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Goodman. Capítulo 49: Quimioterapia da Malária. Protozoários parasitos unicelulares do gênero Plasmodium: P falciparum (48h), P vivax (48h), P ovale (48h), P malariae (24h) e P knowlesi (72h). Esporozoítos do Plasmodium são inoculados na derme e entram na corrente sanguínea após a picada de um mosquito anofelino fêmea viajam até o fígado período pré-patente assintomático ou estágio exoeritrocítico da infecção que dura uma semana. Parasita sofre reprodução assexuada no hepatócito originando os esquizontes. Quando os hepatócitos se rompem milhares de merozoítos são liberados na corrente sanguínea e infectam eritrócitos. No interior do eritrócito o protozoário assume uma forma anelar chamada trofozoíto que sofrerá maturação e se transformará em um esquizonte assexuado maduro. A malária placentária, de especial perigo durante a primeira gravidez, é causada pela aderência do P. falciparum à condroitina sulfato A (CSA) na placenta. Os fármacos antimaláricos podem ser classificados com base em suas atividades durante este ciclo de vida, bem como pelo seu uso pretendido para a quimioprofilaxia ou tratamento. Generalizações (1) para quimioprofilaxia: nenhum fármaco antimalárico mata os esporozoítos, não é verdadeiramente possível prevenir a infecção; os fármacos podem apenas evitar o desenvolvimento da malária sintomática; (2) quanto a infecção estabelecida: nenhum único fármaco antimalárico é eficaz contra todos os estágios hepáticos e intraeritrocíticos do ciclo vital, que podem coexistir em um mesmo paciente. Portanto, a completa eliminação da infecção parasitária poderá requerer mais de um fármaco. Química Exemplos Mecanismo de ação Resistência Absorção Destino Excreçã o Usos terapêuticos Toxidade Efeitos adversos Precauções Contraindicações Interações Observações Vias de adm. e dose Artemisinina e derivados Endoperóxido de uma lactona sesquiterpênica derivada da qing hao. Derivados (melhor disponibilidade e potência): diidroxiartemisinina (02) (produto reduzido), artemeter (03) (hemissucinato éster hidrossolúvel) e artesunato (04) (metil éter lipofílico). Redução da carga parasitária e efeito gametocitocida. A cisão redutora da ponte peróxido pelo ferro do heme reduzido, que é produzido no interior do vacúolo digestivo altamente ácido (VD) do parasito, durante a sua digestão da hemoglobina. Além da formação dos adutos heme altamente tóxicos, a própria artemisinina ativada (cujo sítio de ação permanece desconhecido) poderá gerar radicais livres que alquilam e oxidam proteínas e possivelmente lipídeos nos eritrócitos parasitados. Não apresentam resistência cruzada clínica significativa com outros fármacos a sensibilidade às artemisininas pode até ser aumentada em pelo menos algumas cepas de parasitos resistentes à cloroquina. Há emergência de isolados de P. falciparum com uma tolerância aumentada. Oral (2,3,4) Intram. (3,4) (pico 2-6h devido retenção local) Intrav. (4) Retal (4) Metabolizados e convertidos em diidroxiartemisinina. Com meia-vida curta de 1-2h. Baixa afinidade a proteínas plasmáticas. Metabolismo mediado por CYP, primariament e via CYPs 2B6 e 3A4. As artemisininas se mostraram altamente eficientes, quando combinadas a outros fármacos antimaláricos no tratamento de primeira linha da malária O artesunato intravenoso é atualmente indicado para o tratamento da malária grave. Baixa. Efeitos tóxicos potenciais em bebês e durante o primeiro trimestre de gravidez. Efeitos neurotóxicos em crianças menores de 5 anos. Recomenda-se que ACTs não sejam utilizadas em crianças com menos de 5 kg ou durante o primeiro trimestre de gravidez. Adultos: dor de cabeça, anorexia, tontura, astenia, artralgia, mialgia. Crianças: febre, tosse, vômitos, perda de apetite, dor de cabeça. Gravidez e crianças até 5 anos. A combinação de um derivado da artemisinina com um fármaco parceiro de maior permanência assegura a manutenção da atividade antimalárica. Combinação com lumefantrina é altamente eficiente para malária não complicada. (4) intrav: 4 doses iguais de artesunato (2,4mg/kg) por um período de 3 dias seguido por outro antimalárico de ação mais longa para evitar resistência (3) oral: Artemeter- lumefantrina. Comprimido: 20 mg. 4 comprimidos 1º dia: 2 doses separadas por 8 h; em seguida 2 vezes/ dia, por 2 dias. Para crianças até 15 kg 1comp. partir daí aumentar um comp. a cada 10kg até 4 comp. Atovaquona A atovaquona é um análogo altamente lipofllico da ubiquinona. Eficiente no estágio sanguíneo assexuado e contra os estágios hepáticos, porém não contra os hipnozoítos de estágio hepático. Age seletivamente sobre o complexo mitocondrial citocromo bc1 de modo a inibir o transporte de elétrons e anular o potencial de membrana mitocondrial: função primária do transporte de elétrons mitocondrial no P falciparum é regenerar a ubiquinona, que é um aceptor de elétrons para a diidro-horotato desidrogenase, uma enzima essencial para a biossíntese da pirimidina no parasito. A resistência do P. falciparum à atovaquona isolada desenvolve-se facilmente. É conferida por polimorfismos únicos de nucleotídeos não sinônimos no gene que codifica o citocromo b, localizado no genoma mitocondrial. Via oral: lenta, errática e variável, devido à sua natureza altamente lipofilica e baixa solubilidade em água. Duplo pico que indica uma circulação êntero-hepática. Alta afinidade: mais de 99% do fármaco se ligam às proteínas plasmáticas. Meia- vida para eliminação do plasma de 2 a 3 dias em adultos e de 1 a 2 dias em crianças. É excretad o na bile. Combinação atovaquona- proguanila é utilizada na quimioprofilaxia da malária em adultos e crianças com mais de 11 kg e para o tratamento da malária não complicada por P. falciparum em adultos e crianças com mais de 5 kg. Atovaquona- proguanila é um agente- padrão para a quimioprofilaxia da malária. Baixa. Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, dor de cabeça, exantema. Pacientes pediátricos com menos de 11 kg, em gestantes e lactantes. Competir pela ligação às proteínas plasmáticas. Tetraciclina e Rifampicina reduzem sua concentração. Via oral. Adulto: 250 mg de atovaquona/ 100 mg de proguanila. 4 comp. por dia 3 vezes/dia. Criança a partir de 10 Kg 1 comp. aumentar um comp a cada 10 Kg, até 4. Criança com menos de 10 Kg 62,5 mg de atovaquona/ 25 mg de proguanila. 5-8 Kg 2 comp.; 8-10 Kg 3 comp. por 3 dias. Ingestão junto a alimento melhora absorção. Diaminopirimidinas Analogia estrutural com o antimalárica proguanila. Pirimetamina. Esquizontocida sanguíneo de ação lenta resultante da inibição da biossíntese do folato no Plasmodium. 2,4-diaminopirimidinas inibem, de forma mais potente, a diidrofolato redutase, o que inibe a redução do diidrofolato a tetraidrofolato. Mutações na diidrofolato redutase, que reduzem a afinidade de ligação da pi-rimetamina. Via oral: é lenta, porém completamente absorvida, alcançando níveis plasmáticos máximos em 2 a 6 horas. 90% ligado às proteínas plasmáticas. Meia- vida de 85-100 h. Metabólitos da pirimetamina aparecem na urina. Não é mais recomendada (junto a sulfonamidas) para o tratamento da malária não complicada ou para a quimioprofilaxia, devido à crescente resistência ao fármaco. Entretanto em áreas endêmicas o tratamento preventivo intermitente da malária durante a gravidez e está sendo avaliada para o tratamento preventivo intermitente em bebês. Baixa. Anemia megaloblástica, eritema multiforme, síndrome de Stevens- Johnson enecrólise epidérmica tóxica. Indivíduos com exantemas ocasionais, hematopoiese reduzida, reações prévias às sulfonamidas, mães lactentes e para bebês com < 2 meses de idade. Sinergismo entre a pirimetamina e as sulfonamidas ou sulfonas resulta da inibição de duas etapas metabólicas fundamentais na biossíntese do folato no parasito (ácido p- aminobenzoico para a síntese de ácido diidropteroico, catalisada pela diidropteroato- sintetase e inibida pelas sulfonamidas). Proguanila Cicloguanila: metabólito triazínico cíclico. Substituições dialogênicas nas posições 3 e 4 do anel benzeno dão origem à cloroproguanila, um pró- fármaco mais potente que a proguanila. O metabólito é estruturalmente relacionado com a pirimetamina. Cloroguanida. Exerce atividade contra os estágios hepáticos primários e os estágios assexuadas nas hemácias. Inibe seletivamente a diidrofolato redutase/ timidilato sintetase bifuncional dos plasmódios sensíveis, levando à inibição da síntese de DNA e à depleção de cofatores do folato, que é crucial para a síntese de novas purinas e pirimidinas do parasito. Diversas alterações nos aminoácidos próximos ao sítio de ligação da diidrofolato redutase são responsáveis pela resistência à cicloguanila, à pirimetamina ou a ambos. Via oral: lenta, porém adequadamente absorvida pelo trato Gl. Pico das concentrações plasmáticas é alcançado em cinco horas. Meia-vida média de eliminação plasmática é de 180-200 h ou mais. É oxidada em dois metabólitos principais, a cicloguanila e uma 4- clorofenilbiguanida inativa. 40-60% da proguanila absorvida são excretados na urina, ora como o fármaco original, ora como o metabólito ativo. Pequena eficácia como fármaco isolado. Porém, A proguanila é eficaz e bem tolerada em combinação com a atovaquon. Segura para uso durante a gestação. Baixa. Náuseas e diarreia. Em grandes doses (>1g) vômitos, dor abdominal, diarreia, hematúria e aparecimento transitório de células epiteliais e cilindros na urina. Indivíduos com comprometimento renal grave. Atovaquon aumenta o efeito. Tratamento com proguanila não destrói os gametócitos, porém os oócitos do intestino do mosquito poderão não se desenvolver normalmente. Ver em atovaquon. Cloroquina e Hidroxicloroquina Aminoquinolinas. Formas d-, 1- e dl- da cloroquina apresentam potências iguais contra, porém o d-isômero é de certa forma menos tóxico que o l-isômero em mamíferos, o cloro ligado à posição 7 do anel quinolínico confere uma maior A cloroquina, uma base fraca, concentra-se nos vacúolos digestivos altamente acídicos do Plasmodium, onde se liga ao heme e impede a sua captura. A incapacidade de inativar o heme ou ainda a maior toxicidade dos complexos fánnaco-heme são tidas como capazes de destruir os parasitos, em decorrência de lesão oxidativa das membranas, proteases digestivas ou outras biomoléculas críticas. O gene pfcrt codifica um provável transportador que reside na membrana do vacúolo digestivo acídico, o sítio de degradação da hemoglobina e de ação da cloroquina afastando ativamente a cloroquina do seu alvo heme no vacúolo digestivo. Bem absorvida a partir do trato GI com pico dos níveis plasmáticos obtidos em 3-5 h e rapidamente assimilada a partir dos locais de injeção intramuscular Sequestrado pelos tecidos, em particular figado, baço, rins, pulmões e tecidos contendo melanina. A cloroquina liga-se moderadamente ( 60%) às proteínas plasmáticas e sofre apreciável biotransformação A depuração renal de cloroquina corresponde a cerca de metade de sua depuração sistêmico total. : Altamente eficaz contra as formas eritrocíticas. Em infecções causadas por P ovale e P malariae, ela permanece como agente de escolha para a quimioprofilaxia e o tratamento. Sua utilidade diminuiu na maioria das regiões do mundo endêmicas para a malária, devido à Sistema cardiovascular e o SNC. Hipotensão, vasodilatação, supressão da função miocárdica, arritmias cardíacas e uma eventual parada cardíaca. Confusão, convulsões e coma. Dose >5g parenteral é fatal. Retinopatia e ototoxicidade irreversíveis. Tratamento Indivíduos com comprometimento da função renal, a dose deve ser ajustada. Indivíduos que apresentam epilepsia ou miastenia gravis, deficiência de G6PD, psoríase ou outra condição esfoliante da pele e porfiria cutânea tardia. Uso concomitante de ouro ou fenilbutazona com cloroquina, no tratamento da artrite reumatoide, deve ser evitado por causa da tendência dos três agentes para causarem dermatite. Inibe a CYP2D6, atenua a eficácia da vacina contra a febre amarela, gera maior risco de convulsões quando Seguro para crianças e gestantes. Via oral: Fosfato de cloroquina. Adulto: 600 mg base (1.000 mg de sal) imediatamente, seguidos de 300 mg base (500 mg de sal) em 6, 24 e 48 h. Criança: 10 mg base/kg imediatamente, seguidas por 5 mg base/kg em 6, 24 e 48 h. Hidroxicloroquina. Adulto: 620 mg base (800 mg sal) imediatamente, seguidos por atividadeantimalárica. A hidroxicloroquina, na qual um dos substituintes N-etil da cloroquina é P- hidroxilado, é essencialmente equivalente. ou subcutânea. pelas CYP hepáticas em dois metabólitos ativos, a desetilcloroquina e a bisdesetilcloroquina. A meia-vida da cloroquina aumenta de poucos dias para semanas e varia de 30-60 dias quando terminal. disseminação do P. falciparum resistente à cloroquina. Não apresenta atividade contra estágios hepáticos primários ou latentes dos parasitos. crônico: miopatia tóxica, cardiopatia e neuropatia periférica. administrada com mefloquina. Se opõe à ação dos anticonvulsivantes em conjunto com amiodarona ou halofantrina. Eleva os níveis plasmáticos de digoxina e ciclosporina. 310 mg base (400 mg sal) em 6, 24 e 48 h. Criança: 10 mg base/kg imediatamente, seguidas por 5 mg base/kg em 6, 24 e 48 h. Quinina e quinidina Contêm um grupo quinolina unido, por meio de uma ligação álcool secundária, a um anel quinuclidina. Uma cadeia lateral metoxila liga-se ao anel quinolina e uma vinila à quinuclidina. Elas diferem apenas na configuração estérica, em dois ou três centros assimétricos: no carbono correspondente ao grupo álcool secundário e na junção com a quinuclidina. A quinina, a quinidina é de certa forma mais potente e mais tóxica. Age contra as formas eritrocíticas assexuadas e não possui efeito sobre as formas hepáticas dos parasitos da malária. o mecanismo de ação antimalárica da quinina se assemelhe ao da cloroquina, no fato de ambas serem capazes de se ligar ao heme e impedir a sua detoxificação. Assemelhasse ao da cloriquina. Além disso, evidências recentes sugerem que outros genes que codificam transportadores participam em conferir resistência à quinina, incluindo potencialmente o permutador de sódio- hidrogênio PfNHE. Via oral: é prontamente absorvida (principalmente a partir da parte superior do intestino delgado) alcançando pico máximo em 3-8 h. Intramuscular. Tem meia-vida de ~ 11h. Glicoproteína ácida a.b, pode impedir a toxicidade pela ligação com a quinina. Extensament e metabolizado s, em especial pela CYP3A4 hepática; portanto, apenas~ 20% são excretados de forma inalterada na urina. Quinina e a quinidina têm sido historicamente considerados como tratamento de escolha para a malária por P falciparum grave e resistente aos fármacos. Cãibras noturnas podem ser aliviadas pelaadministração de quinina. Sistema cardiovascular e o SNC. A quinina pode antagonizar as ações da fisostigmina sobre o músculo esquelético tão eficazmente como o curare. Pode também provocar desconforto respiratório e disfagia alarmantes em pacientes com miastenia gravis. Cinchonismo, a hipoglicemia e a hipotensão. A audição e a visão são particularmente afetadas. Náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreia. Rubor, sudorese, erupções e angiodema. Pacientes que manifestam hipersensibilidade e grávidas (glicose). Evitado em pacientes com tinido ou neurite óptica. Em pacientes com disritmias cardíacas. Antiácidos que contenham alumínio podem retardar a absorção de quinina a partir do trato GI. Retardar a absorção e elevar os níveis plasmáticos de digoxina e dos glicosídeos cardíacos relacionados. Intensifica o efeito dos agentes bloqueadores neuromusculares e antagoniza a ação dos inibidores da acetilcolinesterase. A proclorperazina pode, tal como a halofantrina, ampliar a cardiotoxicidade da quinina. A depuração renal da quinina pode ser reduzida pela cimetidina e elevada pela acidificação da urina e pela rifampicina. Poderoso efeito estimulador das células beta- pancreáticas. Não deve ser administrado por via subcutânea. Via oral: Sulfato de quinina. Adulto: 542 mg base ( 650 mg sal) 3 vezes/dia por 3 dias a 7 dias. Criança: 8,3 mg base/kg (10 mg sal/kg) 3 vezes/ dia por 3 dias a 7 dias. Via intrav.: Gliconato de quinidina. Adulto e criança: 6,25 mg base/kg (10 mg sal/kg) dose inicial durante 1-2 h, seguidos por 0,0125 mg base/kg/min (0,02 mg sal/kg/min) infusão contínua por pelo menos 24 h. Combinar com tetraciclina, doxiclina ou clindamicina. Mefloquina Metanóis 4-quinolínicos. o (-) enantiômero está associado a efeitos adversos sobre o SNC, e o ( + ) enantiômero conserva a atividade antimalárica com poucos efeitos adversos. A mefioquina é um esquizonticida sanguíneo altamente eficaz. Entretanto, não apresenta atividade contra os estágios hepáticos iniciais ou gametócitos maduros de P. falciparum, nem contra formas teciduais latentes de P. vivax. Se associa com a hemozoína intraeritrocítica secundáriamente a um modo de ação primariamente citosólico. O aumento do número de cópias de pfmdr 1 está associado à suscetibilidade reduzida e ao aumento da entrada de soluto mediada por PfMDR1 para o interior do vacúolo digestivo dos parasitos intraeritrocíticos. Portanto, se o alvo do fármaco residir fora deste compartimento vacuolar, a entrada aumentada de mefioquina no vacúolo digestivo, dirigida potencialmente pela atividade de PfMDR1, poderá ser benéfica para o parasito e reduzir a sua suscetibilidade ao fármaco. Via oral, é rapidamente absorvido alcançando seu pico em ~ 17 h. Meia-vida longa e variável, de 13-24 dias, refletindo a sua alta lipofilicidade, extensa distribuição teciduais e extensa capacidade de ligação às proteínas plasmáticas (~ 98%). Principalment e por via fecal (10% na urina), pois é intensamente metabolizada no fígado. A CYP3A4 tem sido implicada no seu metabolismo. Mefloquina deve ser reservada para a prevenção e o tratamento da malária causada por P. falciparum e P. vivax resistentes a fármacos, porém não mais é considerada como tratamento de primeira linha. Útil como um agente quimioprofilático. Toxicidade grave sobre o SNC. Efeitos adversos curtos do tratamento incluem náuseas, vômitos e tonturas. Efeitos de altas doses incluem episódios de sonhos reais, sinais neuropsiquiátricos reversíveis como convulsões, confusão ou diminuição do sensório, psicose aguda e vertigem incapacitante. Gestação (evitar). Pacientes com história de convulsões, depressão, distúrbio bipolar e outras condições neuropsiquiátricas graves, ou reações adversas a antimaláricos quinolínicos. Tratamento feito com ou após o uso de halofantrina, ou antes que sejam decorridos 2 meses a partir da administração prévia de mefioquina, é contraindicado. Mais eficaz quando usada em combinação com um composto de artemisinina. Gestação deve ser evitada por três meses após o uso de mefioquina. Via oral: Adulto: 684 mg base (750 mg sal/kg) como dose inicial, seguidos por 456 mg base (500 mg sal/kg) dadas 6- 12 h após a dose inicial. Criança: 13,7 mg base (15 mg sal/kg) como dose inicial, seguidos por 9,1 mg base (10 mg sal/kg) dadas 6-12 h após a dose inicial. Primaquina 8-aminoquinolinas. Tafenoquina. Age nos estágios teciduais exoeritrocíticos dos plasmódios no figado, de modo a prevenir e curar a malária recorrente. Também exercem atividade gametocitocida contra o P falciparum e outras espécies de Plasmodium. Pode ser convertida em intermediários eletrofílicos que agem como mediadores da oxirredução. Tal atividade poderia contribuir para os efeitos antimaláricos ao gerar espécies reativas de oxigênio ou interferir no transporte de elétrons na mitocôndria no parasito. Via oral, absorção da primaquina a partir do trato GI se aproxima de 100% e alcança um nível máximo em 3 h. Meia-vida de eliminação variável em tomo de sete horas. Se liga preferencialmente à proteína reativa de fase aguda a1- glicoproteína, que pode alterar a distribuição do fármaco livre na dependência de sua concentração sanguínea. Rapidamente metabolizada. Principal metabólito, a carboxiprimaq uina, é inativo. Quimioprofilaxia terminal e cura radical das infecções por P vivax e P ovale. O composto é dado juntamente com um esquizonticida sanguíneo. Possui atividade gametocitocida. Baixa, porém, causa danos se injetada via parenteral. Desconforto abdominal leve a moderado em alguns indivíduos. Anemia leve, cianose (metemoglobinemia) e leucocitose. Raro: hipertensão, arritmias e sintomas relacionados com o SNC. Doses mais altas: hemólise aguda e anemia hemolítica em seres humanos com deficiência de G6PD. Deficiência em G6PD deverá ser resolvida antes da administração de primaquina. Não deve ser administrada em gestantes e, no tratamento de mães lactantes. pacientes agudamente acometidos de doença sistêmica caracterizada por tendência à granulocitopenia. Varfarina (induz a CYP1A2). Cloroquina e a dapsona podem sinergizar com a primaquina para produzir metemoglobinemia. Sinérgico aos efeitos de fármacos capazes de causar hemólise ou deprimir os elementos mieloides da medula óssea. Ingerir com alimentos diminui os efeitos no TGI. Via oral: Fosfato de primaquina. Adulto: 30 mg base por dia durante 14 dias. Criança: 0,5 mg base/kg por dia durante 14 dias. Sulfonamidas e Sulfonas Análogos do p-aminobenzoato. Inibem competitivamente a diidropteroato sintase do Plasmodium. Mutações pontuais no gene que codifica a diidropteroato sintase, quanto mais disseminada é a substituição Ala437Gli. Esquizonticidas sanguíneos de ação lenta e mais ativos contra P. falciparum do que contra P. vivax. A combinação "antifolato" sinérgica de sulfadoxina, uma sulfonamida de ação prolongada, com pirimetamina tem sido extensamente usada para tratar a malária. Pirimetamina Tetraciclinas e outros agentes antibióticos Tetraciclina (01), doxiciclina (02) e clindamicina (03). Um mecanismo de morte retardado, que inibe a tradução de proteínas no plastídeo do parasito. . Esquizonticidas sanguíneos de ação lenta que podem ser utilizados isoladamente para quimioprofilaxia a curto prazo, em áreas onde há malária resistente à cloroquina e à mefioquina ineficazescomo agentes isolados no tratamento da malária. Entretanto, a sua eficácia como tratamento é aumentada quando são usados como um adjuvante da quinina, quinidina ou artesunato e, neste contexto, podem ser usados para tratar a malária não complicada ou grave por P. falciparum. Sobre os ossos e os dentes. Gestantes ou crianças com< 8 anos de idade (Exceção: clindamicina e azitromicina). Não são empregados clinicamente para eliminar a infecção do estágio hepático. 01 - Via oral: Adulto: 250 mg 4 vezes/dia durante 7 dias. Criança: 25 mg/kg/dia dividido em 4 doses/dia durante 7 dias. Intrav.: dosagem semelhantes a oral. 02 - Via oral: Adulto: 100 mg 2 vezes/dia durante 7 dias. Criança: 2,2 mg/kg a cada 12h durante 7 dias. Intrav.: Adulto: 100 mg a cada 12 h e em seguida trocar para doxiciclina oral. Criança <45 kg: 2,2mg/kg a cada 12 h e em seguida trocar para doxiciclina oral. 03 – Via oral: Adulto: 20 mg base/kg/dia divididas em 3 doses diárias durante 7 dias. Criança: 20 mg base/kg/ dia divididas em 3 doses diárias durante 7 dias. Intrav.: Adutlo: 10 mg base/kg seguidas por 5 mg base/kg a cada 8 h; trocar para clindamicina oral. Criança: 10 mg base/kg seguidas por 5 mg base/kg a cada 8 h; trocar para clindamicina oral.
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