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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA DEPARTAMENTO DE FÍSICA CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA QUÍMICA Grupo: Maria Bárbara T. de Macêdo - 11410546 Maria Isabel de Oliveira Franco - 11500334 Vitória Reginna Cavalcante Ferreira - 11511749 DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO LOCAL DA GRAVIDADE João Pessoa 14/09/2016 DETERMINAÇÃO DA ACELERAÇÃO LOCAL DA GRAVIDADE 1. OBJETIVOS No seguinte experimento, o objetivo proposto foi calcular a aceleração da gravidade local a partir do movimento realizado pelo pêndulo, onde iremos determinar a relação entre o período e o comprimento do mesmo. E ainda temos a construção de gráficos com relação aos valores encontrados, onde os mesmos serão elaborados em papel milimetrado. 2. INTRODUÇÃO O pêndulo simples é um sistema constituído de um fio inextensível e de massa desprezível que contém comprimento L, tendo em sua extremidade inferior um corpo de massa m e sua extremidade superior fixa em um ponto, tal que ele possa oscilar livremente. A forma mais simples de oscilação, o movimento harmônico simples (MHS), é o movimento que ocorre quando numa trajetória retilínea, uma partícula oscila periodicamente em torno de uma posição de equilíbrio sob a ação de uma força resultante. Para a compreensão do comportamento do pêndulo necessitamos das equações que regem seu movimento. Nesta prática desconsideramos o atrito entre o pêndulo e o ar. Tomemos o modelo abaixo para obtenção das equações de movimento. Temos, portanto: 𝑚𝑎𝑟 = − 𝑚𝑙 ( d𝜃 d𝑡 ) 2 = 𝑚𝑔 cos 𝜃 − 𝑇 (1) onde o termo 𝑙 ( d𝜃 d𝑡 ) 2 advém da seguinte operação 𝑎𝑟 = 𝑉2 𝑟 = (𝜔𝑟)2 𝑟 = 𝜔2𝑟 = ( d𝜃 d𝑡 ) 2 𝑟 (2) Bastando substituir o raio por seu comprimento l. 𝑚𝑎𝜃 = 𝑚𝑙 d 2𝜃 d𝑡2 = − 𝑚𝑔 sen𝜃 (3) Onde o termo 𝑙 d2𝜃 d𝑡2 tem uma demonstração bastante parecida com a anterior 𝑉 = d𝜃 d𝑡 𝑟 (4) Derivando em relação a t e substituindo r por l temos 𝑎𝜃 = 𝑙 d 2𝜃 d𝑡2 (5) Na descrição do movimento harmônico a equação (3) será de muita utilidade, no entanto ela passará ainda por algumas manipulações. Vejamos 𝑚𝑎𝜃 = 𝑚𝑙 d 2𝜃 d𝑡2 = − 𝑚𝑔 sen𝜃 (3) 𝑙 d 2𝜃 d𝑡2 = − 𝑔 sen𝜃 (6) d 2𝜃 d𝑡2 = − 𝑔 𝑙 sen𝜃 (7) Medindo o ângulo em radianos, para θ pequenos, ou seja, 𝜃 ≪ 1 → sen 𝜃 ≈ 𝜃 A equação (7) assume a forma d 2𝜃 d𝑡2 = − 𝑔 𝑙 𝜃 (8) d 2𝜃 d𝑡2 + 𝑔 𝑙 𝜃 = 0 (9) Fazendo 𝜔2 = 𝑔 𝑙⁄ obtemos a equação diferencial cuja solução nos dirá o comportamento do pêndulo. d 2𝜃 d𝑡2 + 𝜔2 𝜃 = 0 (10) A solução da equação (10) é dada por tt 00 cos , onde 𝜃0 corresponde a amplitude do movimento e φ a fase inicial. Sabendo ainda que 𝜔 = 2𝜋 𝑇 (11) E utilizando a relação entre ω e g, obtemos outra relação importante e que será utilizada no desenvolvimento do relatório. 𝑇 = 2𝜋√ 𝑙 𝑔 (12) 3. MATERIAL UTILIZADO ● Pêndulo Simples; ● Suporte; ● Trena; ● Cronômetro; ● Fita Métrica; ● Régua. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para a experiência tomamos dez diferentes comprimentos (L) para o pêndulo, cada comprimento foi medido do fio do pêndulo até o centro de massa do corpo. Em cada um desses comprimentos fizemos cinco medidas de tempo deixando o pêndulo oscilar dez ciclos, ou seja, repetições em que o pêndulo retorna a sua posição original. Com isso, obtivemos dez períodos, bastando dividir o tempo marcado por dez, que nos valerão uma média, valor mais próximo do real. Vale ressaltar que no experimento não foi considerado o atrito com o ar. 5. RESULTADOS Nº Comprimento L (cm) Período T1 T2 T3 T4 T5 T (s) 1 50,89 1,23 1,40 1,38 1,39 1,39 1,36 2 60,09 1,52 1,54 1,52 1,51 1,55 1,53 3 69,18 1,63 1,65 1,64 1,66 1,67 1,65 4 79,05 1,74 1,75 1,74 1,73 1,74 1,74 5 88,20 1,85 1,87 1,87 1,87 1,86 1,86 6 97,30 1,94 1,96 1,94 1,93 1,93 1,94 7 104,98 2,03 2,05 2,03 2,08 2,06 2,04 8 116,57 2,13 2,15 2,15 2,12 2,11 2,13 9 127,10 2,23 2,21 2,23 2,25 2,25 2,23 10 136,41 2,31 2,33 2,35 2,31 2,34 2,33 6. QUESTIONÁRIO Parte 1 1 - Construa uma tabela contendo os valores de L, T, T e os respectivos desvios. R. Nº L (cm) Desvio médio de L Período T1 T2 T3 T4 T5 T (s) Desvio de T 1 50,89 -42,09 1,23 1,40 1,38 1,39 1,39 1,36 -0,52 2 60,09 -32,89 1,52 1,54 1,52 1,51 1,55 1,53 -0,35 3 69,18 -23,80 1,63 1,65 1,64 1,66 1,67 1,65 -0,23 4 79,05 -13,93 1,74 1,75 1,74 1,73 1,74 1,74 -0,14 5 88,20 -4,78 1,85 1,87 1,87 1,87 1,86 1,86 -0,02 6 97,30 4,32 1,94 1,96 1,94 1,93 1,93 1,94 0,06 7 104,98 12,00 2,03 2,05 2,03 2,08 2,06 2,04 0,16 8 116,57 23,59 2,13 2,15 2,15 2,12 2,11 2,13 0,25 9 127,10 34,12 2,23 2,21 2,23 2,25 2,25 2,23 0,35 10 136,41 43,43 2,31 2,33 2,35 2,31 2,34 2,33 0,45 Média em módulo 92,98 23,49 - - - - - 1,88 0,25 Além do desvio médio, calculamos o desvio padrão e obtemos para os valores de T médio (±0,088) s. 2 - Obtenha o valor médio de g e o seu desvio (utilize as notas de aula sobre erros). R: Calculamos a gravidade dez vezes, substituindo os valores de L e T, encontrados na experiência, para fazer uma média dos valores obtidos. Comprimento L (cm) T (s) g(m/s²) 50,89 1,36 10,85 60,09 1,53 10,12 69,18 1,65 10,02 79,05 1,74 10,30 88,20 1,86 10,05 97,30 1,94 10,20 104,98 2,04 9,95 116,57 2,13 10,13 127,10 2,23 10,08 136,41 2,33 9,91 A média dos valores de g obtidos é: g= 10,16 m/s² O desvio padrão de g é igual a 0,25. Assim g= (10,16 ±0,25) m/s² 3 - Construa o gráfico xLT (em papel milimetrado). 4 - Construa o gráfico xLT 2 (em papel milimetrado). 5 - A partir do gráfico obtenha o valor de g e o seu desvio. A partir do gráfico obtemos: g= 4π L/T² g=(9,75 ±0,78)m/s² Parte 2 Por questão de tempo, não foi possível realizarmos o experimento 2, que usaria o amortecimento e a força de arrasto seria contabilizada, fazendo a equação de movimento sofrer algumas alterações, acrescentando o termo –𝑏𝑏 a segunda Lei de Newton, onde b é uma constante de proporcionalidade que depende do meio no qual o projétil está se movendo e v é a velocidade do mesmo. Sendo assim, não foi possível realizar a segunda parte do questionário. 7. CONCLUSÕES Podemos notar que o valor obtido da gravidade atravésdo experimento, quando calculado na tabela está dentro do intervalo em que se encontra a gravidade de João Pessoa- PB (9,77681 m/s²), porém o mesmo calculado no gráfico não está dentro da gravidade da capital Paraibana. Além do mais, aprendemos que quando a leitura da medida de uma grandeza depende da reação do observador e a resolução do instrumento for muito menor do que essa reação, o melhor é realizar várias leituras, em que o tempo de observação é muito maior que o de reação, para diminuir a incerteza. 8. REFERÊNCIAS [1] Material disponibilizado pelo Prof. Joel; [2] Nussenzveig, H. M. Curso de Física Básica, vol.2.4ª Edição. Editora Edgard Blücher.