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Relatório enfermeiro

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Universidade Estácio de Sá
Interpretação de Textos
Luiz Carlos Sá
Interpretação e Produção de Textos
Relatório
Um relatório baseia-se em fatos. Seu objetivo é informar. O relatório pode ser pedido com base em um texto qualquer, de natureza informativa (p. ex., uma notícia de jornal). Deve-se extrair desse texto a informação concreta, que não envolva subjetividade. Opiniões e declarações expressas devem claramente ter o registro de quem as emitiu. Observe, na notícia de jornal abaixo, as partes sombreadas; por não terem uma linguagem objetiva e direta, devem ser excluídas de um relatório, ou então modificadas, se contiverem dados fundamentais.
Anjo da Morte no Salgado Filho
(livremente adaptado de notícias da época)
9h de 07 de maio de 1999. Surpresa e alvoroço no Hospital Salgado Filho, Méier. Muitos não acreditavam no que viam (1): o auxiliar de enfermagem Edson Izidoro Guimarães, 42 anos, foi preso em flagrante, acusado de matar pacientes em estado grave na UTI.
- Desconfiávamos dele, porque em 1.º, 2 e 3 de maio, não ocorreram mortes e ele não trabalhou. Já em 4, dia de seu plantão, houve cinco mortes – comenta a diretoria do hospital.
Ronaldo Gazola, secretário municipal de Saúde, sabendo do fato, solicitou audiência com o coronel PM Josias Quintal, secretário de Segurança Pública, em 6 de maio. Tudo parecia crer que havia um anjo da morte num dos maiores hospitais públicos do Rio (2). 
Planejou-se então uma talentosa (3) operação: dois policiais se infiltraram no hospital, em 7 de maio. Ouviram uma auxiliar de limpeza, que afirmou ter visto Edson aplicar uma injeção em um paciente, que morreu.
Sem qualquer reação por parte de Edson, os policiais lhe deram, então (3), voz de prisão.
- Matava os pacientes com uma ampola de 10g de cloreto de potássio ou desligando o aparelho. Foram cinco – informou Edson, em cuja fisionomia não se notava quaisquer resquícios de arrependimento (4). 
- Creio que as funerárias constroem uma rede de comissões, para informação sobre óbitos. Edson deve estar envolvido nisso. Ele diz ter matado cinco pacientes. Mas nós desconfiamos de mais de cem óbitos. – diz Josias Quintal.
Edson não confirma seu envolvimento. Diz que essas comissões ocorrem apenas em casos de morte no trânsito, pois envolvem recebimento de seguro.
Impassível (5), Edson aguarda o recebimento do mandado de prisão na Divisão de Homicídios.
	Dados colocados “literariamente”, para causar suspense; informações subjetivas, desnecessárias para o relatório: “muitos não acreditavam no que viam”. As informações essenciais (dia, hora, local) devem permanecer.
Opinião, suspeita, dado não objetivo, presença de metáfora (“anjo da morte”).
Informação desnecessária (se houve infiltração, foi planejada); presença de articulador típico de narrativas tradicionais (“então”),, que deve ser evitada. no relatório.
Inferência subjetiva (não haver sinal de arrependimento).
Inferência subjetiva (“impassível”)
Para os relatórios em geral:
Mantenha um tom geral objetivo, não dê opiniões, não peça.
Procure, já no primeiro parágrafo, expor sinteticamente o caso a relatar.
Sempre qualifique as pessoas com o que for possível informar (idade, profissão etc.).
Use a paráfrase para as declarações dos depoentes. A citação direta, mais rara, pode ser feita por aspeamento. As declarações tornam polifônico o relatório.
Elimine informações e inferências de caráter subjetivo, poético.
Não dê um tom literário ao texto, não crie suspense, não crie ambientes (de tristeza, alegria, espanto etc.); procure recuperar a história, na medida do possível, em sua ordem cronológica, com linguagem seca, objetiva.
O relatório deve ter informações objetivas quanto a:
. pessoas que atuam na história contada (quem?);
. o(s) lugar(es) dos fatos (onde?)
. o tempo cronológico (quando?)
. o modo como ocorreram os fatos (o quê? como?)
. a causa dos fatos (por quê?)
-	Termine com a expressão “Eis o Relatório” ou “É o Relatório”
Para o relatório tendencioso, você deverá ter cuidados extra:
Selecione o vocabulário a fim de induzir o leitor (apenas ele!) a tomar posição, contra ou a favor.
Não minta, não distorça os fatos apresentados, não acrescente fatos de seu conhecimento que não estejam no texto-fonte; atue apenas com as possibilidades que a linguagem oferece, numa situação dada como verdadeira.
	Mantenha o tom objetivo e todas as orientações relativas ao relatório em geral. O relatório dito argumentativo, apesar do nome, não argumenta, não defende explicitamente uma tese: é um relatório disfarçado Relatório tendencioso (contra)
	~~Relatório Informativo
	Relatório tendencioso (a favor)
	
Edson Izidoro Guimarães, 42 anos, auxiliar de enfermagem, foi preso em 07/05/99, sob a acusação de ter assassinado cinco pacientes em estado grave na UTI do Hospital Salgado Filho, no Méier, crimes por cuja prática foi indiciado.
A direção do hospital, alarmada com o número elevado de mortes em determinados plantões, chamou a polícia, alertada pela morte de cinco pacientes em 04/05/99, no plantão de Edson. Segundo a direção do hospital, nos três plantões anteriores, em que Edson não trabalhara, não houvera mortes. Comunicado do caso, Ronaldo Gazola, secretário municipal de Saúde, solicitou audiência especial com o secretário de segurança Pública, coronel PM Josias Quintal, em 06/05/99, que infiltrou policiais no hospital no dia seguinte. O coronel informa que foi ouvida uma auxiliar de limpeza, não identificada, que asseverou ter visto Edson aplicar uma injeção em um paciente, que morreu. Dada voz de prisão a Edson, às 9h, não houve reação por parte do auxiliar. 
O indiciado confirmou cinco homicídios. Conforme seu depoimento, os pacientes eram liquidados com uma injeção fatal de 10g de cloreto de potássio ou com a asfixia motivada pelo desligamento de aparelhos de respiração.
Segundo Josias Quintal, Edson deve estar envolvido numa rede que receberia comissões de funerárias: “Creio que as funerárias constroem uma rede de comissões, para informação sobre óbitos. Edson deve estar envolvido nisso. Ele diz ter matado cinco pacientes. Mas nós desconfiamos de mais de cem óbitos”. Edson confirma que existe um esquema de comissões entre os funcionários e agências funerárias, mas apenas nos casos de óbitos motivados por acidentes de trânsito, porque envolvem o 
recebimento de seguro.
Edson está na Divisão de Homicídios, aguardando o recebimento de mandado de prisão.
É o Relatório
	 
Edson Izidoro Guimarães, 42 anos, auxiliar de enfermagem, foi preso em 07/05/99, sob a acusação de ter matado cinco pacientes em estado grave na UTI do Hospital Salgado Filho, no Méier, crimes por cuja prática foi indiciado.
A direção do hospital, desconfiada do número elevado de mortes em determinados plantões, chamou a polícia, alertada pela morte de cinco pacientes em 04/05/99, no plantão de Edson. Segundo a direção do hospital, nos três plantões anteriores, em que Edson não trabalhara, não houvera mortes. Comunicado do caso, Ronaldo Gazola, secretário municipal de Saúde, solicitou audiência especial com o secretário de segurança Pública, coronel PM Josias Quintal, em 06/05/99, que infiltrou policiais no hospital no dia seguinte. O coronel informa que foi ouvida uma auxiliar de limpeza, não identificada, que afirmou ter visto Edson aplicar uma injeção em um paciente, que morreu. Dada voz de prisão a Edson, às 9h, não houve reação por parte do auxiliar. 
O indiciado confirmou cinco mortes. Conforme seu depoimento, os pacientes eram mortos com aplicações de ampolas de 10g de cloreto de potássio ou com o desligamento de aparelhos de respiração.
Segundo Josias Quintal, há desconfianças de que Edson esteja envolvido numa rede que receberia comissões de funerárias: “Creio que as funerárias constroem uma rede de comissões, para informação sobre óbitos. Edson deve estar envolvido nisso. Ele diz ter matado cinco pacientes. Mas nós desconfiamos de maisde cem óbitos”. Edson confirma que existe um esquema de comissões entre os funcionários e agências funerárias, mas apenas nos casos de óbitos motivados por acidentes de trânsito, porque envolvem o recebimento de seguro.
Edson está na Divisão de Homicídios, aguardando o recebimento de mandado de prisão.
É o Relatório
	
Edson Izidoro Guimarães, 42 anos, auxiliar de enfermagem, foi preso em 07/05/99, sob a acusação de ter antecipado a morte de cinco pacientes em estado grave na UTI do Hospital Salgado Filho, no Méier, pelo que foi indiciado.
A direção do hospital, desconfiada do número elevado de mortes em determinados plantões, chamou a polícia, alertada pela morte de cinco pacientes em 04/05/99, no plantão de Edson. Segundo a direção do hospital, nos três plantões anteriores, em que Edson não trabalhara, não houvera mortes. Comunicado do caso, Ronaldo Gazola, secretário municipal de Saúde, solicitou audiência especial com o secretário de segurança Pública, coronel PM Josias Quintal, em 06/05/99, que infiltrou policiais no hospital no dia seguinte. O coronel informa que foi ouvida uma auxiliar de limpeza, não identificada, que afirmou ter visto Edson aplicar uma injeção em um paciente, que morreu. Dada voz de prisão a Edson, às 9h, não houve reação por parte do auxiliar. 
O indiciado confirmou apenas cinco mortes. Conforme seu depoimento, antecipava as mortes dos pacientes com aplicações de ampolas de 10g de cloreto de potássio ou com o desligamento de aparelhos de respiração.
Segundo Josias Quintal, Edson poderia estar envolvido numa rede que receberia comissões de funerárias“Creio que as funerárias constroem uma rede de comissões, para informação sobre óbitos. Edson deve estar envolvido nisso. Ele diz ter matado cinco pacientes. Mas nós desconfiamos de mais de cem óbitos”. Edson pondera que existe um esquema de comissões entre os funcionários e agências funerárias, mas apenas nos casos de óbitos motivados por acidentes de trânsito, porque envolvem o recebimento de seguro.
Edson está na Divisão de Homicídios, aguardando o recebimento de mandado de prisão.
É o relatório
�
Tendo como base o texto abaixo, elabore um relatório informativo, um com tendência favorável ao acusado e outro com tendência contrária ao acusado.
Assédio sexual sem graça
Para quem pensa que vida de modelo é um mar de rosas, a história seguinte será um bom motivo para desmentir essa suposição. Ninguém ouviu falar em Maria das Graças Lupertini, que fez carreira há cerca de dez anos como modelo, aparecendo várias vezes em fotos de propaganda para lingerie. Nunca passou muito disso. 1996 viu Maria das Graças, já sem tantas graças, chegar aos 30 anos e ver suas oportunidades de trabalho minguando. Em 30 de março desse ano resolveu encarar um emprego que lhe desse pelo menos uma renda fixa, com a qual pudesse subsistir. Empregou-se na Alonso & Alonso Consultoria S/A, empresa especializada no ramo imobiliário.
“Ela era muito bonita e chamou logo a atenção de todos; além de tudo, era muito simpática. Mas acho que ela dava descaradamente em cima do José Alonso, o sócio majoritário. Mas isso é apenas minha opinião”. Esse comentário de Odenilda Magalhães, 39 anos, também recepcionista da empresa, parece ser o que se comentava à boca pequena no ambiente de trabalho. “Além de tudo, todo mundo sabe que o Zé Alonso é um galinha mesmo. Para ele, caiu na rede é peixe”, comenta Ricardo Souto, técnico em informática, 27 anos. “E ela é uma vagaba mesmo. Eu sempre quis alguma coisa com ela. Sou mais bonito e mais inteligente que o Zé Alonso. Só o que me faltava era a grana dele”, completa.
O próprio José Alonso, 41 anos, casado, dois filhos, confirma que convidava a moça inúmeras vezes para jantar, por ter desenvolvido uma amizade sincera com “Gracinha” - como ela trata a ex-modelo. Segundo ele, o convite que lhe fez em 15 de agosto de 1999, após mais um jantar à luz de velas no Restaurante Pulcinelli, em Ipanema, deu-se pela confiança adquirida na capacidade de trabalho de Maria.
Para a vítima, o caso não foi tão simples assim. “Paguei por ter sido gentil e prestativa. Aceitei convites para jantar por mera educação, pois não o achava tão agradável assim. Mas era o chefe. E não tinha coragem de dizer não. Quando ele me falou da promoção e logo depois me sugeriu a ida ao motel, decidi que não agüentaria mais esse tipo de pressão. Sou uma mulher honesta.”
Para piorar mais a situação, o sócio minoritário Pedro Alonso, primo de José, 37 anos, afirma que freqüentemente os dois se trancavam no escritório, de onde se ouviam constrangedores “gemidos libidinosos”. A declaração de Pedro é negada tanto por Maria das Graças quanto por José Alonso, que acrescenta: “o interesse de Pedro é me prejudicar para obter vantagens na empresa. Ninguém aqui confirma esse fato”.
Maria das Graças abriu processo na Justiça Civil, em 16 de agosto de 1999, pleiteando indenização por danos morais.
ALGUNS CUIDADOS NO USO DE PONTUAÇÃO
( Não se deve separar sujeito de predicado (que é a oração menos o sujeito) por uma vírgula. Em princípio, cada verbo ou locução verbal tem um sujeito. Acha-se o sujeito através de pergunta ao verbo, iniciada por QUEM ou O QUE. Analisemos alguns exemplos:
a) José Bento Monteiro Lobato era natural de Taubaté. ( QUEM era natural de Taubaté? Resposta: José Bento Monteiro Lobato (sujeito da oração);
b) Aquele odioso e miserável cachorro vira-lata de meu vizinho da esquerda mordeu uma criança. ( QUEM mordeu uma criança? Resposta: Aquele odioso e miserável cachorro vira-lata de meu vizinho da esquerda (sujeito da oração);
c) Um balde repleto de cal e água tombou sobre Manezinho. ( O QUE tombou sobre Manezinho? Resposta: um balde repleto de cal e água (sujeito da oração).
Observe-se que, entre sujeito - por mais longo que seja - e predicado, não ocorre separação por vírgula. 
( Poderão ocorrer vírgulas entre sujeito e verbo, caso haja elementos outros do predicado, isolados por vírgulas, entre aqueles termos. Exemplos:
a) Zezinho, todo dia, faz cooper no calçadão ( Estrutura da oração: sujeito + adjunto adverbial (circunstância de tempo) isolado por vírgulas + verbo + outros termos;
b) Zezinho, todo dia, às seis horas da manhã, faz cooper no calçadão ( Estrutura da oração: sujeito + adjunto adverbial isolado por vírgulas (circunstância de tempo) + adjunto adverbial isolado por vírgula (circunstância de tempo) + outros termos.
A intercalação de determinadas orações pode sugerir o uso de duas vírgulas entre o sujeito e o seu predicado. Assim, numa oração como João errou o alvo, pode-se indicar, através de uma outra oração, o motivo desse erro:
João, tendo sua visão ferida pelo sol, errou o alvo
É óbvio que, nesse caso, o sujeito de errou continua a ser João. Entre os dois, no entanto, intercalou-se uma oração inteira. OU NÃO HÁ VÍRGULA ENTRE O SUJEITO E O PREDICADO, OU ENTÃO HAVERÁ MAIS QUE UMA. NUNCA HÁ UMA VÍRGULA ENTRE SUJEITO E PREDICADO.
( Também será normal a colocação de vírgula em apostos - termos que repetem a idéia de outro que os antecede - do sujeito e entre os elementos de sujeitos compostos (com mais de um termo principal). Exemplos:
a) Valdir, antigo artilheiro do Vasco da Gama, atuou no futebol português ( Estrutura da oração: sujeito (um termo principal + aposto isolado por vírgulas) + verbo + out "Symbol" \s 12
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