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FASAM - FACULDADE SUL AMERICANA RACHEL RODRIGUES PEREIRA Procedimento Comum e Procedimentos Especiais Diferenças Goiânia 201 RACHEL RODRIGUES PEREIRA Procedimento Comum e Procedimentos Especiais Diferenças Trabalho apresentado a disciplina de Proce- dimentos Especias, curso de Direito, como parte dos requisitos necessários à obtenção de notas N1. Professor(a): Wesley Paula Andrade Goiânia 201 Lista de tabelas Sumário 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2 Procedimento Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 3 Procedimentos Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 3.1 CARACTERÍSTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 5 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 4 1 Introdução O novo Código de Processo Civil no art. 318 aboliu a divisão de ritos, não existindo mais a distinção entre sumário e ordinário. Resta apenas o procedimento comum, este previsto no art. 318 e seguintes, bem como os procedimentos especiais previstos no art. 539 ao 718 (jurisdição contenciosa), no art. 719 a 770 (jurisdição voluntária) e, ainda, em legislação esparsa. Theodoro Júnior (2015, p. 198) citando Marques (1958), afirma que o processo é o método, isto é, o sistema de compor a lide em juízo através de uma relação jurídica vinculativa de direito público, enquanto procedimento é a forma material com que o processo se realiza em cada caso concreto. Lembre-se que o procedimento comum é o mais aplicado por ser considerado o procedimento padrão e pode ser aplicado de forma subsidiária aos procedimentos especiais e também ao processo de execução. Procedimento é a maneira pela qual se desenvolve os atos do processo. É seu aspecto formal. Isto porque o processo não se desenvolve do mesmo modo em todos os casos. Os atos exteriorizam-se de maneiras diferentes conforme as peculiaridades da pretensão deduzida. Por exemplo, uma ação de cobrança não se desenvolve da mesma maneira uma ação de prestação de contas. O que vai diferenciar aí é o procedimento adotado. Ou seja, o rito. Rito e procedimento são expressões sinônimas. De acordo com o novo Código de Processo Civil, há 3 tipos de procedimentos: Procedimento Comum – É o rito ordinário, aplicável em todos os casos em que a lei não dispor de maneira diferente Procedimento Especial – São aqueles referentes a processo que seguem um rito especial, previsto em lei, com por exemplo, na lei de Execução Fiscal etc Procedimento de Execução – São aqueles processos em que se visa a execução ou cumprimento de sentença, execução de títulos extrajudiciais e outros casos previstos no próprio CPC ou em leis esparsas. Sendo que neste trabalho abordarei apenas os dois primeiros tipos de procedi- mentos citados acima. 5 2 Procedimento Comum O Procedimento comum, abrande do artigo 318 ao 512 do NCPC, é a maneira pela qual se desenvolve os atos do processo. É seu aspecto formal, é o processo de conhecimento, aplicável em todos os casos em que a lei não dispor de maneira diversa. Vale lembrar que, procedimento (só procedimento, o conceito), é a maneira pela qual se desenvolve os atos no processo, sendo seu aspecto formal. O novo código continua com as fases e com os elementos estruturais. I) PROCEDIMENTO COMUM 1) Fase Postulatória – demanda, citação e resposta do réu. 2) Fase Ordinatória (de saneamento ou saneadora) 3) Fase Instrutória 4) Fase Decisória Demanda – faz parte da fase postulatória Citação – Faz parte da fase postulatória Resposta – Faz parte da fase postulatória Instrução Sentença Com a resposta do réu, passamos para a segunda fase. Fase ordinatória, ou de fase de saneamento ou saneadora. Geralmente são atos praticados pelo juiz com o objetivo de organizar, sanear o processo para deixar ele organizado. Na fase ordinatória, os atos praticados pelo juiz são denominados de atos inquisitivos 6 3 Procedimentos Especiais Conforme destacado, é absolutamente assente a ideia de que os procedimentos especiais só se justificam na medida em que houver a necessidade de adequar regras inconvenientes ou insuficientes para prestação jurisdicional eficiente em face das peculiaridades do direito material. Exatamente por isso é que existem no sistema procedimentos especiais que são “mais especiais” que outros, por apresentarem mais ou menos diferenças em relação ao procedimento comum regrado no Código de Processo Civil. Ao disciplinar qualquer procedimento especial, o legislador se depara com dois riscos: o de deixar de alterar o procedimento comum naquilo que seria necessário para uma adequada tutela dos direitos materiais, ou modificá-lo sem benefício algum à atividade jurisdicional. Ambos os deslizes produzem consequências insidiosas. Por um lado, deixar de alterar regras gerais do Código de Processo Civil inade- quadas ou insuficientes para tutelar os litigantes em determinadas situações de direito material conspira contra a efetividade do processo, que pressupõe adequação de seus instrumentos em relação ao direito material. Entretanto, a postura inversa é também bastante prejudicial. Não raro, proce- dimentos especiais simplesmente não se justificam como um todo, ou trazem regras diferenciadoras do padrão do Código de Processo Civil sem qualquer razão de ordem prática, e que atentam contra a celeridade e a efetividade processuais, bem como à isonomia. Para outras pretensões, o procedimento especial pode ser substituído pelo ordinário, caso o réu concorde com a ação de consignação de pagamento e a ação de exigir contas. Outras pretensões, porém, só são deduzíveis no procedimento especial, conforme ocorre com a ação de divisão e demarcação, inventário e partilha, mandado de segurança, ação popular e, etc. É verdade que os procedimentos especiais estão previstos no CPC e em leis esparsas, conforme ocorre com o mandado de segurança, a ação popular, ação discriminatória, busca e apreensão de coisa alienada fiduciariamente, etc. 3.1 CARACTERÍSTICAS 1. alteração de prazos para resposta 2. alteração das regras relativas à legitimação e à iniciativa das partes 3. existência de ações dúplices 4. regras especiais de competência Capítulo 3. Procedimentos Especiais 7 5. regras especiais relativas à citação e suas finalidades 6. derrogação dos princípios da inalterabilidade do pedido 7. Fusão de providências de natureza cognitiva, cautelar e executiva 8. concessão de medida executiva inaudita altera pars 9. limitações e condicionamentos ao direito de defesa 10. juízo de equidade 8 4 Conclusão Frise-se que o procedimento comum é doravante com o CPC/2015 um único procedimento e será aplicado subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução, conforme o art. 318, parágrafo único. O CPC/2015 alterou a forma de cumprimento da busca e apreensão, utilizada para apreender veículos alienados, entrou outras situações menos comuns. Com o art. 842 do CPC/1973 prevê que o mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas. E, não sendo atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada. Portanto, pode constatar que há uma inegável tendência de superação do pro- cedimento ordinário a fim de se obter de forma mais célere a prestação jurisdicional. Exemplos deste fenômeno são os processos interditais, os processos sumários docu- mentais, os processos monitórios, os processos injuncionais e o aumento significativo dos poderes do juiz para a concessão de tutelas de urgência. 9 5 Referências lvim, Arruda. Manual de direito processual civil.vol 1,6ª. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1997. Barbosa Moreira, José Carlos. O novo processo civil brasileiro: exposição siste- mática do procedimento. Ed.rev. e atual. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1994. eodoro Júnior, Humberto. Curso de direito processual civil. vol. I, 22ª.ed. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 1997. Folha de rosto Lista de tabelas Sumário Introdução Procedimento Comum Procedimentos Especiais CARACTERÍSTICAS Conclusão Referências
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