 6ª cartilagens costais, 6ª a 7ª costelas e aponeurose abdominal Inserção: Tubérculo maior do úmero (porção superior do lábio anterior do sulco intertubercular) Inervação: Nervo peitoral lateral e medial (C5, C6, C7, C8 e T1) Ação: Prof. Maxwell Almeida 81 Fixo no Tórax: Adução, rotação medial do braço, auxilia na abdução e flexão do braço até 90°. A porção esternal faz extensão e a porção clavicular faz flexão horizontal Fixo no Braço: Eleva tronco Peitoral Menor: Origem: Face externa da 2ª a 5ª costelas Inserção: Processo coracóide Inervação: Nervo do peitoral medial (C8 e T1) Ação: Fixo no Tórax: Deprime o ombro. Na escápula realiza rotação inferior, abdução e depressão Fixo na Escápula: Eleva costelas (ação inspiratória) Serrátil Anterior: Passa por baixo da escápula * Porção Superior Inserção: Ângulo superior da escápula Inserção Origem: Face externa da 1ª e 2ª costelas * Porção Média Inserção: Borda medial da escápula Inserção Origem:: Face externa da 2ª a 4ª costelas * Porção Inferior Inserção: Ângulo inferior da escápula Inserção Origem: Face externa da 5ª a 8ª costelas Inervação: 5º e 6º nervos cervicais e 8º e 9º intercostais Ação: Fixo na escápula: Ação inspiratória Fixo nas costelas: Abdução e rotação superior da escápula Região Costal Estes músculos estão localizados nos espaços intercostais (entre as costelas). Intercostais Externos (11 Pares): Origem: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais Ação: Eleva as costelas (Ação inspiratória) Prof. Maxwell Almeida 82 Intercostais Internos (11 Pares): Origem: Borda inferior da costela suprajacente (superior) Inserção: Borda superior da costela infrajacente (inferior) Inervação: Nervos intercostais Ação: Deprime as costelas (Ação expiratória) Os músculos intercostais internos e externos se cruzam em "X". As fibras dos intercostais externos se dirigem de superior para inferior e de posterior para anterior. Já as fibras dos intercostais internos se dirigem de superior para inferior e de anterior para posterior. Músculos do Tórax - Vista Anterior (Dissecação Superficial) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 83 Músculos do Tórax - Vista Anterior (Dissecação Profunda) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Músculos do Tórax - Vista Interna Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 84 Trapézio: Origem: Linha nucal superior, ligamento nucal, protuberância occipital externa até os processos espinhosos da C6 e processos espinhosos da C7 a T12 Inserção: 1/3 lateral da borda posterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula Inervação: Nervo acessório (11º par craniano) e Plexo Cervical (C3 e C4) Ação: Fixo na Coluna: Eleva o ombro e aduz as escápulas Fixo na Escápula: * Contração Unilateral: Inclina a cabeça para o mesmo lado, rodando o campo de visão para o lado oposto. Na escápula faz rotação superior, adução, elevação e depressão * Contração Bilateral: Extenção da cabeça Grande Dorsal ou Latíssimo do Dorso Origem: Processos espinhosos das 7 últimas vértebras dorsais e todas as lombares, crista do sacro, crista ilíaca e face externa das 4 últimas costelas Inserção: Sulco intertubercular do úmero Inervação: Nervo Toracodorsal (C6, C7 e C8) Ação: Adução, extenção e rotação medial do braço, baixa o ombro e auxilia na inspiração forçada Rombóide: Origem: Processos espinhosos da C7 à T5 Inserção: Borda medial e ângulo inferior da escápula Inervação: Nervo escapular dorsal (C4 e C5) Ação: Adução e rotação inferior da escápula e deprime o ombro O músculo rombóide pode ser subdividido em rombóide maior (processos espinhosos de T1 à T4 até a 2/3 inferiores da borda medial da escápula e ângulo inferior da escápula) e rombóide menor (processos espinhosos de C7 e T1 à 1/3 superior da borda medial da escápula) Prof. Maxwell Almeida 85 Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Superficial) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Músculos do Dorso - Vista Posterior (Camada Intermédia) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 86 Os músculos dessa região têm por função a proteção visceral, expiração, além de colaborar com os músculos do dorso nos movimentos do tronco e na manutenção da postura ereta. Reto Anterior do Abdômen: O Reto Anterior do Abdômen é um músculo poligástrico, ou seja, possui vários ventres, pois em seu trajeto apresenta três ou mais intersecções tendíneas. O músculo Reto Anterior do Abdômen está alojado num estojo aponeurótico formado pelos músculos Oblíquo Externo, Interno e Transverso do Abdômen. A aponeurosedirige-se até a região média. Origem: Face externa e borda inferior da 5ª à 7ª cartilagem costais e processo xifóide Inserção: Corpo do púbis e sínfise púbica Inervação: Ramos ventrais dos 6 últimos espinhais torácicos Ação: Fixo no tórax: Realiza retroversão (extensão) da pelve Fixo na pelve: Flete o tronco Aumento da pressão intra-abdominal (Expiração, Vômito, Defecação, Micção e no Parto). Oblíquo Externo do Abdômen: Suas fibras se dirigem obliquamente para baixo e para frente. Origem: Face externa das 8 últimas costelas e interdigita-se com os músculos Serrátil Anterior e Grande Dorsal Inserção: Crista íliaca, Espinha Ilíaca Ântero-Superior, púbis e linha alba Inervação: Ramos anteriores dos 4 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico (L1) Ação: Contração Unilateral: Rotação com tórax girando para o lado oposto Contração Bilateral: Flete o tronco e aumenta a pressão intra-abdominal Oblíquo Interno do Abdômen: Suas fibras se dirigem de baixo para cima e trás para frente. Prof. Maxwell Almeida 87 Origem: 3 últimas cartilagens costais, linha alba, púbis e eminência íleo- púbica Inserção: Espinha Ilíaca Ântero-Superior, 1/4 lateral do ligamento inguinal (arco crural) e crista ilíaca. Posteriormente, ele se insere nos processos espinhosos e transversos das últimas vértebras lombares Inervação: Ramos anteriores dos 6 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico (L1) Ação: Idem ao Oblíquo Externo, porém rota o tórax para o mesmo lado Os músculos Oblíquo Externo e Oblíquo Interno do abdômen trabalham conjuntamente em alguns movimentos. Exemplo: quando realizamos flexão e rotação do tronco para o lado direito, o Oblíquo Externo do lado esquerdo e o Oblíquo Interno do lado direito trabalham em conjunto. Transverso do Abdômen: É o músculo mais profundo da região ântero-lateral do abdômen. Suas fibras se dirigem horizontalmente no sentido posterior para anterior. Origem: Face interna e borda inferior das 6 últimas cartilagens costais, processo transverso das vértebras lombares, crista ilíaca e 1/4 lateral do ligamento inguinal Inserção: Linha alba e púbis Inervação: Ramos anteriores dos 6 últimos nervos espinhais torácicos e nervo ilioipogástrico (L1) Ação: Aumento da pressão intra-abdominal Prof. Maxwell Almeida 88 Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação Superficial) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Músculos do Abdômen - Vista Anterior (Dissecação Intermédia) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 89 9.9. Músculos do Membro Superior Deltóide: Origem: 2/3 laterais da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula Inserçãor: Tuberosidade deltoidea (1/2 da diáfise do úmero) Inervação: Nervo axilar (C5 e C6) Ação: Abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial e flexão e extensão horizontal do braço e fixa a articulação do ombro Redondo Maior (Passa internamente - entre costelas e úmero): Origem: Metade inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula Inserção: Sulco intertubercular Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6) Ação: Rotação medial, adução e extensão do braço e fixação da articulação do ombro Redondo Menor: Origem: Metade superior da borda lateral da escápula Inserção: Face inferior do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo axilar (C5 e C6) Ação: Rotação lateral do braço e fixação da articulação do ombro Infra-Espinhoso : Origem: Fossa infra-espinhosa Inserção: Faceta média do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6) Ação: Rotação lateral do braço, fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão horizontal do braço Supra-Espinhoso: Origem: Fossa supra-espinhosa Inserção: Faceta superior do tubérculo maior do úmero Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6) Prof. Maxwell Almeida 90 Ação: Auxilia o deltóide na abdução do braço (até aproximadamente 30°), auxilia na rotação lateral e fixa a articulação do ombro Subescapular: Origem: Borda medial e lateral da escápula e fossa subescapular (face anterior da escápula) Inserção: Tubérculo menor do úmero Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6) Ação: Rotação medial e fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão e abdução do braço MANGUITO ROTADOR: A função principal deste grupo é manter a cabeça do úmero contra a cavidade glenóide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente e deslocamentos indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e superior * SUPRA-ESPINHOSO * INFRA-ESPINHOSO * REDONDO MENOR * SUBESCAPULAR Prof. Maxwell Almeida 91 Músculos do Ombro - Vista Anterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Músculos do Ombro - Vista Posterior Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 92 Músculos do Ombro - Manguito Rotador Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Bíceps Braquial: Origem: Porção Longa (Lateral): Tubérculo supra-glenoidal Porção Curta (Medial): Processo coracóide (escápula) Inserção: Tuberosidade radial Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6) Ação: Flexão do cotovelo, supinação do antebraço, depressão do ombro e um pequeno movimento de abdução realizada pela porção longa Coracobraquial: Origem: Processo coracóide (escápula) Inserção: Face medial de 1/3 médio do úmero Inervação: Nervo musculocutâneo (C6 e C7) Ação: Flexão e adução do braço e deprime o ombro Prof. Maxwell Almeida 93 Braquial Anterior: Origem: Tuberosidade deltóidea e face anterior da metade inferior do úmero Inserção: Processo coronóide da ulna Inervação: Nervo musculocutâneo (C5 e C6) Ação: Flexão do cotovelo Região Posterior Tríceps Braquial: Origem: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal (único que fica na escápula) Porção Lateral: Face posterior do úmero (acima do sulco radial) Porção Medial: Face posterior do úmero (abaixo do sulco radial) Inserção: Olécrano (ulna) Inervação: Nervo radial (C7 e C8) Ação: Extensão do cotovelo e a porção longa faz adução do braço Prof. Maxwell Almeida 94 Músculos do Braço - Vista Anterior Dissecação Superficial Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Dissecação Profunda Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 95 Músculos do Braço - Vista Posterior Dissecação Superficial Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Dissecação Profunda Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Prof. Maxwell Almeida 96 Pronador Redondo: Origem: Epicôndilo medial do úmero e processo coronóide da ulna Inserção: Face lateral do 1/3 médio do rádio Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7) Ação: Pronação do antebraço Flexor Radial do Carpo: Origem: Epicôndilo medial do úmero (epitroclea) Inserção: Face anterior do 2º metacarpiano Inervação: Nervo Mediano (C6 e C7) Ação: Flexão do punho, rotação medial da mão e auxilia na
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