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EAD0659 Análise da Decisão 4af 13h30 Isa Yagi Aula introdutória decisão = processo de seleção entre alternativas tomar decisões é uma habilidade fundamental na vida Decisões importantes e difíceis Geram ansiedade, confusão na mente, dúvida, erro, arrependimento, embaraço, perda Alternamos entre insegurança e excesso de confiança, ou desespero O desconforto faz com que tomemos decisões rápido demais, ou lento demais, ou arbitrariamente, jogamos uma moeda para o alto, deixamos alguém ou o tempo decidir Resultado: escolha medíocre, baseada na sorte. E nos damos conta tarde demais de que podíamos tomar uma decisão mais inteligente Dois campos da análise da decisão: descritivo normativo Dan Ariely: Are we in control of our own decisions? - TED Ilusões de ótica: muito comuns, mesmo a visão sendo uma das coisas que os humanos fazem melhor; Ilusões de cognição: muito mais comuns, dado que não somos tão especializados em tomar decisões. Exemplo 1: doação de órgãos 1. assinale para ser um doação de órgãos > pessoas não assinalavam, não viravam doadoras 2. assinale para não ser um doação de órgãos > pessoas não assinalavam, viravam doadoras observado: é uma questão tão importante que não sabemos o que fazer, então decidimos só aceitar o que foi escolhido por nós (inércia) portanto: apenas temos a impressão de estar no controle das decisões da vida (ilusão) Exemplo 2: atratividade de parceiros 1. tom, jerry feio, jerry > escolha por jerry 2. tom, tom feio, jerry > escolha por tom observado: no processo de escolha, opções ruins não são inúteis, pois elas nos ajudam a escolher entre as opções boas portanto: a forma de perguntar faz toda diferença conclusão: o processo de decisão é previsivelmente irracional Etapas de uma decisão eficaz - videoaula Fernando Premissa: a decisão não é um ato pontual, ela faz parte de um processo de decisão, portanto pode ser analisada em etapas O que é um processo de decisão eficaz? foca no que é importante é lógico e consistente considera a informação necessária leva em consideração fatores obejtivos e subjetivos leva em consideração intuição é assertivo, confiável, fácil de usar e flexível 8 elementos de um processo de escolha inteligente problema / questão a ser resolvida trabalhar no problema correto objetivos específicos soluções devem ser coerentes com o seu objetivo alternativas criativas "sua decisão não poderá ser melhor do que a sua melhor alternativa" consideração de consequências consequências devem ser coerentes com o seu objetivo escolhas entre tradeoffs estabelecer prioridades e fazer um balanço entre objetivos conflitantes esclarecimento das incertezas mapeamento, possibilidade e impacto tolerância ao risco a avaliação do risco permite fazer escolhas correspondentes à tolerância ao risco de cada um decisões interligadas seus objetivos influenciam suas decisões hoje e suas decisões hoje influenciam suas decisões amanhã 6 etapas da decisão defina os problemas identifique os critérios pondere os critérios gere alternativas classifique cada alternativa de acordo com cada critério identifique a solução ótima Restrições da racionalidade da tomada de decisões informações disponíveis tempo disponível capacidade de retenção das informações inteligência limitada Barry Schwartz: The paradox of choice - TED maximizar a liberdade = maximizar escolha = maximizar bem estar exemplo 1: enorme diversidade de oferta de bens de consumo nos supermercados exemplo 2: celulares com mil utilidades, impossível ter um simples exemplo 3: médicos já não decidem o tratamento, eles apresentam as opções e suas consequências e colocam o peso da escolha no paciente exemplo 4: liberdade para definição da própria identidade e trajetória pessoal (quem sou eu, o que farei da vida) exemplo 5: estudantes hoje já não tem tanto tempo pra se dedicar às aulas pois gastam muito tempo decidindo questões pessoais, antes pré-definidas pela sociedade o que tudo isso significa? significa que temos que tomar decisões o tempo todo, grandes ou pequenas, repetitivas e pontuais, exaustivamente efeitos nas pessoas: "we do better and we feel worse" 1. dificuldade de escolher tantas vezes e entre tantas opções 2. procrastinação e desistências em tomar decisões 3. satisfação menor com as consequências das decisões (custo de oportunidade = quanto mais opções, maior a expectativa por perfeição, portanto mais fácil se arrepender e mais improvável ter uma surpresa agradável) 4. responsabilidade das decisões recai sobre as pessoas, que se sentem culpadas e mal consigo mesmas 5. some choice is better than none, but more choice is not better than some choice 6. a disparidade do mundo atual entre as possibilidades de escolha em diferentes lugares e classes sociais também contribuem para a culpa e insatisfação pessoal Os dois sistemas - dois modos de pensar Como a decisão se processa dentro do nosso cérebro? 1. Sistema rápido: automático / intuitivo opera com pouco ou nenhum esforço nenhuma percepção de controle voluntário respostas imediatas originam sem esforços as impressões e escolhas deliberadas do sistema 2 geram padrões de ideias extremamente complexos ex: noções de profundidade, cálculo simples, identificação de sons, expressões faciais reativas, 2. Sistema devagar: laborioso, complexo aloca atenção às atividades mentais laboriosas associadas com experiências subjetivas de de atividade, escolha e concentração raciocínios mais complexos pode construir pensamentos em séries ordenadas de passos ex: cálculos complexos Obs: Intuição é uma habilidade que se aprende se um ambiente é suficientemente estável (previsível) se há uma experiência prolongada de aprendizado sobre essas atividades se há um feedback relativamente rápido Obs: As pessoas podem superar as primeiras impressões superficiais e sua intuição se realmente estiverem motivadas para tal, mas na maior parte do tempo somos guiados por impressões do sistema 1 sem nem perceber. Vieses Cognitivos: Ancoragem e outras armadilhas Viés da representatividade De acordo com a Teoria da probabilidade, ao adicionarmos detalher reduzimos a probabilida de um evento. No entanto, nós parecemos seguir a regra de que quanto mais detalhes mais plausível parece a história, pois mais viva ela parece Efeito Halo: a sequência conta. De acordo com a ordem em que a sequência é apresentada, as questões podem ser mais ou menos correlacionadas. Viés do status quo: tendência de não mudança Como escapar da armadilha do status quo: nunca pense no status quo como única alternativa avalie as alternativas em termos de presente ou futuro Armadilha da confirmação filtrar as informações a favor da confirmação, colocando pesos diferentes para as infos e evitando contradição manutenção dos posicionamentos e das opiniões, independente de evidências como evitar: questionar sua própria posição: por que eu penso assim? não induzir/enviesar conselheiros procurar discussões construtivas com agentes contrários à sua visão esteja aberto à novas opiniões Armadilha da estimativa e previsões excesso de confiança/otimismo: a maioria acha que está acima da média prudência recuperabilidade Viés da ancoragem: tendência de ficarmos ancorados aos valores previamente vistos, como por exemplo às perguntas estimula ou coíbe comportamentos desonestos Escolhas Teoria do valor esperado: mesmo que o valor esperado (aposta) seja maior que o ganho certo, as pessoas escolhem o garantido Árvores de decisão várias alternativas e suas esperanças de retorno decisão baseada no maior retorno Teoria da Utilidade (Bernoulli): a decisão não é baseada no valor, mas na utilidade Teoria da Perspectiva para um mesmo valor: resistência a perder > abertura a ganhar Somos ruins de intuição estatística: aversão não é ao risco, mas à perda (ganho certo = não corre risco; perda certa = aceita o risco) efeito dapossibilidade: pequenas probabilidades são superestimadas efeito da certeza: “Quase certo” é subestimado Armadilha da estruturação do problema "Framing trap" planos iguais, apresentados de maneira diferente Três grupos com diferentes perspectivas: - vendedores: percebe maior valor no produto - compradores: percebe menor valor no produto - escolhedores Subliminar - o inconsciente na tomada de decisão Sistema 1 (rápido) faz com que o inconsciente defina a percepção de fatores que influenciam a tomada de decisão, como: gravidade da voz tom de voz velocidade de fala toque Agilidade Comportamental LINGUAGEM NECESSIDADE PSICOLÓGICA DINÂMICA ESTILO DE LIDERANÇA (R) relação Afeto, contato, compartilhamento, conforto para manter ou reforçar a qualidade da relação e da troca de afetividade, a pessoa tende a agradar os outros apoio cooperação coesão (I) ideia Atenção, estímulo, disponibilidade, brincar para atrair atenção e sentir-se importante frente aos outros, a pessoa busca fazer reagir inspiração criatividade autonomia (S) estrutura Confirmação, métodos, processos, conhecimento A fim de ser correspondente às expectativas dos outros, a pessoa tende a se mostrar séria, razoável e adaptar-se às regras contrato coordenação controle (V) valor Estima, reconhecimento, respeito, consistência a fim de ser considerada e respeitada, a pessoa busca ser irreprimível e ter razão desafio competição diferenciação modos> (S) SOBREVIVÊNCIA (C) CRESCIMENTO características da comunicação indireto e inadequado pouca qualidade, grande quantidade rígido/estereotipado direto e adequado muita qualidade e pouca quantidade criativo/adaptável estratégia na comunicação oculto aberto PAPÉIS INTERPESSOAIS POSIÇÃO (1) Provedor Preferência por posição relacional alta Coloca-se em posição de liderança na comunicação, intervém e conduz Se comporta como quem nutre as necessidades psicológicas do outro (2) Buscador Preferência por posição relacional baixa Coloca-se na posição de espera, seguem escuta, observa Se comporta como quem está em busca da satisfação das suas necessidades psicológicas Comunicação Comunicar é estabelecer uma relação favorável à satisfação das necessidades do outro, sendo possível quando duas pessoas adotam posições complementares, ou seja, que: pertencem à mesma linguagem estão no mesmo canal (crescimento ou sobrevivência) respondem a dois papéis complementares (provedor ou buscador)
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