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Glândulas Salivares - É o órgão responsável pela produção de saliva - Formadas por um tecido epitelial glandular acinoso - Secretam seus produtos no interior de ductos (glândulas exócrinas) - São de natureza merócrina, ou seja, apenas o produto de secreção é liberado para fora da célula por meio de vesículas Classificação - Glândulas salivares maiores: parótida, submandibular e sublingual (localizam-se fora da cavidade bucal) Parótida: ácinos serosos, secreção serosa, ducto de Stenon Submandibular: predomínio de ácinos serosos, secreção mista (serosa + mucosa), ducto de Wharton Sublingual: mucosa e meia lua serosa, sem ácinos serosos, secreção puramente mucosa, conjunto de ductos (Rivinus) - Glândulas salivares menores: espalhadas pela mucosa bucal, denominadas de acordo com sua localização (bucais, labiais, palatinas e linguais). Unidades secretoras: ácinos mucosos, mistos e serosos Glândula de Von Ebner: puramente serosa, se localiza abaixo das papilas circunvaladas, são bem liquidas para poderem “limpar” a invaginação das papilas. Estruturas - Parênquima (parte funcional): ácinos (produz), ductos (conduz) e células mioepteliais (contraem) Ácinos: Unidades secretoras terminais, conjunto de células piramidais (mucosas/serosas) Ácino Seroso: núcleo arredondado, citoplasma corado, secreção rica em proteína, mais aquosa Ácino Mucoso: núcleo achatado, citoplasma pouco corado, secreção rica em carboidratos, mais viscosa Ácino Misto: ácino mucoso + meia lua serosa (gianuzzi) = secreção mista Ductos: Núcleo centralizado, lumem grande Ducto intercalar (intercalado): epitélio simples cúbico Ducto estriado: epitélio simples colunar Ducto excretor (principal): epitélio estratificado pavimentoso Células Mioepteliais: Células de origem epitelial com a característica contrátil das células musculares Localizam-se nas superfícies das células secretoras Com a contração, auxiliam na secreção dos produtos dos ácinos - Estroma (tec. conjuntivo): células, fibras e substância fundamental amorfa Fisiologia Salivar à Os ductos servem para modificar a composição da saliva, os ácinos secretam a saliva primária, composta de elementos orgânicos, água e eletrólitos provinientes do compartimento intersticial. Ao passar pelos ductos principalmente o estriado, sofre mudanças na sua composição eletrolítica em função de trocas passivas e ativas que ocorrem entre a luz do ducto e a camada celular da parede ductal, formando a saliva secundária. A unidade fisiológica do parênquima de uma glândula salivar é conhecida com adenômero, que é constituído por células acinares, por células mioepiteliais circundantes, pelo ducto intercalado e pelo ducto estriado. Manifestações da saliva adequada: - Bem-estar bucal ou da mucosa bucal dada pela sua umidade. - Deglutição praticamente imperceptível. - Fala realizada sem dificuldade. - Formação de bolo alimentar de maneira adequada e eficiente, tanto em qualidade quanto em velocidade. - Volume da saliva oral suficiente para cuspir. - Manutenção da integridade da mucosa oral e dos dentes. Múltiplas funções que a saliva exerce no trato digestório superior e, em especial, na boca: - Limpeza mecânica de restos alimentares e bactérias. - Lubrificação das superfícies orais. - Proteção dos dentes e mucosa orofaríngea. - Neutralização de ácidos orais e diluição de resíduos. - Atividade antimicrobiana. - Funções excretoras (metais pesados e uréia); transmissão de vírus. - Dissolução de compostos para o paladar - Facilitação da fala, mastigação e deglutição - Formação do bolo alimentar para deglutição - Digestão inicial de amido e lipídeos - Limpeza esofagiana e tamponamento do ácido gástrico após refluxos normais. A importância da saliva é bem ilustrada em indivíduos que têm hipofunção das glândulas salivares quando manifestam: - Dor - Aumento da incidência de cáries - Infecções oportunistas tais como por Candida albicans, entre outros - Complicações orais p. ex., do Diabetes Mellitus (causa possível: degeneração neural) Ex: Periodontites e gengivites, Hiposalivação (xerostomia), Cáries, Candidíase, Síndrome da ardência bucal (estomatodínia), Abcessos periodontais, Edentulismo (perda dos dentes) Glandulas salivares: Três pares de glândulas extrínsecas conectadas à cavidade oral por ductos: parótidas, submandibulares e sublingüais. Pequenas glândulas intrínsecas encontradas sob a membrana mucosa da boca, lábios, bochechas e língua – secretam em taxa relativamente constante - Parótidas: alto conteúdo de H20, eletrólitos e enzimas; Ducto de Stenon - Submandibulares: secreção mista; Ducto de Wharton emerge na papila sublingüal ao lado do frênulo. - Sublingüais: secreção mucosa; ducto de Bartholin que emerge nas pregas sublingüais - Glândulas salivares menores (orais) Informaçoes gerais sobre a salivação: - Produção diária: 1,0 - 1,5 L - pH (variável com o fluxo): 6,2 – 7,2 - 80-90% da produção diária ocorre por estímulos durante a alimentação (paladar, olfação e forças mastigatórias) - Baixa secreção: sono Histologia das glândulas salivares anexas: - Células acinares (serosa, mucosa ou sero-mucosa) - Células ductais (intercalar, estriado e excretor) - Células mioepiteliais localizadas entre a membrana basal e as células acinares. As células mioepiteliais das glândulas salivares: Quando estimuladas pelo SNA (Parassimpático e Simpático), contraem-se, “ordenhando” os ácinos e promovendo a ejeção da saliva pré-formada (Glândulas Mamárias). Composição da saliva: Água (98-99%), Produtos Inorgânicos e Orgânicos Produtos organicos, compostos por proteínas salivares de 4 tipos: - Proteínas enzimáticas: Amilase: Inicia a hidrólise do amido e glicogênio da dieta mas com ação limita já que é inativada pel acidez gástrica. Lactoperoxidase: ação antibacteriana; destrói microorganismos ao catalizar peróxido de oxigênio. Lisozima: ação antibacteriana; inibe o crescimento bacteriano. - Proteínas ricas em prolina: Mucinas: capacidade de formar uma pseudomembrana sobre superfícies; tem função protetora. - Proteínas Aromáticas: Gustina: que acentua o paladar Estaterina: que produz remineralização e evita a precipitação ou cristalização de sais de fosfato de cálcio supersaturado nos ductos salivares. Histatina: que se liga à hidroxiapatita. Lactoferrina: que retarda o crescimento bacteriano. Albumina: que produz enlaces aromáticos. - Imunoglobulinas (IgA) Produtos inorgânicos: Cálcio, Flúor, Sódio, Potássio, Bicarbonato, Fosfato, Cloro, Magnésio, etc. Formação da saliva: O processo secretor inicia-se nas células acinares que formam inicialmente um fluido primário isotônico ao plasma e que depois sofre reabsorção de Na+ e Cl- e secreção de K+ e de HCO3- nos ductos, deixando a saliva hipotônica e menos ácida. Secreção das glândulas salivares: A ritmos máximos de secreção, as glândulas salivares podem secretar até 1 ml por minuto por grama de tecido, isto é o próprio peso por minuto. Reflexos incondicionados: São aqueles que estimulam a salivação sem que haja o aprendizado (p. ex., apresentação de comida a um indivíduo faminto). Necessitam de experiência prévia, repetitiva e associativa entre alimentação e olfação/visão. - Ex: uma criança lactente não reage (salivando) como um adulto. Controle da secreção salivar - O sistema parassimpático é fundamental na regulação da função salivar. - Origina-se no bulbo, nos núcleos salivares superiores e inferiores, ligados a neurônios motores do glossofaríngeo e facial. - Do núcleo salivar superior, emergem fibras eferentes do facial que, através do nervo lingual e corda do tímpano, vão inervar as glândulas submandibular e sublingual. - Do núcleo salivar inferior, saem fibras motoras do glossofaríngeo, que fazemsinapse no gânglio ótico e inervam a glândula parótida - O nervo corda do tímpano e glossofaríngeo fazem parte do sistema parassimpático e determinam a estimulação das glândulas salivares. - A inervação simpática é derivada do gânglio cervical superior e segue os vasos sanguíneos para dentro de todas glândulas. Esta inervação está distribuída para os ácinos e ductos intercalados e estriados, mas não nos ductos excretores. - O fluxo é controlado pela estimulação nervosa, sendo que geralmente considera-se que a estimulação beta-adrenérgica (simpática) induz os mecanismos de secreção protéica, enquanto a alfa-adrenérgica e a colinérgica regulam a secreção de água e de eletrólitos. - A saliva produzida durante o período digestivo é predominantemente serosa e caracterizada por ser fluída, volumosa, rica em bicarbonato de sódio e pH alcalino. Este é o tipo de saliva produzido pela estimulação do ramo parassimpático do S.N.A - Nos períodos interdigestivos, ocorre uma secreção basal contínua de saliva, com volume menor, porém mais viscoso e protêico. A estimulação simpática aumenta a viscosidade da saliva tornando-a mais pegajosa e com tendência de acidificação. Um fator secundário que também afeta a secreção é o suprimento sangüíneo das glândulas, uma vez que a secreção sempre requer nutrição adequada. É que o processo de salivação dilata indiretamente os vasos sangüíneos, proporcionando, assim, maior nutrição, quando necessária. Parte do efeito vasodilatador é ocasionado pela calicreína secretada pelas células salivares ativadas; por sua vez, a calicreína é convertida no sangue em bradicinina, um forte vasodilatador. Os principais componentes envolvidos na ativação neural das glândulas salivares: Estimulação pelos diversos receptores, dentre eles os quimioreceptores das papilas gustativas e mecanorreceptores dos ligamentos periodontais. A inervação aferente transmite impulsos para o “centro da salivação” (núcleos salivatórios) no bulbo e ponte: nervos facial, glossofaríngeo e vago (paladar) e trigêmio (mastigação). Olfação e distensão do estômago são outras aferências que podem iniciar a salivação. A visão, olfação e o pensamento podem levar à formação de alguma saliva, dependendo do estado motivacional. Os “núcleos salivatórios” também recebem aferências de outras regiões do SNC que podem resultar em efeitos estimulatórios ou inibitórios sobre a salivação, dependendo, por exemplo, do estado emocional. Inervação responsável pela estimulação da secreção salivar: Mecanismo de ativação salivar (ácinos): nervos cranianos O SN Simpático também inerva os vasos sangüíneos provocando vasoconstrição (receptores α-adren.), diminuindo conseqüentemente o fluxo sangüíneo com subseqüente esgotamento metabólico das glândulas salivares. Influencia circadiana: A secreção salivar diminui com a diminuição do alerta e durante o sono (paralelamente à diminuição da freqüência de deglutição Controle humoral (endócrino): Secundário ao controle neural. Hormônios antinatriuréticos (aldosterona, corticosterona e ANGII): saliva pobre em água e Na+ e rica em K+ e H+ (↓pH) Fisiologia salivar: Fluxo: - Aumenta com a acidez do sangue. - Distensão do esôfago e alimentos no estômago aumentam a salivação. - Xerostomia, irritações (dentes ou próteses) alteram o fluxo. Volume O volume varia em função de estímulos bucais (gustativos, ato mastigatório), gastrintestinais (acidez, irritação) e cefálicos (reflexos condicionados) - 99% de saliva é água - 600 a 1200 ml em 24 horas - No sono: quase nula (10ml) - Formada na porção secretora com um componente macromolecular (das céls. acinosas) e um componente fluido, derivado do sangue. - Em média 1ml por minuto, na estimulação máxima: 4ml por minuto Funções Exócrinas: - Lubrificação: Presença de mucina. A atropinização (droga anticolinérgica) que promove secura, provocando alteração na deglutição, fala e lubrificação. - Digestão: (alfa-amilase ou amilase salivar ou ptialina) que rompe as ligações 1,4-glicosídeas dos carboidratos, provocando um pH = 6,8, iniciando a digestão. - Excretora: (orgânicos e inorgânicos) – vírus da AIDS, raiva, poliomielite e gripe. Gotículas de Pflüger. - Proteção: barreira pela lubrificação. Bacteriolítica: (lisozima/lactoferrina), que conferem propriedades opsonizantes e leucotáxicas. A lisozima e conhecida como antibiótico fisiologico, - Saturação iônica: Ca, P, F - Limpeza: água dissolve substâncias, que estimulam os corpúsculos gustativos,mantendo a secreção salivar (feedback positivo. à O próprio fluxo salivar ajuda a remover as bactérias patogênicas, bem como as partículas alimentares que lhes fornecem a sustentação metabólica. A saliva contém íons tiocianato e enzimas proteolíticas como a lisozima, que atacam as bactérias,e ajudam os íons tiocianato a penetrar nas bactérias, tornando-os bactericidas. Os íons tiocianato digerem partículas alimentares, ajudando ainda mais a remover a sustentação metabólica das bactérias. A saliva contém quase sempre quantidades significativas de anticorpos capazes de destruir as bactérias orais, incluíndo as que promovem cárie dental. Consequentemente na ausência de salivação, os tecidos orais sofrem ulceração e são infectados, e as cáries dentárias ocorrem com grande facilidade. Outros fatores como a idade, hábito alimentar, mastigação, hormônios e algumas doenças também podem alterar a função das glândulas salivares, provocando mudanças tanto no fluxo (sialorréia, hipossalivação, xerostomia) como na composição da saliva, promovendo alterações no ambiente bucal e causando o aparecimento de processos mórbidos (aftas, cáries, descamação, ardência e queimação). Funções Endócrinas: As variações de volume e composição devem-se a fatores controladores da secreção salivar, sendo fundamentais o sistema nervoso autônomo (tanto o simpático como o parassimpático influem sobre a formação da saliva, mas o parassimpático é mais importante) e o sistema endócrino. A retirada da glândula tireóide, em pacientes com hipertireoídismo, provoca atrofia glandular das glândulas salivares, especialmente da porção estriada, e diminuição definida do fluxo salivar. As glândulas salivares apresentam dimorfismo sexual, que desaparece quando no macho é injetado estradiol-OH 17 (hôrmonio feminino) e a fêmea tratada com testosterona. Estes fatos indicam a ação da tireóide e das gônadas sobre a função salivar. Parotina: Hormônio que provoca aumento dos leucócitos circulantes, Reduz teor de cálcio no sangue, Provoca maior mineralização, Desenvolvimento do tecido elástico. A parotina é também usada para o tratamento de afecções do tecido conjuntivo, como artrites deformantes. Fator de crescimento nervosa (NGF): Sua produção eleva a formação de gânglios simpáticos e dos nervos sensoriais e consequentemente de neurônios, que atingem sua maturidade mais velozmente. A glândula sub-mandibular é a sua mais rica fonte de produção. Fator de crescimento epidérmico (EGF): Também produzido na glândula submandibular, possui importante papel na proliferação de células odontogênicas, especialmente no período fetal; já que na gravidez aumenta a produção de EGF. Além dos fatores maternais, o próprio feto teria produção de EGF endógena Relação de algumas drogas anti-psialogênicas de ação destacada: Anti-colinérgicos, anti-adrenérgicos, anti-depressivos, anti-psicóticos, ansiolíticos, sedativos, anti-histamínicos, anti-parkinsonianos, anti-hipertensivos, diuréticos, anti-espasmódicos. Glândulas salivares maiores: Parótida: - 4 e a 6 SVIU (semana de vida intra-uterina) - 100% serosa, secreção serosa, aquosa e muito protêica. - Canal (ducto) de Stenon - 14 a 28g - 25% da saliva - pH 5-4.5 estimulada – 7-8 - Grânulos de prolina, rica em amilase - Ductos intercalaresnumerosos e extensos - Nos lados da face, em frente às orelhas Sublingual: - 8 SVIU - Mista, secreção mucosa, saliva mais viscosa - 2g - 5% da saliva – lactoferrina e amilase - Ductos estriados esparsos e intercalares quase ausentes Glândulas salivares menores: Labiais, Linguais, Bladin-Nuhn (mucosa), Bucais, Von Ebner (serosa), Palatinas, Weber (mucosa), Glossopalatinas Alterações da fisiologia salivar com a idade: Menor atividade, Degenerações gordurosas e fibrosas, Fisiológicas: diminuição do fluxo, Patológicas: provocadas pelo uso de drogas Considerações clinicas da fisiologia salivar: Fluxo noturno 10 ml (alterações no ambiente bucal), Infecções bacterianas e viróticas, Alterações do fluxo e concentrações (cálculo) Mucosa Bucal Língua: - Dorso = parte de cima (mais espesso e mais papilas) - Ventre = parte de baixo Tecidos da mucosa: - Conjuntivo = nutre (camada papilar e reticular) - Tecido epitelial de revestimento (TER) = reveste, com e sem queratina (sempre estratificado e pavimentoso) Mucosa: vestíbulo bucal, palato duro e mole, língua, bochechas, gengiva Assoalho bucal: embaixo da língua (tem ductos) Bochechas: região jugal Processos alveolares: parte da gengiva que está presa aos dentes Parte solta da gengiva = mucosa vestibulo-lingual Parte presa da gengiva= mucosa gengival Funções: - Proteção (dos tecidos que estão em baixo), sensorial (dor, tato, sabor e temperatura) e secreção (saliva, glândulas salivares) Componentes teciduais: - Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso com e sem queratina - Tecido conjuntivo (córion ou lâmina própria): camadas papilares e reticulares (tecido denso não modelado) Componentes celulares do epitélio: - Queratinócitos e Não queratinócitos (Ex: melanócitos, não queratinócitos tem o halo pálido) Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso não queratinizado Não-queratinócitos: 10% da população celular da mucosa - Tipos: células de Langerhans, de Merckel, melanócitos e células sanguineas - Células de Langerhans: extrato espinhoso, célula apresentadora de antígeno, no assoalho da boca tem muito desta célula - Células de Merkel: estrato basal, associadas à axônios terminais, receptora para tato - Melanócitos: estrato basal, produção de melanina (grânulos de melanina/melanossomas/no citoplasma) - Outras: linfócitos e neutrófilos do sangue e mastócitos do conjuntivo Vascularização e inervação: - Estão mais presentes no conjuntivo - Vasos e nervos presentes na lâmina própria - Epitélio avascular - Plexo vascular na submucosa - Capilares presentes no interior das papilas coriais - Terminações nervosas para tato e temperatura: papilas coriais e associadas a células de Merkel - Terminações nervosas para dor: presentes entre células epiteliais Sub-mucosa: - Glândulas salivares, tecido adiposo, vasos sanguíneos, nervos - Ausente em algumas regiões da cavidade bucal - Não tem submucosa na região rugosa do palato, na região do meio do palato e na gengiva Tipos de mucosa: 1- Mucosa de revestimento: - Palato mole, ventre da língua, assoalho da boca, face intern do lábio, bochecha (jugal), vestíbulo bucal e parte do processo alveolar - Epitélio não queratinizado (estrato basal, espinhoso, intermédio e superficial) - Córion: tecido conjuntivo frouxo - Delicada e maleável (mais fibras elásticas) Lábio: 2 tipos: Revestimento (sem queratina) e Transição (com queratina, parte vermelha do lábio) 2- Mucosa de transição: - Zona vermelha do lábio - Epitélio delgado mais fino e queratinizado (estrato basal, espinhoso, granuloso e córneo) - Papilas corias numerosas e profundas (vasos próximos à superfície) - Menos úmida que a mucosa da face interna dos lábios p - Porque é mais vermelha? Pq é mais delgado e tem papilas coriais profundas então a vascularização fica mais próxima da mucosa 3- Mucosa mastigatória: - Palato duro e gengiva - Epitélio queratinizado (estrato basal, espinhoso, granuloso, córneo) - Córion: tecido conjuntivo fibroso (denso) - Submucosa: nem sempre presente - A mucosa de revestimento (sem queratina) se liga com a mucosa mastigatória (com queratina) através da junção muco-gengival - Muitas papilas coriais = aderência, para resistir ao atrito 4- Mucosa especializada: - Superfície dorsal e bordos da língua presença de papilas: Filiforme, Fungiforme, Circunvalada (no V lingual) e Foliácea - O que deixa língua áspera? As papilas Palato: 2 tipos: Revestimento (palato mole, sem queratina) e Mastigatória (palato duro, com queratina) Filiforme: - Nenhuma ligação com paladar, é única que não sente o sabor dos alimentos - Extensões queratinizadas das células epiteliais superficiais (haste de queratina) - Auxílio na mastigação (porque é áspera) e sensibilidade tátil Patologias: Língua peluda: as hastes de queratina das papilas filiformes crescem muito e Língua geográfica: se perde as hastes de queratina das papilas filiformes, deixando a língua lisa Fungiforme: - Formato de cogumelo, usualmente com base mais estreita - É o que deixa ponta da língua bem vermelha - Epitélio delgado e não queratinizado - Coloração avermelhada (intensa vascularização) - Botões gustativos (superfície superior da papila, sente gosto das coisas) Botões gustativos: - Corpos em forma de barril/cebola - Células epiteliais associadas a terminações nervosas - Órgão do sentido (percepção química do paladar) - Encontrados nas papilas fungiformes, circunvaladas e foliáceas - Além da língua os locais que apresentam botões gustativos: palato mole, epiglote, faringe e laringe - Na cavidade bucal, além da língua o palato mole é o único que possui esses botões Circunvalada: - 10/15 no V lingual - Superfície na língua, com valo circundante (tem 3mm de diâmetro) - Epitélio queratinizado - Botões gustativos (epitélio do sulco) - Glândulas salivares serosas (glândulas de Von Ebner) - Toda papila circunvalada tem sulcos do lado - A glândula de Von Ebner é serosa, por isso é mais líquida a saliva, para poder limpar e deixar o sulco sem restos de comidas e etc. Foliáceas - Sulcos ou fendas verticais - Superfícies laterais posteriores da língua - Glândulas salivares (glândula de Von Ebner) - Botões gustativos (epitélio do sulco) Alterações com envelhecimento: - Epitélio mais delgado e frágil (menor queratinizarão) - Menor atividade celular e maior fibrose conjuntiva - Menor capacidade de reparação do tecido, maior tempo para recuperação frente à injúria - Redução no número de papilas filiformes - Atrofia e menor atividade das glândulas salivares: menor grau de umedecimento da mucosa - Interferência de patologias e medicações no envelhecimento da mucosa (Ex: periodontite) Metabolismo Vitamínico Além dos nutrientes, o organismo precisa de outros elementos que são incluídos pela dieta e são indispensáveis para o metabolismo: as vitaminas. Sua fonte mais importante é a alimentação, porém, alguns micro-organismos da flora intestinal podem produzi-las. Conceito de vitamina: São substâncias essenciais para a conservação dos processos metabólicos e da vida. Principais características: - Não são sintetizadas no organismo - Não são nutrientes, visto não conferirem energia que possa ser utilizada pelo organismo - Têm sua origem fundamentalmente na dieta, embora algumas delas possam ser sintetizadas pela flora bacteriana intestinal - Apesar de algumas vezes apresentarem estruturas químicas diferentes, comportam-se de forma similar, tendo a mesma função. Estas vitaminas são conhecidas como vitâmeros ou isotelos - Segundo sua solubilidade, podem ser: hidrossolúveis ou lipossolúveis Histórico:Uma das primeiras constatações sobre as vitaminas foi realizada pelos navegantes durante viagens, nas quais doenças atingiam os marinheiros. Desenvolveu-se então, uma prática, incluir na dieta limões, limas e vegetais frescos, alimentos que os protegiam contra o escorbuto. Um pesquisador chamado Funk, isolou da casca do arroz, princípio ativo para a manutenção da vida e que continha um grupo amino, daí denominou-o amina vital, que deu origem ao termo vitamina. Atualmente muitas vitaminas não contêm a estrutura amínica, mas tem esta denominação devido a sua importância na manutenção do metabolismo orgânico. Classificação: - Vitaminas Liposolúveis: são aquelas solúveis em meios gordurosos, correspondem a esse grupo as vitaminas a, d, e e k. - Vitaminas Hidrosolúveis: são solúveis em água, pertencem a esse grupo as vitaminas do complexo b, além das vitaminas c e p. O que são vitaminas? - Vitaminas são micronutrientes essenciais a diversas reações metabólicas do organismo. - Presentes em pequenas quantidades em alimentos naturais, uma dieta variada normalmente é suficiente para suprir as necessidades diárias do organismo. - O consumo insuficiente ou exagerado de certas vitaminas (lipossolúveis) pode ocasionar distúrbios nutricionais. Vitaminas essenciais: - Hidrossolúveis: Tiamina (B1), Riboflavina (B2), Niacina (B3), Biotina, Ácido pantotênico, Piridoxina (B6), Ácido fólico, Cobalamina (B12), Ácido ascórbico (C) - Lipossolúveis: Retinóis (A), Calciferóis (D), Tocoferóis (E), Quinonas (K)
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