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G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1 Contabilidade Geral e Avançada Aula 05 6. Provisões. 7. Depreciação, Amortização e Exaustão. Conteúdo 6. Provisões ................................................................................................................................ 2 6.1. Provisões em Geral ......................................................................................................... 2 6.2. Provisões do Ativo........................................................................................................... 2 6.2.1. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado.......................................................... 3 6.2.1.1. Instrumentos financeiros, Direitos, Títulos de Crédito e Estoques.......... 3 6.2.1.1.1. Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda ou Mantidos para Negociação ................................................................................................................................. 3 6.2.1.1.2. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Demais Instrumentos Financeiros, Direitos e Títulos de Crédito ......................................................................... 5 6.2.1.1.3. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Estoques ............................ 6 6.2.2. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ou Provisão para Perdas com Créditos Incobráveis ou Provisão para Devedores Duvidosos.......................... 7 6.2.3. Investimentos Permanentes .................................................................................. 12 6.3. Provisões do Passivo .................................................................................................... 13 7. Depreciação, Amortização e Exaustão ....................................................................... 20 7.1. Critérios de Avaliação e Baixas das contas do Ativo – Imobilizado e Intangível.................................................................................................................................. 20 7.2. Depreciação..................................................................................................................... 21 7.2.1. Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha Reta............................................................................................................................................. 23 7.2.2. Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole ............................................ 24 7.2.3. Tipos de Depreciação ............................................................................................... 26 7.2.4. Alienação de Bens do Ativo Não Circulante Imobilizado............................... 27 7.2.5. Depreciação de Bens Adquiridos Usados ........................................................... 31 7.2.6. Pontos Importantes da Resolução CFC no 1.177/09 ...................................... 31 7.3. Amortização .................................................................................................................... 40 7.4. Exaustão........................................................................................................................... 42 7.4.1. Exaustão de Recursos Minerais............................................................................. 43 7.4.2. Exaustão de Recursos Florestais .......................................................................... 43 7.5. Memorize para a Prova................................................................................................ 48 7.6. Exercícios de Fixação .............................................................................................. 52 7.7. Resolução dos Exercícios de Fixação ................................................................. 65 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 2 Alguns alunos solicitaram, em meu curso de Raciocínio Lógico para Traumatizados, em andamento, que eu fizesse uma “pausa” de tempos em tempos, para que eles pudessem estudar mais a matéria, tendo em vista a grande quantidade de aulas e assuntos (o curso de Raciocínio Lógico para Traumatizados possui 25 aulas). Achei a prática salutar e vou adotá-la neste curso também, ou seja, como nosso curso possui 15 aulas, de cinco em cinco aulas, darei um intervalo de uma semana para que você possa estudar e “respirar” (risos). Portanto, como estamos na aula 5, após esta aula haverá um intervalo de uma semana e a aula 6 será disponibilizada no dia 30/07. O outro intervalo será após a aula 10. Acredito que, deste modo, seu rendimento será melhor. 6. Provisões 6.1. Provisões em Geral As provisões, normalmente, são valores estimados que cobrem perdas prováveis ou representam a existência de exigibilidades, cujos montantes podem ser previamente conhecidos e/ou calculados. As provisões são sempre contas de natureza CREDORA. 6.2. Provisões do Ativo As provisões do ativo figuram, no Balanço Patrimonial, como contas redutoras do Ativo e são constituídas debitando-se uma conta de “Despesa” e creditando-se uma conta patrimonial representante da respectiva provisão. Caso a perda seja consumada, deve-se debitar a conta da respectiva provisão e creditar a conta com base na qual ela foi constituída. Entretanto, se a perda não for consumada, o saldo da provisão será revertido para uma conta de “Receita” (a reversão da provisão poderá ser parcial ou total). Constituição da Provisão: Despesas com Provisão (Despesa) a Provisão (Ativo – Retificadora) Perda Consumada: Provisão (Ativo – Retificadora) a Conta com base na qual ela foi constituída (Ativo) Reversão da Provisão: Provisão (Ativo – Retificadora) a Reversão da Provisão (Receita) G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 3 As provisões do Ativo mais utilizadas são: - Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado; - Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa; - Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos. 6.2.1. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 6.2.1.1. Instrumentos financeiros, Direitos, Títulos de Crédito e Estoques Instrumento financeiro é qualquer contrato que origine um ativo financeiro para uma entidade ou um passivo financeiro ou título patrimonial para outra entidade. 6.2.1.1.1. Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda ou Mantidos para Negociação Nesse caso, não será constituída uma provisão para ajuste ao valor de mercado, pois haverá um ajuste diretamente em conta do patrimônio líquido ou em conta de resultado. Vejamos! De acordo com o inciso I do artigo 183 da Lei no 6.404/76, as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo, serão avaliadas: a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e De acordo com a Resolução no 1.199/09, do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou o IT 02 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação: Valor justo é o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes independentes com conhecimento do negócio e interesse em realizá-lo, em uma transação em que não há favorecidos.Ainda de acordo com a Resolução no 1.199/09: - O ganho ou a perda relativo a ativo financeiro disponível para venda deve ser reconhecido em conta específica no patrimônio líquido (ajustes de avaliação patrimonial) até o ativo ser baixado, exceto no caso de ganhos e perdas decorrentes de variação cambial e de perdas decorrentes de redução ao valor recuperável (impairment). - O ganho ou a perda relativo a ativo financeiro mantido para negociação (negociação imediata) deve ser reconhecido em conta de resultado. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 4 - No momento da baixa, o ganho ou a perda acumulado na conta específica do patrimônio líquido deve ser transferido para o resultado do período como ajuste de reclassificação. - Os dividendos de título patrimonial registrado como disponível para venda devem ser reconhecidos no resultado no momento em que é estabelecido o direito da entidade de recebê-los. Ou seja, resumindo, temos o seguinte: - Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda: ajustes na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial (ganho ou perda). - Instrumentos Financeiros Mantidos para Negociação: ajustes em contas de resultado (receita ou despesa). Exemplo: Em 11/07/20XX, a empresa J4M2 S/A adquire 1.000 ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce (VALE5) na bolsa de valores pelo valor de R$ 43,00. Suponha que o preço das referidas ações em 31/12/20XX é de R$ 42,00 e que a empresa J4M2 S/A vendeu as ações em 31/01/20XX+1 por R$ 44,00. Efetue os lançamentos necessários. Repare que as ações da Vale do Rio Doce, para a empresa J4M2, são instrumentos destinadas a negociação ou disponíveis para venda. Vamos considerar que, no momento da compra, as ações ficaram disponíveis para venda. Em 11/07/20XX: Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) a Bancos (Ativo Circulante) 43.000 (1000 ações x R$ 43,00 = R$ 43.000,00) Em 31/12/20XX Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 1.000 (*) (R$ 42.000,00 – R$ 43.000,00) (*) ATENÇÃO !!! Neste caso, após as alterações da Lei das S/A, se o valor de mercado das ações em 31/12/20XX fosse maior que o valor de aquisição, haveria lançamento a fazer. Suponha que o valor de mercado em 31/12/20XX fosse R$ 45,00. Lançamento: Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 2.000 Resultado em 20XX = Receitas – Despesas = 0 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 5 Em 31/01/20XX+1 Bancos (Ativo Circulante) a Receitas – Renda Variável (Receitas) 44.000 Despesa – Custo de Aplicação de Renda Variável (Despesa) a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 42.000 Despesa – Ajuste de Reclassificação (Despesa) a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 1.000 Resultado em 20X1 = Rec. – Desp. = 44.000 – 1.000 – 42.000 = 1.000 (*) Caso a empresa recebesse dividendos de R$ 2.000,00 em relação a essas ações, o lançamento seria: I – Distribuição dos dividendos pela Vale do Rio Doce: Dividendos a Receber (Ativo Circulante) a Receita de Dividendos (Receita) 2.000 II – Pagamento dos dividendos pela Vale do Rio Doce: Bancos (Ativo Circulante) a Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 2.000 6.2.1.1.2. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Demais Instrumentos Financeiros, Direitos e Títulos de Crédito De acordo com o inciso I do artigo 183 da Lei no 6.404/76, as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo, serão avaliadas: a) ... b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito. Portanto, no caso das demais aplicações, direitos e títulos de crédito, poderá haver uma provisão para ajuste ao valor de mercado. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 6 Exemplo: Suponha que, em 30/06/2010, a empresa J4M2 possuía um título a receber no valor de R$ 1.950,00, com vencimento em 15/07/2010, que sofria ajustes de acordo com IGP-M (Índice Geral de Preço do Mercado). Suponha ainda que o IGP-M de junho foi de -1% (houve uma deflação de 1%). Calcule a provisão para ajuste ao valor de mercado e faça os lançamentos necessários. A conta existente era: Títulos a Receber = R$ 1.950,00 Se o título a receber é ajustado pelo IGP-M e houve deflação de 1%, o valor a receber em 15/07/2010 será de: Valor a receber = 1.950 – 1% x 1.950 = 1.950 – 19,50 = R$ 1.930,50. Portanto, em 30/06/2010, faremos o seguinte lançamento: Despesas com Provisão (Despesa) a Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (Ativo Circulante – Retif.) 19,50 Por ocasião do pagamento do título pelo cliente: Diversos a Títulos a Receber (Ativo Circulante) Bancos (Ativo Circulante) 1.930,50 Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (AC – Retif.) 19,50 1.950 6.2.1.1.3. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Estoques De acordo com o inciso II do artigo 183 da Lei no 6.404/76, os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. Ou seja, caso o valor de aquisição seja menor que o valor de mercado, nenhuma provisão deverá ser feita. Caso contrário, ou seja, se o valor de aquisição seja maior que o valor de mercado, deverá ser feita uma Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado, que será retificadora da conta de Estoques. Exemplo: A Cia. J4M2 Ltda adquiriu, em 31/01/2009, mercadorias no valor de R$ 200.000,00. Suponha que, por ocasião do encerramento do exercício social da Cia. J4M2 Ltda, em 31/12/2009, o valor de mercado mercadorias era de R$ 170.000,00. Desconsidere a incidência de tributos na operação de compra. Efetue os lançamentos necessários. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 7 Na aquisição do investimento: Mercadorias (Ativo Circulante) a Bancos (Ativo Circulante) 200.000 Em 31/12/2009: A provisão deverá ser constituída no valor da diferença entre o custo de aquisição e o valor de mercado. Provisão para Ajustes ao Valor de Mercado = 200.000 – 170.000 = 30.000 Despesas com Provisões (Despesas) a Prov. para Ajuste a Valor de Mercado (Ativo Circulante – Retif.) 30.000 6.2.2. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ou Provisão para Perdas com Créditos Incobráveis ou Provisão para Devedores Duvidosos Corresponde ao valor provisionado ao final de cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes de não recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). O valor daprovisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado em estudos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre os valores dos direitos existentes na época do Balanço Patrimonial. Esta provisão é uma conta retificadora das contas “Clientes” ou “Duplicatas a Receber”. Lançamentos: Constituição da Provisão: Despesa com Provisões (Despesa) a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.) ATENÇÃO!!! A “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”, constituída no ano anterior, pode ter duas destinações: Perda Consumada: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.) a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) Reversão da Provisão: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.) a Reversão de Provisão (Receita) G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 8 Exemplo: A empresa Kaprisma Ltda, no encerramento do exercício social de 2006, apurou o saldo de Duplicatas a Receber no valor de R$ 50.000,00, constituindo uma Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa a uma taxa de 3%. Ao longo do exercício de 2007, foram consideradas incobráveis Duplicatas a Receber no valor de R$ 1.000,00. Efetue os lançamentos devidos: 1) Constituição da Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (31/12/2006): PCLD = 3% x 50.000 = 1.500 Despesas com Provisões (Despesa) a Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC-Retificadora) 1.500 2) Duplicatas a Receber incobráveis ao longo de 2007: Perda consumada Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC-Retificadora) a Duplicatas a Receber (AC) 1.000 3) No encerramento de 2007: Reversão da provisão Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC-Retificadora) a Reversão de Provisões (Receita) 500 Contudo, as bancas costumam adotar o método da complementação, ou seja, não fazem a reversão da provisão que não foi utilizada e constituem a provisão para o ano seguinte somente pelo valor da diferença entre o valor da provisão calculada e o saldo atual da provisão. Não entendeu? Nada melhor que um exercício para entender tal explicação. Vejamos. Já caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) No balanço patrimonial encerrado em 31/12/2007, a empresa Previdente S.A. apresentava a conta Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo de R$ 13.200,00. Durante o ano de 2008 a empresa baixou créditos incobráveis no valor de R$ 7.000,00 e teve comprovada a experiência de perdas no recebimento de créditos, ocorrida nos últimos três anos, em média de 4%. Em 31/12/2008, data de encerramento do exercício social, a empresa tinha créditos a receber no valor de R$ 180.000,00, dos quais R$ 20.000,00 eram devidos por uma firma que abriu concordata, conseguindo um acordo judicial à base de 68%. Ao contabilizar uma nova provisão no exercício de 2008, o contador deverá constituir para o balanço um saldo de a) R$ 12.800,00. b) R$ 5.800,00. c) R$ 7.200,00. d) R$ 6.000,00. e) R$ 19.600,00. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) = 13.200 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 9 Baixa de Créditos incobráveis = 7.000 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante - Retificadora) a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 7.000 Média de Perdas = 4% 31/12/2008 ⇒Créditos a Receber = 180.000 Um ponto importante da questão é: R$ 20.000,00 eram devidos por uma firma que abriu concordata (*), conseguindo um acordo judicial à base de 68%. Ou seja, 32% de R$ 20.000,00 ficarão sem previsão de recebimento. (*) Em 2008, não havia mais concordata e sim recuperação judicial, mas não interfere na resolução da questão. Cálculo da PCLD (geral) = 4% x (180.000 – 20.000) = 4% x 160.000 = 6.400 Cálculo da PCLD (concordata) = (1 – 68%) x 20.000 = 32% x 20.000 = 6.400 PCLD (total) = 6.400 + 6.400 = 12.800 Nos últimos anos, as questões da Esaf sobre PCLD sempre adotaram o método da complementação (sem fazer a reversão). Neste caso, teríamos: Saldo da PCLD: Constituição da PCLD por complementação: PCLD = 12.800 (calculado) – 6.200 (saldo atual da PCLD) = 6.600 Despesas com Provisões (Despesa) a PCLD (Ativo Circulante – Retificadora) 6.600 GABARITO: ANULADA Atenção para os valores que não devem compor a base de cálculo da Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa: - créditos com pessoas jurídicas de direito público ou empresa sob seu controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária; - vendas com reserva de domínio, alienação fiduciária, ou de operações com garantia real; PCLD 7.000 13.200 6.200 PCLD 7.000 13.200 6.200 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 10 - créditos com coligadas, controladas, controladoras, interligadas ou associadas por qualquer outra forma; - créditos junto a instituições financeiras, demais instituições autorizadas pelo Banco Central e sociedades de fundo de investimentos; - créditos com administrador, sócio ou acionista, titular ou com o seu cônjuge ou parente até o terceiro grau, inclusive os afins; - créditos adquiridos com coobrigação; - crédito relativo ao bem arrendado, no caso de entidades que trabalham com arrendamento mercantil. Direito de Garantia: a obrigação de pagar a dívida fica garantida por um bem imóvel (garantia real); um bem móvel (garantia real); um título de crédito (garantia real) ou uma assinatura de terceiro (garantia pessoal ou garantia por aval). São garantias reais a hipoteca, o penhor, a caução e a alienação fiduciária. Ou seja, garantia por aval não é garantia real. Exemplo: A empresa J4M2 Ltda apresentou R$ 90.000,00 de saldo da conta “Duplicatas a Receber”, em 31/12/2006. O AFRF Simões, em procedimento de fiscalização na referida empresa, desconfiou que o saldo da conta “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa” estava incorreto, e, por essa razão, resolveu apurar a composição deste saldo, conforme descrito abaixo: • Créditos habilitados em falência = R$ 12.000,00 (50% deve ser constituído com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) • Créditos habilitados em liquidação judicial com proposta de liquidação de 60% = R$ 6.000,00 • Créditos sem garantia = R$ 35.000,00 • Créditos com garantia por aval = R$ 27.000,00 • Créditos com garantias reais = R$ 10.000,00 Sabendo-se que a empresa tem o costume de constituir a provisão para créditos de liquidação duvidosa pelo critério das perdas prováveis, utilizando- se nos créditos normais o percentual de 4%, pode-se afirmar que o máximo valor da provisão a ser constituída em 31/12/2006 é de: Créditos Normais = 4% x (Créditos com Garantia por Aval + Créditos sem Garantia) Créditos Normais = 4% x (35.000 + 27.000) = 4% x 62.000 = 2.480 Créditos Habilitados em Falência = 50% x 12.000 Créditos Habilitados em Falência = 6.000 (constituição da provisão sobre 50%, conforme informado na questão). Créditos Habilitados em Recuperação Judicial = (100% - 60%) x 6.000 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. MoraesJunior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 11 Créditos Habilitados em Recuperação Judicial = 2.400 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa = 2.480 + 6.000 + 2.400 = 10.880 Vamos ver um outro exemplo. Já caiu em prova! (ESAF) A Cia Y apresenta, no início do exercício de X4, um saldo na conta Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa de R$ 2.000,00. Durante o exercício, ocorreram os seguintes fatos: I – Cliente “H”: devia R$ 150,00 e pagou apenas R$ 130,00 (o restante é incobrável) II – Cliente “Z”: faliu, devendo R$ 150,00 (incobrável) III – Cliente “A”: havia sido considerado incobrável no exercício anterior, mas pagou sua dívida no montante de R$ 200,00. IV – Dívidas consideradas incobráveis durante o exercício atual: R$ 400,00. Calcule o valor da provisão para créditos de liquidação duvidosa a ser constituído pelo método da complementação e assinale a alternativa correta: Dados: Saldo de “Duplicatas a Receber” = R$ 80.000,00 Provisão Calculada à Base de 3%. (a) R$ 950,00 (b) R$ 960,00 (c) R$ 970,00 (d) R$ 980,00 (e) R$ 990,00 Saldo Inicial da Prov. para Créditos de Liq. Duvidosa 2.000 (-) Diferença incobrável do cliente “H” = 150 –130 (20) (-) Falência do cliente “Z” (crédito incobrável) (150) (-) Dívidas incobráveis no exercício atual (400) Saldo Final da Prov. para Créditos de Liq. Duvidosa 1.430 Valor da Provisão = 3% x Duplicatas a Receber = 3% x 80.000 ⇒ ⇒ Valor da Provisão = 2.400 Método da Complementação = Valor da Provisão – Saldo Final ⇒ ⇒ Método da Complementação = 2.400 – 1.430 = 970 GABARITO: C G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 12 6.2.3. Investimentos Permanentes 6.2.3.1. Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos De acordo com o inciso III do artigo 183 da Lei no 6.404/76, os investimentos em participação no capital social de outras sociedades avaliados pelo custo de aquisição serão deduzidos de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente. Esta provisão aparece como retificadora da conta “Participações Permanentes”, do Ativo Não Circulante - Investimentos. Ou seja, são provisões para perdas prováveis em participações permanentes avaliadas pelo custo de aquisição. Repare que aqui pode gerar certa confusão, pois a lei fala em provisão para perdas prováveis e depois fala que a perda deve ser comprovada como permanente. Afinal, a perda é provável ou permanente? Calma, vou explicar. Para reconhecer a provisão na investidora, a perda deve ser comprovada como permanente na investida. A perda é provável na investidora, pois ela ainda não realizou a perda, ou seja, ainda não alienou sua participação na investida. Vamos ver um exemplo. Exemplo: A Cia. Linotécnica, em outubro de 2005, adquiriu, sem a intenção de venda 5% das ações da Cia. Investida, por R$ 50.000,00, em um investimento que será avaliado pelo custo de aquisição. Em 31/12/2005, o valor de mercado das ações caiu para R$ 45.000,00, pois, em novembro de 2005 houve um incêndio na Cia. Investida, sendo tal perda considerada de difícil recuperação. Deste modo, no encerramento do exercício social de 2005, a Cia. Linotécnica deverá constituir uma Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos, conforme abaixo: Na aquisição do investimento: Participações Societárias (Ativo Não Circulante - Investimentos) a Bancos (Ativo Circulante) 50.000 Na constituição da provisão: Despesas com Provisões (Despesa) a Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (ANC–Inv- Retificadora) 5.000 Repare que a perda é provável, pois a investidora ainda não alienou seu investimento. Se ela alienasse hoje, teria um prejuízo de R$ 5.000,00 (comprou por R$ 50.000,00 e a alienação seria por R$ 45.000,00). Contudo, como ainda não houve a alienação, a perda é provável. Já na investida, a perda é permanente, pois houve um incêndio. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 13 Suponha que, em 2006, parte da perda seja recuperada, fazendo com que o valor das ações suba de R$ 45.000,00 para R$ 48.000,00. Nessa situação, a Cia Linotécnica deverá efetuar o seguinte lançamento: Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (ANC–Inv- Retificadora) a Reversão de Provisões (Receita) 3.000 Ou seja, a perda provável na investidora foi reduzida para R$ 2.000,00 (R$ 50.000,00 – R$ 48.000,00). Finalmente, de acordo com o inciso IV do artigo 183 da Lei no 6.404/76, os demais investimentos avaliados pelo custo de aquisição também serão deduzidos de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. 6.3. Provisões do Passivo Como as provisões são sempre contas de natureza CREDORA, as provisões do Passivo não são contas retificadoras e sim contas representativas de obrigações, também chamadas de “Provisões para Pagamentos”. Como exemplo, temos: - Provisão para o Imposto de Renda; - Provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; - Provisão para Décimo-Terceiro Salário; - Provisão para Férias; - Provisão para Contingências. Lançamentos: Na constituição da Provisão (Por exemplo: Imposto de Renda): Despesas com Provisão para Imposto de Renda (Despesa) a Provisão para Imposto de Renda (Passivo Circulante) No pagamento: Provisão para Imposto de Renda (Passivo Circulante) a Bancos (Ativo Circulante) Já caiu em prova! (Analista de Atividades do Meio Ambiente-Contador- Ibram-2009-Cespe) Contas R$ provisão para perdas em estoque 5.000 provisão para crédito de liquidação duvidosa 10.000 provisão para contingências trabalhistas 15.000 provisão para contingências ambientais 20.000 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 14 Considerando as informações acima, que constam do balancete de verificação de determinada companhia levantado após o encerramento das contas de resultado, julgue os itens a seguir. 1. As contas credoras somam R$ 50.000,00 no total. Lembra do que eu falei? Todas as contas de provisão são de natureza credora. Portanto, apareceu “provisão para....” é de natureza credora. provisão para perdas em estoque 5.000 (credora) provisão para crédito de liquidação duvidosa 10.000 (credora) provisão para contingências trabalhistas 15.000 (credora) provisão para contingências ambientais 20.000 (credora) Saldo das contas de natureza credora 50.000 Portanto, o item está CORRETO. 2. As contas classificadas no passivo somam R$ 50.000,00 no total. Provisão para Perdas em Estoques: Ativo Circulante – Retificadora Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Ativo Circulante – Retificadora Provisão para Contingências Trabalhistas: Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante “Longo Prazo” Provisão para Contingências Ambientais: Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante “Longo Prazo” Portanto, no passivo temos: provisão para contingências trabalhistas 15.000 (credora) provisão para contingências ambientais 20.000 (credora) Saldo das contas do passivo 35.000 Logo, o itemestá ERRADO. 3. O aumento na conta provisão para perdas em estoque afeta a situação líquida da companhia, e a constituição da provisão para contingências trabalhistas é fato contábil modificativo, pois aumenta o resultado. Vamos analisar o item: I – Aumento da provisão para perdas em estoques O lançamento seria: Despesas com Provisões (Despesas) a Provisão para Perdas em Estoques (Ativo Circulante - Retificadora) Portanto, como afeta o Ativo Circulante (há uma diminuição, tendo em vista que a conta de provisão é sempre de natureza e, quando classificada no Ativo Circulante, é retificadora), afeta a situação líquida da companhia. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 15 II – Constituição da provisão para contingências trabalhistas: O lançamento seria: Despesas com Provisões (Despesas) a Provisão para Contingências Trabalhistas (Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante “Longo Prazo”) Como há uma despesa na constituição da provisão, há uma redução do patrimônio líquido da empresa, sendo, portanto, um fato modificativo diminutivo (diminui o resultado). Logo, o item está ERRADO. Mais um ponto importante que não podemos confundir na hora da prova! Vejamos: Reservas: São parcelas que compõem o Patrimônio Líquido e podem representar os valores recebidos dos sócios/acionistas ou uma parte dos lucros obtidos pela empresa e não distribuídos. Além disso, não representam aumento do Capital Social. As “Reservas” não transitam pelo resultado do exercício. Provisões: Representam reduções do Ativo (Provisões do Ativo) ou aumento das exigibilidades (Provisões do Passivo), cujos valores ainda são incertos (estimados). Ou seja, representam expectativas de perdas de ativos ou estimativas de valores a serem desembolsados em um futuro próximo. ATENÇÃO!!! As obrigações com valores líquidos e certos (determinados) não são consideradas provisões. Exemplo: Aluguel a Pagar, Duplicatas a Pagar, ICMS a Recolher, etc. Exemplo: Diferença entre Reservas e Provisões: Reservas para Contingências (art. 195, da Lei no 6.404/76): A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (classificada no Patrimônio Líquido). Provisões para Contingências: se essa possibilidade existe e deve-se a algum fato gerador contábil já ocorrido e, ainda, se o possível desembolso ou perda pode ser razoavelmente mensurado em reais, precisa ser contabilizado dentro do regime de competência, mediante constituição de uma provisão, com uma contrapartida a débito do resultado. Exemplo: Provisão para Contingências Fiscais e Trabalhistas (classificada no Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante – Exigível a Longo Prazo). G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 16 Já caiu em prova! (Fiscal de Rendas-RJ-2007-FGV) A empresa BARRACÃO S/A, dedicada ao comércio de tecidos, apurou em seu balancete de encerramento (31/12/2007) os saldos das contas patrimoniais e de resultado listados no quadro abaixo. Observe que todos os saldos se referem a 31/12/2007, com exceção da conta “lucros acumulados”, que se refere a 31/12/2006. Considerando que o estagiário ordenou as contas em ordem crescente dos respectivos saldos, sugere-se organizá-las conforme a estrutura do Balanço Patrimonial para responder às questões de números 104 a 106 que seguem. provisão para redução das mercadorias a valor de mercado 746,00 provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem em dentro de 12 meses) 1.054,00 provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que vencem após os 12 primeiros meses) 1.090,00 despesas antecipadas (prazo: após os 12 primeiros meses) 1.790,00 amortização acumulada (das despesas pré-operacionais) 1.800,00 despesas pré-operacionais 2.000,00 empréstimos concedidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 4.500,00 ações em tesouraria 5.000,00 despesas antecipadas (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 5.000,00 provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: em dentro dos 12 primeiros meses) 6.500,00 provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: após os 12 primeiros meses) 8.000,00 caixa 10.000,00 empréstimos concedidos a diretores (transações não-operacionais) 10.000,00 reserva para contingências 12.000,00 descontos comerciais e abatimentos 14.850,00 móveis e utensílios (de uso próprio) 15.000,00 receita de equivalência patrimonial 19.950,00 depósitos judiciais (expectativa de decisão terminativa: após os 12 primeiros meses) 20.000,00 terrenos (de uso próprio) 20.000,00 deságio relativo a participações societárias 20.300,00 vendas canceladas 23.000,00 empréstimos obtidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 24.000,00 duplicatas descont. (títulos que vencem em dentro de 12 meses) 25.000,00 impostos a recolher (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 28.500,00 veículos (de uso próprio) 30.000,00 aplicações financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00 impostos parcelados (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 32.000,00 outras aplic. Financ.(prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 39.500,00 despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 40.000,00 salários a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 42.000,00 impostos parcelados (prazo: após os 12 primeiros meses) 42.500,00 aplicações financeiras de imediata realização 45.000,00 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 17 empréstimos obtidos (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 45.000,00 reserva legal 48.000,00 despesas financeiras 50.500,00 lucros acumulados (saldo inicial) 51.000,00 duplicatas a receber de clientes (prazo: após os 12 primeiros meses)54.500,00 prédios e construções (de uso próprio) 60.000,00 fornecedores a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 64.000,00 bancos conta corrente 78.000,00 estoque de mercadorias 87.400,00 reserva de capital 89.800,00 duplicatas a receber (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 105.400,00 receita não-operacional 196.000,00 Participações societárias em controladas e coligadas avaliadas pelo método da equivalência patrimonial 300.700,00 capital social 500.000,00 despesa não-operacional 500.000,00 depreciação acumulada 525.000,00 máquinas e equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 despesas de comercialização 860.000,00 despesas administrativas 980.700,00 impostos sobre vendas 1.000.000,00 custo das mercadorias vendidas 1.589.400,00 receita bruta 5.000.000,00O saldo do Ativo Não Circulante, em 31/12/2007, é: (a) 804.480,00. (b) 121.700,00. (c) 802.300,00. (d) 803.390,00. (e) 680.600,00. Primeiramente, como uma forma de estudar para a prova, vamos classificar todas as contas e levantar o balancete de verificação: ATENÇÃO!!! Como a conta Lucros Acumulados ainda está com saldo inicial, no balancete de verificação irão constar contas patrimoniais e de resultado (a apuração do resultado do período ainda não foi efetuada). G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 18 Conta Saldo Devedor Saldo Credor Característica Provisão para redução das mercadorias a valor de mercado 746,00 Ativo Circulante - Retificadora Provisão para créditos de liquidação duvidosa (vencimento dentro de 12 meses) 1.054,00 Ativo Circulante – Retificadora Provisão para créditos de liquidação duvidosa (vencimento após 12 meses) 1.090,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo – Retificadora Despesas Antecipadas (prazo: após 12 meses) 1.790,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo Amortização Acumulada (das despesas pré- operacionais) 1.800,00 Ativo Não Circulante - Diferido – Retificadora (*) Despesas Pré-Operacionais 2.000,00 Ativo Não Circulante - Diferido (*) Empréstimos Concedidos (prazo: após 12 meses) 4.500,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo Ações em Tesouraria 5.000,00 Patrimônio Líquido - Retificadora Despesas Antecipadas (prazo: dentro dos 12 primeiros meses) 5.000,00 Ativo Circulante Provisão para Contingências Trabalhistas (estimativa de pagto: dentro dos 12 primeiros meses) 6.500,00 Passivo Circulante Provisão para Contingências Trabalhistas (estimativa de pagto: após os 12 primeiros meses) 8.000,00 Passivo Não Circulante - Longo Prazo Caixa 10.000,00 Ativo Circulante Empréstimos Concedidos a Diretores (transações não-operacionais) 10.000,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo Reserva para Contingências 12.000,00 Patrimônio Líquido Descontos Comerciais e Abatimentos 14.850,00 Redução da Receita Bruta - Despesa Móveis e Utensílios (de uso próprio) 15.000,00 Ativo Não Circulante - Imobilizado Receita de Equivalência Patrimonial 19.950,00 Receita Depósitos Judiciais (expectativa de decisão terminativa: após 12 primeiros meses) 20.000,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo Terrenos (de uso próprio) 20.000,00 Ativo Não Circulante - Imobilizado Deságio Relativo a Participações Societárias 20.300,00 Ativo Não Circulante – Investimentos – Retificadora Vendas Canceladas 23.000,00 Redução da Receita Bruta – Despesa Empréstimos Obtidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 24.000,00 Passivo Não Circulante - Longo Prazo Duplicatas Descontadas (títulos que vencem em dentro de 12 meses) 25.000,00 Ativo Circulante – Retificadora Impostos a Recolher (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 28.500,00 Passivo Circulante Veículos (de uso próprio) 30.000,00 Ativo Não Circulante – Imobilizado Aplicações Financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo Impostos Parcelados (prazo: em dentro dos 32.000,00 Passivo Circulante G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 19 12 primeiros meses) Outras Aplicações Financeiras (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 39.500,00 Ativo Circulante Despesas com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 40.000,00 Despesa Salários a Pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 42.000,00 Passivo Circulante Impostos Parcelados (prazo: após os 12 primeiros) 42.500,00 Passivo Não Circulante - Longo Prazo Aplicações Financeiras de Imediata Realização 45.000,00 Ativo Circulante Empréstimos Obtidos (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 45.000,00 Passivo Circulante Reserva Legal 48.000,00 Patrimônio Líquido Despesas Financeiras 50.500,00 Despesa Lucros Acumulados (saldo inicial) 51.000,00 Patrimônio Líquido Duplicatas a Receber de Clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) 54.500,00 Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo Prédios e Construções (de uso próprio) 60.000,00 Ativo Não Circulante – Imobilizado Fornecedores a Pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 64.000,00 Passivo Circulante Bancos Conta Corrente 78.000,00 Ativo Circulante Estoque de Mercadorias 87.400,00 Ativo Circulante Reserva de Capital 89.800,00 Patrimônio Líquido Duplicatas a Receber (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 105.400,00 Ativo Circulante Receita Não-Operacional 196.000,00 Receita Participações Societárias em Controladas e Coligadas Avaliadas pelo MEP 300.700,00 Ativo Não Circulante – Investimentos Capital Social 500.000,00 Patrimônio Líquido Despesa Não-Operacional 500.000,00 Despesa Depreciação Acumulada 525.000,00 Ativo Não Circulante - Imobilizado – Retificadora Máquinas e Equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 Ativo Não Circulante – Imobilizado Despesas de Comercialização 860.000,00 Despesa Despesas Administrativas 980.700,00 Despesa Impostos sobre Vendas 1.000.000,00 Redutor da Receita Bruta - Despesa Custo das Mercadorias Vendidas 1.589.400,00 Despesa Receita Bruta 5.000.000,00 Receita Total 6.784.240,00 6.784.240,00 (*) Apesar da extinção do Ativo Diferido pela MP no 449/08, considerei que estas contas foram mantidas no Ativo Diferido até a completa amortização das despesas pré-operacionais (hipótese prevista na referida MP – art. 299-A incluído na Lei no 6.404/76), verbis: “Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183.” (NR) G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 20 Agora, antes de resolver a questão, gostaria de chamar a sua atenção para as seguintes contas (para que você não erre na hora da prova): Provisões: são sempre contas de natureza CREDORA, sendo, portanto, retificadoras do Ativo e obrigações no Passivo. Depósitos Judiciais: direito constituído mediante o depósito, em virtude de uma ação judicial, sendo, portanto, uma conta do Ativo. Vamos à resolução da questão: Conta Saldo Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Duplicatas a Receber de Clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) 54.500,00 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (vencimento após 12 meses) (1.090,00) Despesas Antecipadas (prazo: após 12 meses) 1.790,00 Empréstimos Concedidos (prazo: após 12 meses) 4.500,00 Empréstimos Concedidos a Diretores (transações não-operacionais) 10.000,00 Depósitos Judiciais (expectativa de decisão terminativa: após 12 primeiros meses) 20.000,00 Aplicações Financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00 Investimentos Participações Societárias em Controladas e Coligadas Avaliadas pelo MEP 300.700,00 Deságio Relativo a Participações Societárias (20.300,00) Imobilizado Veículos (de uso próprio)30.000,00 Prédios e Construções (de uso próprio) 60.000,00 Móveis e Utensílios (de uso próprio) 15.000,00 Terrenos (de uso próprio) 20.000,00 Máquinas e Equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 Depreciação Acumulada (525.000,00) Diferido (mantido até a completa amortização das despesas pré- operacionais) Despesas Pré-Operacionais 2.000,00 Amortização Acumulada (das despesas pré-operacionais) (1.800,00) Ativo Não Circulante 802.300,00 GABARITO: C 7. Depreciação, Amortização e Exaustão 7.1. Critérios de Avaliação e Baixas das contas do Ativo – Imobilizado e Intangível. De acordo com o inciso V e VI do artigo 183 da Lei no 6.404/76, - os direitos classificados no imobilizado serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão; e – os direitos classificados no intangível serão avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 21 7.2. Depreciação De acordo com a Resolução CFC no 1.177/09, que aprovou a NBC T 19.1 – Ativo Imobilizado, a depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Ou seja, a depreciação consiste em considerar, como despesa ou custo do período, uma parte do valor gasto na compra de bens de consumo durável utilizados nas atividades da empresa. Estes bens serão depreciados ao longo de sua vida útil, de modo que o valor gasto na sua aquisição seja considerado despesa ao longo dos anos de sua utilização. Lançamento: Despesas ou Encargos de Depreciação (Despesa) a Depreciação Acumulada (Ativo Não Circulante - Imobilizado – Retificadora) - Causas: desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência; - Alcança bens materiais (tangíveis) classificados no Ativo Não Circulante Imobilizado e bens de renda classificados no subgrupo de Investimentos do Ativo Não Circulante (Exemplo: Imóvel alugado). Há empresa que classificam o imóvel alugado no imobilizado; - O bem poderá ser depreciado a partir da data em que for instalado, colocado em serviço ou esteja em condições de produzir, independentemente do dia do mês, ou seja, conta-se o primeiro mês integralmente, qualquer que seja o dia; - Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem (Depreciação Linear, por Quotas Constantes ou em Linha Reta); - As taxas anuais de depreciação normalmente admitidas pela Legislação Fiscal para uso normal de bens em turno de oito horas diárias são: Vida Útil Taxa Anual de Depreciação Edifícios 25 anos 4% Máquinas e Equipamentos 10 anos 10% Instalações 10 anos 10% Móveis e Utensílios 10 anos 10% Veículos 5 anos 20% Bens de Informática 5 anos 20% G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 22 Exemplos (considerando que os bens são utilizados por um período normal de 8 horas diárias): Veículos: Vida Útil = 5 anos ⇒Taxa de Depreciação = 1/5 anos = 20% ao ano Imóveis: Vida Útil = 25 anos ⇒ Taxa de Depreciação = 1/25 anos = 4% ao ano Máquinas e Equipamentos = 10 anos ⇒ Taxa de Depreciação = 1/10 anos = 10% ao ano - Vedações à depreciação de acordo com a Legislação do Imposto de Renda: I - Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; II - Bens que aumentam de valor com o tempo, como antiguidades e obras de arte; III - Bens para os quais sejam registradas cotas de amortização ou exaustão; e IV - Bens móveis ou imóveis que não estejam intrinsecamente relacionados à produção ou comercialização de bens e serviços e bens imóveis não alugados. - Edificações: o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial. - Valor Residual: valor provável da realização do bem após ser totalmente depreciado. Caso o valor residual seja diferente de ZERO, deverá ser subtraído do valor do custo de aquisição do bem a ser depreciado. Este resultado é que servirá de base de cálculo para a taxa de depreciação. - Valor Contábil do Bem: corresponde à diferença entre o custo de aquisição do bem e a depreciação acumulada. Valor Contábil = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada Nota: Projetos florestais destinados à exploração de seus frutos também são passíveis de depreciação. Exemplo: Pomares – depreciação inicia a partir do momento em que se encontram em condições de produzir (colheita). G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 23 7.2.1. Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha Reta Corresponde ao método de depreciação onde a depreciação acumulada é diretamente proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear. Pode-se calcular a depreciação, por este método, de duas formas: - Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou - Divide-se o valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil. Depreciação Acumulada = Taxa de Depreciação x Período x Base de Cálculo Custo de Aquisição do Bem (+) Gastos com instalação (+) Acréscimos Posteriores (-) Valor Residual Base de Cálculo da Depreciação Atenção! Não confunda depreciação acumulada com despesas com depreciação: - A depreciação acumulada é uma conta patrimonial que mostra toda a depreciação do bem desde o início de sua vida útil. - A despesa com depreciação é uma conta de resultado, ou seja, demonstra a depreciação de determinado período. Já caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) Na Contabilidade da empresa Atualizadíssima S.A. os bens depreciáveis eram apresentados com saldo de R$ 800.000,00 em 31/03/2008, com uma Depreciação Acumulada, já contabilizada, com saldo de R$ 200.000,00, nessa data. Entretanto, em 31/12/2008, o saldo da conta de bens depreciáveis havia saltado para R$ 1.100.000,00, em decorrência da aquisição, em primeiro de abril, de outros bens com vida útil de 5 anos, no valor de R$ 300.000,00. Considerando que todo o saldo anterior é referente a bens depreciáveis à taxa anual de 10%, podemos dizer que no balanço patrimonial a ser encerrado em 31 de dezembro de 2008 o saldo da conta Depreciação Acumulada deverá ser de a) R$ 340.000,00. b) R$ 305.000,00. c) R$ 325.000,00. d) R$ 320.000,00. e) R$ 290.000,00. 31/03/2008: Bens Depreciáveis I = R$ 800.000,00 em 31/03/2008 Depreciação Acumulada = R$ 200.000,00 Taxa de Depreciação = 10% ao ano G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 24 31/12/2008: Bens Depreciáveis (Total) = R$ 1.100.000,00 (aquisição, 01/04, de outros bens com vida útil de 5 anos, no valor de R$ 300.000,00). Bens Depreciáveis 2 = R$ 300.000,00 Taxa de Depreciação = 1/5 ano = 20% ao ano I – Cálculo da Depreciação Acumulada em 31/12/2008: I.1 – Bens Depreciáveis 1: Taxa de Depreciação = 10% ao ano Período = de 01/04/2008 a 31/12/2009 = 9 meses = 9 meses/12 meses ⇒ ⇒ Período = 3/4 ano = 0,75 ano (até 31/03/2008, a depreciação acumulada já está calculada) Base de Cálculo da Depreciação = 800.000 (não há valor residual) Depreciação Acumulada(Bens 1) = Depreciação Acumulada (até 31/03) + Taxa x Período x Base de Cálculo (de 31/03 a 31/12) ⇒ ⇒Depreciação Acumulada (Bens 1) = 200.000 + 10% x 0,75 x 800.000 ⇒ ⇒Depreciação Acumulada (Bens 1) = 200.000 + 60.000 = 260.000 I.2 – Bens Depreciáveis 2: Taxa de Depreciação = 20% ao ano Período = de 01/04/2008 a 31/12/2009 = 9 meses = 9 meses/12 meses ⇒ ⇒ Período = 3/4 ano = 0,75 ano (até 31/03/2008, a depreciação acumulada já está calculada) Base de Cálculo da Depreciação = 300.00 (não há valor residual) Depreciação Acumulada (Bens 2) = Taxa x Período x Base de Cálculo ⇒ Depreciação Acumulada (Bens 2) = 20% x 0,75 x 300.000 ⇒ ⇒Depreciação Acumulada (Bens 2) = 45.000 Depreciação Acumulada Total = 260.000 + 45.000 = 305.000 GABARITO: B 7.2.2. Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole Por este método a depreciação é calculada da seguinte maneira: Método de Cole Decrescente I - Soma-se os algarismos que compõem o número de anos da vida útil do bem; II - Multiplica-se o valor a ser depreciado a cada ano pela fração cujo denominador é a soma calculada acima (subitem 1), e o numerador, para o primeiro ano, é o tempo de vida útil do bem (n), para o segundo ano é “n-1”, para o terceiro ano é “n-2”. Utiliza-se esta metodologia até o último ano de vida útil, quando o numerador será igual a 1. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 25 Exemplo: Depreciação de um veículo adquirido por R$ 30.000,00, sem valor residual (Suponha uma vida útil de 4 anos). Soma dos Dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 = 10 Primeiro Ano ⇒ Depreciação = (4/10) x 30.000 = 12.000; Segundo Ano ⇒ Depreciação = (3/10) x 30.000 = 9.000; Terceiro Ano ⇒ Depreciação = (2/10) x 30.000 = 6.000; e Quarto Ano ⇒ Depreciação = (1/10) x 30.000 = 3.000. Método de Cole Crescente I - Soma-se os algarismos que compõem o número de anos da vida útil do bem; II - Multiplica-se o valor a ser depreciado a cada ano pela fração cujo denominador é a soma calculada acima (subitem 1), e o numerador, para o primeiro ano, é o tempo de vida útil do bem (1), para o segundo ano é “2”, para o terceiro ano é “3”. Utiliza-se esta metodologia até o último ano de vida útil, quando o numerador será igual a via útil. Exemplo: Depreciação de um veículo adquirido por R$ 30.000,00, sem valor residual (Suponha uma vida útil de 4 anos). Soma dos Dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 = 10 Primeiro Ano ⇒ Depreciação = (1/10) x 30.000 = 3.000; Segundo Ano ⇒ Depreciação = (2/10) x 30.000 = 6.000; Terceiro Ano ⇒ Depreciação = (3/10) x 30.000 = 9.000; e Quarto Ano ⇒ Depreciação = (4/10) x 30.000 = 12.000. Nota: Para a resolução das questões, adotaremos o seguinte critério: 1 – Questão não menciona o método de depreciação utilizado: utilizar Método Linear. 2 – Questão menciona que o método é linear: utilizar Método Linear. 3 – Questão menciona que é o método de Cole, mas não especifica se é crescente ou decrescente: utilizar Método de Cole Descrescente. 4 – Questão menciona que é o método de Cole, é especifica se é crescente ou decrescente: utilizar Método de Cole Crescente/Decrescente, conforme especificado na questão. Já caiu em prova! (AFC-STN-2000-ESAF) Um direito sobre bens do ativo permanente tem vida útil de 7 (sete) anos. Submetendo-se esse bem à depreciação, comparativamente, pelos Métodos da Linha Reta e da Soma dos Dígitos dos Anos, pode-se afirmar que, no quarto ano da vida útil, (a) o imposto de renda seria maior se fosse utilizado o método da linha reta G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 26 (b) o imposto de renda seria maior se fosse utilizado o método da soma dos dígitos dos anos (c) coincidentemente, o imposto de renda seria o mesmo em ambas as hipóteses (d) a depreciação, durante a vida útil, na verdade, não afetaria o imposto de renda (e) o imposto de renda seria maior, num ou noutro método, dependendo do valor residual Vida Útil do Bem = 7 anos I – Método da Linha Reta de Depreciação Taxa Anual de Depreciação = 1/ 7 anos No quarto ano de vida útil do bem: Despesas com Depreciação = Custo do Bem x Taxa = Custo do Bem/7 II – Método de Cole de Depreciação Soma dos Dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28 Quarto Ano ⇒ Depreciação = (4/28) x Custo do Bem = Custo do Bem/7 Logo, no quarto ano de vida útil, a despesa com depreciação seria igual para os dois métodos e, conseqüentemente, o imposto também seria igual. Nesta questão, também não faria diferença utilizar o Método de Cole Crescente ou Decrescente, pois, no quarto ano, a depreciação seria igual para os dois métodos. GABARITO: C 7.2.3. Tipos de Depreciação A depreciação ainda pode ser normal e acelerada. Depreciação Normal: é empregada quando o bem for utilizado em apenas um turno de 8 horas diárias, sendo o cálculo realizado com base na taxa normal de depreciação; Depreciação Acelerada: empregada quando o bem for utilizado em mais de turno de 8 horas diárias, devendo a taxa normal de depreciação do bem ser multiplicada por um coeficiente, conforme tabela abaixo: Turnos Coeficiente (Legislação Societária) Coeficiente (Legislação Fiscal) 1 turno (8 horas) 1,0 1,0 2 turnos (16 horas) 2,0 1,5 3 turnos (24 horas) 3,0 2,0 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 27 Exemplo: Uma máquina, cuja taxa de depreciação é de 10% ao ano, está sendo utilizada em três turnos de 8 horas diárias. Logo, sua taxa de depreciação passa a ser: Contábil ⇒ Taxa de Depreciação = 3,0 x 10% = 30% ao ano Fiscal ⇒ Taxa de Depreciação = 2,0 x 10% = 20% ao ano Exemplo: Em 14/10/X1, a Cia. Industrial Silvestre adquiriu três máquinas nos valores de R$ 3.000,00, R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00, a serem utilizadas, respectivamente, nos departamentos de corte, pintura e montagem, operando, respectivamente, em um turno de 8 horas diárias, dois turnos de 8 horas diárias e três turnos de 8 horas diárias. Sendo a taxa de depreciação anual de 10%, calcule depreciação contábil total máxima e a depreciação fiscal total máxima: 10% ao ano = (10/12) % ao mês 3 meses (out a dez) = (10/12) % x 3 meses = 10/4 = 2,5% I – Depreciação Contábil Máxima: Corte = 2,5% x 3.000 x 1 = 75 Pintura = 2,5% x 6.000 x 2 = 300 Montagem = 2,5% x 8.000 x 3 = 600 Depreciação Contábil Máxima = 75 + 300 + 600 = 975 II – Depreciação Fiscal Máxima: Corte = 2,5% x 3.000 x 1 = 75 Pintura = 2,5% x 6.000 x 1,5 = 225 Montagem = 2,5% x 8.000 x 2 = 400 Depreciação Contábil Máxima = 75 + 225 + 400 = 700 7.2.4. Alienação de Bens do Ativo Não Circulante Imobilizado Quando bens do ativo não circulante imobilizado são alienados, o resultado desta alienação pode ser um ganho de capital, quando o valor da alienação é maior que o valor contábil do bem; ou pode ser uma perda de capital, quando o valor da alienação é menor que o valor contábil do bem. Resultado = Valor da alienação - Valor Contábil Se Valor da Alienação > Valor Contábil ⇒ Ganho de Capital Se Valor da Alienação < Valor Contábil ⇒ Perda de Capital Lançamentos: I – Determinação do Custo do Bem (Valor Contábil do Bem): Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado – Retificadora) a Bem (ANC - Imobilizado) G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 27 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 28 II – Alienação do Bem: à vista ou a prazo. Caixa ou Títulos a Receber (Ativo Circulante) a Outras Receitas (Receita) III – Baixa do Bem: Outras Despesas (Despesa) a Bem (ANC - Imobilizado) Exemplo: Considere os dados abaixo: Conta: Veículos Data de Aquisição: 30/07/2002 Valor de Aquisição: R$ 40.000,00 Taxa de Depreciação: 20% ao ano Venda à vista em 28/02/2003: R$ 30.000,00 Determine se houve ganho ou perda de capital na data da alienação. I – Cálculo do valor contábil do bem na data da alienação Custo de Aquisição = 40.000 Período = de 30/07/2002 até 28/02/2003 = 8 meses (incluindo o mês de aquisição) Depreciação Acumulada = 20% x 8/12 x 40.000 = 5.333,33 Valor Contábil = 40.000 – 5.333,33 = 34.666,67 II – Cálculo do Ganho ou Perda de Capital: Valor da Venda 30.000 (-) Valor Contábil (34.666,67) Perda de Capital (4.666,67) Já caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) A empresa Revendedora S.A. alienou dois veículos de sua frota de uso, por R$ 29.000,00, a vista. O primeiro desses carros já era da empresa desde 2005, tendo entrado no balanço de 2007 com saldo de R$ 25.000,00 e depreciação acumulada de 55%. O segundo veículo foi comprado em primeiro de abril de 2008 por R$ 10.000,00, não tendo participado do balanço do referido ano de 2007. A empresa atualiza o desgaste de seus bens de uso em períodos mensais. Em 30 de setembro de 2008, quando esses veículos foram vendidos, a empresa registrou seus ganhos ou perdas de capital com o seguinte lançamento de fórmula complexa: a) Diversos a Diversos Caixa 29.000,00 Perdas de Capital 6.000,00 35.000,00 a Veículo “A” 25.000,00 a Veículo “B” 10.000,00 35.000,00 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 29 b) Diversos a Diversos Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00 a Veículos 35.000,00 a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00 c) Diversos a Diversos Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 17.500,00 46.500,00 a Veículos 35.000,00 a Ganhos de Capital 11.500,00 46.500,00 d) Diversos a Diversos Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 13.750,00 42.750,00 a Veículos 35.000,00 a Ganhos de Capital 7.750,00 42.750,00 e) Diversos a Diversos Caixa 29.000,00 Depreciação Acumulada 19.000,00 48.000,00 a Veículos 35.000,00 a Ganhos de Capital 13.000,00 48.000,00 30/09/2008 Alienação de Dois Veículos = 29.000,00 Sabe-se que a vida útil de um veículo é igual a 5 anos Taxa de Depreciação = 1/5 = 20% ao ano I – Cálculo do Valor Contábil do Veículo 1: Veículo 1 (registrado no balanço em 2007) = 25.000 Período = anterior a 2008 + 9 meses/12 meses ⇒ Período = anterior a 2008 + 3/4 ano = anterior a 2008 + 0,75 ano Depreciação Acumulada (Veículo 1 até 31/12/2007) = 55% Depreciação Acumulada = (55% (até 2007) + 20% x 0,75) x 25.000 ⇒ ⇒ Depreciação Acumulada (Veículo 1) = 70% x 25.000 = 17.500 Valor Contábil (Veículo 1) = Custo de Aquisição – Dep. Acumulada ⇒ ⇒Valor Contábil (Veículo 1) = 25.000 – 17.500 = 7.500 G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 30 II – Cálculo do Valor Contábil do Veículo 2: Veículo 2 (comprado em 01/04/2008) = 10.000 Período = de abril a setembro = 6 meses/12 meses = 0,5 ano Depreciação Acumulada = 20% x 0,5 x 10.000 ⇒ ⇒Depreciação Acumulada (Veículo 2) = 10% x 10.000 = 1.000 Valor Contábil (Veículo 2) = Custo de Aquisição – Dep. Acumulada ⇒ ⇒ Valor Contábil (Veículo 2) = 10.000 – 1.000 = 9.000 III – Apuração do ganho ou perda de capital: Valor da Alienação dos dois Veículos 29.000 (-) Valor Contábil do Veículo 1 (7.500) (-) Valor Contábil do Veículo 2 (9.000) Ganho de Capital 12.500 Venda à vista: Caixa (Ativo Circulante) a Outras Receitas (Receita) 29.000 Depreciação Acumulada (ANC – Imobilizado – Retificadora) a Veículos (ANC – Imobilizado) 17.500 Depreciação Acumulada (ANC – Imobilizado – Retificadora) a Veículos (ANC – Imobilizado) 1.000 Baixa dos Veículos (pelo valor contábil): Outras Despesas (Despesa) a Veículos (ANC – Imobilizado) 7.500 Outras Despesas (Despesa) a Veículos (ANC – Imobilizado) 9.000 Lançamento consolidado: Diversos a Diversos Caixa (Ativo Circulante) 29.000 Depreciação Acumulada (ANC) 18.500 (17.500 + 1.000) a Ganho de Capital (Receita) 12.500 (29.000 – 7.500 – 9.000) a Veículos (ANC – Imobilizado) 35.000 (17.500 + 1.000 + 7.500 + 9.000) Diversos a Diversos Caixa (Ativo Circulante) 29.000 Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado) 18.500 47.500 a Ganho de Capital (Receita) 12.500 a Veículos (ANC – Imobilizado) 35.000 47.500 GABARITO: B G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 31 7.2.5. Depreciação de Bens Adquiridos Usados No caso de bens adquiridos usados a taxa anual de depreciação será determinada considerando-se o maior entre os seguintes prazos: I - Metade da vida útil do bem adquirido novo; e II - Restante da vida útil, considerada em relação à primeira instalação para utilização do bem. Exemplo: A Cia J4M2 adquiriu um equipamento novo em 10/03/2004, com tempo de vida útil estimado em 4 anos. Em 25/11/2006, a Cia J4M2 vendeu este equipamento, agora usado, para a empresa Kaprisma. Qual será a taxa anual de depreciação utilizada pela Cia. Kaprisma para o referido bem? Metade da Vida Útil do Equipamento = 2 anos O equipamento estaria totalmente depreciado em fevereiro de 2008. Tempo de Vida Útil Restante = 2 meses (11 e 12/2006) + 1 ano (2007) + 2 meses (01 e 02/2008) Tempo de Vida Útil Restante = 1 ano e 4 meses Portanto, prevalecerá o tempo de 2 anos ⇒ ⇒ Taxa de Depreciação Anual = 1/2 anos = 50% ao ano 7.2.6. Pontos Importantes da Resolução CFC no 1.177/09 De acordo com a Resolução CFC no 1.177/09, que aprovou a NBC T 19.1 – Ativo Imobilizado: - Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. - A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo imobilizado aos componentes significativos desse item e os deprecia separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a estrutura e os motores de aeronave, seja ela de propriedade da entidade ou obtida por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro. De forma similar, se o arrendador adquire um ativo imobilizado que esteja sujeito a arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam atribuíveis a condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis ou desfavoráveis em relação a condições de mercado. - A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um item que não tenham custo significativo em relação ao custo total do item. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof.José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 32 - A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo. - A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado. No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque. De forma semelhante, a depreciação de ativos imobilizados usados para atividades de desenvolvimento pode ser incluída no custo de um ativo intangível. - O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. - O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil. - A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo. - O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável. Valor Depreciável = Base de Cálculo da Depreciação Custo de Aquisição do Bem (+) Gastos com instalação (+) Acréscimos Posteriores (-) Valor Residual Base de Cálculo da Depreciação Atenção! Não confundir o valor depreciável com o valor contábil: Valor Contábil = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada - O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil. - A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. A depreciação de um ativo deve G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 33 cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção. - Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente, todos os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo: - uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do ativo; - desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso; - obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo; - limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo. - A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Por isso, a vida útil de um ativo pode ser menor do que a sua vida econômica. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes. - Terrenos e edifícios são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo quando sejam adquiridos conjuntamente. Com algumas exceções, como as pedreiras e os locais usados como aterro, os terrenos têm vida útil ilimitada e, portanto, não são depreciados. Os edifícios têm vida útil limitada e, por isso, são ativos depreciáveis. O aumento de valor de um terreno no qual um edifício esteja construído não afeta o valor contábil do edifício. G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4 Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios Curso Regular Prof. Moraes Junior Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 34 - Se o custo do terreno incluir custos de desmontagem, remoção e restauração do local, essa porção do valor contábil do terreno é depreciada durante o período de benefícios obtidos ao incorrer nesses custos. Em alguns casos, o próprio terreno pode ter vida útil limitada, sendo depreciado de modo a refletir os benefícios a serem dele retirados. Método de depreciação - O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros. - O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. - Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. O método dos saldos decrescentes resulta em despesa decrescente durante a vida útil. O método de unidades produzidas resulta em despesa baseada no uso ou produção esperados. A entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo dos benefícios econômicos futuros esperados incorporados no ativo. Esse método é aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão. Finalmente, para encerrar assunto depreciação e “misturá-lo” com provisões, gostaria de resolver mais três questões com vários conceitos importantes. Vejamos. Já caiu em prova! (AFRF-2003-ESAF) Em primeiro de novembro a Nossa Firma adquiriu cinco conjuntos de mesas com quatro cadeiras, para pagamento em 60 dias. O preço total foi R$ 10.000,00, sendo R$ 1.000,00 por mesa e R$ 250,00 por cadeira. Segundo o costume usual os móveis brasileiros têm expectativa de vida útil de dez anos, mas o proprietário falou e disse: “vou cuidar para que a depreciação dos bens de uso seja feita em 12 anos”. A empresinha da questão usa como mobília dois dos conjuntos adquiridos e os outros três foram destinados à revenda. No dia 31 de dezembro os bens foram inventariados com base em pesquisa válida que encontrou preço líquido de mercado de R$ 900,00 para as mesas e de R$ 300,00 para as cadeiras. Com base nestes dados e informações, adotando-se os critérios legais de avaliação de ativos, podemos dizer, com certeza, que no
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