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Resumo 2ª Prova de Microbiologia Clínica 2018.1

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MICROBIOLOGIA CLÍNICA – Resumo Prova 2
2
Diagnóstico corynebacterium e bordetella
corynebacyerium
Antes das vacinas, uma das doenças mais temidas era a difteria;
Características gerais:
Imóveis;
Catalase positiva;
Bacilos Gram-postitivos;
Presença de pseudomembranas;
Principais espécies:
C. diphtheriae;
C. ulcerans.
Difteria
Atualmente uma doença rara devido a vacinação compulsória;
Importância epidemiológica quando detectada;
Processo infeccioso no trato respiratório e manifestação tóxica no coração e nervos periféricos;
Transmissão por gotinhas de saliva ou contato com pele contaminada;
Morte por obstrução respiratória ou miocardite.
Cultura
Meios para pesquisa:
Meio de enriquecimento Löeffler (maior isolamento);
Meio seletivo e diferencial: ágar-sangue-cistina-telurito.
Relevência clínica
Inicialmente manifestada pelo exsudato branco e depois formação da membrana necrótica preta esverdeada e pútrida;
Linfoadenopatia e edema localizado no pescoço;
Conhecido como “pescoço taurino”;
A toxina compromete todas as células orgânicas, nas complicações graves afeta as células do coração e do SNC e SNP;
Manifestações de miocardite com possível bloqueio ou insuficiência cardíaca.
Diagnóstico Laboratorial
Amostra da região nasofaríngea, garganta, da secreção nasal ou pele;
Meio de transporte: Amies;
Colônias pretas, brilhantes ou acinzentadas;
Três biótipos:
Gravis;
Mitis;
Intermedius.
Bordetella
Bacilos Gram-negativos;
Aeróbio obrigatório;
Englobam três espécies:
B. pertussis (coqueluche);
B. parapertussis (parecido com coqueluche, porém mais leve);
B. bronchiseptica (comum em animais, raramente atinge humano);
4 dias para crescimento.
B. pertussis
Possui cápsula e fímbrias;
Fatores de virulência como:
Hemaglutinina filamentosa (adesina);
Toxina pertússica, adenilcilase e traqueal;
Doença cíclica: geralmente na primavera e no verão, e atinge países desenvolvidos e em desenvolvimento (crianças não vacinadas).
Patogênese
Quadro característico de gripe que evolui e eleva a falta de ar devido a tosse e pode agrava para pneumonia ou afetar SN (mais leve).
Diagnóstico
Clínico:
Tosse severa e espasmódica (piora a noite) + leucocitose;
Broncopneumonia e encefalopatia aguda;
Uso de antibióticos impede a infectividade.
Laboratorial:
Coleta de nasofaringe (faringe superior);
Não é tão diferente do Haemophilus;
Apresenta-se isoladamente ou em pequenos grupos.
Diagnóstico Neisseria e moraxella
Neisseria
Diplococos intracelulares Gram-negativos;
Reniformes;
Aeróbios estritos, imóveis e não formam esporos;
Fermentam vários carboidratos, formando ácido sem gás;
Catalase e oxidase positivas;
Fastidiosos:
Meios de cultura complexos;
Ágar chocolate;
Atmosfera rica em umidade e CO2;
Sensíveis ao ressecamento e à presença de ácidos graxos.
N. meningitidis
Transmissão por gotículas respiratórias por pessoas contaminadas com contato íntimo prolongado;
Pontos importantes:
Cápsula: protege contra a fagocitose (13 sorotipos);
Colonização: mediada pelos pili;
Endotoxina LOS (Lesão vascular → manifestação clínica: doença meningocócica);
As toxinas estão no sangue;
Meningite por N. meningitidis:
Exclusivamente em humanos:
Caráter infectocontagioso, agressividade e alta taxa de mortalidade;
O soro grupo A está, normalmente, associado a epidêmicas, enquanto os B e C a situações endêmicas;
Na América do Sul, prevalece o sorotipo C;
Muda em cada país/local;
Vacina soroespecífica é mais eficiente.
Formas clínicas da doença
Manifestações clínicas:
Quadros assintomáticos;
Bacteremia inaparente benigna;
Septicemia com ou sem meningite, podendo ter evolução fulminante em poucas horas;
Nos casos de meningococemia o início é, geralmente, brusco, com febre, calafrios, mal-estar e prostração, podendo evoluir com quadros de manifestação cutânea, associado a distúrbios de coagulação e à Síndrome de Waterhouse-Friderichsen.
Diagnóstico
Isolamento da bactéria:
Sangue, líquor e/ou outros líquidos naturais;
As provas de detecção de antígenos são também altamente sensíveis e específicas;
N. meningitidis oxida glicose e maltose;
Para saber logo, faz exame direto ou sorologia;
Colônia creme a acinzentada, inicialmente pequena (24h), mas depois cresce (48h).
N. gonorrhoeae
Fatores de virulência: pili;
Patologia antiga;
Alto poder de adesão;
Transmite pelo contato pessoa-pessoa;
Muito fácil de detectar apesar de terem muitas mulheres portadoras assintomática;
Pode causar faringite devido ao sexo oral;
Em aproximadamente 1 – 3% dos indivíduos infectados a bactéria pode disseminar-se para a corrente sanguínea causando bacterimia e artrite.
Patogenia
Homens:
Após 2-3 dias de incubação, secreção purulenta proveniente da uretra;
A maioria apresenta sintomas agudos;
Pode haver disúria;
95% dos homens são sintomáticos;
Complicações raras podem ocorrer;
Mulheres:
O gonococo infecta a mulher primeiramente no endocérvix;
Secreção vaginal com ou sem sangramento;
Sequelas graves são muito mais frequentes em mulheres que nos homens;
Infecção neonatal:
A gonorréia congênita apresenta-se na forma de uma oftalmia neonatal;
Infecção retal:
Secreção mucopurulenta com ou sem sangramento retal.
Diagnóstico
Secreções endocervical, vaginal, uretral e urina de 1º jato para exame direto;
Isolamento no meio Thayer Martin;
Oxida apenas glicose;
Pode fazer coleta com swab;
Exame direto tem alto valor.
Moraxella
Anteriormente Neisseria → Branhamella;
Catalase e oxidase positivas;
Assacarolíticos (não fermenta açúcar);
Beta lactamase (quebra o anel beta lactâmico de antibiótico);
Algumas linhagens – M. catarrhalis;
Aeróbios estritos;
Imóveis;
Comensal do sistema respiratório (?);
Virulência baixa.
diagnóstico de haemophilus
Características gerais
Flora normal da nasofaringe e orofaringe;
Geralmente cepas não capsuladas;
H. influenzae b possui cepas encapsuladas;
Rara nos adultos e cerca de 5% nas crianças;
Cocobacilos ou bacilos gram negativos pleomórficos;
Imóveis;Parece Neisseria
Oxidase positivo;
Anaeróbio facultativo;
Não crescem no BEM / MacConkey (seletivos e diferenciados) nem em Ágar sangue;
O único que cresce no Ágar sangue é o H. aphrophilus;
Fastidiosos: precisam de meios mais nutritivos;
H. influenzae catalase positivo, H. aphrophilus e H. ducrey catalase negativo;
Requerem os fatores X (hemina - termoestável) e/ou V (NAD ou NADP – termolábil):
Principal espécie patogênica: H. influenzae;
Colonizam TRS → espécies não encapsuladas ou encapsuladas não sorotipo b;
Melhor meio de cultura para Haemophilus influenzae é o ágar chocolate com sangue de cavalo:
No isolamento primário no ágar chocolate as colônias costumam ser pequenas de cor bege claro, com odor característico;
Adiciona antibiótico no Ágar chocolate para ele se tornar seletivo;
Pode ser Ágar sangue de Casman ou Ágar Levinthal com enriquecimento;
No ágar sangue ocasionalmente pode-se detectar o crescimento em torno de colônias de S. aureus, que produz o fator V e é utilizada como prova alternativa à utilização dos discos e denominada prova do satelitismo ou utiliza discos para os dois fatores.
Haemophilus influenzae
As encapsuladas compreendem 6 sorotipos: a – f;
H. influenzae é o mais virulento e tem cápsula polirribosil fosfato (PRP);
Precisa dos dois fatores para crescimento;
Fatores de virulência:
Cápsula (sorotipo b);
LOS (endotoxina);
Fímbria Hif (adesão a hemácias - hemaglutinação - e células bucais);
Proteínas de membrana externa (OMP) —> P5 (adesão ao muco);
Proteínas secretadas (IgA protease e neuraminidase).
Patogênese e patogenia
Podem disseminar-se localmente e causar doença na orelha (otite média), nos seios nasais (sinusite) e nas vias aéreas inferiores (bronquite e pneumonia);
A doença disseminada é relativamente incomum por sorotipos não b;
A infecção ocorre por inalação de aerossóis de H. influenzae sorotipo b;
Bacteremia com disseminação para as meninges ou outros focos distais;
Meningite em crianças e bebês (3 a 18meses);
Epiglotite > doença pediátrica > crianças de 2-4 anos;
Celulite, artrite, otite, sinusite e doenças das vias aéreas inferiores (comumente em pacientes com doença pulmonar crônica).
diagnóstico
Identificação fenotípica: 
Dependência dos fatores X e V;
Hemólise;
Fermentação de glicose, sacarose, lactose, xilose e manose;
Presença de catalase, β-galactosidase;
Detecção direta de antígenos capsulares no LCR;
Identificação por métodos moleculares;
Biotipagem: 
Divisão em 8 biotipos (I-VIII);
Sorotipagem complementa a identificação;
Divisão em biogrupo: 
Haemophilus influenzae biogrupo aegypticus:
Febre purpúrica brasileira:
Conjuntivite.
haemophilus aphrophilus
Microbiota do TRS, especialmente em placas dentárias e sulco gengival;
Endocardite e abscesso cerebral e mais raramente meningite, pneumonia e bacteremia estão associados a este agente, particularmente em pacientes com comprometimento imunológico;
Existem relatos também de isolamento em otites, sinusites e epiglotites, etc.;
Crescem bem em ágar chocolate no isolamento primário e em ágar sangue de carneiro nos subcultivos sem exigência de fatores X e V, mas as colônias são muito pequenas de cor amarelada, cheiro de cola e necessitam de 48 a 72h para boa visualização;
Não crescem em Mac Conkey;
Em caldo tem a característica de aderir as paredes do tubo;
Para todos os hemófilos fazer o teste da beta-lactamase para verificar a resistência à penicilina.
Hemophilus ducrey
É o agente do cancro mole;
Transmissão muito diferente dos outros;
Incubação de 2 – 7 dias;
Meio Ágar chocolate suplementado com fator X;
Jarra com vela;
Umidade;
Raramente isolado, pela menor incidência da doença, da contaminação das lesões com flora genital e pelo frequente uso prévio de antibióticos;
Colhido de úlceras genitais removendo-se previamente a secreção superficial ou lavando com salina estéril e utilizando um swab;
Recomenda-se semear imediatamente e fazer esfregaço a ser corado pelo Gram;
Em geral é de difícil cultivo;
Emprega-se ágar chocolate de cavalo com base GC ou Mueller Hinton;
A colocação de um disco de vancomicina pode ajudar a inibir bactérias Gram-positivas;
Na bacterioscopia aparecem coco-bacilos Gram lábeis agrupados e em cadeias como cardumes.
diagnóstico de mycobacterium
Características gerais
Transição entre eubactérias e actinomicetos;
Bacilos pleomórficos:
Não formam esporos, flagelos ou cápsulas;
Parede complexa;
Bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR) intracelulares;
mycobacterium tuberculosis
Práticas precárias de saúde;
Hábitos e condições higiênicas que proporcionavam a propagação da patologia;
Aerossóis;
Modificação da percepção da tuberculose na sociedade;
Caráter social:
Havia um desinteresse da classe médica pela tuberculose;
Há fase latente e caso haja alteração do sistema imune, possibilidade de retomar a doença;
Abandono do tratamento → multirresistência;
Coinfecção com AIDS;
Política de prevenção e controle;
Endêmicas de países subdesenvolvidos;
5 a 10 desenvolverão a doença apesar de entrar em contato com o bacilo, não desenvolvem por questões de imunidade;
Fatores associados:
Desnutrição;
Aglomeração;
Pobreza;
Transmitido pelo ar;
Bactéria intracelular:
Não formará o fagolisossomo, mas o linfócito será recrutado e formará o granuloma.
Diagnóstico
Parede rica em lipídios:
Dificuldade de coloração com Gram:
Necessário fazer Ziehl-Neesen;
Forma resistente à detergente;
Coleta:
Feito em jejum com escarro com secreção (exsudato);
3 amostras: 
Mais saliva, evitar sangue;
Corar a lâmina para fazer cultivo e contagem de cruzes (2 amostras);
Baciloscopia:
Necessário mais de uma amostra para ser conclusivo;
Cultura:
Lowestein-Jensen:
Método de Petrofield;
Ogawa Kudoh:
Mais utilizado;
Swab + NaOH 4% (3 mL);
Descontaminante:
N-Acetil-L-Cisteína NaOH 2% (NALC-NaOH);
Cultura bege mais rugosa (M. tuberculosis);
Morfologia colonial varia entre espécies podendo se apresentar lisa ou rugosa;
Pigmentos carotenóides: se estimulam com a presença da luz;
PPD: teste de triagem;
Antígeno purificado que gera uma reação de hipersensibilidade;
Formação do nódulo que medisse o diâmetro; 
Indicativo de contato (triagem);
Atualmente faz-se a contagem de IFN-γ;
Contagem de leitura é diferente (paciente HIV) → sensibilidade do sistema imune;
Radiografia;
Gene X pert MTB / RIF;
Detecção de MT e resistência a rifampicina;
Sensibilidade;
Baciloscopia < X pert < Cultura;
Mallditof;
Vacina BCG:
Prevenir forma graves da tuberculose;
2 doses para quem teve contato com hanseníase;
15 anos depois pode diminuir a titulação de anticorpos.
mycobacterium leprae
Doença milenar;
Era motivo de vergonha;
Doença infectocontagiosa, crônica, granulomatosa e de evolução lenta;
Depende do sistema imunológico;
Notificação compulsória;
Lesão rosada e indolor (ataque dos nervos periféricos e epiteliais);
Forma latente;
Microrganismo intracitoplasmático do macrófago com alta infectividade e baixa patogenicidade;
Metabolismo difícil, não há meio para cultura; cultura in vitro;
Gosta de frio (lobo da orelha e cotovelo);
Tratamento pela clínica;
6 meses a 6 anos;
Aerossóis.
Diagnóstico
Coleta de linfa → Coloração de Ziehl-Neelsen a frio;
Não crescem em meio de cultura;
Hanseníase:
Paucibacilares (<5 lesões);
Multibacilares (>5 lesões);
Coleta da orelha (direita e esquerda) e do cotovelo (direito e esquerdo);
Índice baciloscópico (IB):
Contagem de cruzes;
75 campos.

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