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Resumo Penal 1

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Direito penal objetivo e subjetivo
O Estado possui o monopólio de Jus Puniendi (direito de punir)–subjetivo (direito do estado de exercer o jus puniendi) 
O estado se autolimita e só exerce seu poder no marco do ordenamento jurídico – objetivo (direito escrito, fonte de informações é o Código Penal)
O jus puniendi não se realiza diretamente, se não por intermédio do processo - funcional 
Princípios Constitucionais Penais
	
Princípio da legalidade ou reserva legal (anterioridade): não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem previa cominação legal. A única fonte do direito penal e a lei penal.
Princípio da taxatividade: a norma penal deve ser clara, objetiva, fechada e taxativa, a lei deve escrever de maneira precisa para evitar expressões equivocadas, permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta. Esse princípio não está expresso em nenhuma normal legal, está fundamentando no princípio da legalidade. 
Principio da exclusiva proteção de bens jurídicos: apenas os bens jurídicos realmente relevantes para a vida em sociedade e que estão elencados na Constituição poderão ser resguardados pela intervenção penal. O legislador está impedido de criar crimes que não estão na constituição. 
Princípio da mínima intervenção ou última ratio: O direito penal só atua quando outros institutos do direito não atuam, e considerado como a última instancia.
-fragmentariedade: somente os bens jurídicos mais importantes são protegidos pelo direito penal, não é qualquer dano que atraem o direito penal 
-subsidiariedade: o direito penal só poderá ser encovado quando os outros ordenamentos jurídicos falarem, se mostrando insuficientes. 
Princípio da ofensividade ou lesividade (insignificância): só são passiveis de punição por parte do Estado as condutas que lesionem ou coloquem em perigo um bem jurídico penalmente tutelado. O direito penal deve se ocupar apenas a condutas que realmente geral um risco ou lesão ao bem. 
Princípio da culpabilidade (responsabilidade subjetiva: dolo ou culpa): E a legitimação para se punir, só é possível punir o imputável que conhece o caractere ilícito da conduta praticada. A responsabilidade é subjetiva derivada de um comportamento doloso ou culposo, pois se não houver dolo ou culpa não há responsabilidade.
Princípio da proporcionalidade ou da individualização da pena: a pena tem que ser proporcional a conduta, cada um responde pelos seus atos.
Princípio da vedação do bis in idem: um único fato não pode gerar dubla punição, o indivíduo não pode ser punido mais de uma vez por um único fato. A normal mais grave absorve a norma menos grave;
Lei e normal penal
Fontes do direito penal
Fontes formais/cognição 
Diretas ou imediata: as leis penais
Indiretas ou mediatas: analogia, costumes e principio gerais do direito – ocorre quando a lei não é suficiente recorrendo a estes
Fontes materiais/produção: Monopólio do congresso nacional que legislam a matéria penal. A lei penal e caracterizada pelo preceito primário (ordem) e pelo preceito secundário (sanção)
Estrutura e Classificação: Direito penal se divide em:
Comum: são os tipos penais (homicídio, roubo, furto, estupro)
Partes gerais: artigo 1 ao 120 – norma não incriminadora
1- Complementares: informa como aplicar e interceptar a normal penal
2-Explicativa: tem a finalidade de explicar um conteúdo de uma outra norma. 
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
 § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. 
3- Permissivas: justificam, autorizam a pratica de uma conduta que constitui crime (fato típico). Que são as excludentes de ilicitudes: estado de necessidade, legitima defesa, estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito. 
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. 
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Partes especial: artigo 121 ao 361 – norma incriminadora – descreve o crime e suas consequências (pena), são aquelas que definem a conduta criminosa e estabelece as respectivas sansões.
1- norma incriminadora proibitiva: se referem aos crimes praticados por ação contra norma e a favor da lei (ex: matar alguém)
2- norma incriminadora preceptiva: se referem aos crimes praticados por omissão.
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Especial: são as leis especiais, para especificações de determinado interess (droga, antiterrorismo, estatuto do desarmamento, crimes ambientais)
Características da lei penal
Imperatividade: todos sem distinção devem acatar a lei penal, impondo formas de conduta.
Exclusividade: somente a lei penal pode criar crimes e prever sanções 
Generalidade: a lei penal se dirige a todos indistintamente, inclusive aos imputáveis. A lei penal deve ser geral, evitando que ali se faça perseguição política.
Abstração: a lei penal aplica-se a fatos futuros.
Impessoalidade: o direito penal pune fatos e não pessoas. 
Formas de interpretação da normal penal 
1- Quanto ao sujeito: quem realiza a interpretação
-Autêntica: realizada pelo próprio legislador - operador do direito
-Doutrinária: realizada pelos estudiosos do direito penal – autor 
-Jurisprudencial: entendimento dado pelo judiciário – juízes/tribunais - súmulas vinculantes (entendimento sobre determinado assunto dado pelo tribunal superior)
2- Quanto aos meios: o meio utilizado 
-Gramatical: sentido literal, gramatical do texto e o que está escrito, aplicação fria da lei, o juiz não é livre para interpretar da maneira que quiser, ele está vinculado ao significado gramatical da norma.
-Lógica ou teleológica: valoração da intenção e o desejo da norma em sentido amplo, o interprete busca o que a norma quer de fato, devendo respeitar o alcance da norma.
3- Quanto ao resultado 
-Declarativa: resultado da interpretação da lei, o legislador não encontra dificuldades em interpretar e aplicar à pena, sem necessidade de restringir ou ampliar o significado da norma. O texto da lei retrata exatamente o que era sua vontade regular.
-Extensiva: aqui o legislador tem que estender o significado literal da normal, pois ela é muito restrita. O texto da lei diz menos do que era sua vontade regular 
-Restritiva: o resultado da interpretação vai além da forma gramatical, o interprete tem que restringir o significado literal da normal, pois ela e muito amplas. O texto legal diz mais do que era da vontade da lei regular.
Interpretação analógica e analogia
Analógica: constitui em revelar o conteúdo da lei, quando está utiliza expressões genéricas. Consiste em uma pesquisa da extensão da lei. O legislador descreve uma situação e autoriza o interprete a fazer uma interpretação analógica casuística para buscar situações similares dada pela norma 
Analogia: interpreta a normal e aplicada a uma situação não revista na lei, a analogia não é utilizada no direito penal em razão de segurança jurídica, salvo para beneficiar o réu (in bonam partem), pois se a conduta não está prevista o interprete não está autorizado a avançar com está conduta.
Aplicação da lei penal no tempo
Tempo do crime: Rege a teoria da atividade, pois ela da segurança jurídica, não podendo ser condenado por um crime que ainda vai ser consumar.
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado
Teorias:
Resultado: O tempo do crime é quando o resultado é produzido, ou seja, consumado.
Atividade: praticado o crime no momento da realização da conduta comissiva ou omissiva. Adotada no Brasil.
Ubiquidade: considera tanto o momento da conduta quando o momento do resultado.
Princípios da lei penal no tempo:
Legalidade no sentido de anterioridade: não a crime sem lei anterior que o defina 
Irretroatividade: a lei penal não retroagirá.
Retroatividade da lei mais benigna: retroagirá apenas se a lei nova beneficiar o réu.
Regra geral:
Tempus Regis Actum(o tempo rege o ato, no sentido de que os atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram) Porém, existem duas exceções possíveis que consistem na validade da lei a algo ocorrido anteriormente ao início de sua vigência (retroatividade) e futuramente à revogação da referida (ultratividade).Extra-atividade – lexmitior (lei melhor), realizada sempre em benefício do réu.
Retroatividade: possibilidade conferida a lei penal de retroagir no tempo, a fim de regular os fatos ocorridos anteriores a sua entrada em vigor. (lei retroage)
Ultratividade: ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante a sua vigência. A norma vai ultra-agir. A ultratividade pode ocorrer em situações passadas ou futuras. (lei ultragir)
Hipóteses de extra –atividade (suspensão de lei penal):
Abolitio criminis: uma lei nova deixa de considerar crime situação que anteriormente era considerado como tal. Isso gera a punibilidade do fato retroagindo por ser mais benéfica ao réu.
Novatio legis incriminadora: é a lei nova que torna incriminadora o fato que anteriormente não era incriminado. Não poderá ser aplicado a casos que ocorreram quando a prática não era incriminadora - irretroatividade 
Novatio legis in pejus : quando a lei nova e mais severa que a anterior. Também não retroage. Ex: feminicídio, quem mato mulher antes da lei responde por homicídio e não por feminicídio. 
Novatio legis in mellius: a lei nova mais favorável para o réu que a anterior , será sempre retroativa.
Crime permanente e crime continuado:
Crime permanente: é aquele crime que sua consumação se estende no tempo. Exemplo: sequestro.
Crime continuado: é quando o autor do crime o pratica diversas vezes em circunstancias parecidas, ele será condenado somente por ter cometido o crime apenas uma vez, porem sua continuidade agravara a pena 
Súmula 711 STF – lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Com outras palavras, esse enunciado diz que, se o crime estiver acontecendo e houver sucessão de leis no tempo, ao fato deve ser aplicada a lei correspondente ao momento do último ato de execução, ainda que a ocorrência do delito se prolongue por duração real (crime permanente, como o sequestro – art. 148, CP), por ficção jurídica (crime continuado, a exemplo de furtos assemelhados cometidos diariamente – art. 155, c/c o art. 71, C.) Incidirá a lei vigente ao tempo do final do fato, mesmo que seja mais gravosa para o autor.
Lei temporária e lei excepcional:
A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência - ultratividade
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
Lei Penal no Espaço
Princípios da lei penal no espaço:
Princípio da Territorialidade: a lei penal é aplicada a todos os crimes ocorridos dentro dos limites de seu território, independente da nacionalidade do agente, da vítima ou do bem jurídico lesado, respeitando os limites dos tratados, convenções e regras internacionais. Está ligado a soberania do Estado, pelo qual ele detém o monopólio do poder nos limites do seu território. 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
Princípio da defesa ou da proteção:estende a aplicação da lei para fora dos limites do território, se o bem lesado for de nacionalidade brasileira independente da nacionalidade do infrator será do interesse do estado, ex: Assalto ao banco do brasil em Londres
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes: 
contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil
Princípio da nacionalidade ou da personalidade: independentemente onde ocorreu o delito, o infrator de nacionalidade brasileira é exige que o mesmo cumpra a lei do seu país, mesmo estando no estrangeiro. 
-Personalidade ativa- quem come o ilícito penal
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes: 
b) praticados por brasileiro;
-Personalidade passiva- quem sofre a lesão ao bem jurídico tutelado 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
não foi pedida ou foi negada a extradição; 
houve requisição do Ministro da Justiça;
Princípio da universalidade ou cosmopolita: Através da cooperação entre os estados, permite a punição do agente por qualquer estado para crimes que forem objeto de tratados e convenção internacionais.
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
Princípio da representação ou da bandeira: é a competência subsidiaria. O brasil só julga se o outro país não julgar, para evitar que o crime não seja punido.
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes: 
 c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não
sejam julgados.
Território nacional: 
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Superfície terrestre 
Águas territoriais
Espaço aéreo
Por extensão: aeronaves e embarcações públicas e aeronaves e embarcações privados em alto mar.
Obs: A embaixada não é um território por extensão e sim território do local de onde eles estiverem instalados, mais há convenções em que delimita que aquele lugar é inviolado.
Lugar do crime:
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado
Teoria da atividade: considera lugar do crime o local que a conduta foi praticada
Teoria do resultado: considera lugar do crime o local onde o resultado se consumou
Teoria da ubiquidade ou misto: considera local do crime onde foi praticado a conduta (atividade) e a consumação (resultado). Adota no Brasil (é utilizado pelo fato que se o resultado for em outro país o Brasil poderá julgar e caso a atividade também aconteça em outro país o Brasil ponderar julgar da mesma forma.)
LU(lugar do crime – ubiquidade)TA(tempo do crime –atividade)
Extraterritorialidade:
Regra geral:territorialidade
Incondicionada: 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
 I - os crimes: 
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
Condicionada:
Princípio da universalidade
Princípio da personalidade ativa
Princípio da representação
Princípio da personalidade passiva
 Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional; 
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça
 
Estrangeiro x Brasil 
Bis in idem: não pode se aplicar dupla punição pelo mesmo fato
- se as penas forem diferente o Brasil abrandará a pena, contando que já foi cumprida fora do pais 
-se as penas forem iguais o Brasil ira descontar o tempo
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Eficácia da sentença estrangeira: a soberania não é absoluta o Brasil reconhece como possível a eficácia da sentença estrangeira
 Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;    
II - sujeitá-lo a medida de segurança
 
Tipos de normas:
Quanto ao destinatário (normas gerais e normas individuais)
Em relação ao tempo (normas temporárias e normas permanentes) 
Quanto ao tempo (normas irretroatividade e normas retroativas) 
Em relação ao espaço (internacional / nacional/ municipal/ estadual) 
Classificação dos crimes
Relativo à conduta:
Crime comissivo: são aqueles que necessitam de uma ação positiva do agente (ex: matar alguém mediante disparos).
Crime omissivo: são aqueles em que pressupõem uma conduta negativa, uma abstenção da atividade, uma omissão.
- Omissivos próprios ou puros: é o que descreve a simples omissão de quem tinha o dever de agir Exemplo: omissão de socorro 
- Crime omissivo impróprio (ou comissivo por omissão) é o que exige do sujeito uma concreta atuação para impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. O omitemte e um garantidor. Exemplo: guia de cego que no exercício de sua profissão se descuida e não evita a morte da vítima que está diante de uma situação de perigo. O agente responde pelo crime omissivo impróprio porque não evitou o resultado que devia e podia ter evitado.

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