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Mecânica das Rochas para Recursos Naturais e Infraestrutura SBMR 2014 – Conferência Especializada ISRM 09-13 Setembro 2014 © CBMR/ABMS e ISRM, 2014 SBMR 2014 Simulação Numérica do Desmonte de Rochas por Explosão Marko A. L. Bendezú Instituto Tecgraf e Departamento de Engenharia Civil, Rio de Janeiro – RJ, Brasil, markini@tecgraf.puc-rio.br Celso Romanel PUC-Rio, Departamento de Engenharia Civil, Rio de Janeiro – RJ, Brasil,romanel@puc-rio.br RESUMO: Quando explosivos são usados para desmonte de rocha a fogo, a técnica mais comum é perfurar a rocha e colocar explosivos no interior dos furos. O resultado da detonação provoca o fraturamento dinâmico da rocha pela interação de ondas de choque e da pressurização do gás no interior dos furos e das fraturas à medida que estas se desenvolvem. O objetivo deste trabalho é investigar pelo método dos elementos finitos estendidos (XFEM) o fraturamento dinâmico de um maciço de rocha sã, homogêneo e isotrópico. O modelo constitutivo da zona coesiva foi considerado para representar o comportamento mecânico da rocha durante o fraturamento. Nesta pesquisa investigou-se apenas o fraturamento dinâmico do maciço rochoso causado pelos altos níveis de tensão gerados pelas ondas de choque, desconsiderando os efeitos da pressurização dos gases. O desmonte de uma bancada a fogo é estudado numericamente, discutindo-se os aspectos que influenciam a solução numérica do problema, como o número e a distribuição de fissuras preexistentes. PALAVRAS-CHAVE: desmonte de rochas, fraturamento por explosão, método dos elementos finitos estendidos. 1 INTRODUÇÃO Quando explosivos são usados para desmonte de rocha a fogo, uma pequena massa de explosivo químico é transformada em um grande volume de gás, com geração de altas pressões e aumento da temperatura. O resultado da detonação provoca o fraturamento dinâmico da rocha pela interação de ondas de choque e da pressurização do gás no interior dos furos e das fraturas à medida que estas se desenvolvem (Fig. 1). O desmonte de rocha é afetado pelas propriedades do maciço rochoso, condições de carregamento e pela geometria do problema, tais como a existência de bordas livres e descontinuidades. A maioria dos modelos para previsão de desmonte em rocha é baseada em formulações empíricas, dada à grande complexidade do problema. Os pesquisadores ainda hoje discutem diferentes hipóteses para explicar os mecanismos fundamentais responsáveis pelo fraturamento, apesar dos enormes esforços de pesquisas experimentais, teóricas e numéricas, feitas nos últimas décadas para melhor entender o fenômeno. Os rápidos avanços nos métodos de modelagem numérica fizeram da simulação computacional uma ferramenta promissora para estudar os processos dinâmicos de fraturamento de rocha. Um dos métodos mais utilizados é o método dos elementos finitos, que tipicamente acompanha no tempo a evolução das fraturas, com atualizações frequentes da malha de elementos finitos para representar a nova geometria do material recém-fraturado. Esta metodologia, além de ser computacionalmente demorada e difícil pela necessidade da reconstrução constante de malhas, também resulta na perda de precisão numérica quando as variáveis de interesse (tensões, deslocamentos) são mapeadas e interpoladas da malha antiga para os pontos de Gauss e pontos nodais da malha nova. SBMR 2014 Figura 1. (a) Propagação de onda de choque; (b) expansão dos gases no furo e nas fraturas. O método estendido dos elementos finitos (Extended Finite Element Method - XFEM) permite a incorporação de enriquecimentos locais, i.e. de um conjunto de funções de interpolação enriquecidas que fornecem valores das variáveis de interesse com maior precisão e eficiência computacional. Além disso, é importante ressaltar que nesta metodologia a presença da fratura, e sua propagação no tempo através do maciço rochoso, não é geometricamente modelada e a malha de elementos não precisa ser reatualizada, como nas aplicações convencionais do método dos elementos finitos neste tipo de problema. O método estendido dos elementos finitos foi aqui aplicado para simular o fraturamento dinâmico de rochas por explosão, utilizando o modelo constitutivo de zona coesiva para simular a propagação de fraturas. Os resultados numéricos obtidos foram comparados com aqueles computados pelo método convencional dos elementos finitos (Lima, 2001) e pela técnica de eliminação de elementos (Saharam e Mitro, 2008), na qual elementos da malha são removidos quando o critério de ruptura por tração de Rankine é satisfeito. 2 MÉTODO ESTENDIDO DOS ELEMENTOS FINITOS (XFEM) O método estendido dos elementos finitos (XFEM), introduzido por Belytschko e Black (1999) e Moës et al. (1999), é uma ferramenta poderosa para simulação de descontinuidades, tais como fraturamento em rocha, incorporando em sua formulação o modelo constitutivo da zona coesiva (Moës e Belytschko, 2002). Uma variação do XFEM foi apresentada por Song et al. (2006), denominada de técnica dos nós fantasmas, cuja diferença básica é a maneira de enriquecimento das funções de interpolação. Enquanto que na formulação original do XFEM graus de liberdade adicionais são introduzidos para simulação da cinemática do fraturamento, a técnica dos nós fantasmas utiliza a sobreposição de elementos sem necessidade de criar graus de liberdade extras. 2.1 Técnica dos nós fantasmas Considere um corpo que está sendo fraturado (Fig. 2) e a correspondente discretização, mostrando um elemento finito interceptado por uma fratura. Para ter um conjunto de funções de interpolação, a parte dos elementos fraturados que pertence ao domínio real Ω0 é estendido para o domínio fantasma ΩP. Em seguida, o deslocamento no domínio real pode ser interpolado usando os graus de liberdade associados aos nós do domínio fantasma. A aproximação do campo de deslocamento é então dada por: 0 0 { , } { , } ( , ) ( ) ( ) ( ( )) ( ) ( ) ( ( )) P P h I I I w w J J J w w u X t u t N X H X u t N X H X + − − + ∈ ∈ = + − ∑ ∑ f f (1) onde f(X) representa um conjunto de funções denominado level set, H(x) é a função Heaviside e w0+, w0-, wP+ e wP- são os nós pertencentes a 0+Ω , 0−Ω , P+Ω e P−Ω respectivamente. Como pode ser observado na Fig. 2, elementos interceptados por fraturas têm nós reais (círculos sólidos) e fantasmas (círculos vazados). A descontinuidade do campo de deslocamentos causada pela fratura é SBMR 2014 simulada fazendo-se integrações numéricas separadas nas áreas 0+Ω e 0−Ω do elemento, ambas delimitadas pela fratura e contendo o lado definido pelos nós reais. Song et al. (2006) e Remmers et al. (2008) demonstraram que os resultados obtidos tem pouca dependência da malha de elementos finitos se esta for suficientemente refinada. Figura 2. Técnica dos nós fantasmas onde as áreas sombreadas 0 +Ω e 0 −Ω do elemento são integradas numericamente para representação da descontinuidade do campo de deslocamentos causada pela fratura. Para a localização da fratura e o acompanhamento de sua propagação no tempo é utilizado o conjunto level-set, consistindo de duas funções Ф e Ψ (Fig. 3), a primeira das quais (Ф) descrevendo a trajetória de propagação da fratura e a segunda (Ψ) consistindo de uma superfície ortogonal que localiza a ponta da fratura. Figura 3. (a) Domínio Ω parcialmente cortado por uma fratura; (b) função Ф descreve a trajetória de propagação da fratura; (c) função Ψ localiza a ponta da fratura. 2.2 Modelo da zona coesiva Na análise numérica da propagação defraturas é necessário utilizar um modelo constitutivo específico para a região próxima à ponta da fratura para levar em consideração as deformações inelásticas que ali ocorrem. Barenblatt (1959) e Dugdale (1960) propuseram o modelo da zona coesiva, na qual as deformações na ponta da fratura antes da propagação são avaliadas e a dissipação de energia ocorre em uma região finita nas proximidades. As tensões aplicadas sobre a superfície da fratura decrescem com o aumento da abertura da mesma, mas não subitamente para zero, sem causar singularidade na ponta da fratura, o que não permite, portanto, a utilização de um fator de intensidade de tensão (Fig. 4). Várias versões do modelo de zona coesiva foram propostas na literatura, sendo as principais diferenças entre elas quanto à forma da resposta tensão versus deslocamento e as constantes usadas para descrição do modelo. O modelo da zona coesiva é ativado quando um critério de dano for atingido, quando então a zona coesiva é estendida através do elemento, simulando a propagação da fratura. Na Fig. 5 o conceito esquemático de zona coesiva com amolecimento no modo misto é ilustrado (Camacho e Dávila, 2002). O critério do início do dano é ativado em função da tensão principal máxima, de acordo com a Eq. (2). max maxmax max max maxmax 0, se 0 1, , se 0T σ σσ σ σ σ = < = = = ≥ f (2) onde Tmax é a resistência à tração da rocha e tensões positivas são interpretadas como de tração. A evolução do dano descreve a taxa na qual a rigidez do material é degradado uma vez que o critério de dano seja atingido. Neste trabalho foi utilizado o critério de propagação de modo misto I-II definido pela seguinte lei de potência, considerando η=1, 1sn C C n s GG G G ηη + = (3) onde Gn, Gs representam a energia de deformação nos modos I e II, respectivamente, e �� � e �� � os valores necessários que devem ser atingidos para causar a propagação da fratura. SBMR 2014 Figura 4. Modelo de zona coesiva de Barenblatt (1959). Figura 5. Resposta no modo misto no modelo de dano de Camacho e Dávila (2002). 3 SIMULAÇÃO NUMÉRICA 3.1 Detonação simultânea em dois furos Com auxílio do XFEM este exemplo investiga os efeitos da explosão simultânea em dois furos de detonação de raio 0.0254m, posicionados conforme a Fig. 6, que também apresenta a numeração das oito fissuras preexistentes ao longo do perímetro de cada furo, com comprimento igual a um terço do raio. A malha foi formada por elementos quadrilaterais de 4 nós, sendo 37.040 elementos finitos e 428 elementos infinitos (Fig. 7). O processamento numérico do problema foi feito com o programa computacional ABAQUS. Figura 6. Localização dos furos de detonação. Figura 7. Malha de elementos do modelo. A rocha (granito) tem massa especifica ρ=2800 kg/m3, parâmetros elásticos E=60 GPa e ν=0.25, resistência à tração de 3MPa, energia de fraturamento no modo I e II de 42.54 e 16.58 Pa·m, respetivamente. A variação com o tempo da pressão dos gases no interior do furo devido à detonação do explosivo é mostrada esquematicamente na Fig. 8. Figura 8. Variação com o tempo da pressão dos gases de explosão nas paredes do furo. No instante t = 90.7 µs as fraturas 1 e 13, paralelas à face livre do modelo, se encontram (Fig. 9), após seguirem trajetórias levemente assimétricas devido à influência do padrão de discretização da malha de elementos finitos. furo 1 3 2 1 8 7 4 5 6 furo 2 11 10 9 16 15 12 13 14 face livre 0.4 m 0.4 m SBMR 2014 Figura 9. Fraturas 1 e 13 se interceptam em t = 90.7 µs. No instante t = 200 µs as fraturas 2-12 e 8-14 também se interceptam (Fig. 10-a) enquanto que as fraturas 7 e 15 atingem a face livre, formando um bloco de rocha geometricamente delimitado pelas fraturas 7-2 e 12-15. Para o instante t = 467 µs após a detonação, quando a pressão no interior do furo atinge seu valor máximo P0 = 1000 MPa, as fraturas dominantes desviam-se significativamente da direção radial, conforme mostra a Fig. 10b. As fraturas 6 e 16 não interceptam a face livre, e seguem em propagação praticamente paralela à face livre. As fraturas restantes atingem os contornos do modelo numérico. A Fig. 11 mostra o campo de deslocamentos verticais calculado no instante t = 538 µs, observando-se que a rocha existente entre as fraturas 6 e 16 tende a ser arremessada para fora do maciço rochoso. Os valores máximos de deslocamento computados são da ordem de 6mm, nas cunhas formadas entre as fraturas 6 e 7 e entre as fraturas 15 e 16. Para o mesmo problema, um comportamento similar foi numericamente obtido pelo método convencional dos elementos finitos por Lima (2001), por meio da atualização de sucessivas malhas para acompanhamento da propagação das fraturas no tempo e elementos finitos singulares quarter-points para cálculo dos fatores de intensidade de tensão. A principal desvantagem deste tipo de simulação é o tempo dispendido para geração de malhas e mapeamento de variáveis entre elas, com perda gradual de precisão numérica neste processo. Para fins comparativos, a Fig. 12 apresenta a situação das fraturas computadas por Lima (2001) no tempo t = 538 µs, observando-se que o padrão do faturamento é o mesmo do observado na Fig. 11. Figura 10. Propagação de fraturas: (a) fraturas 2-12 e 8- 14 se interceptam em t = 200 µs; (b) fraturamento no tempo t = 467µs quando a pressão nos furos de detonação atinge a pressão de pico. Figura 11. Campo de deslocamentos verticais e propagação das fraturas no tempo t = 538 µs (ampliação de 10x). Figura 12. Propagação das fraturas no tempo t = 538 µs computadas com o método convencional dos elementos finitos (Lima, 2001). SBMR 2014 Não há indicações claras na literatura sobre o número de fraturas radiais que se desenvolvem em torno do furo de detonação. Evidências experimentais com explosivos de alta energia de choque sugiram de 8 a 12 fraturas radiais principais (Ghost e Daemen, 1995), enquanto que estudos numéricos de Song e Kim (1995) tenham observado o desenvolvimento de 10 a 12 fraturas dominantes. Assim, foi novamente realizada a simulação numérica do fraturamento da rocha, porém desta vez sem consideração da existência prévia de fissuras ao longo do perímetro dos furos de detonação. A Fig. 13 apresenta os resultados no t = 90.7 µs que, quando comparados com aqueles calculados anteriormente na Fig. 9, permite observar que muitas pequenas fraturas se desenvolvem inicialmente mas só algumas realmente predominam. A sugestão anterior de 12 fraturas radiais parece se confirmar, embora o número de fraturas no furo 2 seja superior ao observado no furo 1. Adicionalmente, estas fraturas não estão simetricamente distribuídas ao redor do perímetro dos furos e, neste instante, 3 delas já se interceptam. Embora uma simulação de fraturamento sem fissuras preexistentes seja possível, alguns inconvenientes foram observados. O tempo da simulação é bastante maior quando comparado ao modelo com fissuras preexistentes e, neste exemplo, o programa computacional apresentou problemas de convergência sendo interrompido no tempo t = 404 µs (Fig. 14) devido a problemas numéricos com a interseção de fraturas. Nota-se também que, além dos efeitos de malha observados anteriormente para o caso de fissuras preexistentes, o problema nitidamente deixou de ser simétrico em virtude da criação assimétrica das fraturas dominantes. Figura 13. Propagação das fraturasno tempo t = 90.7 µs (modelagem XFEM sem fissuras preexistentes). Figura 14. Propagação de fraturas sem fissuras preexistentes no tempo t = 404 µs, na interrupção da análise. 3.3 Fraturamento com critério de Rankine O mesmo problema foi resolvido com a técnica de eliminação do elemento (TEE) que, incorpora o critério de tração máxima de Rankine e o modelo constitutivo de material frágil para o granito. O carregamento nas paredes do furo considera novamente a aplicação de um pulso de pressão transiente, mas a pressão do gás nas superfícies da fratura, anteriormente desconsiderada, é indiretamente levada em conta nesta metodologia. As ondas de choque são a causa primária do fraturamento da rocha enquanto a energia da pressão de gás tem mais influência no processo de fragmentação da rocha. A técnica de eliminação do elemento utiliza o método convencional dos elementos finitos com solução explícita no tempo (Saharam e Mitri, 2008). O critério de ruptura de Rankine, ou da tensão de tração máxima, é utilizado (Fig. 15- a). O elemento no qual o critério é satisfeito é removido imediatamente da malha, zerando-se as tensões nele atuantes, o que representa, no contexto desta metodologia, a criação e propagação de fraturas através do maciço rochoso (Fig. 15-b). O modelo de faturamento de material frágil é intrinsicamente incorporado, com o fraturamento fundamentalmente controlado pela resistência à tração da rocha. Nesta abordagem, assume-se que certa quantidade de energia (Gf) é absorvida pela formação da superfície da fratura, a qual pode ser calculada com base nas tensões de tração e deslocamentos na abertura da fratura. SBMR 2014 Figura 15. (a) Critério de ruptura de Rankine; (b) Representação da técnica de eliminação do elemento. Os resultados numéricos obtidos estão mostrados na Fig. 16. Para facilitar a comparação visual com os resultados anteriores (elementos finitos convencional, XFEM), todas as figuras representam uma mesma área de dimensão 2.1m x 1.45m. Pode ser observado que ao redor do furo de detonação existe um anel de rocha muito fragmentada, sem a criação de fraturas dominantes, pelo simples fato que elementos finitos são removidos uma vez que seja atingido o critério de tração máxima de Rankine. A influência da face livre também pode ser observada à medida que as “fraturas” se propagam. O tempo de simulação computacional é baixo apesar de utilizar mais elementos do que na malha XFEM (solução implícita), porque a técnica de eliminação do elemento faz uso de solução explícita no tempo, o que lhe confere maior rapidez na solução das equações. No presente exemplo não foram consideradas fissuras preexistentes porque elas não teriam influência alguma na solução do problema, dado o caráter desta técnica, baseada na simples remoção de elementos e não no acompanhamento da fratura através de uma malha de elementos, como nas metodologias anteriores (XFEM, método convencional dos elementos finitos). 4 CONCLUSÕES Neste trabalho o método dos elementos estendido (XFEM) e técnica de eliminação de elementos (TEE) foram empregados na análise do fraturamento de um maciço rochoso por explosão (desmonte a fogo). O conceito do método XFEM foi brevemente explicado, no qual se agregam funções de enriquecimento nos elementos finitos interceptados pela fratura para melhor representar a descontinuidade no campo de deslocamentos. Figura 16. Evolução das fraturas e fragmentação do maciço rochoso na técnica de eliminação de elementos. SBMR 2014 Cada um destes elementos é substituído por dois outros elementos com nós fantasmas, conservando as mesmas funções de interpolação dos demais elementos intactos da malha, facilitando a implementação computacional do método XFEM nos programas baseados no método convencional dos elementos finitos. Os resultados numéricos do exemplo analisado neste trabalho sugerem que o método XFEM produz resultados satisfatórios para problemas de desmonte de rocha a fogo (por explosão), confirmada pelos resultados anteriormente obtidos por Lima (2001) com o método convencional dos elementos finitos. Adicionalmente, o XFEM, por não representar fisicamente a fratura na malha de elementos finitos, não necessita de atualizações frequentes de malha com a consequente perda de precisão dos resultados entre mapeamentos das variáveis. Também não é necessário que fissuras preexistentes sejam consideradas para iniciação do fraturamento e, computacionalmente, requer menor tempo de solução que no método convencional. Os resultados numéricos obtidos com o XFEM também foram comparados com aqueles determinados com a aplicação da técnica de eliminação de elementos, sendo qualitativamente condizentes. AGRADECIMENTOS O primeiro autor agradece ao Instituto Tecgraf/PUC-Rio e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por ter possibilitado a realização desta pesquisa no curso de doutorado em Engenharia Civil da PUC-Rio, na área de Geotecnia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Barenblatt, G.I. (1959). Mathematical theory of equilibrium cracks in brittle fracture. 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