Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Me´todos de Resoluc¸a˜o de Relac¸o˜es de Recorreˆncia Existem diferentes me´todos para resolver relac¸o˜es de recorreˆncia: I Me´todo iterativo ou de substituic¸a˜o I Me´todo de suposic¸a˜o e verificac¸a˜o I Me´todo das ra´ızes caracter´ısticas 1 / 33 Me´todo iterativo ou de substituic¸a˜o Consideremos o exemplo da Torre de Hano´i, onde{ Tn = 2Tn−1 + 1 T1 = 1 Tn = 2Tn−1 + 1 2Tn−1 = 2(2Tn−2) + 2 22Tn−2 = 23Tn−3 + 22 ... 2n−2T2 = 2n−1T1 + 2n−2 Tn = 2 n−1T1 + (1 + 2 + 22 + · · ·+ 2n−2) Usando a condic¸a˜o inicial T1 = 1, temos Tn = 1 + 2 + 2 2 + · · ·+ 2n−2 Lembrando que 1 + 2 + 22 + · · ·+ 2n−1 = 1−2n1−2 = 2n − 1. Logo, Tn = 2 n − 1, n ≥ 1. 2 / 33 Me´todo iterativo para o problem das Ovais Consideremos o exemplo do problema das ovais, onde{ an = an−1 + 2(n − 1) a1 = 2 an = an−1 + 2(n − 1) an−1 = an−2 + 2(n − 2) an−2 = an−3 + 2(n − 3) ... a2 = a1 + 2(n − (n − 1)) an = a1 + 2[(n − 1) + (n − 2) + · · ·+ (n − (n − 1)) Como a1 = 2, temos an = 2 + 2[(n + n + · · ·+ n)︸ ︷︷ ︸ n(n−1) −(1 + 2 + · · ·+ (n − 1))] 3 / 33 continuac¸a˜o Lembrando que: ∑n i=1 i = 1 2 [n(n − 1)] Segue que: an = 2+2[n 2− 12(n2+n)] = 2+2[n(n−1)− 22(n−1)n] = 2+n2−n Portanto, an = 2 + n(n − 1), n ≥ 1 Observac¸a˜o: O me´todo iterativo, ou de substituic¸a˜o, e´ u´til para relac¸o˜es de recorreˆncia do tipo an = can−1 + f (n) para n ≥ 1 e a0 dado. 4 / 33 Suposic¸a˜o e Verificac¸a˜o Consideremos o exemplo da Torre de Hano´i{ Tn = 2Tn−1 + 1 T1 = 1 Vamos tabular Tn para valores pequenos de n: n Tn 1 1 =21 − 1 2 3 =22 − 1 3 7 =23 − 1 4 15 =24 − 1 5 31 =25 − 1 Suposic¸a˜o: Tn = 2 n − 1 5 / 33 Verificac¸a˜o Induc¸a˜o em n: I Seja P(n) a afirmac¸a˜o: Tn = 2n − 1∀n ∈ N, n ≥ 1. I Base: P(1) e´ verdadeira porque T1 = 21 − 1 = 1. I Passo da induc¸a˜o: Assuma que P(k) e´ verdadeira, isto e´, Tk = 2 k − 1. Para provar que P(k + 1) e´ verdadeira, precisamos mostar que Tk+1 = 2 k+1 − 1. Desenvolvendo: Tk+1 = 2Tk + 1, pela relac¸a˜o de recorreˆncia. Portanto, Tk+1 = 2 (2 k − 1)︸ ︷︷ ︸ H.I . +1 = 2(k + 1)− 2 + 1 = 2(k + 1)− 1 Logo, P(k + 1) e´ verdadeira e pelo P.I.M. P(n) e´ verdadeira ∀n ≥ 1. 6 / 33 Relac¸o˜es de recorreˆncia lineares Uma relac¸a˜o de recorreˆncia e´ dita linear se ela e´ da forma: an = c1an−1 + c2an−2 + · · ·+ cdan−d + f (n) onde ci , i = 1, · · · d sa˜o constantes. Neste caso, dizemos que a ordem da relac¸a˜o de recorreˆncia e´ d . Se f (n) = 0 a relac¸a˜o de recorreˆncia e´ dita linear homogeˆnea. Caso contra´rio e´ linear na˜o homogeˆnea. 7 / 33 Exemplos 1. Sequeˆncia de Fibonacci: an = an−1 + an−2, com a0 = 1 e a1 = 1, tem ordem 2 e e´ uma relac¸a˜o de recorreˆncia linear homogeˆnea, f (n) = 0; 2. Torre de Hano´i: an = 2an−1 + 1 tem ordem 1 e e´ uma relac¸a˜o de recorreˆncia linear na˜o-homogeˆnea, f (n) = 1; 3. Ovais: an = 2an−1 + 2(n − 1) tem ordem 1 e e´ uma relac¸a˜o de recorreˆncia linear na˜o-homogeˆnea, f (n) = 2(n − 1); 8 / 33 Resolvendo a relac¸a˜o de Fibonacci por suposic¸a˜o e verificac¸a˜o A relac¸a˜o de recorreˆncia e condic¸o˜es iniciais da relac¸a˜o de Fibonacci, sa˜o dadas por{ Fn = Fn−1 + Fn−2 F0 = F1 = 1 Suposic¸a˜o: Fn = cαn, onde c e α sa˜o paraˆmetros introduzidos a serem achados. Verificac¸a˜o: cαn = cαn−1 + cαn−2 dividindo por cαn−2: α2 = α+ 1 α2 − α− 1 = 0, enta˜o α1 = 1 + √ 5 2 α2 = 1−√5 2 Observe que c pode ser qualquer coisa, mas α = 1± √ 5 2 Fn = c( 1+ √ 5 2 ) n ou Fn = c( 1−√5 2 ) n 9 / 33 Teorema Na verdade, qualquer combinac¸a˜o linear, isto e´, uma soma das 2 soluc¸o˜es cada uma delas multiplicadas por constantes, e´ tambe´m uma soluc¸a˜o. Este e´ o resultado do teorema: Se an = α n 1 e an = α n 2 sa˜o 2 soluc¸o˜es de uma recorreˆncia linear an = ∑d i=1 cian−i enta˜o an = k1α n 1 + k2α n 2 e´ tambe´m uma soluc¸a˜o, onde k1 e k2 sa˜o constantes. Prova: Temos que an = ∑d i=1 cian−i . Queremos provar que k1α n 1 + k2α n 2 e´ soluc¸a˜o de an. Substituindo αn1 = ∑d i=1 ciα n−1 1 (1) e αn2 = ∑d i=1 ciα n−1 2 (2) Multiplicando (1) por k1, (2) por k2 e somando, temos: k1α n 1 + k2α n 2 = d∑ i=1 k1ciα n−i 1 + d∑ i=1 k2ciα n−i 2 = d∑ i=1 ci (k1α n−i 1 + k2α n−i 2 ) 10 / 33 Continuac¸a˜o da relac¸a˜o de Fibonacci Logo, pelo teorema anterior, temos: (∗) Fn = k1 ( 1 + √ 5 2 )n + k2 ( 1−√5 2 )n onde k1 e k2 sa˜o constantes. Agora com as condic¸o˜es iniciais F0 = 1 e F1 = 1, temos o sistema de 2 equac¸o˜es lineares e 2 inco´gnitas:{ F0 = k1 + k2 = 1 F1k1 ( 1+ √ 5 2 ) + k2 ( 1−√5 2 ) = 1 Resolvendo, encontramos k1 = 1+ √ 5 2 √ 5 e k2 = √ 5−1 2 √ 5 . Logo, substituindo em (∗), temos: Fn = 1√ 5 ( 1 + √ 5 2 )n+1 − 1√ 5 ( 1−√5 2 )n+1 , n ≥ 0 11 / 33 Me´todo Geral para Recorreˆncias Lineares Dada uma recorreˆncia linear homogeˆnea an = d∑ i=1 cian−i = c1an−1 + c2an−2 + · · ·+ cdan−d Substituindo an = α n na recorreˆncia: αn = c1α n−1 + c2αn−2 + · · ·+ cdαn−d dividindo por αn−d αd = c1α d−1 + c2αd−2 + · · ·+ cd−1α+ cd Rearrumando: αd − c1αd−1 − c2αd−2 − · · · − cd−1α− cd = 0 Essa equac¸a˜o pe chamada equac¸a˜o caracter´ıstica da recorreˆncia. 12 / 33 Observac¸a˜o Os coeficientes da equac¸a˜o caracter´ıstica sa˜o os mesmos da recorreˆncia. Sabemos do Teorema Fundamental da A´lgebra que um polinoˆmio de grau k, tem exatamente k ra´ızes, na˜o necessa´riamente distintas. Sendo assim a equac¸a˜o caracter´ıstica tera´ d ra´ızes. A soluc¸a˜o depende agora do fato das ra´ızes serem distintas ou na˜o. Vamos ver primeiro, o caso simples, onde as ra´ızes sa˜o todas distintas. Se temos d condic¸o˜es de fronteira, enta˜o obtemos d equac¸o˜es lineares com d inco´gnitas, ou seja, temos uma soluc¸a˜o u´nica c1, c2, · · · , cd . Este e´ nosso pro´ximo resultado. 13 / 33 Caso simples: as ra´ızes sa˜o todas distintas Se a equac¸a˜o caracter´ıstica tem d ra´ızes distintas r1, · · · , rd enta˜o a soluc¸a˜o da recorreˆncia tem a forma: an = k1r n 1 + k2r n 2 + · · ·+ kd rnd As constantes ci dependem das condic¸o˜es de fronteira. Obs.: As ra´ızes na˜o precisam ser reais, podem ser complexas. Cada condic¸a˜o gera uma equac¸a˜o linear dessas constantes. Suponha que temos a0 = b0, a1 = b1, · · · , ad−1 = bd−1. Essas condic¸o˜es geram as equac¸o˜es lineares a seguir: b0 = k1 + k2 + · · ·+ cd b1 = k1r1 + k2r2 + · · ·+ kd rd ... bd−1 = k1rd−11 + k2r2d − 1 + · · ·+ kd rd−1d 14 / 33 Exemplo Exemplo: Resolva a relac¸a˜o de recorreˆncia an = an−1 + 2an−2 com n ≥ 3, a1 = 1 e a2 = 3. Seja an = α n, substituindo na equac¸a˜o, temos: αn = αn−1 + 2αn−2 Dividindo por αn−2, temos a seguinte equac¸a˜o caracter´ıstica: α2 − α− 2 = 0 (α+ 1)(α− 2) = 0 ra´ızes: −1, 2. Soluc¸a˜o: c1(−1)n + c2(2n){ a1 = 1 = −c1 + 2c2 a2 = 3 = c1 + 4c2 c1 = 1 3 e c2 = 2 3 Logo, an = 1 2 (−1)n + 2 3 2n ∀n ≥ 1 15 / 33 Exemplo Resolva a relac¸a˜o de recorreˆncia an = an−1 + 2an−2 − 3an−3 com n ≥ 0, a0 = 1, a1 = 2 e a2 = 0. Soluc¸a˜o: Equac¸a˜o caracter´ıstica: α3 − 2α2 − α+ 3 = (α2 − α− 2)(α− 1) = 0 ra´ızes: 1,−1, 2. an = c11 n + c2(−1)n + c32n = c1+ c2(−1)n + c32n e´ soluc¸a˜o geral. Precisamos encontrar c1, c2, c3 tais que, a0 = 1 = c1 + c2 + c3 a1 = 2 = c1 − c2 + 2c3 a2 = 0 = c1 + c2 + 4c3 Enta˜o, c1 = 2, c2 = −23 e c3 = −13 Portanto, an = 2− 2 3 (−1)n − 1 3 2n ∀n ≥ 0 16 / 33 Ra´ızes repetidas Teorema: Se r e´ uma raiz de multiplicidade m da equac¸a˜o caracter´ıstica de uma recorreˆncia, enta˜o rn, nrn, n2rn, · · · , nm−1rn sa˜o tambe´m soluc¸o˜es da recorreˆncia. Ex.: Suponha que temos uma equac¸a˜o caracter´ıstica de reocrreˆnciacom raiz r1 de multiplicidade 2, r2 de multiplicidade 1, r3 de multiplicidade3, enta˜o a soluc¸a˜o tem a forma: an = k1r n 1 + k2nr n 1︸ ︷︷ ︸ 2 + k3r n 2︸︷︷︸ 1 + k4r n 3 + k5nr n 3 + k6n 2rn3︸ ︷︷ ︸ 3 Como antes, as constantes dependem das condic¸o˜es de fronteira. Obs.: Resolver recorreˆncias lineares e´ similar a resolver equac¸o˜es diferenciais lineares. 17 / 33 Exemplo Seja a relac¸a˜o de recorreˆncia com condic¸o˜es iniciais, dada: an = an−1 + (an−1 − an−2) a0 = 0 e a1 = 1 an = 2an−1 − an−2 an − 2an−1 + an−2 = 0 equac¸a˜o linear homogeˆnea α2 − 2α+ 1 = 0⇒ (α− 1)2 = 0 α = 1 com multiplicidade 2. 18 / 33 Continuac¸a˜o Logo, an = c1(1) n + c2n(1) n = c1 + c2n Usando as condic¸o˜es de fronteira{ 0 = c1 + c2(0) 1 = c1 + c2(1) Enta˜o, c2 = 0 e c2 = 1. Soluc¸a˜o: an = c1 + c2n = 0 + (1)n = n. 19 / 33 Equac¸o˜es Lineares na˜o Homogeˆneas an − c1an−1 + c2an−2 + · · ·+ cdan−d = f (n) ci , 1 ≤ i ≤ d sa˜o constantes. Resoluc¸a˜o: (3 passos) 1. Substitua f (n) por 0 e resolva a equac¸a˜o de recorreˆncia homogeˆnea obtida (ignore as condic¸o˜es iniciais). A soluc¸a˜o obtida e´ chamada soluc¸a˜o homogeˆnea 2. Volte com f (n) e ache uma soluc¸a˜o para a equac¸a˜o (ignore as condic¸o˜es iniciais). Essa soluc¸a˜o e´ chamada soluc¸a˜o particular. 3. Some a soluc¸a˜o homogeˆnea e a particular para obter uma soluc¸a˜o geral. Enta˜o use as condic¸o˜es iniciais para determinar as constantes envolvidas. 20 / 33 Exemplo Seja a equac¸a˜o de recorreˆncia an − 4an−1 = 3n. a1 = 1. Veja que f (n) = 3 n Resoluc¸a˜o: Passo 1: Resolver a relac¸a˜o recorreˆncia homogeˆnea an − 4an−1 = 0 α− 4 = 0, enta˜o α = 4. Soluc¸a˜o homogeˆnea: SH = c14 n 21 / 33 Continuac¸a˜o Passo 2: Achar soluc¸a˜o particular an − 4an−1 = 3n︸︷︷︸ f (n) Em geral, para uma soluc¸a˜o particular, tenta-se uma soluc¸a˜o de mesma natureza de f (n). Neste caso f (n) e´ exponencial. Vamos tentar SP = an = c3 n, substituindo na equac¸a˜o: c3n = 4c3n−1 + 3n, dividindo por 3n−1, temos: 3c = 4c + 3⇒ c = −3 Enta˜o SP = −3 · 3n = −3n+1 22 / 33 continuac¸a˜o Passo 3: Soluc¸a˜o geral: an = SH + SP an = c14 n − 3n+1 Agora, usamos as condic¸a˜o inicial: a1 = 1. 1 = c14− 31=1 = 4c1 − 9⇒ 4c1 − 9 = 1 4c1 = 10⇒ c1 = 5 2 an = 9 4 4n − 3n+1 23 / 33 Exemplo Seja a equac¸a˜o de recorreˆncia an = 4an−1 − 4an−2 + n.{ a0 = 4 a1 = 7 Resoluc¸a˜o: Passo 1: Resolver a relac¸a˜o de recorreˆncia homogeˆnea an − 4an−1 + 4an−2 = 0 Equac¸a˜o caracter´ıstica α2 − 4α+ 4 = 0, enta˜o (α− 2)2 = 0⇒ α = 2 com multiplicidade 2. Soluc¸a˜o homogeˆnea: SH = c12 n + c2n2 n 24 / 33 Continuac¸a˜o Passo 2: Achar a soluc¸a˜o particular . f (n) = n e´ uma equac¸a˜o do 1o grau em n, enta˜o tentar SP = cn + d . cn + d = 4(c(n − 1) + d)− 4(c(n − 2) + d) + n cn + d = 4cn − 4c + 4d − 4cn + 8c − 4d + n cn + d = 4c + n (c − 1)n + (d − 4c) = 0 resolvendo essa equac¸a˜o: c − 1 = 0⇒ c = 1 d − 4c = 0⇒ d = 4c = 4 SP = n + 4 25 / 33 Continuac¸a˜o Passo 3: Soluc¸a˜o geral: an = SH + SP an = c12 n + c2n2 n + (n + 4) Agora usando as condic¸o˜es iniciais{ a0 = 4 = c1 + 4 ⇒ c1 = 0 a1 = 7 = c12 + c2 + 1 + 4 ⇒ c2 = 1 Soluc¸a˜o: an = n2n + n + 4 para n ≥ 0 26 / 33 Observac¸a˜o Em geral, para achar uma soluc¸a˜o particular, tente uma soluc¸a˜o da mesma natureza que f (n). Por exemplo, se f (n) e´ um polinoˆmio de grau r enta˜o tente para a soluc¸a˜o particular um polinoˆmio de grau r . Sena˜o funcionar, tente um polinoˆmio de grau r + 1 e assim por diante. Exemplo f (n) = n2, enta˜o tente SP = an 2 + bn + c . Se f (n) e´ uma exponencial, enta˜o tente para soluc¸a˜o particular, uma SP = exp de mesma natureza Exemplo f (n) = 2n, enta˜o SP = a2 n. 27 / 33 Soluc¸a˜o da Torre de Hanoi por ra´ızes caracter´ısticas { Tn = 2Tn−1 + 1 T1 = 1 Tn = 2Tn−1 + 1 Passo 1: Homogeˆnea Tn − 2Tn−1 = 0 α− 2 = 0⇒ α = 2 SH = A2 n Passo 2: Particular Tn − 2Tn−1 = 1 SP = A1. Substituindo, temos: A1 − 2A1 = 1⇒ A1 = −1 Portanto, SP = −1 28 / 33 Continuac¸a˜o Passo 3: Soluc¸a˜o Geral: an = A2 n − 1 Condic¸a˜o inicial: T1 = A2− 1⇒ 1 = 2A− 1⇒ A = 1 Soluc¸a˜o: Tn = 2 n − 1 29 / 33 Soluc¸a˜o do Problema das Ovais { an = an−1 + 2(n − 1) a1 = 2 Passo 1: Soluc¸a˜o homogeˆnea an − an−1 = 0 α− 1 = 0⇒ α = 1 SH = A1 n = A 30 / 33 Continuac¸a˜o Passo 2: Soluc¸a˜o Particular an − an−1 = 2(n − 1)︸ ︷︷ ︸ f (n) SP = A1n + A2. Substituindo, temos: A1n + A2 − [A1(n − 1) + A2] = 2n − 2 Simplificando, temos A1n + A2 − A1n + A1 − A2 = 2n − 2⇒ A1 = 2n − 2 A1 + 0n = 2n − 2. Logo, A1 = −2 e 2 = 0, um absurdo, ou seja, esta equac¸a˜o na˜o tem soluc¸a˜o. 31 / 33 Continuac¸a˜o 2a tentativa: Vamos tentar SP = Bn 2 + Cn + D (Bn2 + Cn + D)− [B(n − 1)2 + C (n − 1) + D] = 2n − 2 Bn2 + Cn + D − B(n2 − 2n + 1)− C (n − 1)− D = 2n − 2 Simplificando, temos: 2Bn − B + C = 2n − 2 2Bn + (C − B) = 2n − 2 { 2B = 2 ⇒ B = 1 C − B = −2 ⇒ C − 1 = −2⇒ C = −1 Portanto, SP = n 2 − n + D. Como na˜o ha´ restric¸o˜es para D, podemos escolher qualquer D. Por exemplo, D = 0. SP = n 2 − n 32 / 33 Continuac¸a˜o Passo 3: Soluc¸a˜o Geral: an = A+ n 2 − n Condic¸a˜o inicial: 2 = A+ 1− 1⇒ A = 2 Soluc¸a˜o: an = 2 + n 2 − n ou ainda, an = 2 + n(n − 1), para n ≥ 1. 33 / 33
Compartilhar