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MECÂNICA DOS SÓLIDOS II Prof. Judas Tadeu Gomes de Sousa 05 a 17/09/2013 – Dúvidas sobre o trabalho 19/09/2013 - Apresentação de seminários 24/09/2013 - Reposição 01/10/2013 - Prova final. Vibração é todo movimento periódico de um corpo ou sistema de corpos interligados, em torno de uma posição de equilíbrio. Quando a causa ◦ Vibrações livres: Quando o movimento se mantém por forças restauradoras gravitacionais ou elásticas; ◦ Vibrações forçadas: Quando o movimento é causado por uma força externa periódica aplicada; Quando ao amortecimento: ◦ Vibrações não amortecidas: Quando os efeitos da amortecimento do sistema é desprezado; ◦ Vibrações amortecidas: Quando amortecimento é considerado no equacionamento do problema. Analisemos o sistema abaixo que consiste em bloco de massa m ligado a uma mola de rigidez k: O diagrama de corpo livre do sistema, pode ser visto na figura: A equação do movimento do bloco na direção x pode ser obtida aplicando-se a segunda lei de Newton: 0 kxxm xmkxamF xx A equação do movimento pode ser melhor apresentada da seguinte forma: ◦ Onde: wn é denominada frequência angular natural. m k xxx m k x nn ww 00 2 Uma solução para equação diferencial anterior pode ser escrita como: ◦ Sendo as constantes A e B determinadas com base nas condições iniciais do problema tBtAtx nn ww cossen)( Conhecidas a posição e a velocidade do corpo para um instante t1 as constantes são definidas como: ◦ Sendo x(t1) e v(t1) a posição e a velocidade do corpo para t =t1, respectivamente. )( )( 1 1 txB tv A n w A equação do movimento pode também ser expressa em termos de uma única função seno: ◦ Onde: w tCtx nsen)( B A BAC 1 22 tg Graficamente temos: O período do movimento vibratório do sistema é definido como: ◦ Sendo wn a frequência natural do sistema k m n w 2 2 Já a frequência do movimento, definida como o inverso do período, pode ser calculada como: m k f f n w 2 1 2 1 Observe que no problema massa mola as forças envolvidas são todas conservativas Aplicando o princípio da conservação da energia mecânica: constante 2 1 2 1 constante 22 kxxm TV Derivando no tempo a equação do princípio da conservação da energia, temos: Finalmente para : 00 kxxmxxkxxxm m k xx nn ww 0 0x Todo sistema mecânico apresenta algum grau interno de atrito que dissipa a energia mecânica; Modelos matemáticos precisos das forças dissipativas são bastante complexos; Um amortecedor viscoso é um exemplo dispositivo muito comum adicionado a sistemas mecânicos que apresenta uma certa simplificação na sua formulação. O dispositivo é composto de um cilindro preenchido com um fluido viscoso e um pistão com orifícios por onde o fluido escoa de um lado para o outro Amortecedores desse tipo exercem uma força cujo módulo é proporcional à velocidade da massa, ou seja: ◦ Onde: c = coeficiente de amortecimento viscoso e tem como unidades N.s/m. xcF O diagrama de corpo livre do bloco mais a força de amortecimento é mostrado na figura: A equação do movimento na direção x, agora é obtida fazendo: Resultando em: xmxckxmaF xx 0 xckxxm A equação diferencial abaixo Tem uma solução geral na forma: ◦ Onde l é uma constante. 0 kxxcxm tetx l)( O valor de l pode ser encontrado resolvendo a equação do segundo grau abaixo obtida substituindo a solução geral e suas derivadas na equação do movimento: 02 kcm ll As raízes para equação do segundo grau são: m k m c m c m k m c m c 2 2 2 1 22 22 l l e Definimos então o coeficiente de amortecimento crítico: ◦ O qual é o coeficiente de amortecimento capaz de anular a raiz do coeficiente l da solução geral. nc m m k mc w22 Com base no valor de c três situações podem ser identificadas: ◦ Sistema Superamortecido: quando c>cc e as raízes l1 e l2 são soluções reais negativas e a solução geral pode ser escrita como: ◦ O movimento correspondente a essa solução é não vibratório. Sendo A e B obtidas a partir das condições iniciais do problema. tt BeAetx 21)( ll ◦ Sistema Criticamente Amortecido: quando c=cc, as raízes são iguais l1=l2 = -cc/2m=-wn. A solução geral para esse caso pode ser escrita como: ◦ E essa situação representa a condição limite de c para o sistema não ser vibratório. tneBtAtx w)( ◦ Sistema Subamortecido: quando c<cc, as raízes l1 e l2 são números complexos conjugados. A solução geral para esse caso pode ser escrita como: ◦ Onde D e são constantes determinadas pelas condições iniciais do problema e a frequência wd, frequência natural amortecida, é dada por: w teDtx dtmc sen)( 2/ 2 1 c nd c c ww Graficamente o movimento sub-amortecido pode observado em vermelho na figura abaixo Considere agora que sob o bloco sistema inicial atua uma força de intensidade periódica: ◦ Onde F0 é a amplitude do função do carregamento e w0 sua frequência angular. O diagrama de corpo livre do bloco agora pode ser visto abaixo: A equação do movimento pode ser então escrita como: Cuja solução geral é obtida na soma de uma solução complementar xc com uma particular xp. t m F x m k x 0 0 senw pc xxx A solução complementar xc é uma solução geral para equação homogênea associada, ou seja: Cujo resultado já vimos ser do tipo 0 x m k x tBtAtx nnc ww cossen)( Uma solução particular para a equação do movimento, deve ser do tipo : ◦ Sendo a constante C é obtida substituindo a solução particular na equação do movimento, ou seja: tCtxp 0sen)( w 20 0 1 n kF C ww A solução particular pode então ser escrita como: E finalmente a solução geral: t kF tx n p 02 0 sen 1 )( w ww t kF tBtAtx xxx n nn pc 02 0 sen 1 cossen)( w ww ww Podemos separar a solução geral em duas partes. ◦ Onde A e B são obtidos considerando as condições iniciais do problema. ForçadaVibração02 0 Natural Vibração sen 1 cossen)( t kF tBtAtx n nn www ww Graficamente teríamos ◦ Solução complementar ◦ Solução particular ◦ Soma das duas soluções ◦ Na prática como todos os sistemas estão sob efeito de algum tipo de atrito a parcela de vibração livre tende a desaparecer (transitória) e o sistema vibrará na seguindo a função de excitação. A amplitude da vibração forçada é função da razão das frequências w0/wn: ◦ Particularmente se w/wn = 1 a amplitude tende a crescer indefinidamente. t kF tx n p 0 Amplitude 2 0 0 sen 1 )( w ww Definirmos então o fator de amplificação FA ◦ Onde (xp)max é a amplitude de vibração no regime permanente, e F0 /k e a deflexão estática provocada por uma força de módulo F0 na mola. 20 2 0 mola da estática deformação 0 max 1 11 n np kF kF kF x FA ww ww Graficamente. 21 1 n FA ww Observações: ◦ Para w≈0 observe que FA ≈ 1, indica que a vibração esta em fase com a força de excitação; ◦ Para w/ w n≈1 observe que a amplitude da vibração torna-se extremamente grande nesses casos afirma-se que o sistema está em ressonância; ◦ Para frequências muito altas o valor de FA torna-se negativo indicando que o movimento está fora de fase com a força, tendendo a se extinguir. Adicionando agora um amortecedor ao sistema massa-mola sob vibração forçada obtemos a equação: Cuja solução é da forma: t m F x m k x m c x 0 0 senw pc xxx Como a solução complementar para essa equação diferencial já foi determinada antes, basta agora encontrar a solução particular que deve ter a forma: ◦ sendo )'(sen')( 0 w tCtx 2 0 01 2 0 22 0 0 1 2 ' ; 21 / ' n nc ncn cc tg cc kF C ww ww wwww O Fator de amplificação para esse caso é: ; 21 1 / ' 2 0 22 0 0 ncn cc FA kF C FA wwww Graficamente teríamos: ◦ Mostrando que quanto maior o amortecimento menor a amplitude de vibração do sistema. ; 21 1 2 0 22 0 ncn cc FA wwww Fim do conteúdo teórico!!!!!!!!!
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