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APLICABILIDADE DOS ENSAIOS EM BLOCOS ESTRUTURAIS NA ENGENHARIA CIVIL Alunos: Caio Souza Camila de Cássia Reis Orientador: Profª. Me. Laísa C. Carvalho Trabalho de conclusão de curso em Engenharia Civil Alfenas, junho de 2017 INTRODUÇÃO “Alvenaria é o conjunto de peças justapostas coladas em sua interface, por uma argamassa apropriada, formando um elemento vertical coeso.” Tauil e Nesse (2010, p. 19). Utilidades do conjunto de alvenaria: JUSTIFICATIVA É essencial o conhecimento das propriedades, características e qualidades físico-químicas dos materiais. É importante haver um controle de qualidade. As normas regulamentadas definem valores padrões que cada material precisa atingir para ser considerado de qualidade, isto é, aptos a desempenhar a função à qual serão destinados. OBJETIVO Análise de blocos estruturais, de três diferentes empresas fabricantes, para determinar se suas características atendem ou não as normas que os especificam. HIPÓTESE Com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), verificar se o padrão de qualidade se encaixa nas características exigidas para blocos estruturais. BREVE HISTÓRICO DA ALVENARIA ESTRUTURAL A alvenaria estrutural é um sistema de construção fácil, logo, utilizada há muitos séculos. Exemplos de construções registradas em alvenaria: Coliseu, Roma. Catedral de Notre Dame, Paris. Edifício Monadnock, Chicago ALVENARIA ESTRUTURAL NO BRASIL Acima: Edifício Muriti, São José dos Campos. À direita: Condomínio Central Parque da Lapa, São Paulo. TIPOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL A NBR 10837 classifica a alvenaria estrutural em três categorias: Item 3.4 – Alvenaria estrutural não-armada de blocos vazados de concreto. Item 3.5 – Alvenaria estrutural armada de blocos vazados de concreto. Item 3.6 – Alvenaria estrutural parcialmente armada de blocos vazados de concreto. VANTAGENS Mais econômico; Mais rápido que o convencional; Simplificação dos sistemas de execução; Redução do número de etapas; Redução da diversidade de materiais e mão-de-obra. Entretanto tais vantagens só serão alcançadas através da produção e gerenciamento de projetos bem pensados, da utilização de materiais e mão-de-obra qualificados e da correta organização e planejamento da obra. BLOCOS A sua confecção pode ser feita com vários materiais e formas e seu comportamento depende das propriedades mecânicas e físicas desses parâmetros. São três tipos de blocos: blocos de concreto, blocos cerâmicos e blocos silíco-calcários. BLOCO DE CONCRETO É constituído de uma mistura proporcional de cimento Portland, agregados miúdo e graúdo, moldado, vibrado e prensado. Características essenciais: baixa absorção, durabilidade, resistência à compressão e estabilidade dimensional. Sua resistência consegue atingir de 12 à 20 Mpa, devido à isso, permitem construções com um número maior de pavimentos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO USO Classe A – com função estrutural, uso acima ou abaixo do nível do solo; Classe B – com função estrutural, uso acima do nível do solo; Classe C – com função estrutural, uso acima do solo; Classe D – sem função estrutural, uso acima do nível do solo. DIMENSÕES COORDENADAS Dimensões reais dos blocos modulares e submodulares com função estrutural. Dimensão (cm) Designação Dimensões coordenadas (mm) Largura Altura Comprimento 20 M - 20 190 190 390 190 190 190 15 M - 15 140 190 390 140 190 190 ENSAIOS De acordo com a NBR 6136 a qualidade e o tipo do bloco de concreto são essenciais para que o sistema estrutural tenha um desempenho bom. A resistência à compressão, a absorção de água, a precisão dimensional e perfeição geométrica são algumas das características que estabelecem os requisitos normativos. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO A resistência está ligada à capacidade que a parede irá apresentar para suportar as ações mecânicas, como as cargas da estrutura, deformações, choques, ventos, etc. Está dividida em classes AE e BE. ÍNDICE DE ABSORÇÃO Deve ser menor ou igual a 10%; Estes blocos apresentam em geral uma taxa de absorção inicial de 0,265 g/cm2/min. Quando a absorção é muito alta compromete as reações químicas necessárias. PRECISÃO DIMENSIONAL Influenciam a coordenação modular e colaboram para o aumento dos desperdícios de blocos. Requisitos Bloco de concreto (estrutural tipo A e B) Tolerâncias dimensionais (mm) ~2 (largura) ~3 (altura e comprimento) Dimensões (mm) 140 x 190 x 190 140 x 190 x 390 140 x 190 x 190 140 x 190 x 390 A PESQUISA Realizaremos a compra dos blocos em três diferentes empresas de fabricação do sul de Minas Gerais. Levaremos ao Laboratório da Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS. Iremos aplicar os ensaios de dimensão, absorção e resistência à compressão. As informações colhidas nos ensaios serão comparadas com as especificações das Normas da ABNT. APLICAÇÃO DOS ENSAIOS: DIMENSÃO Materiais utilizados: Paquímetro Trena Esquadro Régua APLICAÇÃO DOS ENSAIOS: DIMENSÃO Serão medidas altura, comprimento e largura de extremidade à extremidade. Faremos posteriormente uma média aritmética para encontrar o valor médio das dimensões dos blocos. APLICAÇÃO DOS ENSAIOS: ABSORÇÃO Materiais utilizados: Estufa Balança analítica Toalhas de algodão APLICAÇÃO DOS ENSAIOS: ABSORÇÃO Massa seca: Inserção dos corpos de prova na estufa. Pesagem após 24 horas com intervalos de 2 horas. Massa úmida: Imersão em água por 24 horas. Será tirado o excesso de água e posteriormente pesado. APLICAÇÃO DOS ENSAIOS: COMPRESSÃO Equipamento utilizado: Prensa APLICAÇÃO DOS ENSAIOS: COMPRESSÃO Será empregada força de compressão progressivamente até que o bloco se rompa. RESULTADOS ESPERADOS Esperamos evidenciar a necessidade da verificação da qualidade e das características físicas e mecânicas dos blocos antes da sua utilização nas obras para que não ocorram problemas futuros na segurança e durabilidade da construção. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Atividades / 2017 J F M A M J J A S O N Definição do tema e diretrizes do trabalho X X Elaboração do Projeto de pesquisa X X X X Avaliação do Projeto de pesquisa X X Visita das fábricas X X Seleção das fábricas X X Entrevista com proprietários X Autorização para coleta dos blocos X X Realização dos ensaios X Resultados dos ensaios X Discussão dos resultados dos ensaios X X Conclusões X Elaboração e revisão do TFC X Entrega do TFC X Apresentação e defesa do TFC X X PRINCIPAIS REFERÊNCIAS BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994. SABBATINI, F. H. A industrialização e o processo de produção de vedações: utopia ou elemento de competitividade empresarial?. In: SEMINÁRIO TECNOLOGIA E GESTÃO NA PRODUÇÃO DE EDIFÍCIOS: VEDAÇÕES VERTICAIS, 1998, São Paulo. Anais. São Paulo: EPUSP, 1998. TAUIL, C. A.; NESE, F. J. M. Alvenaria estrutural. São Paulo: Pini, 2010. ROMAN, H.; PARIZOTTO FILHO, S. Manual de alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/ construcao-civil-ii-1/manual-de-alvenaria-estrutural/view>. Acesso em: 10 abr. 2017. “A única maneira de fazer um ótimo trabalho é amando aquilo que se faz.” Obrigado pela atenção.
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