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DIREITO NA OBRA DE MAX WEBER

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FILEM – Faculdade de Luís Eduardo Magalhães – UNIESP 
 Curso de Graduação em Direito
Gabriella C. Da Silva Almeida
DIREITO NA OBRA DE MAX WEBER
Luís Eduardo Magalhães – Ba
2017
Gabriella C. Da Silva Almeida
DIREITO NA OBRA DE MAX WEBER
Trabalho acadêmico elaborado nas teorias
 e obras de Max Weber, considerado um 
criadores da Sociologia.
Orientador: Antônio C. 
Luís Eduardo Magalhães
2017
Sumario
Introdução _________________________________________ 04
Desenvolvimento ____________________________________ 05
2.1 Racionalização do mundo social ________________________ 05
2.2 Teoria da Burocracia _________________________________ 06
2.3 Ação Social ________________________________________ 06
2.4 Direito em Max Weber ________________________________ 07
 a) Leis Gerais _________________________________________ 08
 b) Metodologia em Weber _______________________________ 08
 c) Objeto de estudo da Sociologia ________________________ 09
 d) Sociologia do Direito x Dogmática Jurídica _______________ 10
3. Conclusão __________________________________________ 12
4. Referência Bibliográfica ________________________________ 14
Introdução
Ao lado de Émile Durkheim e Karl Marx, o alemão Max Weber integra o trio dos grandes pensadores clássicos responsáveis pela fundação da Sociologia. Nascido em 1864, em Munique, dedicou sua obra a compreender a nova sociedade que se formava a partir da consolidação do capitalismo industrial na Europa e sua propagação pelo planeta. Weber morreu em 1920, tendo vivenciado as turbulências da Primeira Guerra – o que, para alguns, fundamenta certo pessimismo weberiano frente a contemporaneidade.
MAX WEBER
Alemão nascido em 1864 na cidade de Erfurt, Alemanha. Intelectual, jurista, economista e ainda considerado um dos fundadores do Sociologia. Suas influencias teóricas ultrapassam o limite dessa disciplina. Assim como Karl Max, Weber seguiu caminho por uma gama gigantesca de assuntos e colaborou para o desenvolvimento da Filosofia, Política, Economia, História e Direito. Teve papel importante no cenário político de sua geração na Alemanha e foi um dos consultores na negociação Alemã com o tratado de Versalhes.
2.1 RACIONALIZAÇÃO
Grande parte de seus pensamentos provém do estudo e a observação da sociedade moderna e capitalista, principalmente daquilo que ele denomina como processo de Racionalização. Seu estudo busca compreender a sociedade por meio da análise sócio-histórica, os caminhos percorridos pela sociedade ocidental até os tempos modernos teóricos que ajudariam no entendimento de vários aspectos sociais da civilização da sua época.
A Racionalização refere-se as mudanças profundas, como a crescente construção do capitalismo e o grande crescimento dos meios urbanos, que se tornaram as bases de reordenação das organizações tradicionais que predominavam até então. A preocupação de Weber estava em tentar apreender os processos pelos quais o pensamento racional, ou a racionalidade, impactou as instituições modernas como o Estado, os governos e ainda o âmbito cultural, social e individual do sujeito moderno.
A racionalidade ou a racionalização, para Weber, possui aspectos distintos que se diferenciam a partir do contexto nos quais eles são observados. A racionalização de um pesquisador que busca apreender o mundo por intermédio da observação sistemática e metódica do mundo é diferente da racionalização do cálculo que busca um fim específico. Essa diferença, no entanto, não os separa, mas os distingue em sua abordagem.
Na classificação das diversas formas de racionalidade, Weber determina quatro principais: a racionalidade formal, a racionalidade substantiva, a racionalidade meio finalística e a racionalidade quanto aos valores.
A racionalidade formal está relacionada com as formas metódicas e calculistas do sistema jurídico e econômico das sociedades modernas. Está ligada, assim, aos aparelhos institucionais que se estruturam de forma burocrática, em uma hierarquia delimitada por regras fixas. A racionalidade substantiva aproxima-se da racionalidade formal, mas se diferencia em sua conduta, que não é voltada para fins. Isso quer dizer que ela leva em consideração o contexto social em que se insere, sendo racional quanto à disposição dos valores que orientam aquele mundo social específico.
2.2 TEORIA DA BUROCRACIA
Já a Teoria da Burocracia caracterizasse por ser a forma de organização fortemente fixada na racionalidade. Através dela, visa-se adequar os meios aos objetivos pretendidos de modo a otimizar processos e trabalhos, priorizando a eficiência e a obtenção plena destes objetivos, e essa espécie de organização data da Antiguidade.
Essa teoria desenvolveu-se especialmente em função dos seguintes aspectos: Primeiramente frente a fragilidade apresentada pela Teoria Clássica e a Teoria das Relações humanas (contraditórias entre si), que impossibilitavam uma abordagem mais abrangente de problemas organizacionais. Além disso, mostrava-se cada vez mais necessário a existência de um modelo de organização capaz de abranger todas as variáveis envolvidas, e que fosse aplicável a toda espécie de organização humana, especialmente as empresas.
Ao passo que as empresas cresciam em tamanho e em complexidade, pedia-se por um modelo organizacional cada vez mais definido. A organização de pessoal e de tarefas de grandes empresas exigiriam um nível de controle que a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas não eram capazes de oferecer.
A descoberta dos escritos de Sociologia da Burocracia de Weber foram essenciais para a reviravolta nesse momento. Basicamente, segundo essa teoria, um homem pode e é pago para comportar-se de dada maneira e reagir com a exatidão que lhe fora explicada, sem que se permita que suas emoções possam vir a interferir neste seu desempenho. Assim, a Sociologia da Burocracia propunha um modelo de organização que não tardou a ser aplicado amplamente por administradores em suas empresas.
Weber já identificava fatores que favoreciam o desenvolvimento da burocracia moderna, entre eles: inicialmente, o desenvolvimento e fortalecimento de uma economia monetária, onde a moeda substitui a remuneração em espécie, centralização a autoridade da administração burocrática; além disso, o sociólogo enxergava o crescimento – tanto quantitativo como qualitativo – da tarefas administrativas do Estado Moderno como mais um fator que propiciava o desenvolvimento da burocracia; por fim, ele acreditava e defendia na superioridade técnica do tipo burocrático de administração. Assim como é perceptível que esses conhecimentos acerca da burocracia ainda nos influenciam até os dias de hoje, muitos outros saberes de Weber permanecem cada vez mais importantes, principalmente na Sociologia. 
2.3 AÇÃO SOCIAL
Outro de seus conhecidos conceitos é aquilo que ele denomina Ação Social. Para Weber, a função do sociólogo é justamente compreender o sentido das ações sociais, encontrando os nexos que as determinem, compreendendo-se a priori que ações imitativas, aquelas que não possuem um sentido no agir, não são chamadas ações sociais. Dentre as ações sociais, Weber as resume em quatro fundamentalmente: ação social racional com relação a fins, ação social racional com relação a valores, ação social afetiva e ação social tradicional.
Percebe-se então que o que ele define como ação social, é toda aquela ação orientada ao outro, tendo sua fonte motivadora pautada em costumes, sistemas de valores e etc. Assim, pode-se compreender que esse conceito é extremamente presente em sua obra denominada “A ética protestante e o espírito do capitalismo” onde sua inserção no sistema de valores e pensamentos dos protestantes o levou a questionar e problematizar as relações entres esses comportamentos e ações e o avanço do capitalismo nessa sociedade.
É perceptível o fato de que suasobras derivam de pesquisas densas, onde ele mesmo defende a busca da guarda de certo distanciamento e imparcialidade. É extremamente válido o conhecimento de seus escritos ao passo que são riquíssimos para a compreensão de metodologias de suas pesquisas além de permitir o conhecimento de inúmeros conceitos e teorias ainda muito caros às ciências sociais e aos campos adjacentes como política, direito, economia e até mesmo história.
DIREITO
Max Weber é tido como o sociólogo mais influente do século XX, sendo a sociologia do direito um de seus temas principais e recorrentes. Antes de começar no tema específico da sociologia do direito, torna-se indispensável uma passagem geral sobre os principais aspectos da teoria sociológica weberiana.
Diferentemente da concepção transcendental da racionalidade, que vigorava durante o início do liberalismo moderno, Weber representa a racionalidade de uma forma prática, como a adequação de meios aos fins. Podendo ser divididas em quatro tipos, segundo Kalberg, uma vez que o termo racionalidade não possui sempre a mesma acepção na vasta obra de Weber. São elas:
a. Racionalidade teórica – que tem por objeto o conhecimento da realidade social;
b. Racionalidade prática – que interpreta a realidade social em função dos interesses dos atores;
c. Racionalidade substantiva - que interpreta a realidade social em função dos valores;
d. Racionalidade formal - que interpreta a realidade social em função das regras prévias de aplicação generalizada;
a) LEIS GERAIS
Importante contribuição de Weber para a sociologia moderna foi sua defesa da ideia de que deveria a sociologia se afastar da noção de leis gerais, próprias das ciências naturais, isto porque não se poderia conhecer a realidade social em si mesma, uma vez que é complexa, estando em permanente construção. Além disso, toda tese representa um ponto de vista de um investigador, sendo mais abstrata quanto mais geral e menos conectada com a realidade. Dito de outra forma, as leis sociais, para Weber, estabelecem relações causais em termos de regras de probabilidade.
A verdade é que não poderíamos prever as consequências de determinado acontecimento na sociedade. Ou seja, Weber reconhece que os fatos históricos decorrem de uma concorrência de fatores, sendo impossível detectar o grau de influência ou causalidade de cada um deles, isto porque o valor causal destes fatores e a variação das relações entre eles dependem das circunstâncias, sendo possível uma diversidade de efeitos sociais diante dos mesmos fatores. 
 b) METODOLOGIA EM WEBER
A metodologia de Weber surge como uma revisão das metodologias tradicionais, sobretudo no que se refere ao dualismo entre uma metodologia para as ciências da natureza e outra para as ciências sociais. O sociólogo entende que é possível estudar a realidade social através dos dois métodos, dependendo dos temas e fenômenos que se investiguem.
A metodologia em Weber se apoia em três conceitos chaves:
a. Causalidade adequada – que significa um juízo de probabilidade objetiva, que ocorre quando o fato por si mesmo tem capacidade de produzir o efeito histórico. Em contrapartida, as causas não são adequadas quando o fenômeno social poderia acontecer mesmo sem a sua ocorrência. Como exemplo que uma causa não adequada poderíamos citar o assassinato de um alto governante em uma situação de prolongada excitação social antes de uma rebelião; tal assassinato concreto não seria uma causa adequada, porque a rebelião aconteceria de qualquer forma, por qualquer outra causa;
b. Compreensão do significado das ações para os agentes – neste ponto, Weber afirma que se se conhece a causa, mas não o seu significado para o (s) agente (s), o fenômeno segue sendo incompreensivo. Da mesma forma, se é conhecido o significado subjetivo da ação, mas não sua causa, o fenômeno segue sendo uma mera hipótese. Sendo assim, é necessário o concurso da explicação causal e da compreensão significativa para conhecer sociologicamente as ações sociais;
O método compreensivo, defendido por Weber, propõe que se entenda o sentido que as ações de um indivíduo contêm, e não apenas os aspectos exteriores a estas ações. Como exemplo, podemos citar o pagamento de uma dívida por meio de um cheque. Se visualizarmos apenas a entrega de um pedaço de papel por um sujeito a outro, nada significará essa ação para um sociólogo. Tal ação só tem valor na medida em que se leva em consideração o sentido dado por cada um dos sujeitos àquele pedaço de papel, como meio idôneo de saldar uma dívida, visto que tem valor de troca ou pagamento, sendo esse sentido reconhecido também por um grupo maior de pessoas.
c. Os tipos ideais – o tipo ideal é uma consequência das generalizações, ou seja, é uma construção mental que se obtém mediante a acentuação de determinados aspectos de uma serie de fenômenos. Tais tipos, portanto, são conceituais e não empíricos, eficazes como meios para conhecer os fenômenos. Os tipos ideais apresentam algumas características, dentre as quais: é ideal (representa uma ideia a que se parecem alguns fenômenos sociais); é instrumental (consiste em um meio de trabalho, que serve para investigar situações e ações sociais comparando-as com ele); é intercambiável (um mesmo fenômeno admite sua redução a vários tipos ideais, pois o investigador constrói novos tipos a medida em que não lhe servem os anteriores ou quando muda a realidade social).
O Estado seria um exemplo de um tipo ideal, podendo ser compreendido em um tipo ideal mais geral que são os Grupos Políticos. O Estado se diferenciaria dos outros grupos políticos por deter o monopólio da força para exigir coativamente o cumprimento de suas normas. Outros tipos ideais clássicos da literatura de Weber são: burocracia, capitalismo e poder.
No que se refere à relação entre os métodos científicos e os juízos de valor, também inova o autor alemão, afirmando que é impossível que o investigador esteja livre dos juízos de valor, mas é seu dever se empenhar para que tais juízos se situem em um momento prévio a sua investigação, ou seja, eles devem estar presentes quando da escolha do tema, mas não no desenvolvimento da pesquisa. Também reconhece que o cientista pode emitir juízos de valor sobre seu trabalho científico ou sobre sua explicação de outro trabalho, quando adota o papel de professor, mas, neste caso, deve deixar claro quando relata fatos e quando os julga, evitando produzir confusões em sua plateia. Além disso, o cientista ao emitir seus juízos de valor deve fazê-lo acompanhado de outras perspectivas em relação a questão levantada.
c) OBJETO DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA
Para Weber, o objeto da sociologia seria a ação social, que deve ser estudada enquanto tenha um significado para o sujeito agente. Nisto, distingue-se de Durkheim, que procurava entender os sistemas sociais como dados objetivos e externos. Weber ao propor que se busque o significado subjetivo das ações sociais, trouxe grande avanço para as ciências sociais. Nas palavras do próprio sociólogo:
Deve entender-se por sociologia (no sentido aqui aceito desta palavra, empregada com tão diversos significados): uma ciência que pretende entender, interpretando-a, a ação social, para, desta maneira, explicá-la causalmente em seu desenvolvimento e efeitos. Por “ação” deve entender-se uma conduta humana (ora consista num fazer externo ou interno, ora num omitir ou permitir), sempre que o sujeito ou sujeitos da ação atribuam-lhe um sentido subjetivo. A “ação social”, portanto, é uma ação na qual o sentido mentado pelo sujeito ou sujeitos está referido à conduta de outros, orientando-se por esta em seu desenvolvimento.
d) SOCIOLOGIA DO DIREITO X DOGMÁTICA JURÍDICA
No que se refere à Sociologia do Direito, Weber traz importante contribuição separando-a da dogmática jurídica. Para ele, a dogmática analisaria o sentido normativo logicamente correto de uma formação verbal que se apresenta como norma jurídica, ao passo que a sociologia do direito pergunta o que de fato ocorreem uma comunidade em razão dos homens considerarem subjetivamente como válida uma determinada norma e orientem por ela sua pratica, suas ações. Ou seja, a primeira estuda as normas internamente e a segunda se preocupa com a eficácia social das ditas normas e como os indivíduos orientam suas condutas por elas.
Nas palavras do próprio Weber:
Quando se fala de “direito”, “ordem jurídica” e “norma jurídica”, deve-se observar muito rigorosamente a diferença entre os pontos de vista jurídico e sociológico. Quanto ao primeiro, cabe perguntar o que idealmente se entende por direito. Isto é, que significado, ou seja, que sentido normativo, deveria corresponder, de modo logicamente correto, a um complexo verbal que se apresenta como norma jurídica. Quanto ao último, ao contrário, cabe perguntar o que de fato ocorre, dado que existe a probabilidade de as pessoas participantes nas ações da comunidade – especialmente aquelas em cujas mãos está uma porção socialmente relevante de influência efetiva sobre essas ações –, considerarem subjetivamente determinadas ordens como válidas e assim as tratarem, orientando, portanto, por elas suas condutas.
A sociologia do direito e a dogmática jurídica se diferenciam tanto pelo método quanto pelo fim. O método da sociologia do direito seria o empírico causal, enquanto o da dogmática seria o lógico-formal. O fim na sociologia do direito seria o comportamento dos sujeitos diante da ordem jurídica, o da dogmática jurídica, por sua vez, seria a coerência das proposições jurídicas.
Weber esclarece que:
A ordem jurídica ideal da teoria do direito não tem diretamente nada a ver com o cosmos das ações efetivas, uma vez que ambos se encontram em planos diferentes: a primeira, no plano ideal de vigência pretendida; o segundo, no dos acontecimentos reais.
Importa ressaltar que Weber não estabelece qualquer predomínio de uma ciência sobre a outra, nem nega o caráter científico da dogmática jurídica, como fazem muitos outros sociólogos.
Weber distingue três tipos de normas de conduta, em seu estudo sociológico sobre o direito, quais sejam:
a. Norma jurídica – imposta coercitivamente, sendo garantida pela probabilidade de coação, física ou psíquica, exercida por um quadro de indivíduos instituídos;
b. Convenção – chamada por outros autores de “uso social”, corresponde à conduta socialmente obrigatória, que não é protegida por nenhuma restrição oficial, mas sim pela reprovação do próprio grupo. Sua infração gera uma reprovação geral;
c. Costume – é o simples hábito, que não contém obrigatoriedade nem a probabilidade de reprovação do grupo, caso seja desobedecido.
Conclusão
Weber teve importante contribuição para o desenvolvimento da sociologia, afastando-se de influências políticas ou do racionalismo positivista, que o permitiu propor uma nova visão a respeito da temática ora incluída, não se podendo negar que seus estudos se tornaram referência imprescindível para a compreensão qualitativa dos processos sociais. É de grande importância seu apontamento para a função da subjetividade na ação e pesquisa social, com isso, Weber foi capaz de compreender as particularidades das ciências humanas, enquadrando o homem como um ser diferenciado e como tal, responsável por dar sentido à sua ação.
A Racionalização para Max Weber está relacionada a mudanças estruturais, culturais e sociais que a sociedade moderna vem sofrendo ao longo do tempo. É o mais avançado termo que representa o ponto principal da Sociologia do Weber ou Weberiano, tinha como objetivo identificar a racionalidade na civilização ocidental e também mostrar o processo dos avanços da razão da vida social. Esse processo causa um certo conflito entre a razão e a religião.
A Teoria da Burocracia liga ligasse mais a Sociologia do que a Administração, uma teoria pioneira e de grande importância até os dias de hoje. Ela surgiu em oposição a Teoria Clássica e a Teoria das Razões Humanas. A teoria clássica era criticada pelo excesso de mecanismo e a teoria das razões humanas pelo ingênuo romantismo que colocava em prova os seus resultados. Essa teoria da burocracia é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, devesse analisar os meios e estabelecer normas e rotinas. Para Weber a burocracia tem suas origens vinculadas com alterações ocorridas após o renascimento. O sistema produtivo e moderno, tipicamente racional e capitalista teve como começo a ética protestante. Assim, com a burocracia o sistema se tornava mais eficiente, aplicando normas e rotinas para todos.
A Teoria da Ação Social que está ligada com o Direito Weberiano não é qualquer coisa que você faz, ela é a ação de sujeito quando ele está visando o sentido de outro sujeito, quando ele faz algo que não serve só para si mesmo, mas para outros também. Weber tem uma visão diferente de Durkheim que se baseava no fato social que era mais externo. Weber pensava no interesse de todos os indivíduos. A teoria buscava compreender o sentido da ação do próximo, não quer dizer que é um saber valido ou correto, é uma hipótese explicativa das diferenças da sociedade. Ele percebeu que sempre tem uma parte irracional que não pode ser explicada. Sendo impossível ter uma totalidade de compreensão, Weber dividiu então em duas partes para melhor entendimento, o Racional e o Irracional. O Irracional aceita o sentimento do indivíduo sem questionar, já o Racional pode ser prestar a procedimentos metodológicos de avaliação, enfim pode ser estudados com fundamentos.
Se levarmos o conceito de Ação social de Weber para o jurídico, a relação de leis e o indivíduo permanece a mesma, o indivíduo age mais ou menos em relação a lei conforme a expectativa de lei. Numa sociedade livre e democrática os agentes sociais se orientam em relação as leis de acordo com os interesses individuais, assim como nas relações pessoais. Weber também divide a racionalidade em quatro tipos que buscam interpretar a realidade em várias escalas. A Sociologia no Direito busca entender os fatos e encaixar as leis para um interesse geral.
Referência Bibliográfica
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/max-weber.htm
http://www.sociologia.com.br/max-weber-teoria-da-burocracia-e-teoria-da-acao-social/
	
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de sociologia jurídica. 10 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
MACHADO NETO, A. L. Sociologia jurídica. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 1987.

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