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Aula 1 e 2 IED

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Aula 1 e 2
ESTRUTURA DO CONTEÚDO DESTA AULA
A Disciplina Introdução ao Direito
1.1. Plano de ensino;
1.2. Natureza, temática, importância e caracterização da disciplina Introdução ao Direito;
1.3. Bibliografia recomendada;
1.4 Metodologia do caso concreto, formas de avaliação, prova integrada.
2. Noção elementar do Direito
2.1. Os diversos sentidos da palavra direito;
A palavra direito tem sua origem no latim directus, que significa aquele que segue regraspredeterminadas ou um dado preceito. A raiz intuitiva do conceito deriva de direção, ligação, obrigatoriedade de um comportamento. Mas, apalavra direito pode receber variadossignificados dependendo da frase em que se encontrar.
3. O Direito e as Ciências afins;
Filosofia do Direito
Sociologia Jurídica
Ciência do Direito
História do Direito
Psicologia jurídica
Os conceitos básicos de Direito mudaram. 
Eles mudam de acordo com os padrões individuais e sociais de cada época vivida
Assim,hoje:
[...]O direito é uma ordem da conduta humana. Uma "ordem" é um sistema de regras. O Direito não é, como às vezes se diz, uma regra. Éum conjunto de regras que possui o tipo de unidade que entendemos por sistema. É impossível conhecermos a natureza do Direito se restringirmos nossa atenção a uma regra isolada. As relações que concatenam as regras específicas de uma ordem jurídica também são essenciais à natureza do Direito. 
 "Apenas com base numa compreensão clara das relações que constituem a ordem jurídica é que a natureza do Direito pode ser plenamente entendida"
DIREITO COMO SINÔNIMO DE JUSTIÇA
Justiça = consiste em dar a cada um o que lhe pertence
"Significa nunca ninguém pretender alguma coisa senão seja sua, nem que não possa ser legitimamente adquirida." São Tomás de Aquino
DIREITO COMO SINÔNIMO DE FACULDADE- Subjetivo 
Direito = lei
Direito = justiça
Portanto lei = justiça.
Apesar do que vem escrito no inciso II do artigo 5º da constituição federal "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".
Nem todas as leis tem o caráter da obrigatoriedade, existe lei que apenas conceituam determinadas situações, também existem leis que não nos obrigam a qualquer coisa limitando- nos a permitir determinado comportamento, estas leis são chamadas permissivas teremos uma situação de direito significando faculdade, opção possibilidade de escolha quando a palavra direito for assim empregada.
Não há como apontar com precisão, dentre os significados até aqui
apresentados, qual seja o mais importante. Isto porque, ao mesmo tempo em que o direito é norma, o direito também significa poder, dever,bem como tem o significado de justiça.
Ex: O Estado possui o poder de império. 
Outro significado importante para a palavra direito é o científico. É
muito comum os estudantes afirmarem e até estamparem em suas camisetas que fazem direito. O direito feito pelos alunos não é a norma ou a justiça, mas a ciência jurídica e nestes casos, a expressão também deve ser utilizada com a primeira inicial maiúscula (Direito).
DIREITO COMO SINÔNIMO DE CIÊNCIA
"O estudo do direito requer métodos próprios."
Cada ciência possui seus próprios métodos 
DIREITO COMO UM FATO SOCIAL
"O fato social direito é a fonte principal das normas que regulam nosso comportamento enquanto vivendo em sociedade."
 Fato: qualquer acontecimento.
- Fato jurídico: FATO SOCIAL REGULADO PELO REGULADO PELO DIREITO (LEI), é um acontecimento especial, porque o direito regulou aquele
acontecimento.
ELE PRODUZ NASCIMENTO, MODIFICAÇÃO E A EXTINÇÃO DE UMA RELAÇÃO JURIDICA.EX: NASCIMENTO, MORTE 
FATO JURIDICO EM SENTIDO AMPLO (lato sensu)
FATOS JURIDCOS SSE DIVIDEM EM:
Fatos naturais e Fatos humanos
Fatos naturais=em sentido estrito ou restrito- NASCIMENTO,MORTE, CATASTROFES 
FATOS HUMANOS-= ATOS DO SER HUMANO EM SENTIDO AMPLO
E: Casamento
PODEM LICITOS E ILICÍTOS ( CIVIS E PENAIS)
LICITOS= NEGOCIOS JURIDICOS E ATOS JURIDICOS 
ação -> fazer alguma coisa
omissão->deixar de fazer alguma coisa.
 
DIREITO COMO SINÔNIMO DE LEI
É uma norma, uma regra de comportamento ou ainda um conjunto de regras que tem por objetivo regular o comportamento das pessoas que vivem em sociedade essas regras são elaboradas pela própria sociedade através de seus representantes que quando prontas são entregues ao governo para que cuide de sua aplicação e é feita de forma coercitiva. Ver constituição federal artigo 5º inciso II:
"ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa se não em virtude de lei".
"O Direito Brasileiro não admite a pena de morte em tempo de paz." CF Art. 5º Ins. XLVI
"Quem trabalha tem por direito pelo menos ao salário mínimo ou ao piso salarial de sua categoria Profissional."
Mandamentos do advogado - Eduardo Coutre
"Advogado, o teu dever é lutar pelo direito, mas no dia que encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça."(neste casodireito é lei).
DISCIPLINAS
A sociologia
identifica as causas dos problemas sociais (ou dos fatores que os determinam). 
Como uma função auxiliar de ciência oferece aos legisladores e operadores do Direito informações e visões prospectivas pertinentes. (pesquisa e descreve os problemas sociais- conflitos). 
FILOSOFIA JURIDICA
A Jusfilosofia trata do problema da essência do Direito (o que é direito?), da existência (o direito existe?) da justificação (para que o direito serve?) e também do problema da justiça (que é justiça?) além de procurar estabelecer paramêtros para determinar quando determinado ordenamento jurídico é justo.
A CIENCIA DO DIREITO
Esta palavra na sua acepção clássica – tem por objeto o fenômeno jurídico tal como ele se encontra historicamente realizado.
Ciência do Direito estuda o fenômeno jurídico tal como ele se concretiza no espaço e no tempo, enquanto que a Filosofia do Direito indaga das condições mediante as quais essa concretização é possível.
A Ciência do Direito é sempre ciência de um Direito positivo, isto é,positivado no espaço e no tempo, como experiência efetiva, assada ou atual.
HISTÓRIA DO DIREITO
O Direito e a História vivem em regime de mútua influência.
A história do direito é de suma importância para o estudo da ciência jurídica, pois, visa compreender o processo de evolução econstante transformação das civilizações humanas no decorrer da história dos diversos povos e consequentemente das diversas culturas, do ponto de vista jurídico, sendo assim o direito a ciência do conviver.
O certo é que o Direito vive impregnado de fatos históricos, que comandam o seu rumo, e a sua compreensão exige, muitas vezes, o conhecimento das condições sociais existentes à época em que foi elaborado.
ANTROPOLOGIA DO DIREITO 
É uma área da antropologia social ou cultural (ou etnologia) voltada ao estudo das categorias que perpassam o saber jurídico: seus mecanismos de produção, reprodução e consumo. Busca identificar, classificar e analisar as formas como se organiza o "campo" jurídico .
Se ocupa do aspecto legal ou normativo das sociedades, abrangendo também a questão da justiça, como elementos interantes da organização social e cultural
 Antropologia tem por objetivo buscar compreender, através de instrumentos interpretativos, os homens e sua cultura. Dessa forma, o pensamento antropológico assume importante papel para proporcionar uma ampliação e uma melhor compreensão sobre o homem e, assim, sobre o papel do Direito nas relações sociais. 
CASO CONCRETO
O professor Romeu Laport foi ao quadro e escreveu a seguinte frase da autoria de um tal de Miguel Reale: "Aos olhos do homem
comum o Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento delimites à ação de cada um de seus membros. Assim sendo, quem age de conformidade com essas regras comporta-se direito; quem nãoo faz, age torto". A seguir, virou-se para os alunos e falou: - Esta frase contém um dos possíveis sentidos para o vocábulo direito. Quais osoutros significados
que vocês conhecem? Ajude os alunos a responder a questão, a partir dos ensinamentos obtidos no Capítulo 1-Noções Iniciais, do livro didático.
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre a divisão do direito, assinale V para as corretas e F para as falsas e aponte a opção CORRETA:
( ) A diferença tem origem no direito romano, como se depreende das palavras de ULPIANO:? Direito público é o que corresponde às
coisas do Estado; direito privado, o que pertence à utilidade das pessoas?.
( ) Embora a divisão do direito positivo em público e privado remonte ao direito romano, até hoje não há consenso sobre seus traços
diferenciadores. Vários critérios foram propostos, com base no interesse, na utilidade, no sujeito, na finalidade da norma, no ius
imperium, sem que todos eles estejam imunes a críticas.
( ) O Direito Público regulamenta basicamente a atividade do Estado. Estabelece suas funções e a forma de organização de seus poderes
e dos serviços públicos, bem como suas relações com os particulares e os demais Estados.
( ) O Direito Privado regulamenta principalmente a situação jurídica e as relações entre particulares (pessoas físicas e pessoas jurídicas
de Direito Privado).
A)V-F-V-F-V
B)V-V-F-F
C)F-F-F-F
D)F-V-F-V
E) V-V-V-V
AULA 2 IED
A SOCIEDADE E O DIREITO - RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA.
- Distinguir a relação de dependência entre o direito e a sociedade.
- Perceber que o Direito  tem como finalidade prevenir o surgimento de conflitos sociais, e solucionar tais conflitos, quando os mesmos ocorrerem.
- Compreender que uma das finalidades do Direito é o bem comum, que significa o conjunto de condições sociais que permitam aos cidadãos o desenvolvimento ativo e pleno de si próprios. 
- Identificar e compreender as semelhanças, distinções e influências recíprocas entre Direito e Moral.
Instrumentos de Controle-
Direito, Moral, Religião e Regras de Trato social
Direito- regras que são emanadas pela nossa sociedade
A moral pode ser conceituada como o conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta, formadores da ambiência ética
A moral varia no tempo e no espaço. Assim sendo, cada povo possui sua moral, que evolui no curso da história, consagrando novos modos de agir e pensar.
A Moral está contida no direito?
Regras morais são impostas pela norma penal, vejamos como exemplo: Não matar, não furtar, respeitar os mortos, os túmulos, o culto e os símbolos sagrados. No Direito Privado, no Direito de Família que os deveres e regras morais estão mais presentes.
Muitas determinações morais, que não são essenciais à paz, à segurança e ao convívio social, não se encontram no Direito.
As distinções podem ser enfocadas sob dois aspectos: quanto a forma e quanto ao conteúdo do Direito e da Moral.
 Heteronomia =A heteronomia vem do grego hetero —
diversos e nomos — norma.
Ela é a característica do Direito que estabelece que este se impõe à vontade do indivíduo — ou seja, a lei é imposta ao indivíduo, e exterior a ele.
Já a autonomia vem do grego auto —própria e nomos — norma.
A Moral é autônoma, é de foro íntimo, cada um tem seus próprios valores morais e que, não necessariamente, são iguais aos dos demais indivíduos
Direito = Manifesta-se mediante um conjunto de normas que definem a dimensão da conduta humana exigida, que especificam a fórmula do agir
Moral= Estabelece uma diretiva mais geral, sem particularizações
BILATERALIDADE DO DIREITO
As normas jurídicas possuem uma estrutura imperativo-atributiva, isto é, ao mesmo tempo em que impõem um dever jurídico a alguém, conferem um poder ou direito subjetivo a outro alguém (outrem). Daí se dizer que a cada direito corresponde um dever.
A UNILATERALIDADE DA MORAL
Já a Moral possui uma estrutura mais simples, pois impõe deveres apenas.
Diante dela, ninguém tem o poder de exigir uma conduta de outrem. Fica-se apenas na expectativa de o próximo aderir às normas.
Chama-se a atenção para o fato de que este critério diferenciador não se baseia na existência ou não de vínculo social. Se assim o fosse, seria um critério ineficaz, pois tanto a Moral quanto o Direito dispõem sobre a convivência.
A esta qualidade vinculativa, que ambos possuem, utiliza-se a denominação alteridade, de alter, que significa o outro.
Coercibilidade do Direito e incoercibilidade da Moral
Uma das notas fundamentais do Direito é a coercibilidade.
Entre os processos que regem a conduta social, apenas o Direito é coercível.
A via normal de cumprimento da norma jurídica é a voluntariedade do destinatário, a adesão espontânea. Ou seja, o certo é que todos cumpram a lei espontaneamente. Mas, se isso não acontece, a coação se faz necessária, essencial à efetividade da norma.
MORAL SEDGUNDO IMMANUEL KANT (1724-1804) FILÓSOFO ALEMÃO. FUNDADOR DA FILOSOFIA CRÍTICA.
A Moral visa o aperfeiçoamento do ser humano e por isso é absorvente, estabelecendo deveres do homem em relação ao próximo, a si mesmo e segundo a Ética.
O bem deve ser vivido em todas as direções.
Kant- todo ser racional possui um valor absoluto.
Sua obra é dividida em dois períodos fundamentais: o pré-crítico e o crítico.
O primeiro (até 1770) corresponde à filosofia dogmática (é toda doutrina que afirma a capacidade do homem de atingir a verdade absoluta e indiscutível.
O segundo período corresponde ao que ele mesmo denomina despertar do "sono dogmático" provocado pelo impacto que nele teve a filosofia de David Hume. Escreve então obras como a Crítica da Razão Pura, Crítica da Razão, em que demonstra ser impossível construir um sistema filosófico metafísico antes de ter previamente investigado as formas e os limites das nossas faculdades cognitivas (do conhecimento).
Mesmo considerando-o como um ser finito e limitado, Kant ressalvou que o ser humano possui o privilégio de reger-se por leis assumidas livremente por sua própria razão.
A isso, Kant denomina racionalidade moral. Estar livre para escolher e agir é o que caracteriza o ser humano, o que o filósofo denomina de autonomia moral.
A ação humana, para Kant, não está submetida às leis da natureza.
Para o autor, somente é moral uma ação que seja praticada em função dela mesma, independente de qualquer outra motivação externa a ela.
Para o filósofo alemão, imperativo categórico é o dever de toda pessoa agir conforme os princípios que ela quer que todos os seres humanos sigam, que ela quer que sejam lei da natureza humana.
O Imperativo Categórico
Existe só um imperativo categórico, que é este: Aja apenas segundo a máxima que você gostaria de ver transformada em lei universal."
Immanuel Kant, A Metafísica da Moral (1797)
Em termos simples, eis o que o grande filósofo alemão Immanuel Kant chamou de imperativo categórico: você deve agir sempre baseado naqueles princípios que desejaria ver aplicados universalmente.
Por que imperativo categórico?
É um dever moral porque atinge a todos sem exceção
Ao introduzir a ética em sua obra filosófica, Kant fez surgir uma nova versão da antiga Regra de Ouro, aquela regra ditada pelos grandes Mestres da humanidade: "Faça para os outros o que você gostaria que fizessem a você."
Kant ampliou a regra para algo assim: "Faça para os outros o que gostaria que todos fizessem para todos."
Com isso, Kant queria evitar o problema das diferentes idéias que cada pessoa tem sobre o que gostaria que se fizesse a elas. Queria enfrentar o "relativismo moral", essa moralidade circunstancial tão generalizada hoje em dia: a noção de que o que é certo depende da situação ou do contexto.
Então, como agir com segurança? Segundo Kant, se quisermos ser objetivos, temos que agir, não segundo os fins, mas segundo princípios universais. Princípios universais e não regras circunstanciais.
RESUMO DA AULA 
	 MORAL 
	 DIREITO
	INCOERCIBILIDADE
	COERCIBILIDADE
	ANTONOMIA
	HETERONOMIA
	UNILATERAL 
	BILATERAL
CASO CONCRETO
João Ricardo está profundamente magoado com Ana Maria. Depois de oito anos entre
namoro e noivado, juras de amor eterno, promessas de uma vida em comum para sempre em harmonia, com data de casamento marcado,  João acaba de ver Ana aos beijos com seu pior inimigo, o milionário Eurico Ricardo. Diante da cena veio-lhe à memória a seguinte frase dita por Kant: Manter os próprios compromissos não constitui dever de virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação virtuosa (uma demonstração de virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A doutrina do direito e a doutrina da virtude não são, conseqüentemente, distinguidas tanto por seus diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a lei?. Pergunta-se:
a) Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral?
b) Caracterize a conduta de Ana Maria  no contexto desta relação entre Moral e Direito.
QUESTÃO OBJETIVA
Há regras que são seguidas naturalmente, porém há aquelas que se não são cumpridas naturalmente existe uma coação para tal, através de uma sanção prevista e garantida pelo Estado. Assim, são as normas do trato social (morais) e as normas jurídicas respectivamente. Identifique-as nesta ordem:
(A) Proibição de chegar atrasado à escola e proibição de dar gargalhadas em um velório.
(B) Proibição de dar gargalhadas em um velório e limite de velocidade em rodovias.
(C) Obrigação de pagar impostos e proibição de dar gargalhadas em um velório.
(D) Proibição de chegar atrasado à escola e Obrigação de pagar impostos.

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