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DIREITO DE FAMILIA II

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DIREITO DE 
FAMÍLIA
AULA 05
Profª. Esp. Graziela Regina Munari Lothammer
a) Da invalidade do casamento:
Casamento inexistente:
1- Ausência de vontade: pois esse é o
elemento mínimo necessário a tal. Exs:
coação física ou vis absoluta, casos como
pessoas sedada, há casos em que se fala em
debilidade mental para fins de justificar a
ausência de vontade.
2-Casamento celebrado por autoridade
totalmente incompetente: casos em que o
casamento tenha sido celebrado por um juiz
de direito, onde esse não cumule as funções,
ou mesmo um promotor, em tais situações
sequer há aparência ou mesmo afirmação
quanto a se tratar de um juiz de paz.
 Casamento nulo
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
I- pelo enfermo mental sem o necessário
discernimento para os atos da vida civil;
Revogado (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015)
II- por infringência de impedimento.
OBS:
Em tais casos deve ser proposta ação
declaratória, que é imprescritível, eis que a
nulidade não convalesce pelo decurso do tempo
(art. 169 do CC).
Tem legitimidade qualquer interessado, bem
como o MP (art. 1.549 do CC). A nulidade do
casamento não pode ser reconhecida de ofício,
somente o impedimento matrimonial, na forma do
art. 1.562 do CC;
OBS:
É possível a concessão de liminar de separação
de corpos, na forma do art. 1.562 do CC.
O reconhecimento da nulidade tem efeitos ex tunc,
retroativos a celebração do casamento.(art. 1.563 do
CC)
 Do casamento anulável:
Art. 1.550. É anulável o casamento: (Vide Lei nº
13.146, de 2015).
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado
por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a
1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo
inequívoco, o consentimento;
 Do casamento anulável:
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro
contraente soubesse da revogação do mandato, e
não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1o. Equipara-se à revogação a invalidade do
mandato judicialmente decretada. (Renumerado do
parágrafo único pela Lei nº 13.146, de 2015)
 Do casamento anulável:
§ 2o A pessoa com deficiência mental ou intelectual
em idade núbia poderá contrair matrimônio,
expressando sua vontade diretamente ou por meio
de seu responsável ou curador. (Incluído pela Lei nº
13.146, de 2015)
 Casamento celebrado por 
quem não tinha idade mínima:
Anulado mediante ação a ser proposta pelo menor,
devidamente representado, com prazo decadencial de
180 dias, contado na forma do art.1560, par. 1 do CC.
Também podem requerer a anulação o representante
do menor ou seus pais, nessa hipótese prazo contado
da data da celebração do casamento.
Há possibilidade de convalidação nos casos de
gavidez (art.1551 do CC), e se o menor, depois de
completar a idade núbil confirmar o casamento,
art.1553 do CC.
 Casamento contraído por menor,
entre 16 e 18 anos, sem autorização dos
pais ou representantes.
• Ação anulatória com prazo contado de acordo com
o art.1555, caput e par. 1 do CC ação proposta
pelo menor, prazo contado a partir do momento
que ele completa 18 anos; proposta por seu
representante legal, prazo contado da celebração do
casamento; ação proposta por herdeiro necessário,
prazo contado da data do óbito do menor.
 Casamento contraído por menor,
entre 16 e 18 anos, sem autorização dos
pais ou representantes.
• Se o casamento foi assistido ou teve a concordância
tácita dos representantes do menor, não haverá
anulação- P. da Boa-fé objetiva!
 Casamento celebrado sobre coação
moral- vis compulsiva-art.1558 do CC
Prazo para anulação decandencial de 04 anos,
contados da sua celebração (art.1560, IV do CC),
legitimidade personalissíma do cônjuge que sofreu
com a coação, podendo haver convalidação do
casamento em razão da convivência.
Casamento havendo erro essencial
quanto a pessoa do outro cônjuge.
Previsão no art.1557 do CC quanto as situações
que ocasionam o erro. Transeuxuais que fizeram
cirurgia e a alteraram o nome e o registro civil
(súmulas STJ), poderá se casar, mas caso não
revele a situação anterior ao cônjuge, caberá
anulação por erro essencial quanto à pessoa.
Prazo decadencial de 03 anos, contados da
celebração do casamento.(art. 1560, III), a ação é
personalissíma e só cabe ao cônjuge enganado.
Casamento havendo erro essencial
quanto a pessoa do outro cônjuge.
Em regra há convalidação do vício nos casos de
coabitação, exceto na hipótese do inciso III, do
art.1557 do CC.
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre 
a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa
fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento
ulterior torne insuportável a vida em comum ao
cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que,
por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
Art. 1.557. Considera-se erro essencial 
sobre a pessoa do outro cônjuge:
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito
físico irremediável que não caracterize deficiência, ou
de moléstia grave e transmissível, por contágio ou
por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro
cônjuge ou de sua descendência; (Redação dada pela
Lei nº 13.146, de 2015)
IV - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de
2015)
Alteração do nome transexual
REGISTRO PÚBLICO. MUDANÇA DE SEXO. EXAME DE
MATÉRIA CONSTITUCIONAL.. REGISTRO CIVIL. ALTERAÇÃO
DO PRENOME E DO SEXO. Decisão judicial. Averbação. Livro
cartorário. interpretação conjugada dos arts. 55 e 58 da Lei n. 6.015/73
confere amparo legal para que transexual operado obtenha autorização
judicial para a alteração de seu prenome, substituindo-o por apelido público
e notório pelo qual é conhecido no meio em que vive. Não entender
juridicamente possível o pedido formulado na exordial significa postergar o
exercício do direito à identidade pessoal e subtrair do indivíduo a
prerrogativa de adequar o registro do sexo à sua nova condição
física, impedindo, assim, a sua integração na sociedade. No livro cartorário,
deve ficar averbado, à margem do registro de prenome e de sexo, que as
modificações procedidas decorreram de decisão judicial. Recurso especial
conhecido em parte e provido. (STJ, REsp 737.993/MG, Rel. Min. João
Otávio de Noronha, j. 10/11/2009).
Erro???
Do incapaz de consentir e de 
manifestar sua vontade
Nesse caso temos os ébrios habituais, viciados em
tóxicos, e aqueles que por causa transitória não
puderem exprimir sua vontade. Prazo decadencial de
180 dias, contados do casamento, art.1560, caput e
par.1.
Pródigo: não há restrição quanto ao casamento, e
como ele não consta do rol do art.1641 não há
restrição ao regime de bens, mas para fazer pacto
antenupcial sobre regime de bens ele precisará de
assistência, art.171, I do CC.
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos ou à
maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº
13.146, de 2015)
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente,
não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será
regulada por legislação especial.
Casamento celebrado por 
procuração, com revogação do mandato
Prazo decadencial para ação anulatória de 180
dias, contados do momento em que o mandante
soube da realização do casamento. (art.1560,
paragráfo segundo do CC).
Ação personalissíma e poderá haver convalidação
em caso de coabitação, art.1550, V do CC.
 Casamento celebrado pela 
autoridade relativamente 
incompetente.
Incompetênciarelativa em razão do local, prazo
decadencial de 2 anos, contados da celebração do
casamento, art.1560, inciso II do CC, podendo haver
convalidação na hipótese do art.1 554 - teoria do
funcionário de fato.
Efeitos da anulação
Há divergência na doutrina, parte entende que
tem Efeitos ex tunc no caso do casamento, mas, em
razão do disposto no art.182 do CC, há
entendimento que defenda ser ex nunc.
b) Casamento putativo
Embora nulo ou anulável, pode gerar efeitos em
relação ao cônjuge que está de boa-fé subjetiva.
Ignorando o motivo da anulabilidade ou nulidade,
nesse sentido refere o art. 1561 do CC, seriam esses o
direito a usar o nome, emancipação, pensão alimentícia
para os filhos e o cônjuge de boa-fé. Nos casos de má-
fé de ambos somente teremos efeitos para os filhos,
quanto a partilha dos bens, se dará na forma dos
arts.884/886 do CC que tratam do enriquecimento
sem causa.
c) Provas do casamento 
Arts. 1543/1547 do CC
- Certidão de casamento, realizada no cartório do
domícilio dos noivos ou no da capital, art. 1544 do
CC.
- Provas suplementares: demais documentos que
constam o estado civil, art. 1543, paragráfo único do
CC.
- Prova indireta: uso do nome, reconhecimento por
parte da sociedade, etc, na forma do arts.1545/1547
do CC.
d) Efeitos pessoais do casamento e 
seus deveres.
1 - Fidelidade mútua - CC, arts. 1.566, I e 1.573, I;
CP, art. 240.
2 - Coabitação - CC, arts. 1.566, II, 1.511, 1.797, I;
CPC, art. 990, I.
3 - Mútua assistência - CC, arts. 1.566, III e
1.573,II.
4 - Respeito e consideração mútuos - CC, arts.
1.566, V e 1.573, III.
e) Efeitos patrimoniais do 
casamento
1- Regime de bens: arts. 1639/1688 do CC.
2- Colaborar nos encargos (CC, arts. 1.565, 1.567 e
1.568).
3- Litigar em qualquer juízo cível ou comercial, salvo
se a causa versar sobre direitos reais imobiliários
(CPC, art. 10; CC, art. 1.647, II).
4- Sustentar, guardar e educar os filhos (CC, arts.
1.566, IV, 1.568, 1.634, I a VII; CP, arts. 244, 245, 246,
247).
f) outorga conjugal
É necessária para os atos elencados nos regimes da
comunhão parcial de bens, da comunhão universal de
bens e da participação final nos aquestos (em regra,
salvo a exceção do art. 1.656 do CC). A norma
dispensa a outorga no regime da separação absoluta, o
que causa perplexidade, uma vez que a separação de
bens pode ser legal (art. 1.641 do CC) ou
convencional (arts. 1.687 e 1.688 do CC), assim há
divergência.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum
dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no
regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou
direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens
comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas
aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia
separada.
Separação Absoluta?
A separação de bens pode ser legal (art. 1.641 do
CC) ou convencional (arts. 1.687 e 1.688 do CC).
Então, qual regime seria esse, o da separação absoluta?
Não há controvérsia a respeito do regime da
separação convencional de bens, uma vez que o art.
1.687 é claro no tocante à livre disposição dos bens,
portanto não se aplica a outorga. A polêmica está na
separação legal ou obrigatória, girando em torno da
incidência ou não da Súmula 377 do STF, pela qual
são comunicáveis no regime da separação legal os
Separação Absoluta?
bens adquiridos durante o casamento, e pelo esforço
comum, o que geraria a necessidade de outorga.
OBS: OUTORGA
1- O instituto se situa no plano da validade do negócio
jurídico, envolvendo a capacidade (art. 104, inc. I, do
CC). Por isso é que a lei prevê como consequência da
falta da outorga conjugal a anulabilidade do ato
correspondente (art. 1.649 do CC), não havendo o
eventual suprimento judicial (art. 1.648 do CC).
2- Não deve ser aplicada a outorga por analogia à
união estável.
• PL 5716/2016 – Câmara dos Deputados

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