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Apostila Auditoria Contrábil I (1)

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1 
 
 
 
 
APOSTILA: CONCEITOS BÁSICOS DE 
AUDITORIA CONTÁBIL I 
 
 
 
 
 
 
 
Profº Esp. Eliberto Francisco da Cruz 
 
 
 
 
Cuiabá – MT 
2018 
2 
 
Índice 
 
1 AUDITORIA E SUA ORGANIZAÇÃO 04 
1.1 Conceituação 04 
2 ORIGEM DA AUDITORIA 04 
2.1 Evolução da Auditoria no Brasil 04 
2.2 Expansão do Mercado de Auditoria no Brasil 04 
3 ASPECTOS GERAIS DE AUDITORIA 05 
3.1 Procedimento de Auditorias 05 
3.2 Papéis de Trabalho 05 
3.3 Relatórios de Auditoria 05 
4 NORMAS DE AUDITORIA 05 
4.1 Conceito 05 
4.2 Normas Gerais (Pessoa) 05 
4.3 Normas de Execução dos Trabalhos 06 
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA 06 
5.1 Objeto da Auditoria 06 
5.2 Finalidade da Auditoria 06 
5.3 Vantagens de Benefícios da Auditoria 06 
5.4 Por que as Organizações são Auditadas 06 
5.4.1 Exigências Legais 06 
5.4.2 Determinação dos Órgão Reguladores 06 
5.4.3 Interesse da Própria Empresa 06 
6 TIPOS DE AUDITORIA 07 
6.1 Quanto ao Órgão Fiscalizador 07 
6.2 Comparação entre Auditoria Interna e Externa 07 
6.3 Quanto ao Tipo ou Área Envolvida 08 
7 PRINCIPAIS ÓRGÃOS NORMATIZADOES DA AUDITORIA 09 
8 CONTROLES INTERNOS 09 
8.1 Classificação dos Controles Internos 10 
8.2 Tipos de Controles Internos 10 
8.3 Exemplos de Pilares do Controle Interno 10 
8.4 Análise do Sistema de Controle Interno 11 
8.5 Avaliação do Controle Interno 11 
9 ÉTICA EM AUDITORIA 11 
10 PAPEIS DE TRABALHO EM AUDITORIA 12 
10.1 Regras Básicas para a Elaboração de Papéis de Trabalho 12 
11 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 13 
11.1 Principais Procedimentos de Auditoria 13 
12 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 14 
12.1 Principais Objetivos do Planejamento de Auditoria 14 
12.2 Fases do Planejamento de Auditoria 14 
12.3 Conhecimento das Atividades da Entidade 15 
12.4 Fatores Econômicos 15 
12.5 Legislação Aplicável 15 
12.6 Práticas Operacionais da Entidade 15 
12.7 Conhecimento do Sistema Contábil e Controles Internos 16 
 
3 
 
12.8 Conhecimento das Áreas Importantes da Entidade 16 
12.9 Plano de Auditoria 16 
13 PROGRAMA DE AUDITORIA 17 
14 PARECER DE AUDITORIA 17 
14.1 Aspectos Relevantes do Parecer de Auditoria 17 
14.2 Tipos de Pareceres 18 
15 RELATÓRIO DE AUDITORIA 19 
15.1 Conceito 19 
15.2 Aspectos do Relatório de Auditoria 19 
15.3 Atributos do Relatório de Auditoria 20 
16 AUDITORIA GOVERNAMENTAL 20 
16.1 Objetivos da Auditoria Governamental 20 
16.2 Perfil do Auditor Governamental 21 
16.3 Funções do Auditor Governamental 21 
16.4 Tipos de Auditoria Governamental 21 
16.5 Relatório de Auditoria Governamental 21 
16.6 Parecer de Auditoria Governamental 22 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 22 
 Modelo de Papéis de Trabalho 23 
 Modelo de Parecer de Auditoria 24 
 Modelo de Relatório de Auditoria 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1.AUDITORIA E SUA ORGANIZAÇÃO 
 
1.1 Conceituação 
 
 “Constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por 
 objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos 
 controles internos e das informações físicas, contábeis, 
 financeiras e operacionais da entidade.” (CFC) 
 De acordo com Ribeiro (2011, p. 01) Auditoria é: 
 
"Auditoria é uma técnica contábil que consiste na verificação 
da exatidão e fidedignidade dos dados contidos nas 
demonstrações contábeis, por meio do exame minucioso dos 
registros de contabilidade e dos documentos que deram 
origem a eles". 
 
De forma simples, pode-se definir auditoria como o levantamento, estudo e avaliação 
sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações 
contábil/financeira de uma entidade, com objetivo da emissão de parecer sobre sua 
adequação, consoante aos Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade, 
bem como a pertinente legislação específica 
2. ORIGEM DA AUDITORIA. 
A auditoria surgiu como conseqüência da necessidade de confirmação dos registros contábeis, 
face ao aparecimento das grandes empresas nacionais e multinacionais, sendo que sua 
evolução ocorreu paralelamente ao desenvolvimento econômico globalizado e a necessidade 
de proteção do seu patrimônio. 
A auditoria surgiu na Inglaterra após a revolução industrial, sendo o primeiro país a possuir 
grandes companhias de comércio o primeiro a instituir a taxação do imposto de renda, 
baseado nos lucros das empresas. 
2.1 Evolução da auditoria no Brasil 
Com a globalização e expansão dos mercados, resultando no acirramento da concorrência, as 
empresas tiveram que investir em tecnologia e aprimorar os controles e procedimentos 
internos, com o interesse de reduzir custos e tornar seus negócios mais competitivos. 
Em síntese, a causa da evolução da auditoria foi a do desenvolvimento econômico dos países, 
do crescimento das empresas e expansão das atividades produtoras, gerando crescente 
complexidade na administração dos negócios e de práticas financeiras. 
2.2 Expansão do Mercado de Auditoria no Brasil 
 
5 
 
a)- Instalação de filiais e subsidiarias de firmas estrangeiras (empresas multinacionais); 
- Necessidades de financiamentos de empresas brasileiras através de entidades internacionais; 
- Crescimento dos negócios (capital de giro e investimentos fixos), descentralização e 
diversificação de atividades econômicas; 
- Evolução do mercado de capitais (investimentos em bolsa de valores); 
- Criação das normas de auditoria para instituições financeiras, determinadas pelo Banco 
Central do Brasil e CVM - Comissão de Valores Mobiliários; 
 
3 - ASPÉCTOS GERAIS DE AUDITORIA 
 
3.1 - Procedimentos de auditoria: Formam um conjunto de verificações e averiguações que 
permitem obter e analisar as informações necessárias à formulação da opinião do auditor. 
Geralmente são listas de pontos a serem averiguados durante a auditoria. 
 
3.2 - Papéis de trabalho: São registros que evidenciam atos e fatos observados pelo auditor, 
que são efetuados em forma de documentos que darão suporte ao relatório de auditoria. Ex:, 
tabelas, planilhas, listas de verificações, arquivos informatizados. etc. 
 
3.3 - Relatório de Auditoria: Onde são feitas constatações e recomendações de auditoria, 
sendo na verdades as possíveis falhas/erros evidenciados durante o trabalho e as medidas 
corretivas, sugeridas pelo auditor em seu relatório para sanar as deficiências detectadas 
durante a auditoria. 
 
4. NORMAS DE AUDITORIA 
 
4.1.Conceito 
São regras - Promulgação da Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/1976), e demais 
legislações correlatas. 
Estabelecidas pelos órgãos que regulamentam a profissão contábil em todos os países, com 
objetivo de regulamentar o exercício da função de auditor, estabelecendo orientação de 
diretrizes a serem seguidas por esses profissionais no exercício de suas funções 
4.2 Normas Gerais (Pessoa) 
Referem-se, primordialmente ao caráter, atitudes e treinamento do auditor, são também 
conhecidas como normas pessoais e dizem respeito ao treinamento técnico e competência do 
auditor, experiência, zelo profissional e atitude de independência mental. 
6 
 
4.3 Normas de Execução dos Trabalhos 
Os auditores têm que examinar evidências suficientes, tiradas dos registros contábeis, 
financeiros do cliente, e os dados que as fundamentam, para justificar a emissão do parecer. 
 
5 - OBJETIVO DA AUDITORIA 
Aumentar o grau de confiança dos usuários em relação a seu próprio objeto. 
 
5.1 - Objeto da Auditoria 
O Objeto da auditoria é aumentar o grau de confiança dos usuários em relação à documentos , 
informações, controles, procedimentos etc, e variade acordo com fim a que se destina o 
trabalho da mesma, exemplos: 
- a) Examinar a veracidade dos dados contidos nas demonstrações contábeis da entidade - 
objetos é as próprias demonstrações; 
- b) Verificar a confiabilidade dos controles internos – objeto os controles internos; 
 
5.2 - Finalidade da Auditoria 
Expressar opinião que assegure aumentar o grau de confiança dos usuários acerca das 
demonstrações contábeis da entidade 
 
5.3 - Vantagens e Benefícios da Auditoria 
É a possibilidade de detectar, corrigir, prever e prevenir a ocorrência de falhas nos controles 
internos, na confirmação da qualidade e da confiabilidade dos procedimentos em geral, bem 
como a garantia da veracidade das informações prestadas pela organização em seus relatórios 
contábeis. 
 
5.4 - Por que as Organizações São Auditadas 
 
5.4.1 - Exigências legais 
a) Sociedades anônimas de capital aberto (Lei 6.404/76 e 11.638/2007) – Auditor 
Independente inscrito na CVM – Comissão de Valores Mobiliários; 
b) Instituições financeiras fiscalizadas pelo Bacen (Banco Central do Brasil); 
 
5.4.2 - Determinação de Órgãos Reguladores 
- Seguradoras fiscalizadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados); 
 
5.4.3 - Interesse da própria empresa 
- Averiguar a confiabilidade dos controles internos; 
- Apurar possíveis fraudes; 
- Verificar a eficiência e eficácia dos procedimentos operacionais; 
- Garantir maior segurança e confiabilidade nos registros contábeis; 
- Inibir a prática de atos lesivos ao patrimônio ou imagem da entidade. 
 
7 
 
6. TIPOS DE AUDITORIA 
 
6.1 Quanto ao Órgão Fiscalizador 
- Auditoria interna: realizada por departamento interno responsável pela verificação e 
avaliação dos sistemas e procedimentos internos de uma entidade. Um dos objetivos é a 
redução de fraudes, erros, práticas ineficientes ou ineficazes. O setor responsável pela 
auditoria deve ser independente e responder diretamente à direção da instituição. 
- Auditoria externa: realizada por instituição externa e independente da entidade fiscalizada, 
com o objetivo de emitir um parecer sobre a gestão de recursos da entidade, sua situação 
financeira, a legalidade e regularidade de suas operações. 
- Auditoria articulada: Trabalho conjunto de auditorias internas e externas, devido à 
superposição de responsabilidades dos órgãos fiscalizadores, no sentido de uso comum de 
recursos e comunicação recíproca dos resultados. 
6.2 Comparação Entre Auditoria Interna e Externa 
 
 
ITENS AUDITORIA EXTERNA AUDITORIA INTERNA 
1. OBJETIVO Opinar sobre as demonstrações 
financeiras. 
Assessorar a administração da 
empresa no efetivo 
desempenho de sua função. 
2. PROFISSIONAL Independente com 
responsabilidade civil e 
contratação por período pré-
determinado. 
Há relação de dependência 
com responsabilidades 
trabalhistas entre as partes. 
3. EXISTÊNCIA Obrigatória em determinadas 
empresas. 
Facultativa. 
4. A QUEM INTERESSA Empresa, órgãos governamentais, 
credores e investidores em geral. 
Empresa. 
5. PRODUTO FINAL Parecer sobre demonstrações 
financeiras. 
Relatório de 
recomendações/sugestões à 
administração. 
 
 
8 
 
6.3 Quanto ao Tipo ou Área Envolvida 
 
- Auditoria contábil: Proteger os ativos da entidade, verificando a fidedignidade das contas 
da instituição., tendo como finalidade dar um certa garantia de que as operações e o acesso 
aos ativos se efetuem de acordo com as devidas autorizações. A contabilização dos ativos é 
comparada com sua existência física a intervalos razoáveis de tempo e são recomendadas ou 
exigidas as medidas corretivas adequadas, caso ocorra inconsistências injustificáveis. 
- Auditoria administrativa: engloba o plano de trabalho da organização, seus procedimentos 
e documentos de suporte à tomada de decisão. 
- Auditoria financeira ou de contas: Consiste na análise de contas, da situação financeira, da 
legalidade e regularidade das operações e aspectos contábeis, orçamentários e patrimoniais, 
verificando se todas as operações foram devidamente autorizadas, liquidadas, ordenadas, 
pagas e registradas, buscando checar se todas as operações registradas estão em conformidade 
com a legislação em vigor. 
- Auditoria de conformidade: Consiste na análise da legalidade ou regularidade das 
atividades, funções, operações ou gestão de recursos, verificando se estão em conformidade 
com a legislação em vigor. 
- Auditoria operacional ou de Gestão: Consiste em verificar todos os níveis de gestão, nas 
fases de programação, execução e supervisão, sob o ponto de vista da economia, eficiência e 
eficácia, onde são auditados todos os sistemas e métodos utilizados pelo gestor para tomar 
decisões, analisando a se as decisões tomadas e refletem os resultados pretendidos forma 
alcançados. 
- Auditoria de sistemas ou TI: Essencialmente operacional, por meio da qual os auditores 
analisam os sistemas de informática, o ambiente computacional, a seguranças das informações 
e o controle interno da entidade auditada, indicando seus pontos fortes e/ou deficiências. Em 
alguns países é conhecida como auditoria de informática computacional ou de sistemas. Em 
também conhecida como auditoria de TI. 
- Auditoria de planejamento estratégico: verifica se os principais objetivos da entidade são 
atingidos e se as políticas e estratégias de aquisição, utilização e alienação de recursos são 
respeitadas. 
- Auditoria Especial: Abrange a realização de trabalhos especiais de auditoria, não 
compreendidos na programação normativa da área, solicitados pelos membros dos Conselhos 
Administração, Fiscal, Diretoria, ou determinados em legislação específica. 
9 
 
7 - PRINCIPAIS ORGÃOS NORMATIZADORES DA AUDITORIA 
 
- CVM – Comissão de Valores Mobiliários 
 
A CVM é uma entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Funciona como órgão 
fiscalizador do mercado de capitais do Brasil. Para se exercer atividades de auditoria no 
mercado de valores mobiliários (companhias abertas e instituições, sociedades ou empresas) o 
auditor está sujeito ao prévio registro na CVM. www.cvm.com.br 
- IBRACON – Instituto Brasileiro de Contadores 
O IBRACON é uma pessoa jurídica de direito privado, sem lucrativos. Tem como objetivo 
fixar princípios de contabilidade e elaborar normas e procedimentos relacionados com 
auditoria (externa e interna) e perícias contábeis. www.ibracon.com.br 
- CFC – Conselho Federal de Contabilidade e CRC's Conselhoes Regionais de 
Contabilidade 
Os conselhos representam as entidades de classe dos contadores. A finalidade principal desses 
conselhos é o registro e a fiscalização do exercício da profissão de contabilista. 
www.cfc.org.br e www.crc.mt.org.br 
- II A BRAISIL: Instituto dos Auditores Internos do Brasil 
 
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) é uma entidade sem fins econômicos, 
de caráter Associação Civil, que presta serviços de formação, capacitação e certificação para 
seus associados (pessoa física).- www.iiabrasil.org.br 
 
8. CONTROLES INTERNOS 
Os controles internos representam um conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas 
coordenados e adotados dentro da organização de forma planejada para a tomada de decisões, 
aplicáveis a situações repetitivas, possuindo os seguintes objetivos: 
- Proteger os ativos da entidade; 
- Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente; 
- Verificar a adequação e confiabilidade dos dados contábeis; 
- Propiciar a obtenção de informações oportunas e adequadas; 
- Promover a segregação de funções na Entidade; 
- Promover a eficiência e eficácia operacional da entidade; 
10 
 
- Fomentar o respeito e obediência às políticas administrativas fixadas pela gestão. 
 
8.1 Classificações dos Controles Internos 
 
- Operacional: Relacionado às ações quepropiciam o alcance dos objetivos da entidade. 
- Contábil: Relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das recomendações e 
das demonstrações contábeis. 
- Normativos: Relacionados á observância da regulamentação pertinente (leis, regulamentos, 
normas e às diretrizes estabelecidas) 
 
8.2 Tipos de Controles Internos 
a) Contábeis 
- Sistemas de conferência, aprovação e autorização; 
- Segregação de funções; 
- Controles físicos sobre ativos; 
- Auditoria interna. 
b) Administrativos: 
- Análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos; 
- Controle de qualidade; 
- Gestão de Pessoas; 
- Análise das variações entre os valores orçados e incorridos. 
 
8.3 Exemplos de Pilares do Controle Interno 
- Definição do manual da organização: quando viável é importante 
- Delimitação de responsabilidade: determina quem faz o quê; 
-Segregação de funções: separa as atividades complementares ente diferentes responsáveis 
(execução, aprovação, conferência, registro e autorização); 
- Qualificação de pessoal (seleção e contínuo treinamento); 
- Rodízio de atividades: busca a versatilidade funcional, evita problemas de afastamentos e 
demissões; 
11 
 
8.4 Análise do Sistema de Controle Interno 
 
As informações sobre o sistema de controle interno da entidade são obtidas das seguintes 
formas: 
- Leitura dos manuais internos de organização e procedimentos; 
- Reuniões e entrevistas com colaboradores da entidade; 
- Inspeção física desde o início da operação (compra, venda, pagamentos, etc.) até o registro 
no razão geral. 
8.5 Avaliação do Controle Interno 
 
Essa avaliação é realizada mediante a aplicação de questionários que auxiliam na avaliação 
global do processo em estudo revelando o nível de controle interno. 
- Levantar o sistema de controle interno; 
- Verificar se o sistema levantado é o que está sendo seguido na prática; 
- Avaliar a possibilidade de o sistema revelar de imediato erro e irregularidades; 
- Determinar tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria. 
9 - ÉTICA EM AUDITORIA 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTABILISTA – RES.CFC Nº 803/96, 
 
CAPÍTULO I .DO OBJETIVO 
 
Art. 1º Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem 
conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional. 
 
CAPÍTULO II.DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES 
 
Art. 2º São deveres do contabilista: 
 
I – exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e 
resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e 
independência profissionais; 
 
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no 
âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por 
autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; 
 
12 
 
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; 
 
Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista: 
 
I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na 
diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo sempre admitida a 
indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de 
clientes; 
 
II........ 
 
III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra 
exclusivamente de sua prática lícita; 
 
IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, 
supervisão e fiscalização; 
 
CAPÍTULO V.DAS PENALIDADES 
 
Art. 12 A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo 
a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades: 
I – advertência reservada; 
 
II – censura reservada; 
 
III – censura pública. 
Parágrafo único. Na aplicação das sanções éticas, são consideradas como atenuantes: 
 
I – falta cometida em defesa de prerrogativa profissional; 
 
II – ausência de punição ética anterior; 
 
III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade. 
 
10- PAPEIS DE TRABALHO DE AUDITORIA 
É o conjunto de formulários que representam a documentação as evidências que respalda aas 
conclusões e opiniões dos auditores, constituindo-se no principal subsídio para a elaboração 
do relatório de auditoria. 
10.1 - Regras Básicas Para a Elaboração de Papéis de Trabalho 
a) Preciso - devem ser elaborados sob extremo rigor técnico, não podendo conter informações 
imprecisas e inadequadas; 
13 
 
b) Praticidade - devem ser práticos para economizar tempo nos apontamentos, bem como no 
processo de revisão.; 
c) Objetividade – devem ser objetivos, de tal modo que deles se possa entender a finalidade 
dos exames e até onde o auditor pode chegar 
d) Clareza - devem ser elaborados de forma clara para não prejudicar sua compreensão; 
e) Lógica - deve ser preparados de maneira racional e lógica na seqüência natural do objetivo 
a ser atingido 
f) Amplitude - devem conter todas as informações necessárias para fundamentar a emissão da 
opinião do auditor. (completos por si só) 
 
11 - PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
Os procedimentos de auditoria são os mecanismos utilizados pelo auditor par a obtenção de 
evidências ou provas que fundamentarão a relatório de auditoria. 
Representam o conjunto de técnicas ou métodos que permitem ao auditor obter elementos 
probatórios, de forma suficiente e adequada para fundamentar suas constatações, opiniões e 
recomendações. 
11.1 - Principais Procedimentos de Auditoria 
Exame de registros - verificação da adequação e oportunidade dos registros contábeis e 
auxiliares; 
Exame documental - análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos 
auditados. (autenticidade, normalidade, aprovação e o adequado registro). 
Conferência de cálculos - revisão dos principais cálculos realizados pela entidade auditada, 
de modo a verificar sua exatidão. 
Entrevistas - questões dirigidas aos auditados com a finalidade de detalhar e esclarecer 
procedimentos. 
Inspeção Física - exame de existência de bens ou de pessoas. 
Circularização - é a confirmação de saldos e informações da entidade a terceiros, através de 
correspondência dirigida á própria empresa auditada. 
Confirmação - Obter informações de terceiros, que serão confrontadas com as coletadas no 
setor público; 
Exame de Documentos Públicos; examinar a documentação pertinente com vista a assegurar 
quanto á autenticidade, aprovação e normalidade. 
14 
 
12 - PLANEJAMENTO DE AUDITORIA 
O Conceito para o planejamento de auditoria, segundo o CFC: 
 (....) é a etapa do trabalho na qual o auditor independente 
 estabelece a estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade 
 a ser auditada, elaborando-o a partir da contratação dos serviços, 
 estabelecendo a natureza, a oportunidade e a extensão dos 
 exames, de modo que possa desempenhar uma auditoria eficaz. 
 
12.1 Principais Objetivos do Planejamento da Auditoria: 
 
a) obter conhecimento das atividades da entidade, para identificar eventos e transações 
relevantes que afetem as demonstrações contábeis; 
b) propiciar o cumprimento dos serviços contratados com a entidade dentro dos prazos e 
compromissos previamente estabelecidos; 
c) assegurar que as áreas importantes da entidade e os valores relevantes contidos em suas 
demonstrações contábeis recebam a atenção requerida; 
d) identificar os problemas potenciais da entidade; 
e) identificar a legislação aplicável à entidade; 
f) estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem efetuados, em 
consonância com os termos constantes na sua proposta de serviços para a realizaçãodo 
trabalho. 
12.2 - Fases do Planejamento de Auditoria. 
a) Análise geral 
É o estágio do planejamento onde o auditor procura obter o conhecimento e a compreensão 
geral do auditado, avaliando as principais informações inerente ao trabalho a ser realizado, 
tendo como objetivo principal colher subsídio para a elaboração do plano de auditoria. 
b) Análise específica dos controles internos 
É o estágio que representa o elo entre a fase de planejamento e a de execução, correspondendo 
á uma avaliação detalhada daquilo que seria as áreas-chave da empresa com objetivo de 
verifica se o sistema de controle interno existente possui condições de salvaguardar o 
patrimônio da entidade. 
15 
 
12.3 - Conhecimento das Atividades da Entidade. 
O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento das atividades da entidade dentre 
os quais, a legislação aplicável, os fatores econômicos, as práticas operacionais e o nível geral 
de competência de sua administração. 
12.4 - Fatores Econômicos 
O planejamento impõe a necessidade do auditor conhecer em níveis gerais a atuação da 
entidade e os fatores que podem influenciar seu desempenho, tais como: níveis de inflação, 
taxas de juros e condições de financiamentos, crescimento econômico, desemprego, 
políticas governamentais nas áreas fiscal, cambial, importação e exportação, entre outros; 
12.5 - Legislação Aplicável 
Possuir conhecimento prévio da legislação que afeta a entidade a ser auditada é fundamental 
para a avaliação, pelo auditor, dos impactos que a não-observância das normas pertinentes 
pode ter nas demonstrações contábeis, considerando os seguintes aspectos como: os 
impostos, taxas e contribuições a que a entidade está sujeita, regulamentação própria do setor 
de atividade e as informações que a entidade deve fornecer a terceiros em função de suas 
atividades, como, por exemplo, bancos, companhias abertas, seguradoras, fundos de pensão, 
etc. 
12.6 - Práticas Operacionais da Entidade 
Uma entidade tem sua dinâmica nas transações regulares que se propõe no seu objeto social, 
dentro do conceito de continuidade, devendo ser considerados dentre outros, os seguintes 
aspectos: 
a natureza das atividades e o tipo de operações que ela realiza; 
b) a localização das instalações e o grau de integração entre elas; 
c) os produtos que fabrica, comercializa, ou os serviços que executa; 
d) os mercados de atuação e sua participação neles; 
e) sistemas de controle interno das principais atividades: vendas, compras, produção, pessoal, 
controle de estoques, tesouraria, etc.; 
f) as políticas de vendas e marketing, compras, estocagem, produção, manutenção e 
conservação de bens, e gestão de pessoas; 
g) as políticas de formação de preços, as tendências, a qualidade dos produtos e a garantia dos 
produtos pós-venda; 
h) a identificação de clientes e fornecedores estratégicos ou importantes, e a forma de 
relacionamento com eles; 
l) os sistemas de informações sobre as operações e o uso de manuais operacionais; 
16 
 
j) o grau de interferência da administração e dos controladores nas operações da entidade; e 
12.7 - Conhecimento do Sistema Contábil e Controles Internos 
O conhecimento do sistema contábil e de controles internos é fundamental para o 
Planejamento da Auditoria necessário para determinar a natureza, extensão e oportunidade 
dos procedimentos de auditoria, devendo o auditor: 
a) ter conhecimento do sistema de contabilidade adotado pela entidade e de sua integração 
com os sistemas de controles internos; 
b) avaliar o grau de confiabilidade das informações geradas pelo sistema contábil, sua 
temporalidade e sua utilização pela administração; e 
c) avaliar o grau de confiabilidade dos controles internos adotados pela entidade, mediante a 
aplicação de provas de procedimentos de controle. 
12.8 - Conhecimento das Áreas Importantes da Entidade 
A identificação das áreas importantes depende do tipo de negócio da entidades (industriais, 
comerciais e de serviços) bem como dos mais variados portes e atuando em diferentes 
mercados, o que requer do auditor antes de iniciar o conhecimento do ramo de atividade da 
mesma. A identificação das áreas importantes de uma entidade deve abranger o que se segue: 
a) Verificação dos casos em que elas têm efeitos relevantes sobre as transações da entidade e 
se refletem nas demonstrações contábeis; 
b) A estrutura de gestão de pessoas, a política de valorização do capital intelectual adotada, a 
existência de fundo de pensão, compromissos com sindicatos, níveis salariais e tipos de 
benefícios indiretos; 
c) A identificação de clientes importantes, participação no mercado, políticas de preços, 
margens de lucro, qualidade e reputação dos produtos e serviços, estratégias mercadológicas, 
garantia dos produtos e outros fatores comerciais; 
d) A identificação de fornecedores importantes de bens e serviços e a avaliação da qualidade 
dos produtos e serviços, garantias de entrega, contratos de longo prazo, importações, formas 
de pagamento e métodos de entrega dos produtos; 
e) A qualidade e consistência dos níveis de informação gerencial para a tomada de decisões; 
f) Os índices e estatísticos de desempenho físico e financeiro da entidade; 
g) Análise da tendência da entidade. 
12.9 - Plano de Auditoria 
O plano de auditoria é a transcrição do planejamento pelo auditor, constituindo-se num 
documento contendo todos os detalhes técnicos previstos normativamente, especificando 
assim as ações a serem executadas, devendo conter: 
17 
 
a) Descrição detalhada do auditado. 
b) Objetivos sociais (missão, visão, valores) 
c) Evolução histórica da entidade. 
d) Estrutura organizacional. 
e) Principais responsáveis. 
f) Endereço das instalações. 
g)Tamanho do negócio. 
Práticas contábeis adotadas (Leis nº 4320/64 e 6.404/6 ou legislação específica). 
 - Orçamento. 
- Exercício financeiro. 
 -Áreas chaves da organização. 
 
13 - PROGRAMA DE AUDITORIA 
É o Instrumento que fornece ao auditor que executará o trabalho os passos específicos a serem 
seguidos de acordo com o que foi detalhado no plano de auditoria objetivando: 
a) Evidenciar os requisitos planejados. 
b) Estabelecer a extensão das datas dos procedimentos a serem executados. 
c) Estabelecer a estimativa de horas por procedimentos a ser aplicado. 
d) Controlar os passos do programa realizados e a realizar . 
e) Evidenciar quem realizou os passos. 
f) Registrar que revisou os trabalhos, 
14. PARECER DE AUDITORIA 
O parecer dos auditores Independentes é o documento mediante o qual o auditor expressa sua 
opinião de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis quanto ao adequado 
atendimento, ou não, a todos os aspectos relevantes. 
- Elementos básicos do parecer dos auditores independentes: 
O parecer emitido pelo auditor independente compõe-se basicamente, de três parágrafos, 
como se segue: 
18 
 
a) Parágrafo referente à identificação das demonstrações contábeis e à definição das 
responsabilidades da administração e dos auditores; 
b) Parágrafo referente à extensão dos trabalhos; 
c) Parágrafo referente à opinião sobre as demonstrações contábeis. 
14.1 Aspectos Relevantes do Parecer de Auditoria 
 
O parecer deve expressar, claramente, a opinião do auditor sobre se as demonstrações 
contábeis da entidade representam, em todos os aspectos relevantes: 
a) Sua posição patrimonial e financeira; 
b) O resultado de suas operações para o período a que correspondem; 
c) As mutações de seu patrimônio líquido para o período a que correspondem; 
d) As origens e aplicações de recursos para o período a que correspondem. 
O auditor deve ter como base e fazer referência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade 
como definidos e aceitos em nosso país. 
14.2 Tipos dePareceres 
a) Parecer sem ressalva 
É emitido quando o auditor está convencido sobre todos os aspectos relevantes dos assuntos 
tratados no âmbito de auditoria, O parecer do auditor independente deve expressar essa 
convicção de forma clara e objetiva. 
b) Parecer com ressalva 
É emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na 
extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de 
opinião. 
c) Parecer adverso 
É emitido quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, 
em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva. 
d) Parecer com abstenção 
É emitido quando houver limitação significativa na extensão de seus exames que 
impossibilitem o auditor expressar opinião sobre as demonstrações contábeis por não ter 
obtido comprovação suficiente para fundamentá-la. 
19 
 
15. RELATORIO DE AUDITORIA 
 
15.1 Conceito 
O relatório de auditoria é o instrumento pelo qual o auditor comunica os trabalhos realizados, 
suas conclusões, recomendações e as providências a serem tomadas pela administração. 
O relatório é o documento pelo qual a auditoria interna apresenta o resultado do trabalho do 
Auditor Interno, devendo ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma que possa 
expressar claramente suas conclusões e recomendações quanto as providências a serem 
adotadas pela administração da entidade 
O relatório deve ser redigido com objetividade e imparciabilidade, de forma a expressar 
claramente os resultados dos trabalhos realizados. 
O relatório do auditor interno é confidencial e deve ser apresentado ao superior imediato ou 
pessoa autorizada que o tenha solicitado. 
O auditor interno deve, no seu relatório, destacar, quando for o caso, as áreas não-examinadas, 
informando os motivos pelos quais não as contemplou 
15.2 Aspectos do Relatório de Auditoria 
a) O objetivo e a extensão dos trabalhos; 
b) A metodologia adotada; 
c) Os principais procedimentos de auditoria aplicados e sua extensão; 
d) Eventuais limitações ao alcance dos procedimentos de auditoria; 
e) A descrição dos fatos constatados e as evidências encontradas; 
f) As conclusões e recomendações resultantes dos fatos constatados; 
g) A fundamentação legal. 
A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial na hipótese de 
constatar impropriedades, irregularidades ou ilegalidades que necessitem providências 
imediatas da administração da entidade que não possam aguardar o final dos trabalhos. 
O relatório é o instrumento técnico pelo qual o auditor interno comunica os trabalhos 
realizados, suas conclusões, recomendações e as providências a serem tomadas pela 
administração. 
O relatório deve ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar 
claramente os resultados dos trabalhos realizados. 
20 
 
O relatório do auditor interno é confidencial e deve ser apresentado ao superior imediato ou 
pessoa autorizada que o tenha solicitado. 
15.3 Atributos do Relatório de Auditoria: 
a) Coerência - Assegurar-se de que os resultados da auditoria correspondam aos objetivos da 
mesma. 
b) Oportunidade - O relatório deve ser emitido em tempo hábil, a fim de que as providências 
necessárias sejam tomadas oportunamente. 
c) Convicção - Relatar de tal forma que as evidências conduzam qualquer pessoa às mesmas 
conclusões a que se chegou a equipe auditoria. 
d) Integridade - Devem ser incluídos no relatório todos os fatos relevantes observados que 
levaram à conclusão. 
e) Apresentação - Por ser um documento técnico, não pode conter rasuras e deve seguir as 
regras de ortografia. 
f) Objetividade - Deve conter apenas informações relevantes para elucidação dos fatos 
auditados com linguagem direta. Evitar o uso excessivo de adjetivos e emprego de termos que 
contenham em si só juízo de valor. 
g) Clareza - A linguagem deve ser clara, a fim de que o leitor entenda, ainda que não versado 
na matéria, facilmente o que se quer transmitir, sem necessidade de explicações adicionais. 
h) Conclusão - O relatório deve permitir a formação de opinião sobre as atividades realizadas 
e elencar as recomendações para que a gestão promova as correções da não conformidades 
detectadas. 
 
16. AUDITORIA GOVERNAMENTAL 
É um conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública pelos processos e resultados 
gerencias, através da análise das receitas e despesas orçamentárias, tendo com base os 
princípios da legalidade, economicidade, formalidade, publicidade, dentre outros, observando 
ainda a eficiência e eficácia da gestão. 
16.1 Objetivos da Auditoria Governamental: 
a) Estratégico: 
- Contribuir com a melhoria do desempenho da gestão pública; 
- Contribuir para a racionalização operacional da gestão pública; 
- Contribuir no processo de modernização da gestão pública. 
b) Gerências: 
21 
 
- Avaliar a regularidade das aplicações dos recursos públicos; 
- Avaliar o processo de indicadores de desempenho da gestão pública; 
- Propor mecanismos, sistemas e normas para a melhoria de desempenho da gestão pública; 
 
16.2 Perfil do Auditor Governamental 
Trata-se de profissional cuja responsabilidade social é bastante exigida em virtude da 
necessidade de avaliar a prestação de contas dos recursos públicos, devendo possuir: 
- Conhecimento das atividades e amparo legal; 
- Conhecimento específico e de áreas afins; 
- Capacidade de análise e síntese; 
- Perspicácia; 
- Habilidades de comunicação. 
16.3 Funções do Auditor Governamental 
- Verificar a correta aplicação dos recursos pela gestão pública; 
- Avaliar a correta aplicação dos recursos públicos por entidades de direito privado. 
16.4 Tipos de Auditoria Governamental 
a) Fiscalizadora: tem como objetivo fiscalizar as transações sob a ótica financeira e 
patrimonial da gestão pública, com vistas a certificar-se da adequação dos controles internos e 
apontando as possíveis irregularidades. 
b) Gestão: tem como objetivo avaliar a produção e produtividade, bem como os resultados 
alcançados pela gestão pública , sob a ótica do cumprimento dos resultados alcançados e o 
cumprimento das metas estabelecidas para determinado período. 
c) Operacional: tem como objetivo analisar minuciosamente as transações sob a visão da 
economicidade, eficiência e eficácia, além de verificar o desempenho obtido e os efeitos 
específicos decorrentes da ação pública em determinado programa de governo. 
16.5 - Relatórios em Auditoria Governamental 
Os relatórios de auditoria devem seguir os padrões usualmente adotados em trabalhos 
semelhantes, buscando-se a forma mais adequada das circunstâncias, devendo conter: 
- Levantamentos; 
- Possíveis causas e conseqüências; 
22 
 
- Recomendações do Auditor. 
16.6 Parecer em Auditoria Governamental 
 
a) Parecer Pleno: emitido quando o auditor constatar que na gestão dos recursos públicos 
foram adequadamente observados os princípios da legalidade, economicidade, formalidade, 
publicidade, dentre outros; 
b) Parecer Restritivo: emitido quando o auditor constatar falhas, omissões ou 
impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais, e 
que pela sua irrelevância ou imaterialidade não caracterizem irregularidade de atuação dos 
agentes responsáveis; 
c) Parecer de Irregularidade: emitido quando o auditor verificar a não observância dos 
princípios da legalidade, economicidade, formalidade, publicidade, dentre outros, constatando 
a existência de desfalque financeiro, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte 
prejuízos quantificáveis para a fazenda pública no período do exercício examinado. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS 
CREPALDI, Silvio Aparecido. AuditoriaContábil: Teoria e prática. 10ª Ed. Atlas, São 
Paulo, 2016, 968 pgs. 
PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos de Auditoria. Atlas, São Paulo, 2007, 190 
pgs. 
PEREIRA, Anísio Candido. SOUZA, Benedito Felipe de. Auditoria Contábil: Abordagem 
Prática e Operacional. Ed. Atlas, São Paulo, 2004, 273 pg. 
 
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES 
FRANCO, Hilário. MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil, Procedimentos e Papéis de 
Trabalho, Programas de Auditoria e Papéis de Trabalho, Programas de Auditoria e 
Relatórios de Auditoria. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 6ª ed. Atlas, São Paulo, 2011. 
OLIVEIRA, Luís Martins de. JÚNIOR, José Hernandez Perez. Contabilidade Avançada: 
Teoria e Prática (Livro texto). 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
 
23 
 
 
 
MODELO DE PAPEIS DE TRABALHO DE AUDITORIA 
 
1. Empresa : 
2. Auditor Responsável: 
3. Equipe Técnica de Auditores: 
4. Representante da Empresa: 
5. Razão social: 
6. Endereço: 
7. Município: 8. UF: 
9. CEP: 10. Correio Eletrônico: 
11. Telefone: 12. Fax: 
13. CNPJ: 14. Inscrição estadual: 
15. Objetivos da auditoria: 
 
 
 
16: Principais pontos a serem abordados 
 
 
 
17. Documentos de Referência: 
 
 
 
18 Observações do Auditor 
 
 
 
I. DOCUMENTAÇÃO OFICIAL S N O A R 
a) Contrato Social registrado em junta comercial 
b) CNPJ 
c) Inscrição Estadual 
d) Estrutura organizacional administrativa adequada 
e) Responsável técnico inscrito no conselho de classe 
II. ESTRUTURA ORGANIZACIONA ADMINISTRATIVA S N O A R 
a) Estrutura Física Compatível 
b) Manual de Normas e Rotinas 
c) Código de Ética 
d) Segregação de funções 
e) Normas e procedimentos gerenciais e operacionais 
supervisionadas 
 
19. Códigos de referências 
 
S=Sim N=Não O=Não Observado A=Não Aplicável R= Com Restrições 
 
Assinaturas 
24 
 
MODELO DE PARECER DE AUDITORIA SEM RESSALVA 
 
 
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 
 
Aos 
Administradores e Acionistas (Quotistas) da 
NOME DA ENTIDADE AUDITADA 
Cidade - Estado 
 
 
1. Examinamos os balanços patrimoniais da (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), 
levantados em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, e as respectivas demonstrações do 
resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos 
correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de 
sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas 
demonstrações contábeis. 
 
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, 
entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos 
saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da entidade; (b) a 
constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as 
informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais 
representativas adotadas pela administração da sociedade, bem como da apresentação das 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 
 
3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas, representam 
adequadamente em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da (nome 
da entidade auditada), em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, o resultado de suas operações, 
as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes 
aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas de acordo com os Princípios Fundamentais 
da Contabilidade. 
Local e data: 
 
NOME DA EMPRESA DE AUDITORIA: 
CRC-(UF) ......... 
 
NOME DO AUDITOR SIGNATÁRIO 
Contador 
CRC-(UF) ......... 
 
25 
 
MODELO DE PARECER DE AUDITORIA COM RESSALVA 
 
Exemplo: Nota explicativa da diretoria às demonstrações financeiras: 
15. A companhia não contabilizou a depreciação sobre o imóvel fabril localizado na cidade de 
......., no montante de R$ ......, por considerar ter o mesmo sido valorizado no exercício, tendo 
em vista a pavimentação da estrada de acesso à capital do estado ocorrida no período. 
 
 
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 
 
Administradores e Acionistas (Quotistas) da 
NOME DA ENTIDADE AUDITADA 
Cidade - Estado 
 
1. Examinamos os balanços patrimoniais da (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), 
levantados em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, e as respectivas demonstrações de 
resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos 
correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de 
sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas 
demonstrações contábeis. 
 
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam, 
entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos 
saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da entidade; (b) 
a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as 
informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas contábeis e estimativas mais 
representativas adotadas pela administração da sociedade, bem como da apresentação das 
demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 
 
3. Em nossa opinião, exceto quanto ao fato mencionado na Nota Explicativa nº 15 e os 
reflexos que dele possam advir, estimados em R$ ....., líquido da provisão de impostos sobre 
os resultados, as demonstrações contábeis acima referidas, representam adequadamente em 
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ......... (NOME DA 
ENTIDADE AUDITADA), em 31 de dezembro de 2017 e de 2016, o resultado de suas 
operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos 
referentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas de acordo com os Princípios 
Fundamentais da Contabilidade. 
Local e data: 
 
NOME DA EMPRESA DE AUDITORIA: 
CRC-(UF) ......... 
 
NOME DO AUDITOR SIGNATÁRIO 
Contador 
CRC-(UF) ......... 
26 
 
MODELO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA 
 
a) Identificação do Auditado: 
 
 
b) Objetivos da Auditoria 
 
 
c) Áreas Auditadas 
 
 
d) Constatações/Recomendações 
 
e) Aspectos Relevantes 
 
 
f) Conclusão 
 
 
Equipe Técnica de Auditoria 
Nome do Auditor CRC Assinatura

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