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o Obnubilação; o Papilemema. • Além da meningite, os pacientes podem desenvolver criptococomas e disfunção dos nervos cranianos. • Diagnóstico definitivo → Identificação do microorganismo no LCR por meio de exame com tinta nanquim → 75 a 85% de sensibilidade. o LCR → Pode estar normal ou ↑ proteína e glicose ↓. o Celularidade → < 20 células → 70% de todos os pacientes. • Teste detecção do antígeno criptocócico. • OBS.: Pacientes que apresentam aumento da pressão intracraniana (PIC) → Indica pior prognóstico. • Tratamento → o Terapia de Indução: § Anfotericina B + Flucitosina o Terapia de Consolidação: § Fluconazol → 8 semanas § Tratamento até cultura de LCR ser NEGATIVA. o Terapia de Manutenção: § Fluconazol é o preferido § Anfotericina B é alternativa • Profilaxia primária → não é recomendada em pacientes com HIV. • Profilaxia secundária ou terapia de manutenção→ é apropriada para maioria dos pacientes. • Critérios para interrupção do tratamento: o Completar terapia com sucesso; o Assintomático sem sinais e sintomas de criptococose; o Contagem de células CD4+ > 100 – 200 sustentada por mínimo de 6 meses (em tratamento com HAART) v MENINGOENCEFALITE POR TB • Risco aumentado no HIV positivo para formas extra pulmonares. • Pacientes com menos necrose e mais bacilos. • Sinais e sintomas: o Sintomatologia por mais de 2 semanas; o Paralisia de VI par craniano; o Febre; o Cefaleia; 19 o Irritação meníngea; o Diminuião do nível de consciência. • Diagnóstico: o Punção lombar: § LCR: com padrão linfomonocitário, aumento de proteína e diminuição de glicose, neutrófilos nos primeiros 10 dias e presença de BAAR em 10-22% dos casos. § ADA § PCR o Neuroimagem: § Meningite → quebra de barreira; § Granulomas; § Abscessos; § Isquemia cerebral e infarto (vasculite); § Hidrocefalia. • Tratamento: o RHZE → Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol → 2 meses o RH → Rifampicina + Isoniazida → 7 meses o Corticoterapia → 1 a 4 meses → Diminuem a inflamação (A reconstituição imune aumenta a inflamação) → Diminui a probabilidade de hidrocefalia. v DEMÊNCIA ASSOCIADA AO HIV • Conjunto de sinais e sintomas secundários à doença o SNC. • Infecção encefálica própria do HIV em indivíduos com imunodeficiência avançada. • Desenvolvimento de demência → declínio da capacidade cognitiva a partir de um nível prévio. • Sinais e sintomas: o Diminuição da capacidade de concentrar-se; o Esquecimento acentuado; o Dificuldade de ler; o Dificuldade crescente de realizar tarefas complexas; o Anormalidades motoras → perda equilíbrio, marcha instável, tremores, dificuldade de efetuar movimentos alternados rápidos; o Anormalidades comportamentais; o Apatia; o NÃO é comum: Afasia, apraxia e agnosia. • Diagnóstico: o Demonstração de declínio da função cognitiva o É aconselhável que todos os pacientes com diagnóstico de infecção pelo HIV façam o miniexame do estado mental (MEEM) → para posterior comparação. o RM ou TC → Atrofia cerebral (Cortical e subcortical). o LCR: Afasta outras causas de acometimento neurológico. • Tratamento → TARV. 20 v CONVULSÕES • Por infecções oportunistas (Toxoplasmose cerebral, meningite meningocócica), neoplasias (linfoma primário do SNC), encefalopatia do HIV e LEMP. • Tratamento → Fenitoína, fenobarbital ou ácido valpróico DÉFICITS NEUROLÓGICOS FOCAIS v TOXOPLASMOSE • Infecção oportunista mais comum do SNC. • Contagem média de células TCD4+ → < 200/µL. (Harrison – porém slide da prof. Stella diz < 100). • Mecanismo → Reativação dos cistos latentes, causada pela perda de imunidade celular. • OBS.: Os pacientes com diagnóstivo de infecção pelo HIV devem fazer truagem para anticorpos IgG anti-Toxoplasma gondii → para avaliação inicial. • Sinais e sintomas: o Febre; o Cefaleia; o Déficits neurológicos focais; o Hemiparesia; o Convulsão (às vezes pode ser o primeiro sintoma); o Afasia; o Edema cerebral; o Confusão; o Demencia; o Letargia. • Diagnóstico → RM: o Lesões múltiplas em vários locais (pode ter única lesão), hipodensas; o Com efeito de massa; o Com halos de acentuação pelo contraste de RM; o Área nodular excêntrica de captação → Sinal do alvo excêntrico → Típico da Toxoplasmose. o Necrose centrsl com edema circunjacente. • Diagnóstico diferencial → Linfoma primário de SNC, TB e abscessos fúngicos ou bacterianos. • Diagnóstico definitivo: o Biópsia cerebral →Para pacientes que não respondem ao tratamento, com títulos negativos de Ac ou lesões atípicas para toxoplasmose. o Sangue: Presença de taquizoíto. • Outros: o Sorologia → Anticorpos anri T.gondii ajudam a determinar se as lesões estão relacionadas com toxoplasmose → Mas ausência de Ac NÃO excluem neurotoxoplasmose → e presença de IgG não discrimina infecção latende de infecção ativa. 21 o LCR: Pouco útil → Pode estar normal ou com pleiocitose; pode apresentar proteinorraquia e hipoglicoraquia. o Punção lombar: Pode ser potencialmente danosa → Risco de herniação. • Tratamento de manutenção: o Contagens < 200 → Sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico. o Contagens < 100 e Ac IgG para Toxo → Fazer profilaxia primária. • Profilaxia secundária ou tratamento de manutenção→Pode ser interrompido quando paciente estiver em uso de TARV e aumentar contagens para > 200. v LEMP – LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA • Agente etiológico → Vírus JC. • Manifestação tardia da Aids. • Condição definidora para diagnóstico de Aids. • CD4+ < 100 • Evolução insidiosa, com curso progressivo e fatal em 6 meses. • Começam com pequenos focos de desmielinização da substância branca subcortical, que por fim coalescem. • Sinais e sintomas: o Convulsões; o Ataxia; o Hemiparesia; o Déficits dos campos visuais; o Afasia; o Déficits sensoriais; o Amaurose; o Demência; o Confusão mental; o Coma. • Diagnóstico → RM: o Revela várias lesões da substância branca; o Sem acentuação pelo contraste; o Podem coalescer; o Tem predileção pelos lobos parietal e occipital. • TC axial • Identificação do vírus JC por biópsia de tecido → Pode ser dispensada com os achados da RM. • Tratamento → NÃO existe tratamento específico → Uso de TARV fornece sobrevida média de 2 anos. DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS • Exame fundo de olho → Manchas algodonosas → manchas brancas duras que aparecem na superfície da retina e geralmente tem bordas irregulares. • Representam áreas de isquemia retiniana secundária à doença microvascular. 22 • Em alguns casos, é associada a hemorragia → dificuldade de diferenciá-la da retinite associada ao CMV. • Lesões algodonosas → não estão associadas à perda visual e estabilizam ou melhoram com o transcorrer do tempo (ao contrário da retinite por CMV). RETINITE POR CMV • Pacientes de alto risco → Contagens < 100/µL → devem fazer exames oftalmológicos a cada 3 a 6 meses. • Sinais e sintomas: o Perda progressiva e indolor da visão; o Turvação visual; o “Manchas flutuantes”; o Cintilações; o Em geral é bilateral (mas afeta mais um olho que outro); o Complicação → Descolamento de retina. • Diagnóstico → bases clínicas por oftalmologista experiente → Aspecto típico da retina → Hemorragia e exsudato perivasculares. • Tratamento → Vanciclovir oral, Ganciclovir ou Foscarnet → Ciclo de indução por 3 semanas → Seguido de manutenção com Vanciclovir oral. • Tratamento de manutenção → Até contagens > 100 a 150 por mais de 6 meses. SÍNDROME DE NECROSE RETINIANA AGUDA OU NECROSE RETINIANA EXTERNA PROGRESSIVA • HSV e o vírus varicela-zóster → Podem causar retinite necrosante bilateral rapidamente progressiva.