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Trabalho de Gestão de Pessoas 2

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Faculdade de Tecnologia Dom Paulo Evaristo Arns
MARIA JOELMA BARBOSA DA SILVA BADU
CÂNDIDA SAMARA DUARTE DE SOUSA
NATALIA MARIA BARBOSA VICENTE
CARLA CAROLINE PIRES DA SILVA 
VANESSA BARBOSA DOS SANTOS 
ROSELI COSTA SANTOS
TAYNA COSTA DE ASSIS
A TECNOLOGIA E A PRODUÇÃO DA ALIENAÇÃO E SOLIDÃO.
São Paulo
2018
Faculdade de Tecnologia Dom Paulo Evaristo Arns
MARIA JOELMA BARBOSA DA SILVA BADU
CÂNDIDA SAMARA DUARTE DE SOUSA
NATALIA MARIA BARBOSA VICENTE
CARLA CAROLINE PIRES DA SILVA 
VANESSA BARBOSA DOS SANTOS 
ROSELI COSTA SANTOS
TAYNA COSTA DE ASSIS
A TECNOLOGIA E A PRODUÇÃO DA ALIENAÇÃO E SOLIDÃO.
Trabalho Interdisciplinar, apresentado da Disciplina de Gestão de Pessoas do curso de Gestão Empresarial como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina, sob Orientação da Professora Rosa Maria.
São Paulo
2018
Resumo
 O mundo moderno é globalizado e interconectado graças á tecnologia, a internet quebrou várias barreiras impostas pela distância, facilitando a comunicação com parentes e amigos que vivam em lugares distantes. 
 A cada dia mais pessoas passam a utilizar meios virtuais para conversar com amigos ou conhecer novos indivíduos. Isso porque a internet está popularizada, bem como os meios para acessá-la, você pode usar não só o seu computador para a tarefa, como um tablet ou um smartphone, fazendo com que ela seja portátil e você possa acessar do local que quiser.
 A comunicação pela internet é simples, fácil, sem ansiedade. Você não precisa ficar com medo de falar algo errado, pois sempre há como editar ou até mesmo excluir as suas publicações. Dessa maneira, você pode passar a imagem que gostaria de ter, independente de ela ser uma representação fiel da realidade.
 Porém, mesmo com toda a facilidade existente para você entrar em contato com outros indivíduos, a cada dia mais pessoas se identificam como “solitárias”.
 A ideia de que ninguém vive sozinho e que o ser humano foi criado para ter o seu convívio dentro de uma sociedade não são conceitos novos. Inclusive, isso é algo tão enraizado na nossa cultura que o fato de alguém estar sozinho ou se sentir dessa forma pode ser algo que o leve facilmente a uma depressão.
 Há várias razões para que esse fenômeno ocorra e uma delas é o aumento das interações no ambiente online tornando o individuo alienado do mundo externo e/ou real.
Palavras chave: Tecnologia, Alienação, Solidão, Mídias, Sociais.
Abstract
 
 The modern world is globalized and interconnected thanks to technology, the internet has broken several barriers imposed by distance, facilitating communication with relatives and friends living in distant places.
  More and more people are using virtual means to talk to friends or meet new people. This is because the internet is popularized as well as the means to access it, you can use not only your computer for the task, such as a tablet or a smartphone, making it portable and you can access wherever you want.
 Communication over the internet is simple, easy, without anxiety. You do not have to be afraid to say something wrong, because there is always how to edit or even delete your publications. In this way, you can pass on the image you would like to have, regardless of whether it is a faithful representation of reality.           
 However, even with all the ease of getting in touch with other individuals, more and more people identify themselves as "lonely". The idea that no one lives alone and that the human being was created to have their life together in a society are not new concepts. In fact, it is so deeply rooted in our culture that being alone or feeling that way can easily lead to depression.         
  There are several reasons for this phenomenon to occur and one of them is the increase of interactions in the online environment making the individual alienated from the external and / or real world.
 
Key words: Technology, Alienation, Loneliness, Media, Social. 
INTRODUÇÃO
 Solidão. Essa parece ser uma palavra recorrente e uma constante no comportamento das pessoas no século XXI, o século onde o ser humano nunca esteve, teoricamente, mais conectado aos seus semelhantes em toda a sua história, através do mundo digital da Web e das redes sociais. Por mais estranho que possa parecer, ao mesmo tempo, que a Internet abriu um mundo novo e revolucionou praticamente todas as formas conhecidas de relacionamento entre pessoas, comunidades e países, as pessoas nunca foram estiveram mais solitárias e nunca se registrou tantas ocorrências de doenças psíquicas como os diversos transtornos de ansiedade, comportamentos compulsivos originados de quadros de carência afetiva aguda e fratura narcísica, além do impressionante aumento de queixas de depressão, nos mais diversos níveis e sintomatologias.
 Todos estão conectados, linkados e interligados aos outros através, das redes sociais como Facebook, Google+ e outras muitas plataformas existentes com a mesma finalidade (teoricamente): aproximar pessoas. Entretanto, nunca estivemos tão distantes da conexão real, entre as pessoas, seja afetiva ou socialmente. As pessoas hoje preferem passar mais tempo conectadas através, do computador, tablet, celular ou qualquer outro dispositivo, móvel ou não, do que se encontrarem fisicamente para poderem interagir no mundo real. 
 Isso nos leva a refletir que, neste novo mundo de relações digitais e fluidas está se criando uma nova geração, onde os relacionamentos virtuais, diferente dos relacionamentos reais; pesados, lentos e confusos, são muito mais fáceis de entrar e sair; eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Quando o interesse acaba, ou a situação chega a determinado ponto que exige pelo menos elaboração, sempre se pode apertar a tecla “delete”. Não sem consequências psíquicas ou com tanta leveza quanto se aparenta, já que a modernidade não chega com esta velocidade ao psiquismo. O que vemos é cada vez mais casos de pacientes com discursos fragmentados, ocorrências de dissociação de personalidade (um resultado nítido das alter personalidades tão usuais no mundo digital), quadros de carência afetiva aguda e comportamentos compulsivos diversos (muito provavelmente originados no abandono gerado pelos pais pós-modernos), além de transtornos de ansiedade e depressão, nos mais diversos níveis. 
 Um mundo onde as pessoas não só estão mais sozinhas, como estão sozinhas, deprimidas, ansiosas (todas buscando aceitação, acolhimento, conexões afetivas e amor), compulsivas e, paradoxalmente, conectadas com o mundo. 
 Ou seja, ao contrário do ditado, não basta estar sozinho, mas sozinho apesar de acompanhado (correiodobrasil, 2013). 
OBJETIVO
 Este trabalho tem como objetivo analisar de forma sucinta as questões que norteiam a tecnologia e a produção da alienação e solidão.
OBJETIVO GERAL
 Verificar os conceitos das principais questões que circundam as tecnologias causando a produção da alienação e solidão nos dias atuais.
OBJETIVO ESPECÍFICO
 Descrever as prováveis questões que causam a alienação e a solidão na sociedade atual que faz uso das tecnologias como ferramenta do cotidiano.
JUSTIFICATIVA
 Justificamos que nos dias atuais o assunto em pauta é de suma importância, pois afeta a psique humana podendo gerar o adoecimento do indivíduo, assim como seu isolamento da sociedade, portanto se faz necessário sabermos quais são as influências da tecnologia para a produção da alienação e solidão.
METODOLOGIA
 A metodologia empregada é a pesquisa em livros e artigos científicos relacionadosao tema.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
 CONCEITO DE TECNOLOGIA
 Para Kenski (2008), as tecnologias são tão antigas quanto á espécie humana. Na verdade, foi à engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias. 
 Cada época foi marcada por elementos tecnológicos que se fizeram importantes para a sobrevivência da espécie humana. A água, o fogo, um pedaço de madeira ou um osso de um animal qualquer eram usados para matar, dominar ou afastar animais ou outros homens que podiam representar ameaças. 
 Para Kenski (2003), "segundo Dicionário de filosofia de Nicola Abbagnano (1982), a tecnologia é o estudo dos processos técnicos de um determinado ramo de produção industrial ou de mais ramos". 
 No entanto tecnologia envolve todo um conjunto de técnicas, que são utilizados para o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas. 
 Muitos dos produtos, equipamentos, ferramentas que utilizamos no nosso cotidiano não são considerados por muitos como tecnologia. Óculos, dentaduras, alimentos, medicamentos, prótese, vitaminas e outros produtos são resultados de sofisticadas tecnologias (GHANTOUS, 2012). 
 A TECNOLOGIA NOS DIAS DE HOJE
 As tecnologias de mídias digitais estão presentes em todas as relações da sociedade pós - moderna. Não apenas nos meios de transmissão de informações, mas também nas transações econômicas, nos controles de transporte, nos acessos aos ambientes públicos e privados, nos relacionamentos dos cidadãos com o estado, dos clientes com as empresas, dos amigos e familiares entre si. 
 É a digitalização do homem no mundo, a virtualização das relações do homem com o homem e do homem com a natureza, virtualização do que nos é mais abstrato, nossa subjetividade.
 A utilização de novas tecnologias promove uma modificação no universo humano. A fotografia, a televisão e o cinema começaram então a forçar-nos a alterar inclusive os verbos, o vocabulário, que tradicionalmente utilizamos para se comunicar. As imagens técnicas produzidas pelos meios audiovisuais estão a se conectar, gerando novos sentidos entre os seres humanos, outras relações entre diferentes pessoas que constituem a sociedade em rede contemporânea a partir da convergência proporcionada pelo avanço tecnológico.
 Com a digitalização, os nossos monitores domésticos de alta definição podem mostrar tanto as cenas e imagens vindas de outro lado do mundo, quanto do quarto vizinho, dos provedores de conteúdo on demand, áudio de rádio digital de alcance mundial, hiperinformação online (jornais, revistas, TV aberta ou TV por assinatura), lojas virtuais e todas as formas de comércio virtual.
 O desenvolvimento da tecnologia digital emerge os seres humanos num universo online. O livre acesso aos veículos comunicacionais determina a proximidade entre as diferentes comunidades, o conhecimento de novas realidades e construção de novas relações. Resta-nos saber se a convergência dos meios digitais, a formação de redes visualizada atualmente tenderá mais para a promoção da integração social ou para a superficialidade das relações humanas promovendo o isolamento dos indivíduos no mundo real.
 O uso do computador e da Internet influenciou significativamente as relações humanas, sobretudo no que se refere à comunicação. No entanto, nenhuma outra forma de comunicação pode ser considerada mais natural do que aquela que acontece “cara a cara” (colunastortas, 2014).
 CONCEITO DE ALIENAÇÃO
 Na Sociologia, o conceito de alienação está intimamente relacionado aos processos de alheamento do indivíduo que surge por diversos motivos na vida social o que leva ao alijamento da sociedade.
 O estado de alienação interfere na capacidade dos indivíduos sociais de agirem e pensarem por si próprios, ou seja, ele não tem consciência do papel que desempenham nos processos sociais.
 Do latim, a palavra “alienação” (alienare) significa “tornar alguém alheio a alguém”. Atualmente, o termo é utilizado em diferentes áreas (direito, economia, psicologia, antropologia, comunicação, etc.) e contextos.
 A alienação na sociologia foi essencialmente influenciada pelos estudos do revolucionário alemão Karl Marx (1818-1883), no âmbito do trabalho alienado e das relações de produção.
 Marx em sua obra Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844 trás o conceito de alienação como um processo de exteriorização de uma essência humana e do não-reconhecimento desta atividade enquanto tal.
 Para Marx alienação do sujeito enquanto pertencente ao gênero humano salta para a própria característica do mesmo enquanto ser genérico. Enquanto animal multifacetado com inúmeras potencialidades e capacidades. Quando ele está separado de sua essência, de sua ligação com a comunidade, de seu trabalho, ele se individualiza. Não é mais membro de sua espécie, é só um indivíduo solitário.
 Alienação em relação aos outros homens de acordo com Marx se trata da consequência óbvia da individualização e unilateralização da vida. Quando ele não é reconhecido como parte essencial da vida humana e do ser humano enquanto gênero/espécie, então não só a própria vida é uma objetificação nociva, mas toda e qualquer vida já não tem seu significado. Ser alienado enquanto parte da espécie humana implica em se alienar também dos outros. 
 Na filosofia, o conceito de alienação está associado ao vazio existencial e a falta de consciência própria, onde a pessoa perde sua identidade, seu valor, seus interesses e sua vitalidade, ou seja, torna-se uma pessoa alheia a si mesma. Além do trabalho alienado, conceito bem fundamentado por Marx, na filosofia podemos ainda considerar o consumo alienado e o lazer alienado.
 No consumo alienado, conceito muito explorado, sobretudo nas sociedades capitalistas atuais, os indivíduos são bombardeados por propagandas disseminadas pelos meios de comunicação. Assim, o ser humano atingido pela alienação torna sua essência uma mercadoria, com o intuito de suprir diversas necessidades.
 Da mesma forma, a alienação pelo lazer gera indivíduos frágeis, com dificuldade de compreender sua própria personalidade, o que afeta diretamente em sua autoestima, espontaneidade e processos criativos.
 No lazer, a alienação pode ser gerada pelos produtos e objetos de consumo incentivados pela indústria cultural. Para o filósofo alemão Max Horkheimer (1885-1973), criador da expressão "Indústria Cultural”: “Quanto mais intensa é a preocupação do indivíduo com o poder sobre as coisas, mais as coisas o dominarão, mais lhe faltarão os traços individuais genuínos”.
 Hegel (1770-1830), um dos mais importantes filósofos alemães, foi o primeiro a utilizar o termo “Alienação”. Segundo ele, a alienação do espírito humano está relacionada com as potencialidades dos indivíduos e dos objetos que ele cria.
 Assim, é transferida a potencialidade dos indivíduos nos objetos produzidos, criando uma relação de identidade entre os indivíduos, como por exemplo, na cultura. O conceito de alienação é bem amplo e contempla diversas áreas do saber (colunastortas, 2014). 
 CONCEITO DE SOLIDÃO
 A solidão, apesar de ser algo sentido a um nível universal, é ao mesmo tempo complexa e única a cada indivíduo. A solidão não tem causa única comum, por isso, as prevenções e os tratamentos para este estado de espírito variam bastante de pessoa para pessoa. 
 Os significados da solidão são modificados ao longo da história, e estão ligadas a mudanças subjetivas de cada época. Contudo, a solidão é inerente ao ser humano, desde seus primórdios. A história costuma lhe conceder diferentes sentidos que ora assumem caráter positivo, ora, negativo, variando de acordo com os valores culturais, subjetivos de cada tempo. 
 A solidão é um sentimento que geraangústia e que nos coloca diante de um portal em um mundo interior onde a chave é o sentido do mundo, o porquê das coisas, as perguntas que fazemos e para as quais não encontramos respostas. A solidão também pode ser uma experiência de transcendência.
 O filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) afirma em Ser e Tempo que estar só é a condição original de todo ser humano. Que cada um de nós é só no mundo. É como se o nascimento fosse uma espécie de lançamento da pessoa à sua própria sorte. Podemos nos conformar com isso ou não. Mas nos distinguimos uns dos outros pela maneira como lidamos com a solidão e com o sentimento de liberdade ou de abandono que dela decorre, dependendo do modo como interpretamos a origem de nossa existência. O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se torna inautêntico quando interpreta a solidão como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida em relação a ele. Com isso abre mão de sua própria existência, tornando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em sua própria história (oficinadepsicologia, 2014). 
 Em termos psicológicos, uma melhor conceituação de solidão deve considerar pelo menos os seguintes aspectos: falta de significado e objetivo de vida; reação emocional; sentimento indesejado e desagradável; sentimento de isolamento e separação; deficiência nos relacionamentos e unattachment (Tamayo & Pinheiro, 1984).
 Procuraremos, agora, explicar cada um desses elementos constitutivos da definição de solidão: 
• Falta de significado e objetivo de vida: A solidão pode produzir um sentimento detalheamento do indivíduo em relação aos demais seres humanos, levando-o a um questionamento sobre as origens e o sentimento da existência. “De onde vim?”, “Para onde vou?”, são perguntas que podem surgir nessas circunstâncias. 
• Reação emocional: Geralmente, é o sentimento psicológico de isolamento que caracteriza a solidão.
• Sentimento indesejado e desagradável: A solidão, às vezes, pode ser acompanhada do sentimento de angústia, produzindo um sofrimento a mais naquele que está privado de relacionamentos íntimos mais duradouros.
• Sentimento de isolamento e separação: É a constatação psicológica do estado de solidão. 
• Deficiência nos relacionamentos: Esta é uma das características de grande parte dos solitários, que culmina por produzir uma espécie de feedback em todo o processo de solidão, realimentando-o.
• Unattachment: Neste sentido, a solidão seria uma resposta à carência de relacionamentos sociais e afetivos.
 De acordo com os apontamentos de Tamayo, o que caracteriza a solidão é o seu aspecto puramente psicológico. 
É o sentimento de estar só, a que se agrega a constatação da separação emocional do outro. 
É a falta de interação e de comunicação emocional entre um indivíduo e outro ser humano. O outro pode até estar próximo geograficamente; no entanto, a solidão impede qualquer aproximação psicológica, afetiva. Tudo isso pode ocorrer com o solitário em meio à multidão: todos estão presentes e, ao mesmo tempo, estão tão distantes, próximos e, todavia, separados. “A solidão não é a mesma coisa que estar só. A solidão é sentir-se só” (Craig, 1980, p.29). 
 Para a psicanálise a solidão pode ser conceituada da seguinte forma: O termo “solidão” não aparece na obra de Freud, que preferiu o termo “isolamento” para se referir aos estados psicológicos semelhantes ao isolamento social voluntário e à solidão. Na psicanálise, o isolamento é considerado como um mecanismo de defesa, sobretudo típico da neurose obsessiva: Contra o sofrimento que pode advir-se dos relacionamentos humanos, a defesa mais imediata é o isolamento voluntário, o manter-se à distância das outras pessoas. A felicidade passível de ser conseguida através deste método é como vemos, a felicidade da quietude (Freud, 1980, p.96).
 Com base na conceituação de solidão como mecanismo de defesa, a psicanálise vai estabelecer dois cursos para o desenvolvimento desta: o primeiro seria a solidão como defesa neurótica e, o segundo, a solidão como sublimação. Como defesa neurótica, a solidão aparece tanto na neurose obsessiva quanto na fobia, alcançando seu ponto culminante na psicose, quando a fragmentação do eu é tamanha que o indivíduo perde quase completamente o contato com a realidade (Fenichel, 1981). A psicose é a condição de uma solidão total, de um isolamento quase total. 
 A solidão neurótica é a principal fonte de ansiedade. Neste sentido, Fromm defende que:
 A experiência da separação desperta ansiedade; é, de fato, a fonte de toda a ansiedade. 
Ser separado significa ser cortado, sem qualquer capacidade de usar poderes humanos. 
Eis porque ser separado é o mesmo que ser desamparado, incapaz de apreender o mundo, as coisas e as pessoas, de modo ativo; significa que o mundo nos pode invadir sem que tenhamos condições de reagir (Fromm, 1976, p.28).
 Jung aponta para a transferência, possibilitada pelo método psicanalítico de livre associação verbal, como um caminho possível à superação da solidão neurótica. A própria neurose atua com intuito de separar o neurótico da comunidade dos homens, na medida em que este se sente culpado não apenas pelos fatores etiológicos da sua neurose, mas também pela sua neurose, e esta culpa lança-o na angústia, no sofrimento e no isolamento atroz. A confissão psicanalítica funcionaria como a porta de entrada do neurótico na comunidade dos homens, da qual está isolado, e o analista será o primeiro elo da nova teia de relações que o neurótico irá construir.
 Por meio da sublimação, que é “o processo postulado por Freud para explicar as atividades humanas sem qualquer relação aparente com a sexualidade, mas que encontram seu elemento propulsor na força da pulsão sexual” (Laplanche & Pontalis, 1986, p.638), o indivíduo desloca a sua libido e reorganiza os objetos da sua pulsão.
 Neste processo, a solidão voluntária, produtiva, pode ser um dos resultados da sublimação.
 Desta forma, o isolamento social voluntário, destinado à produção artística e/ou científica, é possibilitado, segundo Freud, à constituição psíquica do sujeito, assim como à sua capacidade de sublimação pulsional (Dantas, 1993, p.60).
 Tanto para Freud quanto para Jung, a solidão ou o isolamento social encontram-se intimamente ligados às doenças mentais, isto é, aos sintomas neuróticos e psicóticos. 
 Somente nos indivíduos mais saudáveis, do ponto de vista psicanalítico, é que é possível a solidão, como consequência da sublimação. Neste último caso, estaríamos diante de uma solidão normal e produtiva, no aspecto cultural; seria uma forma saudável de lidar com a ansiedade de castração e de separação. 
 O interesse da psicologia social pela solidão é bastante antigo. Desde a obra de Gustave Le Bon, a psicologia das massas volta-se para estudar a influência exercida pela multidão sobre o comportamento do indivíduo. Segundo Le Bon (1920), o indivíduo isolado é sempre reconhecido como ele é. No entanto, se este mesmo indivíduo for inserido numa multidão, as características psicológicas individuais desaparecem e o grupo adquire características particulares, como resultado da totalidade dos traços psicológicos dos seus componentes.
 Já Hill (1956) chama o processo de influência exercida pelo grupo sobre o indivíduo de Master Mind, isto é, no grupo existe a fusão dos processos mentais e psicológicos do indivíduo, produzindo uma mente autônoma, a mente do grupo, que não pertence a nenhum indivíduo determinado que a componha, mas que, ao mesmo tempo, pertence a todos. Nisto Hill concorda inteiramente com Kurl Lewin.
 Baseados no pensamento de Le Bon e Hill, podemos afirmar queas principais características de um indivíduo num grupo são as seguintes (Hill, 1956):
• Num grupo, o indivíduo sofre uma espécie de fusão mental com os demais membros, adquirindo um sentimento de onipotência que facilita a manifestação dos instintos que foram reprimidos pela cultura. O grupo age como um ser autodeterminado, com características psicológicas específicas;
• Num grupo, todos os sentimentos são compartilhados ao mesmo tempo por todos os membros que o compõem, o que provoca uma força grupal contagiante sobre o indivíduo;
• Num grupo, torna-se mais difícil para o indivíduo exercer um controle consciente sobre os seus atos, ficando, no mais das vezes, à mercê da força de coesão grupal e de sua direção. 
As pesquisas mais recentes sobre isolamento social e solidão, em psicologia social, se referem a situações artificiais de isolamento. A mais importante dessas experiências foi realizada por Jeff, que decidiu criar para si uma situação de isolamento social, permanecendo sozinho numa pequena cabana no meio de uma floresta. 
 De início, Jeff sentia-se até bastante contente e passeava explorando o seu novo ambiente. No entanto, após uma semana, aproximadamente, as coisas começaram a mudar, e ele passou a ser tomado de angústia e medo, fazendo a si mesmo perguntas inquietantes, tais como: “E se algo acontecer comigo? Quem vai ficar sabendo? Quem poderá ouvir meus gritos de ajuda?”. Para amenizar este estado de angústia, Jeff rompe seu isolamento voluntário e resolve visitar as cabanas que existiam na floresta onde se encontrava, resolvendo, em seguida, voltar para o convívio dos seus (Raven & Rubinapud Dantas, 1993).
 Novas circunstâncias, como o aumento da expectativa de vida, o divórcio, a alta densidade demográfica das grandes cidades, elevando o número de pessoas que vivem sozinhas, têm levado os psicólogos sociais a se voltarem para o fenômeno da solidão e até mesmo a construírem escalas, as quais procuram medir este comportamento. 
 A Escala de Dean é um exemplo. Dividida em três partes, é uma medida sobre alienação. Um de seus componentes refere-se ao isolamento social, que representa nove itens na escala final. Os itens são apresentados no formato Likert, que correspondem a ordens alternativas de quatro (fortemente acomodado, ajustado, adaptado) a zero (fortemente desajustado, inadaptado); cinco desses itens são reverse-scored. E os escores dessa escala podem variar de zero, o mais baixo grau de isolamento da escala, até trinta e seis, o mais alto grau de isolamento social (apud Dantas, 1993).
 As pesquisas sobre solidão, no Brasil, foram iniciadas com validação da Revised Ucla Loneliness, que passou a ser denominada de “Escala Ucla de Solidão” (Russel, Peplau & Cutrona, 1980).
 Tamayo & Pinheiro produziram um artigo em que procuram situar e definir o estudo da solidão na psicologia social, no qual formularam uma proposta de definição para solidão, resumida a seguir: [...] com base na literatura consultada sobre a solidão, propõe-se a seguinte definição para o termo, consideradas as suas dimensões: solidão é uma reação emocional de insatisfação, decorrente da falta e/ou deficiência de relacionamentos significativos, a qual inclui algum tipo de isolamento (1984, p.35).
 Em outro artigo, esses mesmos autores procuram estudar a relação existente entre sexo e solidão, do ponto de vista teórico e empírico. Após estudarem as obras de Gordon, Sadler, bem como as pesquisas realizadas por Russel, Peplau e Cutrona, além do trabalho de Portnoff, concluíram que não existe uma relação significativa entre as variáveis de gênero e a solidão: 
 Diante desta análise encerrada, fica evidenciado que a relação entre sexo e solidão permanece problemática, tanto no plano racional como no empírico, embora os resultados, que não apontam diferenças sexuais significativas, pareçam mais consistentes (Tamayo & Pinheiro, 1985a, p.63).
 A psicologia social parece mais preocupada em mensurar o isolamento social do que em estudar a solidão, que é um fenômeno psicológico bem mais complexo e de causas multivariadas. Podemos esperar, no entanto, com o avanço da própria solidão na sociedade contemporânea, que este tópico venha a ser objeto de estudo de outros psicólogos sociais, para que se aprofunde a compreensão da solidão e do sentido desta teia de relações interpessoais.
 Assim, a psicologia social ainda está engatinhando no estudo deste tema, que permanece um tabu entre os psicólogos, se bem que esconda, no mais das vezes, um sofrimento humano profundo. 
 É o que testemunha este exemplo: há cerca de dois anos, foi inaugurado um flat, um destes hotéis para pessoas que moram sozinhas, no bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo. Já ocorreram dois suicídios entre seus moradores. 
 O que a psicologia social não afirma é que a solidão também esconde uma profunda incapacidade de lidar com a vida, com o outro, consigo mesmo, por parte do solitário, nesta teia de relações que é a existência, sem a qual a vida humana não encontra o seu sentido. Sem uma compreensão bíblica reformada dos aspectos espirituais, que são escamoteados pelo manto da solidão, fica difícil e limitada a compreensão deste fenômeno (CPAJ, 2001).
 A TECNOLOGIA E A PRODUÇÃO DA ALIENAÇÃO E SOLIDÃO
 As redes sociais passaram a representar quase uma obsessão pela autoimagem de um indivíduo. Muitos acabam dedicando horas à construção do que consideram um perfil adequado, selecionando apenas as fotografias que julgam conter os seus melhores ângulos e escrevendo apenas frases que transmitam um pouco da “pessoa ideal”, aquela sem qualquer tipo de falhas – a que todos gostariam de ser.
 As pessoas se acostumam facilmente a “colecionar” amigos nas redes sociais, substituindo uma boa conversa pessoal por uma mera conexão. A cada dia a “qualidade” é trocada pela “quantidade” e a definição de “relacionamento” passa a ser representada pela troca de imagens e algumas poucas linhas de texto em um chat online.
 Você passa a esperar menos das pessoas e começa a desejar que os métodos tecnológicos para a comunicação passem por evoluções que tragam funções novas. Muitos autores costumam dizer que o uso excessivo da internet faz você passar a vê-la como um modelo ideal de convivência e até mesmo a ter uma dificuldade muito maior para desenvolver relações pessoais.
 Infelizmente, como resultado do uso excessivo desses meios para a comunicação, o que ocorre na maioria dos casos é que, mesmo que o indivíduo considere que tem muitos amigos, ele acaba se sentindo cada vez mais sozinho. Como somos vulneráveis à solidão, nos apegamos cada vez mais à tecnologia para tentar preencher esse vazio.
 Isso porque as redes sociais trazem a impressão de que você pode passar uma imagem beirando a perfeição; sempre será ouvido e nunca estará sozinho. Assim, muitos passam a querer cada vez mais compartilhar experiências online para se sentirem “vivos” e “fazendo parte de um grande grupo”, e é por essas razões que a tecnologia mudou o conceito de estar sozinho e de sentir solidão.
 A comunicação online é a grande vilã dos tempos modernos. Não há dúvidas com relação à internet ser uma excelente ferramenta para vários propósitos. Entretanto, como tudo na vida, o ideal é que ela possua a sua dosagem no cotidiano das pessoas.
 O conceito da produção da alienação e da solidão trazidas com o uso da tecnologia pode ser facilmente minimizado/sanado se você mantiver os seus contatos e conversas online não se isolando do mundo externo, de forma que mantenha um tempo da sua rotina "online" para manter um convívio real. Cabe a cada um utilizar os recursos disponíveis para melhorar cada vez mais as suas experiências e os seus relacionamentos com outros indivíduos (psicologiasdobrasil,2018). 
 As tecnologias de mídias digitais formam o ambiente virtual, integram e transformam a cultura humana e criam a cibercultura. Elas podem ser entendidas como a extensão das relações do homem com o homem e do homem com a natureza. E a necessidade de sobrevivência pode ser considerada a propulsão desse processo, traduzida no impulso de socialidade, reunião que fortifica o indivíduo pela massa e gera a construção de sociedade. 
 A sociabilidade racionalizaria a socialidade e se transformaria na pressão que mantém a unicidade social refreando outros instintos individualistas do homem. Nas palavras de Freud, “o poder dessa comunidade se estabelece como “Direito”, em oposição ao poder do indivíduo, condenado como “força bruta”. Tal substituição do poder do indivíduo pelo da comunidade é o passo cultural decisivo” (GHANTOUS, 2012).
 
 ALIENAÇÃO E A SOLIDÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
 A relação entre trabalho e processos de adoecimento não é um fenômeno novo. Tampouco se pode dizer que são recentes as pesquisas sobre o tema. São bastante conhecidos os estudos do médico italiano Bernardino Ramazzini, publicados pela primeira vez em 1700. Em seu livro, As doenças dos trabalhadores, Ramazzini (2000) descreveu detalhadamente o conjunto de fatores que compunha condições de trabalho específicas, relacionadas a diferentes atividades, estabelecendo, assim, o nexo entre trabalho e adoecimento. Tinha por hábito visitar os locais de trabalho, observar como os operários executavam seus ofícios, além de escutá-los atentamente.
 Buscava, ao seu modo, algo que até hoje persegue parte significativa daqueles que se dedicam aos estudos do trabalho: desvelar os diferentes fios que tecem a trama das relações de exploração, explicitando as diversas configurações assumidas pelo trabalho e seu impacto na saúde e vida dos trabalhadores. Almejava, sobretudo, conhecer as condições sociais geradoras das enfermidades para poder intervir, prevenindo e curando as doenças que acometiam aqueles que, fruto de sua posição social e ofício, viam-se obrigados a submeter-se a condições degradantes de trabalho. Suas pesquisas tornaram-se referência para uma série de investigações posteriores.
 Na perspectiva da Organização Internacional do Trabalho (2013), “...as mudanças tecnológicas e sociais, aliadas às condições da economia mundial, agravam os atuais perigos para a saúde e geram novos fatores de risco. As doenças profissionais bem conhecidas, tais como as pneumoconioses, permanecem um fenômeno generalizado, enquanto as relativamente novas, como as perturbações mentais e músculo esqueléticos (PME), são cada vez mais frequentes” (p. 4) (pepsic, 2016).
 Pesquisas sobre solidão e alienação geralmente concentram-se na vida privada e em grupos que podem ter alguma tendência, como os idosos. Alguns pesquisadores, no entanto, fizeram estudos sobre esses sentimentos no local de trabalho e descobriram que eles afetam não somente os indivíduos mas também as organizações como um todo.
 A solidão e a alienação são percepções de isolamento ou estranhamento em relação aos outros, diz Sigal G. Barsade, professora de administração na Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia. Elas surgem da "necessidade humana de fazer parte de algo."
 Solidão não é a mesma coisa que estar só - condição que pode ser positiva e bem-vinda. Também não é sinônimo de depressão, embora as duas possam estar correlacionadas, diz Sarah Whight, palestrante sobre liderança organizacional da Universidade de Canterbury em Christchurch, na Nova Zelândia.
 Como faz parte da condição humana, a solidão que leva alienação, muitas vezes, é considerada problema pessoal. Mas administradores talvez devessem vê-las também como uma questão organizacional, segundo pesquisa da professora Barsade e de Hakan Ozcelik, professor de economia na Universidade Estadual da Califórnia em Sacramento.
 Em um estudo recente com mais de 650 trabalhadores, os dois pesquisadores descobriram que a solidão - relatada tanto pelo sofredor como por seus colegas de trabalhos - reduz a produtividade. Isso se mostrou verdadeiro para tarefas individuais ou coletivas.
 "A solidão tende a distorcer a cognição social e influencia o comportamento interpessoal de um indivíduo, resultando em maior hostilidade, negatividade, humor depressivo, ansiedade, falta de controle e menor cooperação", lista Wright.
 Diante disso o que fazer? Primeiro, perceba que "a solidão é uma emoção e devemos escutá-la", afirma Ozcelik. Os que tentam combatê-la devem lembrar que, "na verdade, esse sentimento tem a ver com a qualidade dos relacionamentos, e não com a quantidade", diz Barsade. Um único relacionamento próximo com um colega pode fazer grande diferença.
 A recente crise econômica pode ter sido um fator que fez aumentar o sentimento de solidão no local de trabalho, diz Nancy S. Molitor, coordenadora de educação púbica para a Associação Americana de Psicologia e Psicóloga em uma clínica particular.
 Mesmo entre pessoas que mantiveram seus empregados, afirma ela, as demissões pode significar a perda de contato com alguém "que não era apenas um colega de trabalho, mas um amigo".
 Para combater o isolamento, os empregadores não precisam necessariamente organizar mais festas, diz Ozcelik. "Ser solitário no meio de uma multidão pode ser exaustivo", afirma. "Criar mais distrações não ajudará essas pessoas".
 Auxiliar um colega ou você mesmo a sair da solidão pode envolver medidas simples, como tirar um tempo para conversar, pedir ajuda em um projeto ou fazer um convite para o almoço.
 Talvez os gestores não devam se sentir tão irritados por uma pausa ruidosa para o café de vez em quando ou por uma conversa mais longa sobre o jogo ou o programa de TV da noite passada. Esses tipos de encontro podem promover ligações que fazem as pessoas trabalhar com mais ânimo.
 Mas, ás vezes, a solidão pode estar embutida no tecido de uma organização. Uma atmosfera de desconfiança, suspeita e medo pode fazer com que os funcionários sintam-se estranhos entre si, descreve Wright.
 Mesmo sem esses elementos, o modo como o trabalho é estruturado pode inibir ou reforçar a sensação de comunidade diz Barsade. Os gerentes precisam ser atenciosos para garantir que as equipes e seus componentes estejam envolvidos uns com os outros e ligados entre si", explica ela. "Sabemos que é um mecanismo por meio do qual se realiza um bom trabalho" (folha, 2012).
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Através desse trabalho concluímos que apesar de a palavra “alienado” ter entre suas definições o significado de “arrebatado”, “absorto”, “enlevado”, “endoidecido” e “enlouquecido” e estar ligada etimologicamente a “alienígena” e semanticamente a “estrangeiro”, “estranho”, “desconhecido”, a alienação humana não apenas faz parte do processo de desenvolvimento das tecnologias de mídias digitais, ela faz parte da produção de cultura humana, acompanha e fomenta o desenvolvimento da humanidade. Seja a alienação imposta ou escolhida, seja de seu corpo físico ou de sua subjetividade. 
 As tecnologias de mídias digitais são a extensão do homem no mundo, ou seja, é a projeção de suas relações sociais e de sua subjetividade. Seu progresso acrescenta camadas de abstração, de complexidade, e o contexto cibercultural acelera e amplifica todo o processo. Como supôs Turkle (2011), o uso que se faz das tecnologias digitais hoje pode ser visto como um sintoma, e, como sintoma, mascara os reais problemas. O homem quer o controle no uso das mídias digitais, mas em troca aliena o controle de sua subjetividade. Com o uso das mídias digitais, o homem reduz os outros seres humanos a “coisas”, mas também é transformado em “coisa”.Precisamos acompanhar o desenvolvimento cibercultural e perceber transformações desencadeadas pelo ambiente digital e pela alienação do homem à entidade digital. Ainda vivemos o processo e, portanto, não temos o distanciamento necessário para definir todos os impactos que terá na humanidade, menos ainda determinar se será para o bem ou para o mal. 
 O que é possível depreender é que também faz parte do processo de alienação humana uma posterior etapa que pode ser definida como apropriação, consciência ou interpretação daquilo que foi alienado e transformado. O sujeito desta etapa pode ser o homem como coletividade e aí estará assegurada a manutenção no homem daquilo que lhe é humano e permitirá à humanidade o seu desenvolvimento (GHANTOUS, 2012).
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Como a tecnologia tem transformado o conceito de solidão. Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/internet/47759comoatecnologiatemtransformado-o-conceito-de-solidao.htm Acesso em: 20 de março 2018. 
O que é alienação em Marx. Disponível em: http://colunastortas.com.br/2014/02/05/o-que-e-alienacao-em-marx/. Acesso em: 20 de março 2018. 
 Alienação na sociologia e filosofia. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/alienacao-na-sociologia-e-filosofia/. Acesso em: 20 de março 2018. 
 Disponível em: http://alb.com.br/arquivomorto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem16. Acesso em: 20 de março 2018.
 Disponível em: http://grupo-ecausp.com/digicorp/wp-content/uploads/2014/03/FABIANA-GHANTOUS.pdf. Acesso em: 21 de março 2018.
A influência da tecnologia na sociedade humana. Disponível em: http://www.psicologiasdobrasil.com.br/a-influencia-da-tecnologia-na-sociedade-humana/. Acesso em: 21 de março 2018
 A solidão. Disponível em: https://oficinadepsicologia.com/a-solidao/. Acesso em: 21 de março 2018
 Disponível em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/tcc/15.pdf. Acesso em: 21 de março 2018
O que você pode aprender com a solidão. Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/o-que-voce-pode-aprender-com-a-solidao/. Acesso em: 21 de março 2018.
Sozinhos na multidão a solidão na era das redes sociais. Disponível em: https://www.correiodobrasil.com.br/sozinhos-na-multidao-a-solidao-na-era-das-redes-sociais/. Acesso em: 24 de março 2018.
 Disponível em: http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VI__2200_/Maspoli.pdf. Acesso em: 24 de março 2018.
Solidão afeta equipes de trabalho. Disponível em: http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/1045275-solidao-afeta-equipes-de-trabalho.shtml. Acesso em: 24 de março 2018.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cpst/v19n2/v19n2a02.pdf. Acesso em : 24 de março 2018.
ANEXO
Idosos apostam na tecnologia para se relacionar e abandonar a solidão.
Por Dino
access_time23 nov 2017, 11h25
A terceira idade representa hoje cerca de 11% da população brasileira, segundo o IBGE. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que o País será a sexta nação com o maior número de idosos até 2025.
O envelhecimento populacional acompanha uma outra tendência: o uso crescente da tecnologia. Em apenas quatro anos, o número de pessoas maduras conectadas mais do que dobrou, saltando de 8% em 2012 para 19% em 2016, de acordo com o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Esses números são referendados por pesquisa do Instituto Locomotiva, que indica que 5,2 milhões de pessoas acima dos 60 anos utilizam a internet – ou 21% de brasileiros que estão na terceira idade.
É de se esperar, portanto, que parte desse contingente utilize a tecnologia para socializar, de olho até mesmo em relacionamentos românticos. Muitos são adeptos de sites e aplicativos de relacionamento, como Tinder, Happn, Kickoff e OkCupid, entre outros.
“Idosos estão procurando se adaptar porque a tecnologia vem mudando a forma de conversar com o filho, com o neto, de marcar uma consulta médica… Tudo isso obriga o idoso a um reposicionamento”, diz Valmari Cristina Aranha, psicóloga do Serviço de Geriatria do HCFMUSP.
“Já nos relacionamentos afetivos, a tecnologia facilitou muito a vida das pessoas, pois resolve alguns bloqueios quanto à imagem corporal e aparência – posso amenizar algumas características que não gostaria que fossem vistas logo no início, por exemplo”, continua. “Isso faz com que as pessoas se soltem mais. Ainda temos a sensação de que a tecnologia cria um anonimato e, de alguma maneira, protege das questões negativas.”
Documentário aborda a questão
A perspectiva tecnológica é um dos aspectos abordados no documentário “A Idade do Amor” (Steven Loring, 2014). A obra, que retrata o relacionamento na terceira idade por meio de um evento de speed dating, coloca em discussão questões como solidão, libido, orgulho, preconceito e aceitação.
O filme apresenta personagens reais e divertidos como Lou, campeão de fisiculturismo na categoria + 80 anos, e Donna, que toma cerveja em sua caneca marcada com a palavra “vovó” enquanto usa sites e aplicativos de relacionamento.
Eles estão entre as 30 pessoas que se inscreveram para participar de um evento de “encontros rápidos”, em que cada participante tem 5 minutos para conhecer melhor os 15 outros parceiros do sexo oposto. Se houvesse química, os contatos seriam disponibilizados e haveria chance de um segundo encontro.
Em 5 de dezembro próximo, o diretor Steven Loring estará em São Paulo para encerrar o ciclo de sessões de “A idade do Amor”. O documentário estreou na Virada da Maturidade, em setembro.
O evento contará ainda com a presença da presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Dra. Carmita Abdo; da própria psicóloga Valmari Cristina Aranha, do HCFMUSP; e da jornalista especializada em gerontologia e editora da revista Aptare, Lilian Liang.
Segundo Lilian, que trouxe o documentário dos Estados Unidos para o Brasil, discutir o envelhecimento, em suas mais variadas formas, é essencial: “Precisamos debater o assunto com profissionais de saúde, com os próprios idosos e a sociedade em geral. É uma questão de educar a população para tratar a velhice como algo natural. E amor e relacionamentos fazem parte desse envelhecer”.
Virtual x real
Relacionamentos na terceira idade são importantíssimos, pois afastam a solidão, um dos principais problemas da velhice, frisa Valmari: “Isso é uma verdade, especialmente para quem vive muito. Ao chegar aos 90, 100 anos, muitas vezes a pessoa já perdeu amigos, cônjuge, irmãos e filhos. Participar de grupos e atividades e ter relacionamentos é fundamental”.
“Os relacionamentos afetivos são um capítulo à parte porque reavivam as pessoas. A autoestima melhora quando sou olhada por alguém. Conhecer alguém depois dos 60 anos reacende uma chama que pode ter se apagado há muito tempo, pelos mais variados motivos.”
A especialista adverte, entretanto, que o idoso não pode ficar apenas na tecnologia: “O olho no olho, a mão na mão e o companheirismo não podem ser substituídos pela tecnologia em idade nenhuma, muito menos na velhice”.
 Fonte: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/idosos-apostam-na-tecnologia-para-se-relacionar-e-abandonar-a-solidao/ - Acesso em 23/03/2018.
Tecnologias ajudam idosos contra solidão e melhorar habilidades cognitivas.
Redes sociais facilitam o contato com amigos e parentes
postado em 28/03/2016 11:11
Para Gilda Rodrigues dos Santos, 71 anos, a internet não é um mistério. Conectadíssima, a costureira usa as redes sociais e os aplicativos de celular para se comunicar com os clientes e divulgar seu trabalho. “Eu costuro e depois posto as roupas que faço no Facebook. As pessoas que atendo sempre comentam. Meu principal cliente é uma academia de balé; eu faço muitas fantasias para os alunos. Eles mandam as fotos dos modelos pelo e-mail e eu vou respondendo pelo WhatsApp. Meu celular fica o dia todo comigo, aqui do meu lado”, conta. A moradora de Sobradinho faz parte de uma geração de idosos cada vez mais inserida no ciberespaço e prova que nunca é tarde para dar os primeiros passos no universovirtual.
A costureira Gilda Rodrigues usa a internet para se comunicar com a família e os clientes: "Meu celular fica o dia todo comigo, aqui do meu lado” (foto: Helio Montferre/Esp. CB/D.A Press).
Para aqueles que ainda se perguntam se aprender a usar o computador e o smartphone vale a pena, especialistas no tema têm um recado: pare de perder tempo e comece agora, pois os ganhos são muitos. Estudos vêm mostrando que, para os mais velhos, o uso das novas tecnologias ajuda a combater o isolamento, aumenta a sensação de bem-estar e promove melhoras na saúde física e mental, além de fortalecer a sensação de competência.
Uma das pesquisas mais recentes sobre o tema foi conduzida por médicos da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, e será apresentada no fim de abril em um congresso no Canadá. Depois de acompanhar 1.929 pessoas com mais de 70 anos por cerca de quatro anos, os pesquisadores notaram que atividades como usar o computador, ler, fazer trabalhos manuais e participar de atividades sociais protegem consideravelmente as habilidades cognitivas.
Surpreendem, contudo, os benefícios trazidos pela tecnologia: utilizar um PC ou laptop ao menos uma vez por semana reduz em 42% a probabilidade de o idoso ter problemas de memória e raciocínio, sugerem os resultados. As demais atividades também trazem ganhos, mas um pouco menores: a leitura de revistas reduz a perda de memória em 30%; o engajamento em atividades sociais, em 23%; e trabalhos manuais, como tricô, em 16%.
“Os resultados mostram a importância de manter a mente ativa ao envelhecermos”, diz, em um comunicado, Janina Krell-Roesch, pesquisadora da Clínica Mayo no Arizona e membro da Academia Americana de Neurologia. “Embora esse estudo só mostre uma associação e não comprove uma relação de causa e efeito, pessoas idosas poderiam considerar a prática de algumas dessas atividades para manter a mente saudável por mais tempo.”
Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2016/03/28/interna_tecnologia,524400/tecnologias-ajudam-idosos-contra-solidao-e-melhorar-habilidades-cognit.shtml - Acesso em 23 de março 2018.
Redes sociais melhoram o bem-estar e combatem isolamento da terceira idade.
Competência para conversar nas redes sociais tem impacto positivo sobre a saúde de idosos, diz pesquisa
12/12/2014 - 20h01min Atualizada em 12/12/2014 - 20h01min
Diego Vara / Agencia RBS
Treinar as pessoas mais velhas para usarem as mídias sociais melhora a capacidade cognitiva, aumenta a sensação de auto-competência e pode ter um grande impacto positivo sobre a saúde mental e o bem-estar da terceira idade. É o que diz um estudo da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
A pesquisa foi realizada nos últimos dois anos com um grupo de idosos. Eles tiveram acesso a um computador com conexão banda larga e alguns foram formados sobre como usar os equipamentos. Aqueles que receberam o treinamento passaram, ao longo do tempo, a buscar informações sobre como usar o Skype e criar um e-mail.
O envelhecimento da população é um dos principais desafios enfrentados pela sociedade atual. A projeção é de que até 2060 o número de pessoas com mais de 65 anos em toda Europa, por exemplo, represente quase 30% da população total. No projeto intitulado Ages 2.0, os idosos foram avaliados em relação ao uso da internet e das mídias sociais. Os pesquisadores perceberam que, aqueles que aprenderam a usar esses meios, tinham um envelhecimento mais ativo e isolaram-se cada vez menos.
Os idosos também relataram se sentirem mais competentes, com mais vontade de se envolver em atividades sociais, passaram a ter um forte senso de identidade social e apresentaram melhor capacidade cognitiva.
- Percebemos que as conexões sociais são importantes para a saúde cognitiva e física dos idosos. As pessoas que se isolam ou experimentam a solidão são mais vulneráveis a doenças e sentem mais os sinais do envelhecimento. Apoiar as conexões sociais das pessoas mais velhas é um dos nossos objetivos. Este estudo mostra como a tecnologia pode ser útil, pois traz benefícios para a saúde e bem-estar da terceira idade - disse Thomas Morton, líder do projeto.
A pesquisa contou com 76 participantes com idades entre 60 e 95 anos.
84% dos brasileiros com mais de 55 anos têm conta no Facebook
Mulheres estão mais conectadas dos que os homens 04/11/2014 - 08h36min
Uma pesquisa da Telehelp revelou que 66% das pessoas com mais de 60 anos usam a internet todos os dias e 45% delas também fazem compras online regularmente. O estudo foi realizado em setembro deste ano em 37 cidades brasileiras. A porcentagem cresce ainda mais quando se fala em Facebook: 84% dos brasileiros com mais de 55 anos tem conta na rede social, de acordo com a comScore.
A pesquisa "Dimensões do envelhecimento e sociabilidades na contemporaneidade", publicada em 2014, revelou que a formação de redes sociais na internet faz com que esse público ressignifique suas vidas, sejam protagonistas e reconstruam suas identidades.
O estudo foi realizado pela doutora em comunicação, Katiusce Faccin Perufo. Para ela, no mundo todo, na medida em que as pessoas envelhecem, a internet se torna aliada na manutenção dos vínculos sociais, afetivos e culturais.
- Com o passar do tempo, as relações extra-familiares passam a ter mais relevância do que as próprias relações familiares. O contato com o mundo muda e é possível sair de casa sem de fato sair - explica a pesquisadora.
Perufo percebeu ainda que as mulheres têm muito acesso à internet do que os homens.
- Elas se socializam com mais facilidade, se reinserem na sociedade, participam de forma mais próxima do universo dos filhos e netos.
Redes sociais melhoram o bem estar e combatem o isolamento da terceira idade. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2014/12/Redes-sociais-melhoram-o-bem-estar-e-combatem-isolamento-da-terceira-idade-4662116.html - acesso em 24 de março 2018.
Brasileiros com mais de 55 anos tem conta no Facebook. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/vida/noticia/2014/11/84-dos-brasileiros-com-mais-de-55-anos-tem-conta-no-Facebook-4635372.html - acesso em 24 de março 2018.

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