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Fichamento de análise e comparação dos livros: Curso de Filosofia- Antonio Rezende, A história da filosofia Will Durant. Fragmentos do livro: Curso de Filosofia de Antonio Rezende: “(...) filosofia tem a ver com uma forma de saber.” Pág. 01 “Filosofia tem, mesmo no seu sentido lato, uma ligação com um saber que se percebe como sendo mais relevante, relativo a coisas mais fundamentais, embora menos diretamente úteis, que um simples saber empírico, ou que um saber ligado a produções de coisas indispensáveis para a sobrevivência.” Pág.01 “Designa um tipo de especulação que se originou e atingiu o apogeu entre os antigos gregos, e que teve continuidade com os povos culturalmente dominados por eles (...)” Pág. 02 “Mas, para dizer e entender o que é a filosofia, é preciso já estar dentro dela.” Pág.02 “(...) e talvez uma das características da questão filosófica seja o fato de suas respostas, ou tentativas de resposta, jamais esgotarem a questão, que permanece assim com sua força de questão, a convidar outras respostas e abordagens possíveis.” Pág.02 “O saber filosófico: 1) é um saber “de todas as coisas”, um saber universal; num certo sentido, nada está fora do campo da filosofia; 2) é um saber pelo saber: um saber livre, e não um saber que se constitui para resolver uma dificuldade de ordem prática; 3) é um saber pelas causas; Pág.02 “(...) saber pelas causas envolve o exercício da razão, e esta envolve a crítica: o saber filosófico é, pois, um saber crítico. Pág.02 “Platão e Aristóteles indicaram com precisão a experiência que, segundo eles, dá origem ao pensar filosófico. É aquilo que os gregos chamaram “thauma” (espanto, admiração, perplexidade).” Pág.03 “A explicação pelo mito, ou pela tradição, tem a força do sagrado. Quando o mito fala, é como se Deus falasse- e com Deus não se discute. Mas quando, numa sociedade laicizada como foi a grega do século VI a.C., onde não só o mito já está desacreditado, mas onde se pode dar o luxo de não levar o mito a sério, os sábios começam a dar explicações filosóficas sobre fenômenos naturais, estas não têm de modo algum a força do sagrado. A explicação filosófica é apenas a explicação de um homem. E, sem o endosso divino, ela não pode impor-se sem uma prova.” Pág.03 “Filosofia é saber pelo saber. Não sendo, pois, dirigida a nenhuma solução de ordem prática, ela é, num certo sentido, o mais inútil de todos os saberes.” Pág.03 Fragmentos do livro: A história da filosofia de Will Durant “Uma parte muito grande de nossas vidas é destituída de significado é, para mim, compreendendo uma vacilação e uma futilidade autocanceladoras; lutamos com o caos que nos cerca e que está dentro de nós; mas o tempo todo acreditaríamos existir algo vital e importante em nós, se ao menos pudéssemos decifrar nossas almas. Queremos compreender (...)” Pág. 21 ‘Um daqueles que não querem milhões, mas uma resposta a suas perguntas”; queremos ter conhecimento do valor e da perspectiva das coisas passageiras e, assim, sair do turbilhão de formalidades cotidianas.” Pág.21 “ Ser filósofo, não é apenas ter pensamentos sutis, nem mesmo fundar uma escola, mas amar o saber a ponto de viver, segundo os ditames deste saber (...)” Pág.21 “(...) a filosofia aceitar a árdua e perigosa tarefa de lidar com problemas ainda não abertos aos métodos da ciência.” Pág.22 “Mas o filosofo não se contenta em descrever o fato; quer averiguar a relação do fato com a experiência em geral e, com isso, chegar ao seu significado e ao seu valor.” Pág. 22 “Observar processos e construir meios é ciência; criticar e coordenar fins é filosofia;” Pág.22 “A ciência nos dá o conhecimento, mas só a filosofia pode nos dar a sabedoria.” Pág. 22 Ambos autores - embora com palavras distintas - buscam explicar o que é filosofia e qual seu uso prático social. Ao longo da abordagem adotada, Antonio Rezende disserta que a filosofia vai além das rotulações da língua portuguesa ou de qualquer área do conhecimento humano, que ainda que as outras ciências cheguem a ser definidas e apresentarem sua serventia para o meio social, a filosofia busca justamente contrariar esta ideia, mostrando-nos que para se entender filosofia é necessário estar na filosofia, ou seja, estar incluso nela. De forma prática, a filosofia vai além do que podemos delimitar já que suas questões ou tentativas de resposta nunca estão restritas a um território ou grupo delimitado. A filosofia consegue abranger todo e qualquer indivíduo que quiser praticá-la, já que está baseada na liberdade, e estudar filosofia é justamente levantar questões livres e amplas, jamais se esgotando a questão, mas sim, convidando a novas abordagens possíveis. O saber filosófico, assim como a filosofia, por estar livre não se delimita a coisas ou pessoas. Ele é de imediato “o saber de todas as coisas”, um saber livre por vontade própria de busca-lo não tentando encontrar apenas respostas para as problemáticas apontadas. As causas da filosofia envolvem o sentido da razão e da formação de opinião, por não ser um saber dado já pronto e acabado. A filosofia é uma espécie de especulação, já que seu território está firmado nessa capacidade de indagação, a filosofia começa da dúvida e do desperte da admiração. Fazendo com que essas indagações fujam do saber empírico que se explica através de conhecimentos abstratos ou mitos, e provocando o indivíduo a desenvolver o amor pelo saber buscando a liberdade através dele, sendo esta liberdade a capacidade de fugir das verdades impostas buscando as verdades reais. Will Durant, disserta a respeito dos usos da filosofia afirmando que todos nós em algum período de nossas vidas tivemos esta atitude magnifica de buscar e indagar. Este “namoro com a sabedoria” é buscar respostas para nossas essências, nossas vidas, buscando desbravar questões próprias da nossa alma humana, buscando compreender o que somos e as coisas com quê deparamos. A filosofia difere da ciência, pois a ciência como objeto de estudo busca apenas investigar coisas mostrando as realidades delas, enquanto a filosofia leva a árdua missão de lidar com problemas ainda não abertos aos métodos científicos. A ciência busca montar um território confortável para as indagações humanas, já que busca a realidade da questão e suas respostas, já a filosofia está em um âmbito mais profundo da questão, ela visa investigar um todo provocando esse desconforto da dúvida e buscando estimular as indagações.
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