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1 Profa. Márcia Beatriz Amplatz Aula 1 Fundamentos e Metodologia para Aquisição do Conhecimento Lógico- Matemático Conversa Inicial Estudo, pesquisa, análise e reflexão sobre a natureza do conhecimento lógico- matemático A construção numérica inicial Ementa As representações simbólicas espontâneas e a apropriação da linguagem dos signos matemáticos pela criança A construção do sistema de numeração decimal e as operações fundamentais A aprendizagem matemática e sua implicação na inserção social História da matemática O professor- pesquisador da aprendizagem matemática 2 Artigo A matemática, os matemáticos, as crianças e alguns sonhos educacionais – Adriano Rodrigues Ruiz (UEM) Analfabetismo matemático Probabilidade Organização da aula Contextualização Matemática comporta duas formas distintas e complementares de ser vista: uma restrita e outra ampla Stuart (1996) – a matemática não é símbolos e contas, a matemática é sobre ideias Jean Piaget - aprender matemática é adquirir ferramentas cognitivas para atuar sobre a realidade Os estudos de Piaget nos ensinam que todo conhecimento deve ser visto como um estado anterior de menor conhecimento Por que não oferecemos às nossas crianças, aos nossos adolescentes e aos nossos jovens espaços de vivência com o espírito da matematização? O que é matemática para você? A matemática – é uma expressão muito pura de nossa forma de pensar, por isso, sua história confunde-se com a própria história do pensamento humano Operações concretas Pensamento operacional formal 3 Paulos (1996) diz que a função principal da matemática não é organizar cifras em fórmulas e fazer cálculos, mas é, isto sim, uma forma de pensar e de fazer perguntas (...) (...) Fazer "matemática é pensar – sobre números e probabilidades, acerca de relação e lógica, ou sobre gráficos e variações – , porém, acima de tudo, pensar Jacquard (1998, p. 104) – “A matemática é sobretudo uma ginástica do espírito; é pena que ela não seja praticada, mas pode-se dizer a mesma coisa a respeito da poesia e da filosofia" Piaget diz que aprender matemática é adquirir ferramentas cognitivas para atuar sobre a realidade Quem é "bom de matemática" em plena maturidade intelectual da humanidade? As crianças e matemática 1- Ouvindo Piaget Formação dos conceitos matemáticos –focaliza o trânsito de um estado de menor conhecimento para um estado de conhecimento considerado superior Ideia de "movimento do conhecimento“ A aprendizagem é concebida como processo de reorganização do conhecimento, sendo adquirida por aproximações sucessivas 4 Estruturas cognitivas são transformadas pelo "movimento do conhecimento“ Segundo Piaget (1986), “ em todos os níveis de desenvolvimento, há implicações entre ações e significados [...] ir mais adiante do que já tenha adquirido” 2- As crianças e a matematização Foco – probabilidade O material usado - oito cartas de baralho, quatro setes e quatro cincos Os entrevistados foram vinte e três crianças com idades entre dez e treze anos Pesquisa do autor “...tenta adivinhar” “...tanto quem busca adivinhar quanto o outro têm chances iguais de ganhar” “...tenta adivinhar tem mais chance de ganhar que o outro” Soluções das crianças – quem tem mais êxito? “...’da outra’ sempre tem uma a mais; por isso, apostando assim, a chance de ganhar é maior” “... se a minha é sete, eu sei que, na mesa, tem quatro cincos e três setes, portanto a chance é de quatro contra três" “... tem mais chance pegando ao contrário, tem mais da outra carta. Ah! Sobram três contra quatro!" As estratégias para o conceito de probabilidade a) chances iguais b) soluções qualitativas do tipo "quem tenta adivinhar tem mais chance“ e c) alcançando, na sequência, formulações quantitativas do tipo "sobram três contra quatro" 5 A matemática, o aprendiz e os caminhos O físico e matemático David Ruelle (1993: 31-32), sobre elas, diz que "as loterias são uma forma de imposto livremente consentida pelas camadas menos favorecidas da sociedade, (...) (...) todas as loterias são feitas para depenar o jogador em proveito do organizador" Como está o nosso olhar em crianças avaliando possibilidades nos jogos? Ou, em outras palavras, como as crianças trabalham com a "dona sorte"? Prática Probabilidade – compreender que grande parte dos acontecimentos do cotidiano é de natureza aleatória e é possível identificar prováveis resultados desses acontecimentos 1) Coloco em uma caixa ou em um saco 4 bolas vermelhas e 6 bolas azuis. Qual a chance de retirarmos da urna uma bola da cor vermelha? 6 2) Se uma pessoa se alimentar corretamente, a probabilidade de uma vida saudável é maior ou menor? 3) Se eu estudar e desenvolver todas as atividades, a probabilidade de uma boa nota é maior ou menor? 4) A probabilidade de lançarmos um dado e obtermos um número par é de 3 em 6 5) A probabilidade de lançarmos um dado e obtermos um número ímpar é de 3 em 6 6) A probabilidade de lançarmos um dado e obtermos o número 2 é de 1 em 6 7) Na festa junina da escola de Carlinhos, foram vendidas 200 cartelas de bingo. As pessoas que compraram a cartela vão concorrer a uma bicicleta de 18 marchas. Quais as chances de uma pessoa que comprou 10 cartelas ganhar o prêmio indicado? 10 200 10:10 200:10 1 20 ___=______=__=0,05=5% 8) Em uma prova, cada questão possui cinco alternativas de resposta, mas somente uma está correta. Considerando que o aluno marque qualquer uma das alternativas, qual a probabilidade de acertar a questão? 1 5 =0,2=20%__ 9) Daniel apostou com Flávio que, ao jogar um dado, obteria um número maior que três. Quais são as chances de Daniel ganhar a aposta? SOUZA, Andréia F.de. Matemática: Primeiros Passos. Arujá/SP: Giracor, 2009. 7 No disco 1, se girarmos a presilha, em qual cor ela terá mais chance de parar? Por quê? No disco 2, se girarmos a presilha, em qual cor ela terá mais chance de parar? Por quê? No disco 3, se girarmos a presilha, em qual cor ela terá mais chance de parar? Por quê? Finalizando A nossa hipótese primeira é a de que, em nossa cultura, a matemática é sempre pensada em sua dimensão restrita: fazer contas e medir Na sequência, vão escrevendo numerais, fazendo continhas, recitando tabuadas, efetuando exercícios de fixação, seguindo o modelo dado, decorando teoremas e treinando para o uso de algoritmos. Disso tudo, saem uma legião de analfabetos matemáticos e alguns raríssimos amantes da matemática Possibilidades desafiadoras ainda pouco exploradas, crianças que começam suas vidas como "aprendizes ávidos e competentes", uma imensa legião de adultos pouco competentes para matematizar situações do cotidiano Precisamos criar soluções/condições para que o gosto pelo aprender matemática deixe de ser privilégio das crianças e dos matemáticos 8 Referência RUIZ, Adriano Rodrigues. A matemática, os matemáticos, as crianças e alguns sonhoseducacionais. Ciência & Educação, v. 8, n. 2, p. 217-225, 2002 Site Mais Recursos Educacionais: http://www.mais.mat. br/wiki/The_last_bana na Atividades para ensinar probabilidade para crianças do jardim de infância: http://www.ehow.com .br/atividades-ensinar- probabilidade- criancas-jardim- infancia-info_251612/
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