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Aula 05 Contabilidade Geral

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G i s e l d a S i l v a , C P F : 2 2 7 9 7 2 8 9 4 0 4
Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios 
Curso Regular 
Prof. Moraes Junior 
Prof. José Jayme Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1
Contabilidade Geral e Avançada 
Aula 05 
6. Provisões. 
7. Depreciação, Amortização e Exaustão. 
Conteúdo 
6. Provisões ................................................................................................................................ 2 
6.1. Provisões em Geral ......................................................................................................... 2 
6.2. Provisões do Ativo........................................................................................................... 2 
6.2.1. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado.......................................................... 3 
6.2.1.1. Instrumentos financeiros, Direitos, Títulos de Crédito e Estoques.......... 3 
6.2.1.1.1. Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda ou Mantidos para 
Negociação ................................................................................................................................. 3 
6.2.1.1.2. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Demais Instrumentos 
Financeiros, Direitos e Títulos de Crédito ......................................................................... 5 
6.2.1.1.3. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Estoques ............................ 6 
6.2.2. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ou Provisão para Perdas 
com Créditos Incobráveis ou Provisão para Devedores Duvidosos.......................... 7 
6.2.3. Investimentos Permanentes .................................................................................. 12 
6.3. Provisões do Passivo .................................................................................................... 13 
7. Depreciação, Amortização e Exaustão ....................................................................... 20 
7.1. Critérios de Avaliação e Baixas das contas do Ativo – Imobilizado e 
Intangível.................................................................................................................................. 20 
7.2. Depreciação..................................................................................................................... 21 
7.2.1. Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha 
Reta............................................................................................................................................. 23 
7.2.2. Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole ............................................ 24 
7.2.3. Tipos de Depreciação ............................................................................................... 26 
7.2.4. Alienação de Bens do Ativo Não Circulante Imobilizado............................... 27 
7.2.5. Depreciação de Bens Adquiridos Usados ........................................................... 31 
7.2.6. Pontos Importantes da Resolução CFC no 1.177/09 ...................................... 31 
7.3. Amortização .................................................................................................................... 40 
7.4. Exaustão........................................................................................................................... 42 
7.4.1. Exaustão de Recursos Minerais............................................................................. 43 
7.4.2. Exaustão de Recursos Florestais .......................................................................... 43 
7.5. Memorize para a Prova................................................................................................ 48 
7.6. Exercícios de Fixação .............................................................................................. 52 
7.7. Resolução dos Exercícios de Fixação ................................................................. 65 
 
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Curso Online - Contabilidade Geral e Avançada – Teoria e Exercícios 
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Alguns alunos solicitaram, em meu curso de Raciocínio Lógico para 
Traumatizados, em andamento, que eu fizesse uma “pausa” de tempos em 
tempos, para que eles pudessem estudar mais a matéria, tendo em vista a 
grande quantidade de aulas e assuntos (o curso de Raciocínio Lógico para 
Traumatizados possui 25 aulas). 
 
Achei a prática salutar e vou adotá-la neste curso também, ou seja, como 
nosso curso possui 15 aulas, de cinco em cinco aulas, darei um intervalo de 
uma semana para que você possa estudar e “respirar” (risos). Portanto, como 
estamos na aula 5, após esta aula haverá um intervalo de uma semana e a 
aula 6 será disponibilizada no dia 30/07. O outro intervalo será após a aula 10. 
 
Acredito que, deste modo, seu rendimento será melhor. 
 
6. Provisões 
 
6.1. Provisões em Geral 
 
As provisões, normalmente, são valores estimados que cobrem perdas 
prováveis ou representam a existência de exigibilidades, cujos montantes 
podem ser previamente conhecidos e/ou calculados. As provisões são 
sempre contas de natureza CREDORA. 
 
6.2. Provisões do Ativo 
 
As provisões do ativo figuram, no Balanço Patrimonial, como contas redutoras 
do Ativo e são constituídas debitando-se uma conta de “Despesa” e 
creditando-se uma conta patrimonial representante da respectiva provisão. 
 
Caso a perda seja consumada, deve-se debitar a conta da respectiva provisão 
e creditar a conta com base na qual ela foi constituída. Entretanto, se a perda 
não for consumada, o saldo da provisão será revertido para uma conta de 
“Receita” (a reversão da provisão poderá ser parcial ou total). 
 
Constituição da Provisão: 
Despesas com Provisão (Despesa) 
a Provisão (Ativo – Retificadora) 
 
Perda Consumada: 
Provisão (Ativo – Retificadora) 
a Conta com base na qual ela foi constituída (Ativo) 
 
Reversão da Provisão: 
Provisão (Ativo – Retificadora) 
a Reversão da Provisão (Receita) 
 
 
 
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As provisões do Ativo mais utilizadas são: 
 
- Provisão p/ Ajuste ao Valor de Mercado; 
- Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa; 
- Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos. 
 
6.2.1. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 
 
6.2.1.1. Instrumentos financeiros, Direitos, Títulos de Crédito e 
Estoques 
 
Instrumento financeiro é qualquer contrato que origine um ativo financeiro 
para uma entidade ou um passivo financeiro ou título patrimonial para outra 
entidade. 
 
6.2.1.1.1. Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda ou 
Mantidos para Negociação 
 
Nesse caso, não será constituída uma provisão para ajuste ao valor de 
mercado, pois haverá um ajuste diretamente em conta do patrimônio líquido 
ou em conta de resultado. Vejamos! 
 
De acordo com o inciso I do artigo 183 da Lei no 6.404/76, as aplicações em 
instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos 
de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo, serão avaliadas: 
 
a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda; e 
 
De acordo com a Resolução no 1.199/09, do Conselho Federal de 
Contabilidade, que aprovou o IT 02 – Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação: 
 
Valor justo é o montante pelo qual um ativo poderia ser trocado, ou um 
passivo liquidado, entre partes independentes com conhecimento do negócio e 
interesse em realizá-lo, em uma transação em que não há favorecidos.Ainda de acordo com a Resolução no 1.199/09: 
 
- O ganho ou a perda relativo a ativo financeiro disponível para venda deve 
ser reconhecido em conta específica no patrimônio líquido (ajustes de 
avaliação patrimonial) até o ativo ser baixado, exceto no caso de ganhos e 
perdas decorrentes de variação cambial e de perdas decorrentes de redução 
ao valor recuperável (impairment). 
 
- O ganho ou a perda relativo a ativo financeiro mantido para negociação 
(negociação imediata) deve ser reconhecido em conta de resultado. 
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- No momento da baixa, o ganho ou a perda acumulado na conta específica do 
patrimônio líquido deve ser transferido para o resultado do período como 
ajuste de reclassificação. 
 
- Os dividendos de título patrimonial registrado como disponível para venda 
devem ser reconhecidos no resultado no momento em que é estabelecido o 
direito da entidade de recebê-los. 
 
Ou seja, resumindo, temos o seguinte: 
- Instrumentos Financeiros Disponíveis para Venda: ajustes na conta 
Ajustes de Avaliação Patrimonial (ganho ou perda). 
 
- Instrumentos Financeiros Mantidos para Negociação: ajustes em 
contas de resultado (receita ou despesa). 
 
Exemplo: Em 11/07/20XX, a empresa J4M2 S/A adquire 1.000 ações 
preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce (VALE5) na bolsa de valores pelo 
valor de R$ 43,00. Suponha que o preço das referidas ações em 31/12/20XX é 
de R$ 42,00 e que a empresa J4M2 S/A vendeu as ações em 31/01/20XX+1 
por R$ 44,00. Efetue os lançamentos necessários. 
 
Repare que as ações da Vale do Rio Doce, para a empresa J4M2, são 
instrumentos destinadas a negociação ou disponíveis para venda. Vamos 
considerar que, no momento da compra, as ações ficaram disponíveis para 
venda. 
 
Em 11/07/20XX: 
 
Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 43.000 
(1000 ações x R$ 43,00 = R$ 43.000,00) 
 
Em 31/12/20XX 
 
Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 
a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 1.000 (*) 
(R$ 42.000,00 – R$ 43.000,00) 
 
(*) ATENÇÃO !!! Neste caso, após as alterações da Lei das S/A, se o valor de 
mercado das ações em 31/12/20XX fosse maior que o valor de aquisição, 
haveria lançamento a fazer. Suponha que o valor de mercado em 31/12/20XX 
fosse R$ 45,00. 
 
Lançamento: 
Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 
a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 2.000 
 
Resultado em 20XX = Receitas – Despesas = 0 
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Em 31/01/20XX+1 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Receitas – Renda Variável (Receitas) 44.000 
 
Despesa – Custo de Aplicação de Renda Variável (Despesa) 
a Investimentos Temporários - Ações VALE5 (Ativo Circulante) 42.000 
 
Despesa – Ajuste de Reclassificação (Despesa) 
a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 1.000 
 
Resultado em 20X1 = Rec. – Desp. = 44.000 – 1.000 – 42.000 = 1.000 
 
(*) Caso a empresa recebesse dividendos de R$ 2.000,00 em relação a essas 
ações, o lançamento seria: 
 
I – Distribuição dos dividendos pela Vale do Rio Doce: 
 
Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
a Receita de Dividendos (Receita) 2.000 
 
II – Pagamento dos dividendos pela Vale do Rio Doce: 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 2.000 
 
6.2.1.1.2. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Demais 
Instrumentos Financeiros, Direitos e Títulos de Crédito 
 
De acordo com o inciso I do artigo 183 da Lei no 6.404/76, as aplicações em 
instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos 
de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo, serão avaliadas: 
 
a) ... 
 
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado 
conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de 
realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e 
os direitos e títulos de crédito. 
 
Portanto, no caso das demais aplicações, direitos e títulos de crédito, poderá 
haver uma provisão para ajuste ao valor de mercado. 
 
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Exemplo: Suponha que, em 30/06/2010, a empresa J4M2 possuía um título a 
receber no valor de R$ 1.950,00, com vencimento em 15/07/2010, que sofria 
ajustes de acordo com IGP-M (Índice Geral de Preço do Mercado). Suponha 
ainda que o IGP-M de junho foi de -1% (houve uma deflação de 1%). Calcule a 
provisão para ajuste ao valor de mercado e faça os lançamentos necessários. 
 
A conta existente era: 
Títulos a Receber = R$ 1.950,00 
 
Se o título a receber é ajustado pelo IGP-M e houve deflação de 1%, o valor a 
receber em 15/07/2010 será de: 
 
Valor a receber = 1.950 – 1% x 1.950 = 1.950 – 19,50 = R$ 1.930,50. 
 
Portanto, em 30/06/2010, faremos o seguinte lançamento: 
 
Despesas com Provisão (Despesa) 
a Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (Ativo Circulante – Retif.) 19,50 
 
Por ocasião do pagamento do título pelo cliente: 
 
Diversos 
a Títulos a Receber (Ativo Circulante) 
Bancos (Ativo Circulante) 1.930,50 
Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado (AC – Retif.) 19,50 1.950 
 
6.2.1.1.3. Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado - Estoques 
 
De acordo com o inciso II do artigo 183 da Lei no 6.404/76, os direitos que 
tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim 
como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão 
avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para 
ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. 
 
Ou seja, caso o valor de aquisição seja menor que o valor de mercado, 
nenhuma provisão deverá ser feita. Caso contrário, ou seja, se o valor de 
aquisição seja maior que o valor de mercado, deverá ser feita uma Provisão p/ 
Ajuste ao Valor de Mercado, que será retificadora da conta de Estoques. 
 
Exemplo: A Cia. J4M2 Ltda adquiriu, em 31/01/2009, mercadorias no valor de 
R$ 200.000,00. Suponha que, por ocasião do encerramento do exercício social 
da Cia. J4M2 Ltda, em 31/12/2009, o valor de mercado mercadorias era de R$ 
170.000,00. Desconsidere a incidência de tributos na operação de compra. 
Efetue os lançamentos necessários. 
 
 
 
 
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Na aquisição do investimento: 
 
Mercadorias (Ativo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 200.000 
 
Em 31/12/2009: 
 
A provisão deverá ser constituída no valor da diferença entre o custo de 
aquisição e o valor de mercado. 
 
Provisão para Ajustes ao Valor de Mercado = 200.000 – 170.000 = 30.000 
 
Despesas com Provisões (Despesas) 
a Prov. para Ajuste a Valor de Mercado (Ativo Circulante – Retif.) 30.000 
 
6.2.2. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ou Provisão para 
Perdas com Créditos Incobráveis ou Provisão para Devedores 
Duvidosos 
 
Corresponde ao valor provisionado ao final de cada exercício social para cobrir, 
no exercício seguinte, perdas decorrentes de não recebimento de direitos da 
empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). 
 
O valor daprovisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado 
em estudos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos últimos 
exercícios) sobre os valores dos direitos existentes na época do Balanço 
Patrimonial. Esta provisão é uma conta retificadora das contas “Clientes” ou 
“Duplicatas a Receber”. 
 
Lançamentos: 
 
Constituição da Provisão: 
Despesa com Provisões (Despesa) 
a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.) 
 
ATENÇÃO!!! A “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”, 
constituída no ano anterior, pode ter duas destinações: 
 
Perda Consumada: 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.) 
a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 
 
Reversão da Provisão: 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante – Retif.) 
a Reversão de Provisão (Receita) 
 
 
 
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Exemplo: A empresa Kaprisma Ltda, no encerramento do exercício social de 
2006, apurou o saldo de Duplicatas a Receber no valor de R$ 50.000,00, 
constituindo uma Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa a uma taxa de 
3%. Ao longo do exercício de 2007, foram consideradas incobráveis Duplicatas 
a Receber no valor de R$ 1.000,00. Efetue os lançamentos devidos: 
 
1) Constituição da Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (31/12/2006): 
PCLD = 3% x 50.000 = 1.500 
 
Despesas com Provisões (Despesa) 
a Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC-Retificadora) 1.500 
 
2) Duplicatas a Receber incobráveis ao longo de 2007: Perda consumada 
 
Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC-Retificadora) 
a Duplicatas a Receber (AC) 1.000 
 
3) No encerramento de 2007: Reversão da provisão 
 
Provisão p/ Créditos de Liquidação Duvidosa (AC-Retificadora) 
a Reversão de Provisões (Receita) 500 
 
Contudo, as bancas costumam adotar o método da complementação, ou seja, 
não fazem a reversão da provisão que não foi utilizada e constituem a provisão 
para o ano seguinte somente pelo valor da diferença entre o valor da provisão 
calculada e o saldo atual da provisão. Não entendeu? Nada melhor que um 
exercício para entender tal explicação. Vejamos. 
 
Já caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) No balanço patrimonial encerrado em 
31/12/2007, a empresa Previdente S.A. apresentava a conta Provisão para 
Créditos de Liquidação Duvidosa com saldo de R$ 13.200,00. Durante o ano de 
2008 a empresa baixou créditos incobráveis no valor de R$ 7.000,00 e teve 
comprovada a experiência de perdas no recebimento de créditos, ocorrida nos 
últimos três anos, em média de 4%. Em 31/12/2008, data de encerramento do 
exercício social, a empresa tinha créditos a receber no valor de R$ 180.000,00, 
dos quais R$ 20.000,00 eram devidos por uma firma que abriu concordata, 
conseguindo um acordo judicial à base de 68%. Ao contabilizar uma nova 
provisão no exercício de 2008, o contador deverá constituir para o balanço um 
saldo de 
 
a) R$ 12.800,00. 
b) R$ 5.800,00. 
c) R$ 7.200,00. 
d) R$ 6.000,00. 
e) R$ 19.600,00. 
 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) = 13.200 
 
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Baixa de Créditos incobráveis = 7.000 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Ativo Circulante - Retificadora) 
a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 7.000 
 
 
 
 
 
Média de Perdas = 4% 
 
31/12/2008 ⇒Créditos a Receber = 180.000 
 
Um ponto importante da questão é: R$ 20.000,00 eram devidos por uma firma 
que abriu concordata (*), conseguindo um acordo judicial à base de 68%. Ou 
seja, 32% de R$ 20.000,00 ficarão sem previsão de recebimento. 
 
(*) Em 2008, não havia mais concordata e sim recuperação judicial, mas não 
interfere na resolução da questão. 
 
Cálculo da PCLD (geral) = 4% x (180.000 – 20.000) = 4% x 160.000 = 6.400 
Cálculo da PCLD (concordata) = (1 – 68%) x 20.000 = 32% x 20.000 = 6.400 
PCLD (total) = 6.400 + 6.400 = 12.800 
 
Nos últimos anos, as questões da Esaf sobre PCLD sempre adotaram o método 
da complementação (sem fazer a reversão). 
 
Neste caso, teríamos: 
 
Saldo da PCLD: 
 
 
 
 
Constituição da PCLD por complementação: 
PCLD = 12.800 (calculado) – 6.200 (saldo atual da PCLD) = 6.600 
 
Despesas com Provisões (Despesa) 
a PCLD (Ativo Circulante – Retificadora) 6.600 
GABARITO: ANULADA 
 
Atenção para os valores que não devem compor a base de cálculo da Provisão 
p/ Créditos de Liquidação Duvidosa: 
 
- créditos com pessoas jurídicas de direito público ou empresa sob seu 
controle, empresa pública, sociedade de economia mista ou sua subsidiária; 
 
- vendas com reserva de domínio, alienação fiduciária, ou de operações com 
garantia real; 
PCLD 
7.000 13.200 
 6.200 
 
PCLD 
7.000 13.200 
 6.200 
 
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- créditos com coligadas, controladas, controladoras, interligadas ou 
associadas por qualquer outra forma; 
 
- créditos junto a instituições financeiras, demais instituições autorizadas pelo 
Banco Central e sociedades de fundo de investimentos; 
 
- créditos com administrador, sócio ou acionista, titular ou com o seu cônjuge 
ou parente até o terceiro grau, inclusive os afins; 
 
- créditos adquiridos com coobrigação; 
 
- crédito relativo ao bem arrendado, no caso de entidades que trabalham com 
arrendamento mercantil. 
 
Direito de Garantia: a obrigação de pagar a dívida fica garantida por um bem 
imóvel (garantia real); um bem móvel (garantia real); um título de crédito 
(garantia real) ou uma assinatura de terceiro (garantia pessoal ou garantia por 
aval). São garantias reais a hipoteca, o penhor, a caução e a alienação 
fiduciária. Ou seja, garantia por aval não é garantia real. 
 
Exemplo: A empresa J4M2 Ltda apresentou R$ 90.000,00 de saldo da conta 
“Duplicatas a Receber”, em 31/12/2006. O AFRF Simões, em procedimento de 
fiscalização na referida empresa, desconfiou que o saldo da conta “Provisão 
para Créditos de Liquidação Duvidosa” estava incorreto, e, por essa razão, 
resolveu apurar a composição deste saldo, conforme descrito abaixo: 
 
• Créditos habilitados em falência = R$ 12.000,00 (50% deve ser 
constituído com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) 
• Créditos habilitados em liquidação judicial com proposta de liquidação de 
60% = R$ 6.000,00 
• Créditos sem garantia = R$ 35.000,00 
• Créditos com garantia por aval = R$ 27.000,00 
• Créditos com garantias reais = R$ 10.000,00 
 
Sabendo-se que a empresa tem o costume de constituir a provisão para 
créditos de liquidação duvidosa pelo critério das perdas prováveis, utilizando-
se nos créditos normais o percentual de 4%, pode-se afirmar que o máximo 
valor da provisão a ser constituída em 31/12/2006 é de: 
 
Créditos Normais = 4% x (Créditos com Garantia por Aval + Créditos sem 
Garantia) 
Créditos Normais = 4% x (35.000 + 27.000) = 4% x 62.000 = 2.480 
 
Créditos Habilitados em Falência = 50% x 12.000 
Créditos Habilitados em Falência = 6.000 (constituição da provisão sobre 50%, 
conforme informado na questão). 
 
Créditos Habilitados em Recuperação Judicial = (100% - 60%) x 6.000 
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Créditos Habilitados em Recuperação Judicial = 2.400 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa = 2.480 + 6.000 + 
2.400 = 10.880 
 
Vamos ver um outro exemplo. Já caiu em prova! (ESAF) A Cia Y apresenta, no 
início do exercício de X4, um saldo na conta Provisão para Créditos de 
Liquidação Duvidosa de R$ 2.000,00. Durante o exercício, ocorreram os 
seguintes fatos: 
 
I – Cliente “H”: devia R$ 150,00 e pagou apenas R$ 130,00 (o restante é 
incobrável) 
II – Cliente “Z”: faliu, devendo R$ 150,00 (incobrável) 
III – Cliente “A”: havia sido considerado incobrável no exercício anterior, mas 
pagou sua dívida no montante de R$ 200,00. 
IV – Dívidas consideradas incobráveis durante o exercício atual: R$ 400,00. 
 
Calcule o valor da provisão para créditos de liquidação duvidosa a ser 
constituído pelo método da complementação e assinale a alternativa correta: 
 
Dados: 
Saldo de “Duplicatas a Receber” = R$ 80.000,00 
Provisão Calculada à Base de 3%. 
 
(a) R$ 950,00 
(b) R$ 960,00 
(c) R$ 970,00 
(d) R$ 980,00 
(e) R$ 990,00 
 
Saldo Inicial da Prov. para Créditos de Liq. Duvidosa 2.000 
(-) Diferença incobrável do cliente “H” = 150 –130 (20) 
(-) Falência do cliente “Z” (crédito incobrável) (150) 
(-) Dívidas incobráveis no exercício atual (400) 
Saldo Final da Prov. para Créditos de Liq. Duvidosa 1.430 
 
Valor da Provisão = 3% x Duplicatas a Receber = 3% x 80.000 ⇒ 
⇒ Valor da Provisão = 2.400 
 
Método da Complementação = Valor da Provisão – Saldo Final ⇒ 
⇒ Método da Complementação = 2.400 – 1.430 = 970 
GABARITO: C 
 
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6.2.3. Investimentos Permanentes 
 
6.2.3.1. Provisão para Perdas Prováveis na Realização de 
Investimentos 
 
De acordo com o inciso III do artigo 183 da Lei no 6.404/76, os investimentos 
em participação no capital social de outras sociedades avaliados pelo custo de 
aquisição serão deduzidos de provisão para perdas prováveis na realização do 
seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente. 
 
Esta provisão aparece como retificadora da conta “Participações Permanentes”, 
do Ativo Não Circulante - Investimentos. Ou seja, são provisões para perdas 
prováveis em participações permanentes avaliadas pelo custo de aquisição. 
 
Repare que aqui pode gerar certa confusão, pois a lei fala em provisão para 
perdas prováveis e depois fala que a perda deve ser comprovada como 
permanente. Afinal, a perda é provável ou permanente? Calma, vou explicar. 
 
Para reconhecer a provisão na investidora, a perda deve ser comprovada 
como permanente na investida. A perda é provável na investidora, pois ela 
ainda não realizou a perda, ou seja, ainda não alienou sua participação na 
investida. Vamos ver um exemplo. 
 
Exemplo: A Cia. Linotécnica, em outubro de 2005, adquiriu, sem a intenção 
de venda 5% das ações da Cia. Investida, por R$ 50.000,00, em um 
investimento que será avaliado pelo custo de aquisição. Em 31/12/2005, o 
valor de mercado das ações caiu para R$ 45.000,00, pois, em novembro de 
2005 houve um incêndio na Cia. Investida, sendo tal perda considerada de 
difícil recuperação. Deste modo, no encerramento do exercício social de 2005, 
a Cia. Linotécnica deverá constituir uma Provisão p/ Perdas Prováveis na 
Realização de Investimentos, conforme abaixo: 
 
Na aquisição do investimento: 
Participações Societárias (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Bancos (Ativo Circulante) 50.000 
 
Na constituição da provisão: 
Despesas com Provisões (Despesa) 
a Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (ANC–Inv-
Retificadora) 5.000 
 
Repare que a perda é provável, pois a investidora ainda não alienou seu 
investimento. Se ela alienasse hoje, teria um prejuízo de R$ 5.000,00 
(comprou por R$ 50.000,00 e a alienação seria por R$ 45.000,00). Contudo, 
como ainda não houve a alienação, a perda é provável. 
 
Já na investida, a perda é permanente, pois houve um incêndio. 
 
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Suponha que, em 2006, parte da perda seja recuperada, fazendo com que o 
valor das ações suba de R$ 45.000,00 para R$ 48.000,00. Nessa situação, a 
Cia Linotécnica deverá efetuar o seguinte lançamento: 
 
Provisão p/ Perdas Prováveis na Realização de Investimentos (ANC–Inv-
Retificadora) 
a Reversão de Provisões (Receita) 3.000 
 
Ou seja, a perda provável na investidora foi reduzida para R$ 2.000,00 (R$ 
50.000,00 – R$ 48.000,00). 
 
Finalmente, de acordo com o inciso IV do artigo 183 da Lei no 6.404/76, os 
demais investimentos avaliados pelo custo de aquisição também serão 
deduzidos de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu 
valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando 
este for inferior. 
 
6.3. Provisões do Passivo 
 
Como as provisões são sempre contas de natureza CREDORA, as provisões do 
Passivo não são contas retificadoras e sim contas representativas de 
obrigações, também chamadas de “Provisões para Pagamentos”. Como 
exemplo, temos: 
 
- Provisão para o Imposto de Renda; 
- Provisão para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; 
- Provisão para Décimo-Terceiro Salário; 
- Provisão para Férias; 
- Provisão para Contingências. 
 
Lançamentos: 
 
Na constituição da Provisão (Por exemplo: Imposto de Renda): 
Despesas com Provisão para Imposto de Renda (Despesa) 
a Provisão para Imposto de Renda (Passivo Circulante) 
 
No pagamento: 
Provisão para Imposto de Renda (Passivo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 
 
Já caiu em prova! (Analista de Atividades do Meio Ambiente-Contador-
Ibram-2009-Cespe) 
Contas R$ 
provisão para perdas em estoque 5.000 
provisão para crédito de liquidação duvidosa 10.000 
provisão para contingências trabalhistas 15.000 
provisão para contingências ambientais 20.000 
 
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Considerando as informações acima, que constam do balancete de verificação 
de determinada companhia levantado após o encerramento das contas de 
resultado, julgue os itens a seguir. 
 
1. As contas credoras somam R$ 50.000,00 no total. 
 
Lembra do que eu falei? Todas as contas de provisão são de natureza credora. 
Portanto, apareceu “provisão para....” é de natureza credora. 
 
provisão para perdas em estoque 5.000 (credora) 
provisão para crédito de liquidação duvidosa 10.000 (credora) 
provisão para contingências trabalhistas 15.000 (credora) 
provisão para contingências ambientais 20.000 (credora) 
Saldo das contas de natureza credora 50.000 
Portanto, o item está CORRETO. 
 
2. As contas classificadas no passivo somam R$ 50.000,00 no total. 
 
Provisão para Perdas em Estoques: Ativo Circulante – Retificadora 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Ativo Circulante – Retificadora 
Provisão para Contingências Trabalhistas: Passivo Circulante ou Passivo Não 
Circulante “Longo Prazo” 
Provisão para Contingências Ambientais: Passivo Circulante ou Passivo Não 
Circulante “Longo Prazo” 
 
Portanto, no passivo temos: 
provisão para contingências trabalhistas 15.000 (credora) 
provisão para contingências ambientais 20.000 (credora) 
Saldo das contas do passivo 35.000 
Logo, o itemestá ERRADO. 
 
3. O aumento na conta provisão para perdas em estoque afeta a situação 
líquida da companhia, e a constituição da provisão para contingências 
trabalhistas é fato contábil modificativo, pois aumenta o resultado. 
 
Vamos analisar o item: 
I – Aumento da provisão para perdas em estoques 
O lançamento seria: 
 Despesas com Provisões (Despesas) 
 a Provisão para Perdas em Estoques (Ativo Circulante - Retificadora) 
 
Portanto, como afeta o Ativo Circulante (há uma diminuição, tendo em vista 
que a conta de provisão é sempre de natureza e, quando classificada no Ativo 
Circulante, é retificadora), afeta a situação líquida da companhia. 
 
 
 
 
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II – Constituição da provisão para contingências trabalhistas: 
O lançamento seria: 
 Despesas com Provisões (Despesas) 
a Provisão para Contingências Trabalhistas (Passivo Circulante ou Passivo 
Não Circulante “Longo Prazo”) 
 
Como há uma despesa na constituição da provisão, há uma redução do 
patrimônio líquido da empresa, sendo, portanto, um fato modificativo 
diminutivo (diminui o resultado). Logo, o item está ERRADO. 
 
Mais um ponto importante que não podemos confundir na hora da prova! 
Vejamos: 
 
Reservas: São parcelas que compõem o Patrimônio Líquido e podem 
representar os valores recebidos dos sócios/acionistas ou uma parte dos lucros 
obtidos pela empresa e não distribuídos. Além disso, não representam 
aumento do Capital Social. As “Reservas” não transitam pelo resultado do 
exercício. 
 
Provisões: Representam reduções do Ativo (Provisões do Ativo) ou aumento 
das exigibilidades (Provisões do Passivo), cujos valores ainda são incertos 
(estimados). Ou seja, representam expectativas de perdas de ativos ou 
estimativas de valores a serem desembolsados em um futuro próximo. 
 
ATENÇÃO!!! As obrigações com valores líquidos e certos (determinados) não 
são consideradas provisões. 
Exemplo: Aluguel a Pagar, Duplicatas a Pagar, ICMS a Recolher, etc. 
 
Exemplo: Diferença entre Reservas e Provisões: 
 
Reservas para Contingências (art. 195, da Lei no 6.404/76): A 
assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar 
parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, 
em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada 
provável, cujo valor possa ser estimado (classificada no Patrimônio Líquido). 
 
Provisões para Contingências: se essa possibilidade existe e deve-se a 
algum fato gerador contábil já ocorrido e, ainda, se o possível desembolso ou 
perda pode ser razoavelmente mensurado em reais, precisa ser contabilizado 
dentro do regime de competência, mediante constituição de uma provisão, 
com uma contrapartida a débito do resultado. 
Exemplo: Provisão para Contingências Fiscais e Trabalhistas (classificada no 
Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante – Exigível a Longo Prazo). 
 
 
 
 
 
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Já caiu em prova! (Fiscal de Rendas-RJ-2007-FGV) A empresa BARRACÃO 
S/A, dedicada ao comércio de tecidos, apurou em seu balancete de 
encerramento (31/12/2007) os saldos das contas patrimoniais e de resultado 
listados no quadro abaixo. Observe que todos os saldos se referem a 
31/12/2007, com exceção da conta “lucros acumulados”, que se refere a 
31/12/2006. Considerando que o estagiário ordenou as contas em ordem 
crescente dos respectivos saldos, sugere-se organizá-las conforme a estrutura 
do Balanço Patrimonial para responder às questões de números 104 a 106 que 
seguem. 
 
provisão para redução das mercadorias a valor de mercado 746,00 
provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que 
vencem em dentro de 12 meses) 1.054,00 
provisão para créditos de liquidação duvidosa (referente aos títulos que 
vencem após os 12 primeiros meses) 
 1.090,00 
despesas antecipadas (prazo: após os 12 primeiros meses) 1.790,00 
amortização acumulada (das despesas pré-operacionais) 1.800,00 
despesas pré-operacionais 2.000,00 
empréstimos concedidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 4.500,00 
ações em tesouraria 5.000,00 
despesas antecipadas (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 5.000,00 
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: em dentro 
dos 12 primeiros meses) 6.500,00 
provisão para contingências trabalhistas (estimativa de pagamento: após os 12 
primeiros meses) 8.000,00 
caixa 10.000,00 
empréstimos concedidos a diretores (transações não-operacionais) 10.000,00 
reserva para contingências 12.000,00 
descontos comerciais e abatimentos 14.850,00 
móveis e utensílios (de uso próprio) 15.000,00 
receita de equivalência patrimonial 19.950,00 
depósitos judiciais (expectativa de decisão terminativa: após os 12 primeiros 
meses) 20.000,00 
terrenos (de uso próprio) 20.000,00 
deságio relativo a participações societárias 20.300,00 
vendas canceladas 23.000,00 
empréstimos obtidos (prazo: após os 12 primeiros meses) 24.000,00 
duplicatas descont. (títulos que vencem em dentro de 12 meses) 25.000,00 
impostos a recolher (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 28.500,00 
veículos (de uso próprio) 30.000,00 
aplicações financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00 
impostos parcelados (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 32.000,00 
outras aplic. Financ.(prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 39.500,00 
despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 40.000,00 
salários a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 42.000,00 
impostos parcelados (prazo: após os 12 primeiros meses) 42.500,00 
aplicações financeiras de imediata realização 45.000,00 
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empréstimos obtidos (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 45.000,00 
reserva legal 48.000,00 
despesas financeiras 50.500,00 
lucros acumulados (saldo inicial) 51.000,00 
duplicatas a receber de clientes (prazo: após os 12 primeiros meses)54.500,00 
prédios e construções (de uso próprio) 60.000,00 
fornecedores a pagar (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 64.000,00 
bancos conta corrente 78.000,00 
estoque de mercadorias 87.400,00 
reserva de capital 89.800,00 
duplicatas a receber (prazo: em dentro dos 12 primeiros meses) 105.400,00 
receita não-operacional 196.000,00 
Participações societárias em controladas e coligadas avaliadas pelo método da 
equivalência patrimonial 300.700,00 
capital social 500.000,00 
despesa não-operacional 500.000,00 
depreciação acumulada 525.000,00 
máquinas e equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 
despesas de comercialização 860.000,00 
despesas administrativas 980.700,00 
impostos sobre vendas 1.000.000,00 
custo das mercadorias vendidas 1.589.400,00 
receita bruta 5.000.000,00O saldo do Ativo Não Circulante, em 31/12/2007, é: 
 
(a) 804.480,00. 
(b) 121.700,00. 
(c) 802.300,00. 
(d) 803.390,00. 
(e) 680.600,00. 
 
Primeiramente, como uma forma de estudar para a prova, vamos classificar 
todas as contas e levantar o balancete de verificação: 
 
ATENÇÃO!!! Como a conta Lucros Acumulados ainda está com saldo inicial, no 
balancete de verificação irão constar contas patrimoniais e de resultado (a 
apuração do resultado do período ainda não foi efetuada). 
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Conta Saldo 
Devedor 
Saldo 
Credor 
Característica 
Provisão para redução das mercadorias a 
valor de mercado 
 746,00 Ativo Circulante - 
Retificadora 
Provisão para créditos de liquidação 
duvidosa (vencimento dentro de 12 meses) 
 1.054,00 Ativo Circulante – 
Retificadora 
Provisão para créditos de liquidação 
duvidosa (vencimento após 12 meses) 
 1.090,00 Ativo Não Circulante -
Realizável a Longo Prazo – 
Retificadora 
Despesas Antecipadas (prazo: após 12 
meses) 
1.790,00 Ativo Não Circulante - 
Realizável a Longo Prazo 
Amortização Acumulada (das despesas pré-
operacionais) 
 1.800,00 Ativo Não Circulante - 
Diferido – Retificadora (*) 
Despesas Pré-Operacionais 2.000,00 Ativo Não Circulante - 
Diferido (*) 
Empréstimos Concedidos (prazo: após 12 
meses) 
4.500,00 Ativo Não Circulante - 
Realizável a Longo Prazo 
Ações em Tesouraria 5.000,00 Patrimônio Líquido - 
Retificadora 
Despesas Antecipadas (prazo: dentro dos 
12 primeiros meses) 
5.000,00 Ativo Circulante 
Provisão para Contingências 
Trabalhistas (estimativa de pagto: 
dentro dos 12 primeiros meses) 
 6.500,00 Passivo Circulante 
Provisão para Contingências 
Trabalhistas (estimativa de pagto: 
após os 12 primeiros meses) 
 8.000,00 Passivo Não Circulante - 
Longo Prazo 
Caixa 10.000,00 Ativo Circulante 
Empréstimos Concedidos a Diretores 
(transações não-operacionais) 
10.000,00 Ativo Não Circulante - 
Realizável a Longo Prazo 
Reserva para Contingências 12.000,00 Patrimônio Líquido 
Descontos Comerciais e Abatimentos 14.850,00 Redução da Receita Bruta - 
Despesa 
Móveis e Utensílios (de uso próprio) 15.000,00 Ativo Não Circulante - 
Imobilizado 
Receita de Equivalência Patrimonial 19.950,00 Receita 
Depósitos Judiciais (expectativa de decisão 
terminativa: após 12 primeiros meses) 
20.000,00 Ativo Não Circulante - 
Realizável a Longo Prazo 
Terrenos (de uso próprio) 20.000,00 Ativo Não Circulante - 
Imobilizado 
Deságio Relativo a Participações Societárias 20.300,00 Ativo Não Circulante – 
Investimentos – Retificadora 
Vendas Canceladas 23.000,00 Redução da Receita Bruta – 
Despesa 
Empréstimos Obtidos (prazo: após os 12 
primeiros meses) 
 24.000,00 Passivo Não Circulante - 
Longo Prazo 
Duplicatas Descontadas (títulos que 
vencem em dentro de 12 meses) 
 25.000,00 Ativo Circulante – 
Retificadora 
Impostos a Recolher (prazo: em dentro dos 
12 primeiros meses) 
 28.500,00 Passivo Circulante 
Veículos (de uso próprio) 30.000,00 Ativo Não Circulante – 
Imobilizado 
Aplicações Financeiras (prazo: após os 12 
primeiros meses) 
32.000,00 Ativo Não Circulante - 
Realizável a Longo Prazo 
Impostos Parcelados (prazo: em dentro dos 32.000,00 Passivo Circulante 
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12 primeiros meses) 
Outras Aplicações Financeiras (prazo: em 
dentro dos 12 primeiros meses) 
39.500,00 Ativo Circulante 
Despesas com imposto de renda e 
contribuição social sobre o lucro 
40.000,00 Despesa 
Salários a Pagar (prazo: em dentro dos 12 
primeiros meses) 
 42.000,00 Passivo Circulante 
Impostos Parcelados (prazo: após os 12 
primeiros) 
 42.500,00 Passivo Não Circulante - 
Longo Prazo 
Aplicações Financeiras de Imediata 
Realização 
45.000,00 Ativo Circulante 
Empréstimos Obtidos (prazo: em dentro 
dos 12 primeiros meses) 
 45.000,00 Passivo Circulante 
Reserva Legal 48.000,00 Patrimônio Líquido 
Despesas Financeiras 50.500,00 Despesa 
Lucros Acumulados (saldo inicial) 51.000,00 Patrimônio Líquido 
Duplicatas a Receber de Clientes (prazo: 
após os 12 primeiros meses) 
54.500,00 Ativo Não Circulante - 
Realizável a Longo Prazo 
Prédios e Construções (de uso próprio) 60.000,00 Ativo Não Circulante – 
Imobilizado 
Fornecedores a Pagar (prazo: em dentro 
dos 12 primeiros meses) 
 64.000,00 Passivo Circulante 
Bancos Conta Corrente 78.000,00 Ativo Circulante 
Estoque de Mercadorias 87.400,00 Ativo Circulante 
Reserva de Capital 89.800,00 Patrimônio Líquido 
Duplicatas a Receber (prazo: em dentro 
dos 12 primeiros meses) 
105.400,00 Ativo Circulante 
Receita Não-Operacional 196.000,00 Receita 
Participações Societárias em Controladas e 
Coligadas Avaliadas pelo MEP 
300.700,00 Ativo Não Circulante – 
Investimentos 
Capital Social 500.000,00 Patrimônio Líquido 
Despesa Não-Operacional 500.000,00 Despesa 
Depreciação Acumulada 525.000,00 Ativo Não Circulante - 
Imobilizado – Retificadora 
Máquinas e Equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 Ativo Não Circulante – 
Imobilizado 
Despesas de Comercialização 860.000,00 Despesa 
Despesas Administrativas 980.700,00 Despesa 
Impostos sobre Vendas 1.000.000,00 Redutor da Receita Bruta - 
Despesa 
Custo das Mercadorias Vendidas 1.589.400,00 Despesa 
Receita Bruta 5.000.000,00 Receita 
Total 6.784.240,00 6.784.240,00 
(*) Apesar da extinção do Ativo Diferido pela MP no 449/08, considerei que 
estas contas foram mantidas no Ativo Diferido até a completa amortização das 
despesas pré-operacionais (hipótese prevista na referida MP – art. 299-A 
incluído na Lei no 6.404/76), verbis: 
“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 
2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não 
puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá 
permanecer no ativo sob essa classificação até sua 
completa amortização, sujeito à análise sobre a 
recuperação de que trata o § 3o do art. 183.” (NR) 
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Agora, antes de resolver a questão, gostaria de chamar a sua atenção para as 
seguintes contas (para que você não erre na hora da prova): 
 
Provisões: são sempre contas de natureza CREDORA, sendo, portanto, 
retificadoras do Ativo e obrigações no Passivo. 
 
Depósitos Judiciais: direito constituído mediante o depósito, em virtude de 
uma ação judicial, sendo, portanto, uma conta do Ativo. 
 
Vamos à resolução da questão: 
Conta Saldo 
Ativo Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Duplicatas a Receber de Clientes (prazo: após os 12 primeiros meses) 54.500,00 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (vencimento após 12 meses) (1.090,00) 
Despesas Antecipadas (prazo: após 12 meses) 1.790,00 
Empréstimos Concedidos (prazo: após 12 meses) 4.500,00 
Empréstimos Concedidos a Diretores (transações não-operacionais) 10.000,00 
Depósitos Judiciais (expectativa de decisão terminativa: após 12 primeiros 
meses) 
20.000,00 
Aplicações Financeiras (prazo: após os 12 primeiros meses) 32.000,00 
Investimentos 
Participações Societárias em Controladas e Coligadas Avaliadas pelo MEP 300.700,00 
Deságio Relativo a Participações Societárias (20.300,00) 
Imobilizado 
Veículos (de uso próprio)30.000,00 
Prédios e Construções (de uso próprio) 60.000,00 
Móveis e Utensílios (de uso próprio) 15.000,00 
Terrenos (de uso próprio) 20.000,00 
Máquinas e Equipamentos (de uso próprio) 800.000,00 
Depreciação Acumulada (525.000,00) 
Diferido (mantido até a completa amortização das despesas pré-
operacionais) 
 
Despesas Pré-Operacionais 2.000,00 
Amortização Acumulada (das despesas pré-operacionais) (1.800,00) 
Ativo Não Circulante 802.300,00 
GABARITO: C 
 
7. Depreciação, Amortização e Exaustão 
 
7.1. Critérios de Avaliação e Baixas das contas do Ativo – Imobilizado 
e Intangível. 
 
De acordo com o inciso V e VI do artigo 183 da Lei no 6.404/76, 
 
- os direitos classificados no imobilizado serão avaliados pelo custo de 
aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização 
ou exaustão; e 
 
– os direitos classificados no intangível serão avaliados pelo custo incorrido na 
aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. 
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7.2. Depreciação 
 
De acordo com a Resolução CFC no 1.177/09, que aprovou a NBC T 19.1 – 
Ativo Imobilizado, a depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável 
de um ativo ao longo da sua vida útil. 
 
Ou seja, a depreciação consiste em considerar, como despesa ou custo do 
período, uma parte do valor gasto na compra de bens de consumo 
durável utilizados nas atividades da empresa. Estes bens serão 
depreciados ao longo de sua vida útil, de modo que o valor gasto na sua 
aquisição seja considerado despesa ao longo dos anos de sua 
utilização. 
 
Lançamento: 
Despesas ou Encargos de Depreciação (Despesa) 
a Depreciação Acumulada (Ativo Não Circulante - Imobilizado – Retificadora) 
 
 - Causas: desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência; 
 
 - Alcança bens materiais (tangíveis) classificados no Ativo Não Circulante 
Imobilizado e bens de renda classificados no subgrupo de Investimentos do 
Ativo Não Circulante (Exemplo: Imóvel alugado). Há empresa que classificam o 
imóvel alugado no imobilizado; 
 
- O bem poderá ser depreciado a partir da data em que for instalado, 
colocado em serviço ou esteja em condições de produzir, 
independentemente do dia do mês, ou seja, conta-se o primeiro mês 
integralmente, qualquer que seja o dia; 
 
- Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem (Depreciação Linear, por 
Quotas Constantes ou em Linha Reta); 
 
- As taxas anuais de depreciação normalmente admitidas pela Legislação Fiscal 
para uso normal de bens em turno de oito horas diárias são: 
 
Vida Útil Taxa Anual de Depreciação 
Edifícios 25 anos 4% 
Máquinas e Equipamentos 10 anos 10% 
Instalações 10 anos 10% 
Móveis e Utensílios 10 anos 10% 
Veículos 5 anos 20% 
Bens de Informática 5 anos 20% 
 
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Exemplos (considerando que os bens são utilizados por um período 
normal de 8 horas diárias): 
 
Veículos: Vida Útil = 5 anos 
⇒Taxa de Depreciação = 1/5 anos = 20% ao ano 
Imóveis: Vida Útil = 25 anos 
 
⇒ Taxa de Depreciação = 1/25 anos = 4% ao ano 
 
Máquinas e Equipamentos = 10 anos 
⇒ Taxa de Depreciação = 1/10 anos = 10% ao ano 
 
- Vedações à depreciação de acordo com a Legislação do Imposto de 
Renda: 
 
I - Terrenos, salvo em relação a benfeitorias e construções; 
II - Bens que aumentam de valor com o tempo, como antiguidades e obras de 
arte; 
III - Bens para os quais sejam registradas cotas de amortização ou exaustão; 
e 
IV - Bens móveis ou imóveis que não estejam intrinsecamente relacionados à 
produção ou comercialização de bens e serviços e bens imóveis não alugados. 
 
- Edificações: o valor das edificações deve estar destacado do valor do custo 
de aquisição do terreno, admitindo-se o destaque baseado em laudo pericial. 
 
- Valor Residual: valor provável da realização do bem após ser totalmente 
depreciado. Caso o valor residual seja diferente de ZERO, deverá ser subtraído 
do valor do custo de aquisição do bem a ser depreciado. Este resultado é que 
servirá de base de cálculo para a taxa de depreciação. 
 
- Valor Contábil do Bem: corresponde à diferença entre o custo de aquisição 
do bem e a depreciação acumulada. 
 
Valor Contábil = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada 
 
Nota: Projetos florestais destinados à exploração de seus frutos 
também são passíveis de depreciação. Exemplo: Pomares – 
depreciação inicia a partir do momento em que se encontram em 
condições de produzir (colheita). 
 
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7.2.1. Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da 
Linha Reta 
 
Corresponde ao método de depreciação onde a depreciação acumulada é 
diretamente proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear. Pode-se 
calcular a depreciação, por este método, de duas formas: 
 
 - Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou 
 - Divide-se o valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil. 
 
Depreciação Acumulada = Taxa de Depreciação x Período x Base de Cálculo 
 
Custo de Aquisição do Bem 
(+) Gastos com instalação 
(+) Acréscimos Posteriores 
(-) Valor Residual 
Base de Cálculo da Depreciação 
 
Atenção! Não confunda depreciação acumulada com despesas com 
depreciação: 
 
- A depreciação acumulada é uma conta patrimonial que mostra toda a 
depreciação do bem desde o início de sua vida útil. 
 
- A despesa com depreciação é uma conta de resultado, ou seja, 
demonstra a depreciação de determinado período. 
 
Já caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) Na Contabilidade da empresa 
Atualizadíssima S.A. os bens depreciáveis eram apresentados com saldo de R$ 
800.000,00 em 31/03/2008, com uma Depreciação Acumulada, já 
contabilizada, com saldo de R$ 200.000,00, nessa data. Entretanto, em 
31/12/2008, o saldo da conta de bens depreciáveis havia saltado para R$ 
1.100.000,00, em decorrência da aquisição, em primeiro de abril, de outros 
bens com vida útil de 5 anos, no valor de R$ 300.000,00. Considerando que 
todo o saldo anterior é referente a bens depreciáveis à taxa anual de 10%, 
podemos dizer que no balanço patrimonial a ser encerrado em 31 de dezembro 
de 2008 o saldo da conta Depreciação Acumulada deverá ser de 
 
a) R$ 340.000,00. 
b) R$ 305.000,00. 
c) R$ 325.000,00. 
d) R$ 320.000,00. 
e) R$ 290.000,00. 
 
31/03/2008: Bens Depreciáveis I = R$ 800.000,00 em 31/03/2008 
Depreciação Acumulada = R$ 200.000,00 
Taxa de Depreciação = 10% ao ano 
 
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31/12/2008: Bens Depreciáveis (Total) = R$ 1.100.000,00 (aquisição, 01/04, 
de outros bens com vida útil de 5 anos, no valor de R$ 300.000,00). 
Bens Depreciáveis 2 = R$ 300.000,00 
Taxa de Depreciação = 1/5 ano = 20% ao ano 
 
I – Cálculo da Depreciação Acumulada em 31/12/2008: 
 
I.1 – Bens Depreciáveis 1: 
Taxa de Depreciação = 10% ao ano 
Período = de 01/04/2008 a 31/12/2009 = 9 meses = 9 meses/12 meses ⇒ 
⇒ Período = 3/4 ano = 0,75 ano (até 31/03/2008, a depreciação acumulada 
já está calculada) 
Base de Cálculo da Depreciação = 800.000 (não há valor residual) 
 
Depreciação Acumulada(Bens 1) = Depreciação Acumulada (até 31/03) + 
Taxa x Período x Base de Cálculo (de 31/03 a 31/12) ⇒ 
⇒Depreciação Acumulada (Bens 1) = 200.000 + 10% x 0,75 x 800.000 ⇒ 
⇒Depreciação Acumulada (Bens 1) = 200.000 + 60.000 = 260.000 
 
I.2 – Bens Depreciáveis 2: 
Taxa de Depreciação = 20% ao ano 
Período = de 01/04/2008 a 31/12/2009 = 9 meses = 9 meses/12 meses ⇒ 
⇒ Período = 3/4 ano = 0,75 ano (até 31/03/2008, a depreciação acumulada 
já está calculada) 
Base de Cálculo da Depreciação = 300.00 (não há valor residual) 
 
Depreciação Acumulada (Bens 2) = Taxa x Período x Base de Cálculo ⇒ 
Depreciação Acumulada (Bens 2) = 20% x 0,75 x 300.000 ⇒ 
⇒Depreciação Acumulada (Bens 2) = 45.000 
 
Depreciação Acumulada Total = 260.000 + 45.000 = 305.000 
GABARITO: B 
 
7.2.2. Método da Soma dos Dígitos ou Método de Cole 
 
Por este método a depreciação é calculada da seguinte maneira: 
 
Método de Cole Decrescente 
I - Soma-se os algarismos que compõem o número de anos da vida útil do 
bem; 
 
II - Multiplica-se o valor a ser depreciado a cada ano pela fração cujo 
denominador é a soma calculada acima (subitem 1), e o numerador, para o 
primeiro ano, é o tempo de vida útil do bem (n), para o segundo ano é “n-1”, 
para o terceiro ano é “n-2”. Utiliza-se esta metodologia até o último ano de 
vida útil, quando o numerador será igual a 1. 
 
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Exemplo: Depreciação de um veículo adquirido por R$ 30.000,00, sem valor 
residual (Suponha uma vida útil de 4 anos). 
 
Soma dos Dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 = 10 
Primeiro Ano ⇒ Depreciação = (4/10) x 30.000 = 12.000; 
Segundo Ano ⇒ Depreciação = (3/10) x 30.000 = 9.000; 
Terceiro Ano ⇒ Depreciação = (2/10) x 30.000 = 6.000; e 
Quarto Ano ⇒ Depreciação = (1/10) x 30.000 = 3.000. 
 
Método de Cole Crescente 
I - Soma-se os algarismos que compõem o número de anos da vida útil do 
bem; 
 
II - Multiplica-se o valor a ser depreciado a cada ano pela fração cujo 
denominador é a soma calculada acima (subitem 1), e o numerador, para o 
primeiro ano, é o tempo de vida útil do bem (1), para o segundo ano é “2”, 
para o terceiro ano é “3”. Utiliza-se esta metodologia até o último ano de vida 
útil, quando o numerador será igual a via útil. 
 
Exemplo: Depreciação de um veículo adquirido por R$ 30.000,00, sem valor 
residual (Suponha uma vida útil de 4 anos). 
 
Soma dos Dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 = 10 
Primeiro Ano ⇒ Depreciação = (1/10) x 30.000 = 3.000; 
Segundo Ano ⇒ Depreciação = (2/10) x 30.000 = 6.000; 
Terceiro Ano ⇒ Depreciação = (3/10) x 30.000 = 9.000; e 
Quarto Ano ⇒ Depreciação = (4/10) x 30.000 = 12.000. 
 
Nota: Para a resolução das questões, adotaremos o seguinte critério: 
1 – Questão não menciona o método de depreciação utilizado: utilizar Método 
Linear. 
 
2 – Questão menciona que o método é linear: utilizar Método Linear. 
 
3 – Questão menciona que é o método de Cole, mas não especifica se é 
crescente ou decrescente: utilizar Método de Cole Descrescente. 
 
4 – Questão menciona que é o método de Cole, é especifica se é crescente ou 
decrescente: utilizar Método de Cole Crescente/Decrescente, conforme 
especificado na questão. 
 
Já caiu em prova! (AFC-STN-2000-ESAF) Um direito sobre bens do ativo 
permanente tem vida útil de 7 (sete) anos. Submetendo-se esse bem à 
depreciação, comparativamente, pelos Métodos da Linha Reta e da Soma dos 
Dígitos dos Anos, pode-se afirmar que, no quarto ano da vida útil, 
 
(a) o imposto de renda seria maior se fosse utilizado o método da linha 
reta 
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(b) o imposto de renda seria maior se fosse utilizado o método da soma 
dos dígitos dos anos 
(c) coincidentemente, o imposto de renda seria o mesmo em ambas as 
hipóteses 
(d) a depreciação, durante a vida útil, na verdade, não afetaria o 
imposto de renda 
(e) o imposto de renda seria maior, num ou noutro método, 
dependendo do valor residual 
 
Vida Útil do Bem = 7 anos 
 
I – Método da Linha Reta de Depreciação 
 
Taxa Anual de Depreciação = 1/ 7 anos 
No quarto ano de vida útil do bem: 
Despesas com Depreciação = Custo do Bem x Taxa = Custo do Bem/7 
II – Método de Cole de Depreciação 
 
Soma dos Dígitos = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 = 28 
Quarto Ano ⇒ Depreciação = (4/28) x Custo do Bem = Custo do Bem/7 
 
Logo, no quarto ano de vida útil, a despesa com depreciação seria 
igual para os dois métodos e, conseqüentemente, o imposto também 
seria igual. 
 
Nesta questão, também não faria diferença utilizar o Método de Cole Crescente 
ou Decrescente, pois, no quarto ano, a depreciação seria igual para os dois 
métodos. 
GABARITO: C 
 
7.2.3. Tipos de Depreciação 
 
A depreciação ainda pode ser normal e acelerada. 
 
Depreciação Normal: é empregada quando o bem for utilizado em apenas 
um turno de 8 horas diárias, sendo o cálculo realizado com base na taxa 
normal de depreciação; 
 
Depreciação Acelerada: empregada quando o bem for utilizado em mais de 
turno de 8 horas diárias, devendo a taxa normal de depreciação do bem ser 
multiplicada por um coeficiente, conforme tabela abaixo: 
 
Turnos Coeficiente 
(Legislação Societária) 
Coeficiente 
(Legislação Fiscal) 
1 turno (8 horas) 1,0 1,0 
2 turnos (16 horas) 2,0 1,5 
3 turnos (24 horas) 3,0 2,0 
 
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Exemplo: Uma máquina, cuja taxa de depreciação é de 10% ao ano, está 
sendo utilizada em três turnos de 8 horas diárias. Logo, sua taxa de 
depreciação passa a ser: 
 
Contábil ⇒ Taxa de Depreciação = 3,0 x 10% = 30% ao ano 
Fiscal ⇒ Taxa de Depreciação = 2,0 x 10% = 20% ao ano 
 
Exemplo: Em 14/10/X1, a Cia. Industrial Silvestre adquiriu três máquinas nos 
valores de R$ 3.000,00, R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00, a serem utilizadas, 
respectivamente, nos departamentos de corte, pintura e montagem, operando, 
respectivamente, em um turno de 8 horas diárias, dois turnos de 8 horas 
diárias e três turnos de 8 horas diárias. Sendo a taxa de depreciação anual de 
10%, calcule depreciação contábil total máxima e a depreciação fiscal total 
máxima: 
 
10% ao ano = (10/12) % ao mês 
3 meses (out a dez) = (10/12) % x 3 meses = 10/4 = 2,5% 
 
I – Depreciação Contábil Máxima: 
Corte = 2,5% x 3.000 x 1 = 75 
Pintura = 2,5% x 6.000 x 2 = 300 
Montagem = 2,5% x 8.000 x 3 = 600 
Depreciação Contábil Máxima = 75 + 300 + 600 = 975 
 
II – Depreciação Fiscal Máxima: 
Corte = 2,5% x 3.000 x 1 = 75 
Pintura = 2,5% x 6.000 x 1,5 = 225 
Montagem = 2,5% x 8.000 x 2 = 400 
Depreciação Contábil Máxima = 75 + 225 + 400 = 700 
 
7.2.4. Alienação de Bens do Ativo Não Circulante Imobilizado 
 
Quando bens do ativo não circulante imobilizado são alienados, o resultado 
desta alienação pode ser um ganho de capital, quando o valor da alienação é 
maior que o valor contábil do bem; ou pode ser uma perda de capital, quando 
o valor da alienação é menor que o valor contábil do bem. 
 
Resultado = Valor da alienação - Valor Contábil 
 
Se Valor da Alienação > Valor Contábil ⇒ Ganho de Capital 
Se Valor da Alienação < Valor Contábil ⇒ Perda de Capital 
 
Lançamentos: 
 
I – Determinação do Custo do Bem (Valor Contábil do Bem): 
Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado – Retificadora) 
a Bem (ANC - Imobilizado) 
 
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II – Alienação do Bem: à vista ou a prazo. 
Caixa ou Títulos a Receber (Ativo Circulante) 
a Outras Receitas (Receita) 
 
III – Baixa do Bem: 
Outras Despesas (Despesa) 
a Bem (ANC - Imobilizado) 
Exemplo: Considere os dados abaixo: 
Conta: Veículos 
Data de Aquisição: 30/07/2002 
Valor de Aquisição: R$ 40.000,00 
Taxa de Depreciação: 20% ao ano 
Venda à vista em 28/02/2003: R$ 30.000,00 
Determine se houve ganho ou perda de capital na data da alienação. 
I – Cálculo do valor contábil do bem na data da alienação 
 
Custo de Aquisição = 40.000 
 
Período = de 30/07/2002 até 28/02/2003 = 8 meses (incluindo o mês de 
aquisição) 
Depreciação Acumulada = 20% x 8/12 x 40.000 = 5.333,33 
 
Valor Contábil = 40.000 – 5.333,33 = 34.666,67 
 
II – Cálculo do Ganho ou Perda de Capital: 
Valor da Venda 30.000 
(-) Valor Contábil (34.666,67) 
Perda de Capital (4.666,67) 
 
Já caiu em prova! (AFRFB-2009-Esaf) A empresa Revendedora S.A. alienou 
dois veículos de sua frota de uso, por R$ 29.000,00, a vista. O primeiro desses 
carros já era da empresa desde 2005, tendo entrado no balanço de 2007 com 
saldo de R$ 25.000,00 e depreciação acumulada de 55%. O segundo veículo 
foi comprado em primeiro de abril de 2008 por R$ 10.000,00, não tendo 
participado do balanço do referido ano de 2007. A empresa atualiza o desgaste 
de seus bens de uso em períodos mensais. Em 30 de setembro de 2008, 
quando esses veículos foram vendidos, a empresa registrou seus ganhos ou 
perdas de capital com o seguinte lançamento de fórmula complexa: 
 
a) 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 29.000,00 
Perdas de Capital 6.000,00 35.000,00 
a Veículo “A” 25.000,00 
a Veículo “B” 10.000,00 35.000,00 
 
 
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b) 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 29.000,00 
Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00 
a Veículos 35.000,00 
a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00 
 
c) 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 29.000,00 
Depreciação Acumulada 17.500,00 46.500,00 
a Veículos 35.000,00 
a Ganhos de Capital 11.500,00 46.500,00 
d) 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 29.000,00 
Depreciação Acumulada 13.750,00 42.750,00 
a Veículos 35.000,00 
a Ganhos de Capital 7.750,00 42.750,00 
 
e) 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 29.000,00 
Depreciação Acumulada 19.000,00 48.000,00 
a Veículos 35.000,00 
a Ganhos de Capital 13.000,00 48.000,00 
 
30/09/2008 
Alienação de Dois Veículos = 29.000,00 
 
Sabe-se que a vida útil de um veículo é igual a 5 anos 
Taxa de Depreciação = 1/5 = 20% ao ano 
 
I – Cálculo do Valor Contábil do Veículo 1: 
Veículo 1 (registrado no balanço em 2007) = 25.000 
Período = anterior a 2008 + 9 meses/12 meses ⇒ 
Período = anterior a 2008 + 3/4 ano = anterior a 2008 + 0,75 ano 
Depreciação Acumulada (Veículo 1 até 31/12/2007) = 55% 
 
Depreciação Acumulada = (55% (até 2007) + 20% x 0,75) x 25.000 ⇒ 
⇒ Depreciação Acumulada (Veículo 1) = 70% x 25.000 = 17.500 
 
Valor Contábil (Veículo 1) = Custo de Aquisição – Dep. Acumulada ⇒ 
⇒Valor Contábil (Veículo 1) = 25.000 – 17.500 = 7.500 
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II – Cálculo do Valor Contábil do Veículo 2: 
Veículo 2 (comprado em 01/04/2008) = 10.000 
Período = de abril a setembro = 6 meses/12 meses = 0,5 ano 
 
Depreciação Acumulada = 20% x 0,5 x 10.000 ⇒ 
⇒Depreciação Acumulada (Veículo 2) = 10% x 10.000 = 1.000 
Valor Contábil (Veículo 2) = Custo de Aquisição – Dep. Acumulada ⇒ 
⇒ Valor Contábil (Veículo 2) = 10.000 – 1.000 = 9.000 
 
III – Apuração do ganho ou perda de capital: 
 
Valor da Alienação dos dois Veículos 29.000 
(-) Valor Contábil do Veículo 1 (7.500) 
(-) Valor Contábil do Veículo 2 (9.000) 
Ganho de Capital 12.500 
 
Venda à vista: 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Outras Receitas (Receita) 29.000 
 
Depreciação Acumulada (ANC – Imobilizado – Retificadora) 
a Veículos (ANC – Imobilizado) 17.500 
 
Depreciação Acumulada (ANC – Imobilizado – Retificadora) 
a Veículos (ANC – Imobilizado) 1.000 
 
Baixa dos Veículos (pelo valor contábil): 
Outras Despesas (Despesa) 
a Veículos (ANC – Imobilizado) 7.500 
 
Outras Despesas (Despesa) 
a Veículos (ANC – Imobilizado) 9.000 
 
Lançamento consolidado: 
Diversos 
a Diversos 
Caixa (Ativo Circulante) 29.000 
Depreciação Acumulada (ANC) 18.500 (17.500 + 1.000) 
a Ganho de Capital (Receita) 12.500 (29.000 – 7.500 – 9.000) 
a Veículos (ANC – Imobilizado) 35.000 (17.500 + 1.000 + 7.500 + 9.000) 
 
Diversos 
a Diversos 
Caixa (Ativo Circulante) 29.000 
Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado) 18.500 47.500 
a Ganho de Capital (Receita) 12.500 
a Veículos (ANC – Imobilizado) 35.000 47.500 
GABARITO: B 
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7.2.5. Depreciação de Bens Adquiridos Usados 
 
No caso de bens adquiridos usados a taxa anual de depreciação será 
determinada considerando-se o maior entre os seguintes prazos: 
 
I - Metade da vida útil do bem adquirido novo; e 
 
II - Restante da vida útil, considerada em relação à primeira instalação para 
utilização do bem. 
 
Exemplo: A Cia J4M2 adquiriu um equipamento novo em 10/03/2004, com 
tempo de vida útil estimado em 4 anos. Em 25/11/2006, a Cia J4M2 vendeu 
este equipamento, agora usado, para a empresa Kaprisma. Qual será a taxa 
anual de depreciação utilizada pela Cia. Kaprisma para o referido bem? 
 
Metade da Vida Útil do Equipamento = 2 anos 
 
O equipamento estaria totalmente depreciado em fevereiro de 2008. 
Tempo de Vida Útil Restante = 2 meses (11 e 12/2006) + 1 ano (2007) + 2 
meses (01 e 02/2008) 
Tempo de Vida Útil Restante = 1 ano e 4 meses 
 
Portanto, prevalecerá o tempo de 2 anos ⇒ 
⇒ Taxa de Depreciação Anual = 1/2 anos = 50% ao ano 
 
7.2.6. Pontos Importantes da Resolução CFC no 1.177/09 
 
De acordo com a Resolução CFC no 1.177/09, que aprovou a NBC T 19.1 – 
Ativo Imobilizado: 
 
- Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em 
relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente. 
 
- A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo 
imobilizado aos componentes significativos desse item e os deprecia 
separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a 
estrutura e os motores de aeronave, seja ela de propriedade da entidade ou 
obtida por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro. De forma 
similar, se o arrendador adquire um ativo imobilizado que esteja sujeito a 
arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar 
separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam 
atribuíveis a condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis ou 
desfavoráveis em relação a condições de mercado. 
 
- A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um 
item que não tenham custo significativo em relação ao custo total do item. 
 
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- A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado 
a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo. 
 
- A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado. 
No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo 
são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação 
faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. 
Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção é 
incluída nos custos de produção de estoque. De forma semelhante, a 
depreciação de ativos imobilizados usados para atividades de desenvolvimento 
pode ser incluída no custo de um ativo intangível. 
 
- O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao 
longo da sua vida útil estimada. 
 
- O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao 
final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas 
anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de 
estimativa contábil. 
 
- A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu 
valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor 
contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade 
de depreciá-lo. 
 
- O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de 
seu valor residual. Na prática, o valor residual de um ativo 
frequentemente não é significativo e por isso imaterial para o cálculo 
do valor depreciável. 
 
Valor Depreciável = Base de Cálculo da Depreciação 
 
Custo de Aquisição do Bem 
(+) Gastos com instalação 
(+) Acréscimos Posteriores 
(-) Valor Residual 
Base de Cálculo da Depreciação 
 
Atenção! Não confundir o valor depreciável com o valor contábil: 
Valor Contábil = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada 
 
- O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de 
depreciação será zero enquanto o valor residual subsequente for igual 
ou superior ao seu valor contábil. 
 
- A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, 
ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na 
forma pretendida pela administração. A depreciação de um ativo deve 
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cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para venda 
ou, ainda, na data em que o ativo é baixado, o que ocorrer primeiro. 
Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é 
retirado do uso normal, a não ser que o ativo esteja totalmente 
depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de depreciação 
pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto não houver 
produção. 
 
- Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela 
entidade principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como 
obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal enquanto o ativo 
permanece ocioso, muitas vezes dão origem à diminuição dos benefícios 
econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente, todos 
os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um 
ativo: 
 
- uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou 
produção física esperadas do ativo; 
 
- desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais 
tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o 
programa de reparos e manutenção e o cuidado e a manutenção do ativo 
enquanto estiver ocioso; 
 
- obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou 
melhorias na produção, ou de mudança na demanda do mercado para o 
produto ou serviço derivado do ativo; 
 
- limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de 
término dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo. 
 
- A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo 
para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a 
alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma 
proporção específica de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. 
Por isso, a vida útil de um ativo pode ser menor do que a sua vida econômica. 
A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na 
experiência da entidade com ativos semelhantes. 
 
- Terrenos e edifícios são ativos separáveis e são contabilizados 
separadamente, mesmo quando sejam adquiridos conjuntamente. Com 
algumas exceções, como as pedreiras e os locais usados como aterro, 
os terrenos têm vida útil ilimitada e, portanto, não são depreciados. Os 
edifícios têm vida útil limitada e, por isso, são ativos depreciáveis. O 
aumento de valor de um terreno no qual um edifício esteja construído 
não afeta o valor contábil do edifício. 
 
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- Se o custo do terreno incluir custos de desmontagem, remoção e restauração 
do local, essa porção do valor contábil do terreno é depreciada durante o 
período de benefícios obtidos ao incorrer nesses custos. Em alguns casos, o 
próprio terreno pode ter vida útil limitada, sendo depreciado de modo a refletir 
os benefícios a serem dele retirados. 
 
Método de depreciação 
- O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade 
dos benefícios econômicos futuros. 
 
- O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo 
menos ao final de cada exercício e, se houver alteração significativa no 
padrão de consumo previsto, o método de depreciação deve ser 
alterado para refletir essa mudança. 
 
- Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma 
sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais 
métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e 
o método de unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta 
em despesa constante durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual 
não se altere. O método dos saldos decrescentes resulta em despesa 
decrescente durante a vida útil. O método de unidades produzidas resulta em 
despesa baseada no uso ou produção esperados. A entidade seleciona o 
método que melhor reflita o padrão do consumo dos benefícios econômicos 
futuros esperados incorporados no ativo. Esse método é aplicado 
consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão. 
 
Finalmente, para encerrar assunto depreciação e “misturá-lo” com provisões, 
gostaria de resolver mais três questões com vários conceitos importantes. 
Vejamos. 
 
Já caiu em prova! (AFRF-2003-ESAF) Em primeiro de novembro a Nossa 
Firma adquiriu cinco conjuntos de mesas com quatro cadeiras, para pagamento 
em 60 dias. O preço total foi R$ 10.000,00, sendo R$ 1.000,00 por mesa e R$ 
250,00 por cadeira. Segundo o costume usual os móveis brasileiros têm 
expectativa de vida útil de dez anos, mas o proprietário falou e disse: “vou 
cuidar para que a depreciação dos bens de uso seja feita em 12 anos”. A 
empresinha da questão usa como mobília dois dos conjuntos adquiridos e os 
outros três foram destinados à revenda. No dia 31 de dezembro os bens foram 
inventariados com base em pesquisa válida que encontrou preço líquido de 
mercado de R$ 900,00 para as mesas e de R$ 300,00 para as cadeiras. Com 
base nestes dados e informações, adotando-se os critérios legais de avaliação 
de ativos, podemos dizer, com certeza, que no

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