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NEUROFISIOLOGIA TIPOS DE NEURÔNIOS – MORFOLOGIA E FUNCIONAMENTO Multipolar: neurônio motor/eferente ou associativo. É encontrado no SNC (medula e encéfalo) e na porção eferente do sistema nervoso neurovegetativo (gânglios). Bipolar: neurônio aferente/sensitivo. Presente nos órgãos de sentido. Pseudo-unipolar: neurônio aferente/sensitivo. Possui corpo celular somente nos gânglios (SNP) CANAIS IÔNICOS São proteínas integrais seletivas que representam meios de passagem de íons e água (aquaporinas). Canais dependentes de ligantes são encontrados nos dendritos, SOMA, zona de gatilho e telodendro. Canais dependentes de estímulo são encontrados em neurônios sensoriais. Canais dependentes de voltagem são encontrado ao longo do axônio e principalmente na zona de gatilho. Canais de vazamento (garantem o potencial de repouso) POTENCIAL DE REPOUSO Negativo dentro da fibra, com muito potássio dentro e muito sódio fora. É mantido pelas proteínas aniônicas, não são difusíveis, são grandes, não possuem canal de vazamento, não são lipossolúveis e não possuem proteínas carreadoras. O potencial de membrana também é mantido pela bomba de sódio e potássio, eletrogênica. Insere 2 sódios e retira um potássio, estabelecendo gradiente elétrico. Grande quantidade de canais de potássio, permitindo grande permeabilidade e fácil escape e baixa permeabilidade ao sódio, poucos canais de vazamento para o sódio, dificultando seu influxo. ESTÍMULO SUPRALIMIAR Ocorre potencial de ação. Entrada de sódio por abertura de canais dependentes de estímulo em neurônio pseudo unipolar e bipolar (neurônios sensitivos). Possuem canais dependentes de ligante (estimulo-dependente : o estímulo é uma alteração química, mecânica, térmica - seja do ambiente ou do meio interno). Esses canais são sensíveis a qualquer ion positivo, sódio, cálcio, potássio, para determinar o inicio do processo. O influxo de sódio provoca abertura de canais dependentes de voltagem para o sódio, estes se fecham e rapidamente os canais de potássio se abrem. O efluxo de potássio determina repolarização. (potássio no LEC : baixa concentração / sódio no LEC : alta concentração) Para ser realizada a hiperpolarização devem ser retirados íons positivos e/ou colocados íons negativos. Tirar potássio, colocar cloreto. Ao atingir o limiar, há abertura de canais dependentes de voltagem, são canais de sódio. Canais rápidos (para abrir e para fechar) com 3 estágios : Inativo, Repouso ou Ativos. Nesse meio tempo abrem-se os canais lentos de potássio que possuem, em sua maioria, 2 estágios: Ativo ou Repouso. Saí potássio e a célula despolariza. Se sair mais potássio do que deve a célula hiperpolariza (canais lentos). A repolarização é feita por forças de difusão, canais e a bomba de sódio e potássio. O sódio tem mais força para entrar pois sua entrada é favorecida tanto pelo gradiente elétrico quanto pelo de concentração, entretanto sua quantidade de canais é pequena. POTENCIAL DE AÇÃO Segue a lei do Tudo ou Nada. NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES Receptores Ionotrópicos: sofrem alteração conformacional ao se ligarem com os neuro transmissores. Se abrem e assim, permitem a passagem de íons. Sua ação é rapida e a proporção é de 1 NT : 1 Canal Iônico Receptores Metabotrópicos: ativam um sistema de 2º mensageiro no interior da fibra. Ao entrar em contato com o neurotransmissor a porção α da proteína se desprende e fica livre. Pode, então, abrir canais iônicos na membrana, ativar AMPc, ativar enzimas, etc. Utiliza mecanismos de transdução, ativando cascatas de eventos. A proporção é de 1 NT : Muitos Canais Iônicos. Adrenalina e Noradrenalina atuam somente em receptores METABOTRÓPICOS Acetilcolina atua em receptores MUSCARÍNICOS – METABOTRÓPICOS e NICOTÍNICOS – IONOTRÓPICOS Dopamina atua em receptores IONOTRÓPICOS e METABOTRÓPICOS Histamina atua em receptores METABOTRÓPICOS Glutamato atua em receptores IONOTRÓPICOS(AMPA e NMDA) e METABOTRÓPICOS. A abertura de canais AMPA determina influxo de sódio e despolarização parcial. O sódio desloca o magnésio que bloqueava os canais NMDA, abrindo-os. Sua abertura permite influxo de cálcio, prolongando o potencial de ação. Canais NMDA também precisam de glicina e glutamato para sua abertura. GABA atua em receptores gabaérgicos (ionotrópicos) e abre canais de cloreto, provocando hiperpolarização da célula, ou seja, inibindo-a. Receptor GABAb é metabotrópico e abre maior quantidade de canais de potássio e fecha canais de cálcio. TIPO DE SINAPSE TIPO DE RECEPTOR NOME DO RECEPTOR EFEITO DETERMINADO Ach em sinapse neuromuscular Ionotrópico Nicotínico Abertura de canais de sódio Ach em sinapse neurovisceral/cardíaca Metabotrópico Muscarínico Ativa proteína G Nadr em sinapse no nó sino atrial Metabotrópico β1 – entrada de cálcio ↑FC e força de contração Nadr em músculo liso coronárias Metabotrópico β2 ↑Fluxo sanguíneo e vasodilatação Nadr em músculo liso periférico Metabotrópico α1 ou 2 ↓ fluxo sanguíneo e vasoconstrição Cálcio é citotóxico, desencadeia cascatas de apoptose celular, diminuindo o tempo de vida celular. O glutamato deve ser retirado da célula rapidamente, pois permite grande aporte de cálcio para dentro da célula. O glutamato é um neurotransmissor altamente tóxico e recaptado por astrócitos (células da glia). Hipocampo está ligado à memória, se for exacerbada sua estimulação o neurônio morre por apoptose por excesso de cálcio. (Alzheimer) Ao fim do potencial de ação há ativação de canais de cálcio dependentes de voltagem que ativam o complexo SNARE, este, ativa as vesículas (NT de baixo peso molecular) ou os grânulos de secreção (NT de alto peso molecular). Os neurotransmissores ficam armazenados em vesículas sinápticas que com o PA fundem-se à membrana pré-sináptica. Quando os íons cálcio se ligam aos sítios de liberação, provocando sua abertura, as vesículas com os neurotransmissores liberam seu conteúdo na fenda sináptica. O neurotransmissor atua no terminal pós-sináptico onde existem canais comporta dependentes de ligantes (ionotrópicos ou metabotrópicos). Se o canal for metabotrópico ativa-se a proteína G e sua subunidade alfa, ela se desloca, abre o canal ou ativa os segundos mensageiros, que desencadeiam a cascata de eventos dentro da célula. Os anestésicos bloqueiam canais de sódio dependentes de voltagem, estímulo, ligantes, dificultando a despolarização do neurônio, ou seja, dificultando a entrada de sódio da célula/acontecimento do potencial de ação. Há estabilização da membrana, impedindo a propagação do PA. A bainha de mielina recobre a extensão dos axônios, acelerando a velocidade de condução dos impulsos nervosos. Sua ausência implica no retardo do impulso nervoso, diminuindo sua velocidade. O neurônio usa glicose independente da insulina, porém dentro da célula em excesso, é um problema, já que é osmoticamente ativa. O impedimento da degradação de acetilcolina na sinapse provoca uma continuidade dos eventos, como a diminuição da frequência cardíaca, relaxamento muscular, etc.. É uma ação exagerada do sistema parassimpático. A acetilcolina não degradada continua a agir sobre os receptores nicotínicos, abrindo mais canais de sódio. (tetania diafragmática – impossibilita respiração) Sem os astrócitos não haveria transmissão de impulsos nervosos. Isso está associado a distúrbios como depressão, epilepsia, Alzheimer, Parkinson. Fazem parte da sinapse SISTEMA SENSORIAL A capacidade sensorial dos neurônios varia de acordo com GENOMA e EXPERIÊNCIAS E INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS. Mundo Real x Mundo Percebido : Diferem um dooutro. O SNC interpreta a atividade do mundo real por meio de uma vasta rede de receptores e a usa para gerar percepções coerentes. ESTÍMULO SOFRE TRANSDUÇÃO POR MEIO DE RECEPTORES GERANDO UM POTENCIAL RECEPTOR SE ATINGIR O LIMIAR DE EXCITABILIDADE POTENCIAL DE AÇÃO Sensação: capacidade de codificar aspectos físicos e químicos, representando-os como impulsos nervosos capazes de serem compreendidos pelos neurônios gerando sentidos. Percepção: capacidade de integrar sensações. Funções das Sensações Permitir a percepção Permitir o controle de motricidade (propriocepção) Regular funções orgânicas Manutenção da vigília Modalidades Sensoriais Visão Audição Olfato Paladar Somestesia (tato, sensibilidade térmica, dor e propriocepção – neurônios pseudo- unipolares) SISTEMA SENSORIAL SOMÁTICO ou SOMESTÉSICO Receptores ficam distribuídos ao longo do corpo e respondem a diferentes tipos de energia, como se fossem compostos de diversos tecidos: tato, temperatura, dor, postura corporal. A pele é nosso maior órgão sensorial, mas também existem receptores sensoriais em mucosas, músculos, tendões e vísceras. Receptores Morfologia Terminações nervosas livres (são neurônios – temperatura e dor) Células epiteliais especiais (cones e bastonetes – visão) Células encapsuladas (são neurônios – pressão e tato) Funcionalidade Mecanorreceptores (deformação mecânica; corpúsculo de Pacini - pressão profunda e de Meissner - pressão superficial) Quimiorreceptores Fotorreceptores Termorreceptores ( respodem à variação térmica de 10ºC a 45ºC. É uma sensação consciente, possuem terminações nervosas livres e são da família TRP. Existem na pele (percepção térmica consciente) e também no hipotálamo e parede de grandes vasos (percepção inconsciente, importante para o controle metabólico). Nocirreceptores (deformação mecânica, térmica e química) Localização Interoceptor (vísceras) Exteroceptor (pele) Proprioceptor (músculos, tendões, articulações) ATRIBUTOS DOS RECEPTORES Especificidade: cada receptor capta uma e só uma modalidade sensorial. A região onde a informação chega (cortéx cerebral) é responsável pela sensibilidade exclusiva de um sentido. São altamente suscetíveis a possuem limiar muito baixo à uma forma de energia. Localização Espacial Determinação da Intensidade do Estímulo Determinação da Duração Sinestesia: indivíduo que tem mistura de sentidos (Ex.: ouve cores). LEI DAS ENERGIAS NERVOSAS ESPECÍFICAS As informações podem ser Epicríticas (via das colunas dorsais, informação fina como tato, pressão, vibração e propriocepção) ou Protopáticas (informações grosseiras como a temperatura e dor) 1. Epicrítica : (FINA E PRECISA – tato, pressão, vibração e propriocepção) Córtex Cerebral Primário- Giro Pós Central (sensitivo) – área sensorial somática 1 ↑ Tálamo (Núcleos talâmicos) – segunda sinapse, entre neurônios de 2ª e 3ª ordem ↑ Bulbo (tronco encefálico) – local de primeira sinapse com o neurônio de 2ª ordem, é local de cruzamento, formam o lemnisco medial. ↑ Coluna dorsal ou sensitiva da medula espinal (se ramifica, um ramo vai em direção à raíz ventral da medula e o outro, ascende). ↑ Estímulo no corpúsculo de Pacini, sai da periferia e ativa mecanorreceptores da pele. (Neurônio pseudo-unipolar de grande calibre, mielinizado e rápidos- Aβ. Neurônios cruzam no tronco encefálico.) A via de propriocepção parte do bulbo em sentido ao cerebelo. Possui grande capacidade discriminativa e alta precisão sensorial. Tato e fibras proprioceptivas. LEMNISCO MEDIAL 2. Protopática (ou Espinotalâmica): (GROSSEIRA, MENOS LOCALIZADA – tato grosseiro, sensação térmica e dolorosa) Córtex Cerebral Primário ou áreas Límbicas (emoção) – local de terceira sinapse, área somestésica 1. ↑ Tálamo – local de segunda sinapse, entre neurônios de 2ª e 3ª ordem. ↑ Passa direto pelo tronco encefálico, onde diverge, estabelece sinapses através de ramos colaterais para aumentar o grau de alerta, estimular o sistema límbico (emoções e humor), mas não para informar a sensação de dor. ↑ Coluna Dorsal da Medula Espinal (local de cruzamento e de primeira sinapse). Ramificação, um ramo vai em direção à raíz ventral e outro ramo ascende. Ascende pela coluna Ântero- Lateral. ↑ Estímulo sai da periferia de neurônios de primeira ordem (Neurônio pseudo-unipolar, pequeno calibre, amielínicos ou com pouca mielina, lentos do tipo C/Aδ – respecitvamente.) Sistema pouco discriminativo e menos preciso. Termossensibilidade, dor e tato grosseiro- vísceras- de todo o organismo. LEMNISCO ESPINAL A coluna dorsal da medula possui dois núcleos/fascículos: No Núcleo Grácil (mais medial) chegam aferências dos membros inferiores e tronco e no Núcleo Cuneiforme (mais lateral), dos membros superiores, ombro e pescoço. Receptores ativados na cabeça e na face geram potencial receptor que pode ser traduzido em potencial de ação, fazendo com que as fibras estabeleçam sinapse com nervos cranianos (Trigêmeo – V par) que penetram diretamente no tronco encefálico. Neurônios táteis de segunda ordem estabelecem sinapse com o núcleo principal do trigêmeo e neurônios de sensibilidade térmica e dolorosa estabelecem sinapse com o núcleo espinhal do trigêmeo. Localização Espacial Campo Receptivo: quanto menor, maior a competência de localização espacial, mais específica é a sensação neuronal. Cada neurônio possui um campo receptor em cada parte do corpo. Um estímulo aplicado dentro de seu campo receptor provoca aumento de frequência de potenciais de ação do neurônio correspondente. A localização espacial está ligada ao tamanho do campo receptivo Dermátomo: cada região da pele é inervada pelas raízes dorsais de um determinado segmento da medula espinal ou pelo nervo trigêmeo, no caso da face. Embora a consciência não se dê conta de tudo, o sistema nervoso recebe e processa todas as informações sobre a posição, a movimentação e sobre o corpo como um todo. A parte das fibras que atingem a consciência ( cortéx cerebral) servirá para orientar o comportamento e o raciocínio. A parte inconsciente ( níveis subcorticais) servirá para coordenar os movimentos de modo a manter a postura e o equilíbrio corporal, além de ajustar o funcionamento dos órgãos e das víceras. Nervo Trigêmeo Ramo Oftálmico : testa, olhos e frente do nariz Ramo Maxilar: maçãs do rosto, lábio superior, dentes Ramo Mandibular: das têmporas ao queixo. Intensidade do Estímulo A intensidade depende da força do estímulo. O estímulo mínimo para que o neurônio responda é o limiar de excitabilidade. Quanto mais forte é o estímulo, maior é o potencial receptor, o neurônio responde aumentando a frequência de potenciais de ação. A intensidade é verificada em função da amplitude. A intensidade responde pela velocidade com que se chega ao limiar quantidade de receptores sensibilizados frequência do potencial de ação Duração do Estímulo Obs: o parênquima do sistema nervoso não possui receptores. Por esta razão o cérebro não dói e é possível realizar cirurgias para a remoção de tecido neural lesado em pacientes submetidos apenas a anestesia local, bloqueando a sensibilidade do crânio, meninges e vasos sanguíneos. Obs2: Dentro da medula ou, tronco encefálico, o axônio do neurônio secundário geralmente cruza a linha média antes de estabelecer contato com o neurônio de 3ª ordem. A representação somestésica é quase sempre contralateral: o hemisfério cerebralesquerdo recebe informações do lado direito do corpo, e vice-versa. Classificação das Fibras Aα = grandes em diâmetro e mielinizadas, fibras rápidas, responsáveis pela transmissão de sensações inócuas. Proprioceptores do músculo esquelético (ou grupo 1). Aβ = diâmetro intermediário e mielinizadas. Sua velocidade de transmissão também é intermediária. Mecanoceptores da pele (ou grupo 2). Aδ = fibras mielinizadas de diâmetro menor que as demais citadas e que modulam a a primeira fase da dor: mais aguda, ou semelhante a pontada. C = diâmetro pequeno, amielínicas e de velocidade de condução lenta. Transmitem estímulos de dor, temperatura e vibração. (ou grupo 4) Adaptação Nem sempre o potencial de ação se sustenta durante toda a duração do estímulo. Existem receptores de adaptação Lenta, que não sofrem adaptação mediante estimulação constante – tônicos (o potencial receptor decresce lentamente depois de atingir a amplitude proporcional ao estímulo), e os de adaptação Rápida – fásicos (o potencial receptor decresce muito e rapidamente depois de atingir amplitude proporcional ao estímulo, se adaptam rápido se o estímulo for constante e o receptor deixa de avisar o SNC depois de um tempo do mesmo estímulo – tato, estímulos vibratórios ou pulsáteis e olfato) Processo de Adaptação : O corpúsculo de Pacini está presente na derme, é sensível à pressão e possui forma encapsulada ( tecido conjuntivo que envolve a extremidade receptora). No caso de uma pressão no início do estímulo, ocorre a deformação da membrana neuronal e ocorre a movimentação do LEC da cápsula, assim, abrem-se os canais comporta dependentes de estímulo para sódio. Ocorre influxo de sódio, a membrana sai do repouso, caminha para o limiar, deflagração de potencial de ação. Quando o estímulo torna-se constante, a membrana se adapta à nova forma (cessa a movimentação do líquido extracelular), os canais fecham, e a pressão passa a ser despercebida (ex. Não se sente o óculos, relógio). Quando se retira o estímulo, ocorre uma nova movimentação do LEC que deflagra um novo PA, delimitando o final do estímulo. Para se abrir, os receptores de membrana precisam da deformação mecânica promovida pela deformação da membrana e pela movimentação do LEC. Gera-se um potencial receptor que se atinge o limiar, gera um potencial de ação. Potenciais de Ação são gerados enquanto houver o estímulo. Se o receptor for fásico e o estímulo for constante – e exatamente igual, haverá acomodação do líquido e um dos estímulos para a abertura dos receptores deixará de existir havendo apenas a deformação da membrana. Os canais dependentes de estímulo se fecham e não há mais geração de potencial receptor silenciando os potenciais de ação. Muitos mecanoceptores (tato e pressão) são fásicos. Receptores de olfato também são fásicos. Inibição Lateral Todos os receptores de qualquer sistema possuem essa característica. Ocorre uma estimulação em determinado local. Nesse ponto a frequência de descargas é maior, gerando frequência alta de respostas. Os neurônios ao redor desse ponto também podem ter seu limiar de excitação atingidos, porém, isso levará mais tempo pois o estímulo é mais fraco. O estímulo segue por uma via neuronal principal que faz sinapses com neurônios colaterais através de neurônios associativos (interneurônios) que inibem os potenciais de ação que estão ocorrendo em menor frequência nas vias paralelas a ela. Isso contribui para uma localização mais precisa do ponto de estimulação. Esse processo ocorre no tronco encefálico (local de sinapse do neurônio de 1ª ordem com o de 2ª ordem e ocorre mais nas vias epicríticas do que protopáticas). Nos núcleos da coluna dorsal, cada neurônio secundário pode receber terminações nervosas (aferências) de mais de uma fibra receptora. Os campos receptivos normalmente adquirem uma periferia inibitória em torno do centro excitatório. SISTEMA SOMESTÉSICO A consciência não se dá conta de tudo, o sistema nervoso recebe e processa todas as informações sobre a posição, movimentação e sobre o corpo como um todo. A parte das fibras que atinge a consciência servirá para orientar o comportamento e o raciocínio (córtex cerebral). A parte inconsciente servirá para coordenar os movimentos de modo a manter a postura e o equilíbrio corporal, além de ajustar o funcionamento dos órgãos e vísceras (níveis subcorticais). TATO- Há uma grande diversidade de receptores táteis existentes na pele e no interior do organismo. As fibras nervosas penetram no SNC através da coluna dorsal da medula espinal, ou no caso da cabeça, através dos nervos cranianos e penetram diretamente no tronco cefálico. O deslocamento da pele ativa mecanorreceptores locais que produzem potenciais receptores correspondentes codificados a seguir em potenciais de ação propagados ao longo das fibras táteis em direção ao SNC. Os axônios adentram na coluna dorsal (sensitiva) da medula espinal e ascendem até o bulbo nos núcleos grácil e cuneiforme. Sobem até o tálamo e depois atingem a região do córtex cerebral primário. (cruzam após a medula espinal – estímulo contralateral) Via Epicrítica forma o lemnisco medial e a via Protopática forma o lemnisco espinal. Lemnisco é todo feixe de fibras do SNC com forma achatada. O Lemnisco Medial é o feixe que une as fibras que emergem dos núcleos da coluna dorsal (já cruzadas para o lado oposto) com as fibras que derivam do núcleo principal do trigêmeo. ORGANIZAÇÃO TOPOGRÁFICA Somatotopia: é a representação da superfície cutânea ou do interior do corpo nas vias e núcleos somestésicos. É o mapa do corpo no cérebro. A somatotopia tátil é a mais precisa de todas. Homúnculo: é a representação no SNC das superfícies cutâneas ou do interior do corpo de acordo com a densidade de receptores. No homem há maior densidade de receptores cutâneos nas pontas dos dedos da mão, na língua e nos lábios, fazendo com que essa região do homúnculo seja uma anamorfose. Essas anamorfoses também codificam o volume de tecido neural necessário para o processamento das informações. A sensação do membro fantasma em indivíduos amputados provém da ocupação do Território Cortical que representava o membro ausente por aferentes de regiões vizinhas. São causadas normalmente pela estimulação de regiões da pele cujas representações somatotópicas fazem limite com as do membro amputado. (Altera-se a área de convergência com o neurônio de 2ª ordem – em situações normais, quanto menor o grau de convergência do estímulo recebido pelo neurônio de 2ª ordem, mais fidedigna é a informação.) Os mapas do corpo no cérebro modificam-se de acordo com a aprendizagem e condições ambientais, é a Plasticidade e Reorganização no Córtex Somatossensorial Primário, são dinâmicos e seu ajuste depende da quantidade de experiência sensorial. CÓRTEX CEREBRAL Área Somestésica Primária 1- Textura e movimento dos objetos - campos grandes. 2- Tamanho e forma, toque forte de objetos maiores – campos grandes. 3a- Propiocepção, manipulação de músculos e articulações, posição espacial do corpo – campos grandes. 3b- Somestesia, toque leve de objetos pontiagudos, discriminação de objetos – campos simples e pequenos. (recebe um grande número de aferências do núcleo ventral posterior do tálamo, seus neurônios são muito responsivos à estímulos somatossensoriais, lesões nessa área prejudicam a sensação somática e a aplicação de estímulos elétricos nessa área resulta em experiências sensoriais somáticas) Tato, pressão, temperatura e dor. Projeta neurônios para as áreas 1 e 2. Essa área se interliga à área somestésica secundária que leva os estímulos para áreas límbicas, que os associarão à memória e emoção,além de participar dos processos de aprendizagem tátil. Área Somestésica Secundária : integram informações táteis da pele com informações proprioceptivas dos músculos e articulações. (local onde fluxos de informação segregada e simples convergem para gerar representações neurais complexas). – Áreas associativas (associação com áreas límbicas- emoção, e de memória). Significado do estímulo. 5- Conexão Inter-Hemisférios através do corpo caloso. Ex.: coordenação intermanual 7- Recebe informações somestésicas e visuais, associando-as. Lesões no córtex parietal posterior -Agnosia: incapacidade de reconhecer objetos apesar das capacidades sensoriais simples estarem em sua normalidade. -Síndrome da Negligência: Lesão de corpo caloso, conexão entre hemisférios está lesada. Uma parte do corpo, ou do mundo, é ignorada ou suprimida e sua própria existência é negada. A regeneração morfológica é muito difícil de ocorrer. A regeneração funcional pode ocorrer. Essa é a plasticidade neuronal funcional. Depende da idade do indivíduo, extensão da lesão e grau de estimulação para recuperação. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- INTEGRAÇÃO Síndrome de Guilain- Barre (Poliarradiculoneuropatia desmielinizante) destruição/não formação da bainha de mielina que envolve os axônios, cuja função é garantir um isolamento elétrico (aumentando a velocidade de propagação do potencial de ação). DEGENERAÇÃO AXONAL DESMIELINIZAÇÃO AMPLITUDE DO P.A. MENOR NORMAL LATÊNCIA DISTAL (tempo) NORMAL PROLONGADA VELOCIDADE DE CONDUÇÃO NORMAL LENTA FIBRILAÇÕES PRESENTES AUSENTES -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PROPRIOCEPÇÃO : Possui os componentes Consciente e Inconsciente. É a percepção do próprio corpo, faz parte dos sistemas de controle da motricidade. Seus receptores são mecanorreceptores no interior de músculos, tendões e cápsulas articulares. TEMPERATURA: Apresenta componente consciente (capacidade de perceber a temperatura do ambiente) e inconsciente (utiliza receptores cutâneos, viscerais e especiais localizados nas vísceras, é responsável por modular as respostas vegetativas destinadas a gerar, conservar ou dissipar calor). Os termorreceptores são terminações livres distribuídas por toda a superfície cutânea. Sua membrana produz potenciais receptores quando a temperatura se afasta do normal. Seus campos receptivos são pequenos e a convergência é grande, diminuindo a fidelidade de informações. Receptores de frio e de calor são intercalados. Existem mais receptores de frio na pele e mais receptores de calor nas vísceras. Receptores para o frio TRPM8 respondem às faixas de 10ºC à 35ºC. Abaixo de 10ºC o frio torna-se um forte anestésico, bloqueando a formação de potenciais receptores e condução de potenciais de ação. Receptores para o calor TRPV1 respondem às faixas de 30ºC à 45ºC. Acima de 45ºC começa a haver lesão tecidual (desnaturação, alteração de fluidez de membrana) e são ativados receptores de dor. Esses potenciais receptores de frio são conduzidos ao longo de fibras Aδ ou C (fibras de pequeno calibre, pouco mielinizadas ou amielínicas, lentas) e potenciais receptores de calor são conduzidos ao longo de fibras C. VIA PROTOPÁTICA. DOR É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial, ou descrita em termos de tal. Mecanismo de proteção, imobilização, preservação. O que determina a sensação de dor é a intensidade do estímulo. Pode ser dividida em: NOCICEPTIVA: dor real, há despolarização, lesão de um nociceptor do SNP, resposta a lesão tecidual acompanhada de inflamação. NEUROPÁTICA: um erro na via gera informação de dor sem que haja lesão (SNC), é uma dor potencial, existe mas não possui localização/nociceptor estimulado (erro do SNC) AGUDA: dor rápida, inicial, fibras Aδ (mielinizadas), cessa com o final do estímulo. Ocorre um potencial receptor na extremidade livre, é codificado em potencial de ação e conduzido pelas fibras Aδ dos nervos espinais até a medula, ou dos ramos do nervo trigêmeo até o tronco encefálico. CRÔNICA: dor lenta, final, fibras C (amielínicas), é provocada pela lesão dos tecidos que circundam os nociceptores. Aumenta gradativamente e dura 1 segundo ou mais. Quando ocorre um corte, por exemplo, há sangramento, anóxia do tecido nutrido pelos vasos rompidos, lesão celular e inflamação. O sangramento libera células vermelhas e brancas, como os Mastócitos (leucócito), que produzem e secretam substâncias que causam dor, como a histamina e a serotonina. Além disso, as células lesadas do tecido liberam substâncias altamente algogênicas (causam dor), como bradicinina, prostaglandina e prostaciclina. Após a lesão, estímulos muito intensos ou substâncias químicas sensibilizam os nociceptores das fibras tipo C. A despolarização desses nociceptores provoca secreção (pelas próprias fibras) de prostaglandinas e neuropeptídeos de ação vasodilatadora, acentuando a vermelhidão e o edema, prolongando a dor. (REAÇÃO INFLAMATÓRIA NEUROGÊNICA) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- INTEGRAÇÃO DOR AGUDA DOR CRÔNICA Duração limitada Longa duração (maior que 3 meses) Remissão após o tratamento Resistente após tratamento Auto-limitada Mantida Desencadeada por lesão Remotamente associada à lesão É sintoma Torna-se doença Afeta nociceptores Sensibilização e neuroplasticidade Bem definida Complexa Alterações psicológicas mínimas Promove alterações psicológicas Recupera-se Controla-se DOR SOMÁTICA Bem localizada, exacerba-se com o movimento, auto- limitada,desencadeada pelo dano tecidual DOR VISCERAL Localização imprecisa, dor referida, exacerbada com função visceral, alteração de SNA -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- NOCICEPTORES: São polimodais (mecânicos, térmicos, químicos) e nunca se adaptam. São excelentes quimiorreceptores, respondem à grande variedade de substâncias químicas (mediadores inflamatórios). Estão distribuídos pela maioria dos tecidos corporais, são ausentes no encéfalo e constituem terminações nervosas livres e ramificadas de suas determinadas fibras (Aδ dor rápida, maior número de sinapses ou C dor crônica) Estímulo Mecânico Estiramento ou deformação da membrana ativa mecanicamente canais iônicos, há entrada de cátions (cálcio e sódio) e ocorre a despolarização. Família de canais “degenerina” (DEG), são deformados quando o estímulo mecânico é muito intenso, permitindo a entrada de cátions, causando despolarização e prosseguimento da informação de DOR. Estímulo Térmico São canais responsivos a extremos de temperatura. Receptores TRPV1 respondem a temperaturas acima de 42ºC e também são responsivos à capsaicina (substância que mata terminações nervosas - pimenta) e receptores TRPM8 respondem a temperaturas baixas e ao mentol. Estímulo Químico Receptores AISC são canais iônicos ácido sensíveis. São nociceptores químicos sensíveis ao aumento da concentração de íons H + no LEC. MECANISMOS CENTRAIS DA DOR Quando estimulados os nociceptores produzem potenciais receptores que são codificados em potenciais de ação e seguem pelas fibras (Aδ ou C) e penetram na medula no corno posterior pelos nervos espinais, ou no tronco encefálico através do nervo trigêmeo. As fibras que penetrarem na medula sempre ascenderão pelo lado oposto ao do membro periférico. Os neurôniossecundários encontram-se ou no corno dorsal da medula, ou no núcleo espinal do nervo trigêmeo (tronco encefálico) Os neurônios de segunda ordem presentes na medula se incorporam ao feixe espinotalâmico (protopático). Sobem em direção ao encéfalo e encontram as fibras nociceptivas dos neurônios de segunda ordem do núcleo espinal do nervo trigêmeo formando o Lemnisco Espinal, que os conduz ao tálamo. No tálamo, impulsos de dor rápida encontram neurônios terciários que se projetam ao córtex somestésico primário (mecanismo veloz, capaz de ativar reflexos). Impulsos de dor lenta lidam com o processo inflamatório, que prolonga a dor. INFLAMAÇÃO (ocorre na presença de microrganismos ou em ambientes estéreis) Sintomas: Calor e Vermelhidão: aumento do calibre dos vasos (vasodilatação) aumenta o extravasamento de sangue que contém mastócitos. Tumor: extravasamento do plasma Dor: substâncias químicas que ativam e estimulam nociceptores Perda de função: inflamação crônica Eventos celulares: Saída de leucócitos dos vasos sanguíneos independente de lesão do próprio vaso (o vaso permanece intacto). Estes, encontram a parede do vaso onde rolam (“rolling”), aderem-se (“adesão”) e atravessam-na por “diapedese” (forçam sua passagem entre as células endoteliais) e depois se movimentam por “quimiotaxia” (emitem projeções e orientam-se a favor do gradiente de concentração de quimiocinas) na direção dos mediadores químicos da inflamação do tecido. Mediadores Químicos: Se formam a partir de precursores do plasma, células migratórias (leucócitos do sangue), mastócitos e terminações nervosas dos nociceptores. O plasma é o principal responsável pela formação de Bradicinina. Células como os mastócitos são desgranulados em ocorrência de lesão por um alergênico ou lesão física, liberando histamina, serotonina, triptidases, prostaglandinas, ATP, K + . Plasmáticos: Bradicinina Circula no plasma uma enzima inativa, a Pré-Calicreína. Quando ela entra em contato com a MEC de células lesadas, há sua ativação em Cininas (calidina, bradicinina e met-lys-bradicinina). As cininas aparecem no foco inflamatório apenas quando o plasma extravasa (são substâncias algésicas, causam dor). A bradicinina formada ativa dois receptores, o B1 e B2. A bradicinina possui meia-vida muito rápida pois há uma série de cininases que a degradarão rapidamente. Os receptores B1 são mais sensíveis e são um sub-produto da Bradicinina, ou seja, sua expressão é induzida pela inflamação. Tem efeito amplificador da dor, aumentando locais de estímulos lesivos. Os receptores B2 estão sempre expressos, e na presença de inflamação estão muito mais responsivos à bradicinina. B1 e B2 são encontrados nas terminações nervosas livres principalmente de fibras C (são proteínas de membrana dos nociceptores) A bradicinina se liga a esses receptores trans-membrana e traduz informação. Os antagonistas de bradicinina tem ação analgésica. Ação rápida e local. É vasodilatadora, aumenta a permeabilidade capilar e atua na manutenção do processo inflamatório. Celulares: Histamina mediador do prurido (através de receptores histaminérgicos em terminações nervosas). Anti-histamínicos são utilizados em caso de alergias, o bloqueio de H1 não possui efeito analgésico, mas anti-alérgico, diminuindo apenas o prurido e não a dor. Serotonina OBS: Histamina e Serotonina são liberadas pelos mastócitos, induzem sua desgranulação, gerando dor. Triptases Prostaglandinas : Fosfolipídeos da MC Ácido Araquidônico Prostaglandinas Prostaciclinas A Prostaglandina é produzida por leucócitos e representa o principal componente da HIPERALGESIA. Isso ocorre quando um tecido já lesionado fica mais sensível. É primária quando ocorre no local de inflamação e secundária quando ocorre em regiões adjacentes. Se dá devido à sensibilização, aumento da intensidade do estímulo doloroso ou até, dor espontânea. A prostaglandina “mexe” com o limiar de excitabilidade dos nociceptores, mas sozinha ela não realiza despolarização ( reduz o tempo pós-hiperpolarização e reduz o limiar de excitabilidade do nociceptor). Eles despolarizarão com estímulos antes insuficientes. Analgésicos (AAS) inibem a COX (enzima responsável pela formação de prostaglandina), controlando a dor pela inibição de produção de prostaglandinas. Também reduzem a inflamação. ATP Encontra-se no interior da célula. Quando a célula é lesada, são extravasados para o LEC e sinalizam a lesão. Encontra-se com receptores purinérgicos (terminação nervosa dos nociceptores). É o principal mediador da dor visceral. K+. Substância P produzida, armazenada e liberada pelo próprio nociceptor,é um neurotransmissor que estimula os mastócitos a desgranularem, aumentando a produção de mediadores químicos da inflamação. Também é indutora de hiperalgesia, Fosfolipase A2 Cicliooxigenases (COX) estimulando nociceptores vizinhos. Inflamação Neurogênica: neurônio contribui para a formação de mediadores inflamatórios/alérgicos. Bradicinina: Ciminogênio Cininas (Calidina, Bradicinina) Deo-Arg-Bradicinina BRADICININA Peptídeos Inativos Efeitos Específicos de Substâncias Liberadas no Processo Inflamatório Neutrofinas: Mudança nos receptores VR1 das fibras Aδ Alterações fenotípicas (amplificação da eficácia sináptica) Aumento sa sintese, transporte axonal anterógrado e quantidade de substância P e CGRP nas fibras C – reduz a atividade do GABA ATP: excita terminações nervosas nociceptivas – receptores P2x3 pH Baixo: atua por abertura de canais de cátion ativados por prótons e por facilitação de TRPV1 5-Hidroxitriptamina: causa excitação Histamina: causa prurido (não dor real) VIA DE DOR RÁPIDA – GLUTAMATO VIA DE DOR CRÔNICA – GLUTAMATO E SUBSTÂNCIA P Calicreína estimula a reação Pré-Caleína: quando ocorre uma lesão tecidual, o plasma se mistura com a MEC que a transforma em Caleína. Cinase I Cinase II B2 Receptor - a bradicinina e seus derivados unem-se aos receptores B1 e B2 da membrana da terminação nervosa livre estimulando-a quimicamente, gerando dor. B1 Receptor – sofre aumento do número em resposta à inflamação, endotoxinas e fatores de crescimento Glutamato Receptor AMPA NMDA Influxo de Ca²+ Estimula liberação de NO Ativa GMPc Fechamento de canais de K+ Facilita despolarização Aumento da liberação de substância P atua na sinapse gerando dor. OBS: A substância P é liberada com o glutamato apenas em fibras C, causando modulação de sinapse e hiperalgesia. VIAS ASCENDENTES Feixe espinotalâmico: Neoespinotalâmica (dor rápida, tálamo, fibras Aδ) Paleoespinotalâmica (dor lenta, tronco encefálico e tálamo, fibras C – ramificações mais complexas, que integram respostas viscerais- taquicardia, ativação colinérgica) Fibras entram na medula espinal pela coluna dorsal. Os corpos de neurônios formam os gânglios espinais. Decussam no ponto de entrada da medula, no caso de lesão sempre se perde a sensibilidade dolorosa contra-lateral à lesão. Neurônios de segundaordem ascendem. Trigemial Neurotransmissores: GLUTAMATO E SUBSTÂNCIA P. São receptores tônicos, de adaptação lenta, ou que não se adaptam. Enquanto houver estimulação nociceptiva a dor continua a ser percebida. Importância evolutiva. CONTROLE DESCENDENTE (ENDÓGENO) É possível controlar a dor por mecanismo de concentração da mente, ou também através de estímulos de outras sensações, como por exemplo o prazer ser maior que a dor (ex.: parto), ou um mecanismo de luta e fuga . Somos capazes de gerar uma resposta eferente de analgesia. A regulação descendente em si ocorre através do SISTEMA OPIÓIDE. Do tronco encefálico parte neurônios serotoninérgicos (serotonina como NT) que na região de substância cinzenta periaquedutal (mesencéfalo), núcleo magno da rafe, medula espinal ou trigemial, encontram um interneurônio opióide que libera as endorfinas e encefalinas que se ligam a receptores opióides e inibem a sinapse do neurônio aferente primário com o secundário, resultando no bloqueio da dor. SEROTONINA INTERNEURÔNIO ENDORFINAS (neurotransmissor desse neurônio – bloqueia informações nociceptivas). Há lesão, há despolarização do neurônio primário, mas não há sinapse com o neurônio secundário. MODULAÇÃO PERIFÉRICA. O interneurônio opióide faz sinapse com o nociceptor e com o neurônio de 2ª ordem. AUMENTO DA PRODUÇÃO DE ENDORFINAS: Esporte, chocolate, sexo, atitude positiva. Receptores Opióides são metabotrópicos, são pré e pós sinápticos. Quando a endorfina se liga nestes receptores, ela hiperpolariza as membranas pré e pós-sinápticas – PPSI. Estão espalhados por toda a periferia e superfícies viscerais. A hiperpolarização ocorre por abertura de canais de potássio voltagem sensíveis (há vazamento) e/ou fechamento dos canais de cálcio voltagem sensíveis (são impedidos de entrar), inibindo a liberação de neurotransmissores. Esses receptores se classificam em MI-µ, DELTA- δ e KAPPA-K. REGULAÇÃO AFERENTE DA DOR – Lei do Portão da Dor (Teoria da Comporta da Dor): hipótese de que quando se estimula mecanorreceptores periféricos com o tato, a informação trafegante intercepta a mesma sinapse de nociceptor com neurônios secundários do trato espinotalâmico. Projeções dos mecanorreceptores de estímulo tátil mais forte que o doloroso conduzido por fibras Aβ encontrariam-se com as sinapses dos nociceptores na medula, inibindo o neurônio de 2ª ordem, impedindo que a informação de dor chegue ao córtex. (inibe-se a sinapse entre o nociceptor e o neurônio de segunda ordem) Massagem, acupuntura – alívio da dor. Os campos receptivos das sensações dolorosas são amplos, uma estimulação tátil próxima atuaria como inibitória. CONTROLE TERAPÊUTICO A inflamação aumenta a responsividade dos receptores de bradicinina e aumenta a expressão de receptores opióides. Endocanabinóides estão associados à capacidade de analgesia. O super estímulo de receptores de analgesia TRPV (da capsaicina) pode gerar analgesia. Anestésicos Locais: bloqueiam canais de sódio do axônio, a transmissão do impulso nociceptivo é bloqueada Analgésicos: Opióides: mimetizam a ação das endorfinas. Substância se liga nos receptores opióides (morfina, meladona). Essas drogas atuam principalmente no receptor µ. São agonistas desses receptores, estimulando-os e controlando a dor. Essas drogas causam dependência devido seus efeitos centrais. Não-opióides: não inibem a COX, não tem efeito periférico, mas central. Anti-inflamatórios(NÃO ESTEROIDAIS): bloqueiam a ação da COX-ciclooxigenase, não há produção de prostaglandinas (HIPERALGÉSICA), retira-se o componente hiperalgésico. Há alteração da atividade da bradicinina (ALGÉSICA). Uma das vias de ativação do receptor B1 é a produção de mais Ácido Aracdônico, a interrupção da COX inativa essa ação do receptor B1. Dor Isquêmica: produção de ácido láctico local – estimulante de nociceptores, provoca dor no tecido em poucos minutos. (A dor do espasmo muscular (compressão muscular excessiva) resulta da ativação de mecanorreceptores e isquemia causados por compressão dos vasos sanguíneos) Dor Referida : a informação nociceptiva é grosseira, a informação dada por fibras C é lenta e grosseira, seus campos receptivos são grandes. Não há localização precisa da dor. Fibras nociceptivas de diferentes localizações convergem para o mesmo neurônio secundário. Efeito Placebo: efeito relatado pelo paciente sem que tenha havido intervenção por fármacos. É explicado através da maior liberação de endorfinas. A Naloxona (antagonista do receptor opióide) reverte o efeito placebo “cancela” os efeitos analgésicos opióideos. AUDIÇÃO CARACTERÍSTICAS DO SOM Som: é uma onda longitudinal vinculada à percepção, está referido ao animal que o percebe. É a produção de um movimento vibratório, sequência alternada de compressões e descompressões do ar (variação audível da pressão do ar). Amplitude: altura da curva senoidal, representa a densidade (intensidade) das partículas em cada movimento. Quanto maior a intensidade do som (quantidade de energia), maior a amplitude (em decibel – volume). O máximo de amplitude sem sensação dolorosa é de 110dB. Frequência: quantidade de ciclos por unidade de tempo. Significa a mudança de tom. Quanto menor a frequência, mais grave é o som, e quanto maior, mais agudo. (em hertz) Fase: relação de tempo entre ondas. Timbre: composição de diversas vibrações simultâneas, cada qual com sua frequência, amplitude e fase, somando-se e formando ondas complexas. Espectro audível: 20(grave) a 20.000(agudo) Hertz (com o envelhecimento perde-se a sensibilidade às frequências maiores) – Fala: 2.000 Hz Limiar de Audibilidade: é a intensidade mínima do som de uma certa frequência para que seja perceptível. A intensidade é determinada pela quantidade de energia contida no som, ou seja, seu volume. – 10dB Possuímos a capacidade de Discriminação Tonal (diferenciar notas), Identificação de Timbre (composição harmônica), Localização Espacial, Percepção da Fala e Musical. ESTRUTURA DO SISTEMA AUDITIVO O sistema auditivo é constituído de um conjunto de receptores que realizam a transdução de estímulos sonoros em potenciais receptores. Estes, transmitem a informação sonora traduzida para neurônios de segunda ordem, que a codificarão, passando por sucessivas sinapses e uma série de núcleos até chegar ao córtex. Os receptores da audição são mecanorreceptores, células epiteliais ciliadas capazes de gerar potenciais receptores quando estimuladas. O OUVIDO EXTERNO é constitúido pelo pavilhão auditivo, meato acústico externo e pela membrana timpânica, e possui a função de concentrar e amplificar seletivamente as ondas sonoras, direcionando-as para os receptores. A membrana timpânica é uma membrana que vibra quando um estímulo incide sobre ela. Ao vibrar, transmite para a cadeia ossicular (martelo, bigorna e estribo) do OUVIDO MÉDIO essas vibrações. Estes, as transmitem para a membrana da janela do vestíbulo. Amplificador Coclear: O ouvido médio tem a função de amplificar duplamente as ondas sonoras incidentes (x20), de forma que quando atinjam a endolinfa, meio líquido do ouvido interno, não sejam refletidas e percam energia (passagem do meio seco-ar, para o meio líquido). Busca-se manter a maior fidelidade de características de propagação dessa onda. O amplificador coclear é favorecido pela organização anatômica. Há uma pressão muito grande no estribo para que penetre na cóclea e garanta a mesma velocidade de propagação da onda. A janela vestibular sofre vibrações menores do que a membrana timpânica, por ser menor, mas sua pressão e intensidade (força) são muito maiores. Atenuação:o sistema auditivo possui um mecanismo reflexo de atenuação do som incidente quando ele está muito forte (de forma constante), afim de evitar lesões. Ele age regulando a rigidez da membrana timpânica, da janela oval e da cadeia ossicular (ancoração de martelo e estribo), atenuando a amplitude de suas vibrações. Esse mecanismo é efetuado pelo músculo tensor do tímpano (inervado pelo Trigêmeo) e pelo músculo estapédio (inervado pelo Facial). Receptores timpânicos ativam esses músculos de maneira reflexa. A informação aferente vai até o tronco encefálico e através do nervo Trigêmeo e Facial estimulam a contração dos músculos. Quando estes músculos estriados esqueléticos se contraem aumentam a rigidez do conjunto, diminuindo a amplitude de vibração da perilinfa e rampas vestibular e timpânica. Isso permite a remoção de ruído de fundo, compreensão da fala em ambientes barulhentos, redução do som da nossa própria voz quando falamos. Esse mecanismo depende da detecção do som forte primeiramente, para que daí em diante possa agir – é “atrasado”. Atua a partir de 70dB. Obs: O músculo tensor do tímpano se ancora ao martelo e à parte óssea da orelha média. O músculo estapédio se ancora ao estribo e à parte óssea da orelha média. Obs1: escutar música alta com fones de ouvido desgasta os músculos contribuindo para sua hipertrofia. Os músculos estapédio e tensor do tímpano perdem sua elasticidade. Com isso a membrana timpânica fica mais suscetível a lesões. Isso gera artrite e desgaste dos ossículos da audição e lesão da janela oval e membrana timpânica, podendo levar a um caso de surdez. Obs2: Esse reflexo é eficiente quando o som se sustenta alto, porém é ineficaz a picos de estímulos agudos em função de seu atraso. Atua principalmente em sons de baixa frequência – graves. O OUVIDO INTERNO é constituído de um labirinto ósseo que possui em seu interior câmaras e ductos delimitados por estruturas celulares membranosas, o labirinto membranoso. O labirinto membranoso é preenchido por endolinfa, que banha os mecanorreceptores e possibilita sua operação funcional. Nele também encontra-se a cóclea, parte do labirinto que tem forma enrodilhada em torno de um eixo - modíolo, e abriga o Órgão de Corti que possui os receptores auditivos. Ela é dividida em três partes, a Rampa Vestibular, o Ducto Coclear e a Rampa Timpânica. As rampas são banhadas por perilinfa, enquanto o ducto é banhado por endolinfa. No ducto coclear os receptores auditivos repousam sobre uma membrana basilar muito sensível a vibrações e sobre este órgão (acima) encontra-se a membrana tectórica (glicoproteica e mais rígida, menos sensível a vibrações), na qual estão ancorados os estereocílios dos receptores. Os estereocílios são flexíveis e contráteis pois possuem miosina em seu esqueleto. Dessa forma, a vibração da perilinfa causada pela vibração da membrana da janela vestibular causa vibração da membrana vestibular (separa a rampa vestibular do ducto coclear). Essa vibração faz com que vibre a endolinfa e também a membrana basilar, entretanto, a membrana tectórica, por ser mais rígida (gelatinosa?), não vibra na mesma intensidade. Isso deforma os cílios dos receptores que encostam na membrana tectórica. Essa deformação (tombamento dos cílios) significa a abertura de canais mecanossensíveis de K + . O influxo de K + diminui a negatividade da célula, que abre canais de Ca 2+ dependentes de voltagem. A célula especial – receptor, possui vesículas contendo neurotransmissores, e é capaz de desenvolver potencial receptor. A entrada de cálcio ativa enzimas do complexo SNARE, as vesículas contendo neurotransmissores (GLUTAMATO) são exocitadas em direção aos dendritos de neurônios bipolares. Se o estímulo for suficiente para gerar potencial de ação há despolarização da célula e transmissão da sinapse química. Essas ondas de compressão e descompressão propagam-se pelas três rampas da cóclea e dissipam-se pela membrana da janela coclear, afim de manter a pressão constante. Membrana Basilar: separa a rampa timpânica do ducto coclear e é composta por fibras proteicas basilares, rígidas e elásticas. Essas fibras são pequenas e espessas na base da cóclea, decodificando frequências altas, ou seja, sons agudos. No ápice da cóclea as fibras se apresentam menos espessas e mais altas, decodificando frequências mais baixas, ou seja, sons graves. A flexibilidade das fibras no ápice da cóclea é muito maior do que as da base. Sons de média frequência são percebidos no meio da cóclea. Essa organização das fibras é TONOTÓPICA, ou seja, regiões auditivas percebem diferentes tons e diferentes frequências. Órgão de Corti: O órgão de Corti está apoiado na membrana basilar. É formado por células ciliares internas (1 camada – fibras aferentes) e externas (3 camadas – fibras aferentes e eferentes). Abaixo das células ciliares existem neurônios bipolares que em conjunto formam o nervo Vestibulococlear. As células ciliares internas possuem maior fidelidade de transdução (está mais próxima da membrana tectorial), pois não há convergência de neurônios (campos receptivos menores). Realizam transdução do potencial receptor e o transferem para fibras aferentes, entretanto, estão mais distantes da membrana tectorial. As células ciliares externas não realizam transdução tão fiel. Isso ocorre pois há maior número de convergências nos neurônios de segunda ordem. Possuem também, a capacidade de se contrair por conta de filamentos de actina nos esterocílios e também pela Prestina, proteína de membrana da célula ciliar externa que realiza movimentos contráteis que auxiliam o toque dos cílios na membrana tectórica. O movimento das células ciliares externas faz com a membrana basilar também vibre, auxiliando no toque dos cílios das células internas na membrana tectorial. A contração ocorre no momento em que o potencial receptor atinge as células ciliares externas. – A ACETILCOLINA realiza a inervação da via eferente etimulando a Prestina. Esse mecanismo está voltado para o direcionamento da atenção, priorizando um som em detrimento de outro. Obs: Estão apoiadas em uma membrana e sobre estas células há a membrana tectorial (LEC denso formando camada gelatinosa). Abaixo das células ciliares existem os dendritos dos neurônios bipolares (formam o nervo auditivo). –ao longo da cóclea existem vários órgãos de Corti e ele representa em sua integridade a estrutura receptiva. Tonotopia: representação ordenada dos tons ao longo da membrana basilar. INERVAÇÃO DAS CÉLULAS CILIARES EXTERNAS Obs: As membranas basilar e vestibular não vão até o final da cóclea, de forma que as rampas vestibular e timpânica não são completamente separadas e apresentam certo tipo de união, a região de comunicação é o elicotrema. Nelas corre a perilinfa. Quanto mais intenso o som, mais fortemente serão defletidos os cílios dos receptores. Vibrações fracas ativarão um número pequeno de receptores e vice-versa. Perilinfa: Líquido com característica de LEC, rico em sódio, pobre em potássio e aminoácidos É encontrada nas rampas vestibular e timpânica. ( 7mM de K/ 140 mM de Na) Endolinfa: Líquido com característica de LEC, entretanto, é rico em potássio, produzido pela estria vascular e encontrado no ducto coclear. A estria vascular faz bombeamento ativo de potássio para o ducto coclear e de sódio para as rampas vestibular e timpânica. (150mM de K/1mM de Na) Dessa maneira a endolinfa tem potencial elétrico 80mV mais positivo que a perilinfa. OBS: FUROSEMIDA é um antidiurético que causa depleção de potássio. Essa depleção impede a transdução e potencial de ação. Alguns antibióticos(CARCITINA) também podem ter o mesmo efeito. CÓRTEX COMPLEXO OLIVAR SUPERIOR NT - ACETILCOLINA ALTERA A FORMA DAS CÉLULAS CILIARES EXTERNAS REGULA A SENSIBILIDADE AUDITIVA O potencial de repouso dos receptores auditivos é de -50mV, por conta dos canais de potássio abertos em sua membrana e por conta do fluxo constante desses íons da endolinfa (K + ) para o interior de seus receptores. Quando a membrana basilar para de vibrar os receptores reconstituem sua forma, causando o fechamento dos canais de K + e sua HIPERPOLARIZAÇÃO. (transmitindo as oscilações da onda vibratória sonora) VIA DO SISTEMA AUDITIVO Dendritos dos neurônios bipolares emergem de toda a cóclea. Seus corpos celulares formam o gânglio espiral. A partir deste gânglio, axônios bipolares convergem para formar o nervo auditivo que se une ao nervo vestibular, formando o nervo Vestibulococlear. O SNC possui estágios sinápticos em: Bulbo, Ponte, Mesencéfalo, Diencéfalo e Córtex cerebral – córtex auditivo primário. (oliva superior, colículo inferior, núcleo geniculado lateral, tálamo e córtex) Núcleos cocleares são a primeira estação sináptica, é o único ponto da via em que há informação apenas ipsilateral, daí para a frente a via segue bilateral e também ipsilateral. Esse evento compara o tempo de chegada do estímulo por diferentes regiões, transmitindo a informação de localização do som no espaço. Lesões na estrutura do ouvido, nervo auditivo ou núcleo coclear são as únicas que provocam surdez ipsilateral ( lesões no tímpano ou cadeia ossicular). A identificação de sons que vieram de cima ou de baixo começa na maneira como vibrará a membrana timpânica (região de foco da membrana que vibrará), e também será percebida pelas células basilares (membrana basilar). Durante seu trajeto a via emite ramos colaterais, eles contribuem para a movimentação da cabeça ao ouvir um som e também, para a integração do som com componentes do sistema límbico, como memória e emoções. Nervo Vestibulococlear Núcleo Olivar Superior 2ª Sinapse - Bulbo Colículo Inferior - Mesencéfalo Núcleo do Lemnisco Lateral – Ponte Núcleo Geniculado Medial - Tálamo Núcleo Coclear 1ª Sinapse Córtex Auditivo Lobo Temporal Nistagmo: movimento em direções contrárias da cabeça e dos olhos. Os núcleos cocleares se dividem em três, o núcleo coclear dorsal, núcleo coclear ânteroventral e o núcleo coclear pósteroventral. As fibras do núcleo coclear dorsal não estabelecem sinapse na ponte seguindo direto para o colículo inferior no mesencéfalo. O complexo olivar superior (ponte – localização de sons à direita ou esquerda) recebe fibras dos núcleos cocleares ventrais, que formam a partir daí, o lemnisco lateral, que ascenderá até o mesencéfalo terminando no colículo inferior. Do colículo inferior (integração visual com a auditiva, posicionamento e movimento de cabeça – integração com o cerebelo) as fibras dos neurônios projetam-se para o tálamo (percepção auditiva e reflexos audiomotores) no núcleo geniculado medial. Deste, projetam-se ao lobo temporal do córtex cerebral (áreas auditivas) no córtex auditivo primário. Lesões no córtex auditivo secundário implicam na capacidade de ouvir os sons, entretanto, sem a capacidade de associá-los a qualquer memória. Não há integração das informações. Identificação de Timbres: a intensidade dos estímulos é percebida pela quantidade de neurônios e frequência do potencial de ação na mesma fibra (análise espectral ou temporal). VISÃO Generealidades: Amplitude: quantidade de energia, dimensão da luz – brilho Comprimento de onda: relaciona-se com a cor Frequência: número de vibrações que a onda de luz apresenta ao longo do tempo. Quanto maior a frequência, maior a energia. Vermelho possui frequência menor e azul, maior. Nos olhos a absorção da luz ocorre por meio de cones e bastonetes localizados na camada de células fotossensitivas, acima da camada pigmentar (mielinizada, que transmite a luz absorvida aos bastonetes). Cores puras possuem somente um comprimento e uma aplitude. (verde, azul e vermelho) Espectro visível é de 380 a 750 nM O sistema visual detecta a medida da intensidade da luz ambiente, localização espacial, medida do brilho, movimentos, descrimina formas e visualiza cores. PROPRIEDADES Reflexão: a luz é refletida Absorção: cones e bastonetes contém pigmentos que utilizam a energia absorvida da luz para alterar o potencial de membrana ( realizar transdução). Refração: desvia a direção da luz MOVIMENTAÇÃO DOS OLHOS 1.Coordenação Binocular Conjugados: movimentos no mesmo sentido com a mesma velocidade Disjuntivos: movimentos em sentidos diferentes 2.Velocidade Sacádicos: muito rápidos e independentes do movimento de objetos externos (olho se move e o objeto está parado) De seguimento: lentos e acompanham o movimento de algum objeto (olho está parado e o objeto se move) 3.Trajetória Radiais: eixo visual (cabeça e pescoço) se desloca angularmente para qualquer sentido Torsionais: eixo fixo e os olhos movimentam-se em rotação. OBS: Os movimentos oculares são executados por pares de músculos comandados por neurônios motores do tronco encefálico. ANATOMIA DOS OLHOS Túnica Externa (fibrosa): Esclera: protege e ajuda a manter o formato do olho (branco do olho). Nela se inserem os tendões dos músculos extrínsecos do olho – 3 pares. Córnea: tecido conjuntivo, transparente, avascular, lente refratora, filtra raios UV e é lavada com secreção lacrimal. OBS: O filme lacrimal tem 2 camadas, a camada lipídica (glândulas meiobonianas que retardam a evaporação e mantém o filme lacrimal uniforme sobre a superfície) e a camada mucoaquosa (camada espessa de células caliciformes que contém muco diluído que se concentra em direção ao epitélio. Contém O2, lisozima – bactericida e imunoglobulinas) Túnica Média (vascular): Coróide: pigmentada e altamente irrigada – nutrição do olho. Corpo Ciliar: constituído pelo músculo ciliar (liso - SNA), que também auxilia no processo de autofocalização Íris: pigmentada, auxilia na coloração dos olhos, contem melanócitos (sua quantidade influencia na cor dos olhos) e células com competência fagocitária. Cristalino: unido ao corpo ciliar pelas fibras da zônula (ligamento suspensor), sustentando o cristalino (elástico). Quando o músculo ciliar se contrai ou relaxa, alterando a focalização do cristalino, dizemos que há Acomodação Visual (musculatura lisa – movimentação autônoma). Ao se contrair, as fibras da zônula relaxam e o cristalino se estica, mais curvo e esférico – enxergar de perto. Inervação parassimpática, atua em receptores muscarínicos. Ao se relaxar, as fibras da zônula contraem e o cristalino relaxa, mais fino e alongado – enxergar de longe. Inervação simpática, atua em receptores β adrenérgicos. Processo de Acomodação Visual: Movimentos Oculares Coordenados : conjugados para perto disjuntivos para longe Alteração da curvatura do cristalino: aumento para perto diminuição para longe Alteração do diâmetro pupilar: miose para perto midríase para longe Pupila: orifício formado pela íris. Seu fechamento é denominado miose e sua abertura é a midríase. Regula a quantidade de luz que entra no olho. Mantém a pureza do humor aquoso pela presença de células fagocitárias. Músculoesfíncter da pupila causa Miose, a inervação parassimpática atua em receptores muscarínicos, contraindo a pupila. Músculo dilatador da pupila causa Midríase, a inervação simpática atua em receptores α adrenérgicos contraindo o músculo, dilatando a pupila. OBS: Conexões entre a retina e neurônios do tronco encefálico controlam esses músculos - reflexo consensual, atingirá ambos os olhos. HIPERMETROPIA: o globo ocular é curto, a imagem se forma depois da retina, o cristalino tem menor poder de convergência MIOPIA: o globo ocular é longo, a imagem se forma antes da retina, o cristalino tem excesso de convergência. Cavidades e humores: Cavidade Anterior: câmara anterior, íris, pupila, lente (cristalino) e a câmara posterior são banhadas pelo humor aquoso. Humor Aquoso: fluido aquoso formado por sódio, cloreto, bicarbonato, vitamina C, aminoácidos e glicose. É produzido pelos processos ciliares do corpo ciliar e drenado pelo seio venoso que circunda a região da córnea. O sódio vem dos capilares sanguíneos para o corpo ciliar onde passa a ser bombeado (transporte ativo), atraindo cloreto e bicarbonato. O sódio, por ser osmoticamente ativo, atrai água para a cavidade anterior, compondo o humor aquoso. A água por transporte ativo, ou difusão facilitada, arrasta glicose, aminoácidos e vitamina C. Mantém a pressão ocular de 15mmHg e o globo ocular distendido. Cavidade Posterior: câmara vítrea onde se encontra o humor vítreo Humor vítreo: viscoso,gelatinoso. Formado por ácido hialurônico, proteoglicanos, água. características semelhantes ao humor aquoso porém, mais gelatinoso devido a presença de ácido hialurônico e proteoglicanos. GLAUCOMA: quando o canal de Schlemm é obstruído aumenta-se a pressão do globo intraocular e ocorre lesão das células retinianas. A glicose não necessita de insulina para entrar no tecido nervoso, assim, o indivíduo hiperglicêmico ou diabético descontrolado pode possuir glaucoma por excesso de pressão intraocular – retinopatia diabética. Túnica Interna (sensorial ou retina): A retina é o local de formação da imagem e é formada por uma parte pigmentada e uma parte nervosa, dividas em 10 camadas de células. Conversão de energia luminosa em atividade neural. Camadas Camada Pigmentar: células pigmentadas com melanina e capazes de esterificar a vitamina A, armazenar glicose e íons. Contém células que fazem fagocitose dos fotorreceptores permitindo sua constante renovação. Camada Fotorreceptora: prolongamentos externos dos fotorreceptores, realizam a fototransdução. Membrana Limitante Externa Camada Nuclear Externa: corpos celulares dos cones e bastonetes Camada Plexiforme Externa: axônios dos cones e bastonetes e dendritos dos neurônios bipolares, células amácrinas e sinapses entre as células fotorreceptoras e elas. Camada Nuclear Interna: núcleos dos neurônios bipolares, células amácrinas e horizontais Camada Plexiforme Interna: sinapses entre os neurônios bipolares e ganglionares Camada Ganglionar: núcleos das células ganglionares Camada de Células Ganglionares: axônio das células ganglionares formam as fibras ópticas Membrana Limitante Interna Obs: as células fotorreceptoras são as únicas sensíveis à luz. As células ganglionares são a única fonte de saída da retina e capazes de gerar P.A. Células Moduladoras – definem a borda do campo receptivo. Horizontais: possuem GABA e glutamato como neurotransmissores Amácrinas: possuem diversos neurotransmissores, acetilcolina e GABA (inibitório) Interplexiformes: conectam as células horinzontais às amácrinas De Muller: mantém a geometria interna da retina Fotorreceptores, cones e bastonetes, realizam a fototransdução, ou seja, transformam um ponto de luz em potenciais receptores específicos. Os fotorreceptores são fásicos, se adaptam rapidamente. Piscamos e movimentamos o olho para que deixemos de receber estímulos constantes – aos quais podemos nos adaptar - por um momento. Adaptação total significaria parar de enxergar. Cones: visão diúrna e acuidade visual, predominam na fóvea e são sensíveis a 3 diferentes pigmentos - colorido (iodopsina e rodopsina). O pigmento dos cones desbota lentamente e usa maior quantidade de energia para isso. É usado para o claro pela sua velocidade e por apresentar 3 tipos de pigmento. (Desbotamento é o processo de conversão do cis-retinol em trans-retinol.) Cada cone está ligado a um neurônio bipolar e seguindo, a uma célula ganglionar – linhas exclusivas. Bastonetes: não detectam cores, são sensíveis à pouca luminosidade, predominam na periferia da retina e possuem a rodopsina como fotopigmento. Como há apenas um pigmento, não há discrimanção de cor, apenas de claro e escuro. Ela é uma proteína de membrana intercalar, intrínseca formada por Opsina + vitamina A. Grande número de convergências – linhas pouco exclusivas. CARACTERÍSITCA RETINA CENTRAL RETINA PERIFÉRICA Melhor desempenho Visão fotópica Visão escotópica Receptor mais frequente Cone Bastonete Circuito mais frequente Linha exclusiva Projeção convergente Sensibilidade à intensidade Baixa Alta Descriminação de formas Ótima Precária Visão de cores Ótima Precária Resultado de lesão Cegueira total localizada Cegueira noturna A região de Mácula Lútea é pouco irrigada e pode ser observada em exames de fundo de olho. Em seu centro há a fóvea, com grande concentração de cones, relacionada a visão específica, maior acuidade visual. FOTOTRANSDUÇÃO No escuro seu potencial de repouso é de -30 a -40mV, pois possui muitos canais de vazamento para o sódio dependentes de GMPcíclico. O bastonete está sempre despolarizado, ou seja, sempre realizando a liberação de neurotransmissor (GLUTAMATO). A rodopsina é uma proteína transmembrana que atravessa as invaginações dos segmentos internos de cones e bastonetes. Tem presa em sua estrutura a vitamina A na forma cis-retinol, formando o pigmento (sensível a comprimento de onda curto). Cones e bastonetes tem em seus segmentos externos muitos canais de vazamento para o sódio que são mantidos abertos pelo GMPc, permitindo sua entrada constante. O sódio é constantemente bombeado para fora pela bomba de Na/K, porém ela não é capaz de bombear todo o sódio que entra, de forma que o potencial de repouso da célula é menos negativo (-30mV/-40mV no escuro). Esse potencial de repouso já determina a célula em seu limiar de excitabilidade, de forma que se abrem também canais dependentes de voltagem para cálcio. A entrada de cálcio ativa enzimas do complexo SNARE a exocitarem GLUTAMATO em neurônios bipolares. Nos neurônios bipolares existem receptores para glutamato ionotrópicos e metabotrópicos, respondendo de maneiras diferentes a esse neurotransmissor, despolarizando ou hiperpolarizando. Presa à rodopsina nos segmentos externos (invaginações), há a proteína G que na ausência de luz é inativa e mantém corrente de sódio constante, mantendo a célula despolarizada. Na presença de luz o derivado da vitamina A (11-cis-retinol) se separa da opsina. O 11 cis-retinol se transforma em 11 trans-retinol e ativa a proteína G. A proteína G degrada o GMPc e fecha os canais de sódio. Entretanto, a bomba Na/K continua funcionando e isso hiperpolariza a célula, que deixa de liberar glutamato e o potencial de ação cessa. O 11 trans-retinol receberá vitamina A do epitélio pigmentar novamente para recompor o pigmento. O objeto entre a luz e o olho faz sombra de sua imagem na retina. Esse local é despolarizado, pois está escuro. A luz hiperpolariza, traça o contorno do objeto. Os cones possuem alta fidelidade na transduçãopor não possuir convergência nas sinapses como os bastonetes possuem. Fototransdução: na superfície externa dos fotorreceptores encontram-se fotopigmentos. Tanto cones como bastonetes apresentam a rodopsina = opsina + vitamina A O OBJETO FAZ SOMBRA NA RETINA ILUMINADA, HÁ DESPOLARIZAÇÃO DA REGIÃO EM SOMBRA E HIPERPOLARIZAÇÃO DA REGIÃO AO REDOR, DELIMITANDO O CONTORNO DO OBJETO. Ausência de Luz: no segmento externo de cones e bastonetes existem canais de vazamento para o Na + , mantidos abertos pelo GMPc, permitem a entrada de grande quantidade desse íon e ao mesmo tempo, de Ca 2+ . A bomba Na+/K + tenta retirar essa quantidade excessiva de sódio, porém como o fluxo é muito grande, o potencial de repouso dos fotorreceptores é de -40mV. Nesse ponto, canais de Ca 2+ dependentes de voltagem são abertos, permitindo também o aporte de sódio, ativando enzimas do complexo SNARE, resultando na exocitose se vesículas que liberam GLUTAMATO. Esse neurotransmissor promove alteração dos neurônios bipolares, alguns fazem PPSE (receptores ionotrópicos) e alguns fazem PPSI (receptores metabotrópicos). Presença de Luz: o derivado da vitamina A 11 cis-retinol da rodopsina se separa da Opsina e passa a ser 11 trans-retinol, que ativa a proteína G (transducina) e libera sua subunidade α. Esta subunidade degrada (cliva) o GMPc levando ao fechamento de canais de vazamento de Na + . Entretanto, a bomba Na/K continua funcionando e isso hiperpolariza a célula, que deixa de liberar glutamato e o potencial de ação cessa. OS FOTORRECEPTORES LIBERAM MENOS NEUROTRANSMISSORES NA PRESENÇA DE LUZ DO QUE NO ESCURO. Adaptação : os fotorreceptores são receptores fásicos, de forma que se o estímulo se mantiver constante ocorre uma rápida adaptação e a imagem formada para de ser processada pelo sistema visual. Para que isso não ocorra os músculos extra-oculares se movem todo o tempo deslocando a imagem e os olhos piscam, gerando despolarizações e o início de novos potenciais receptores. Ausência de Luz: Dilatação da pupila (midríase) e regeneração da rodopsina “cis”, aumentando o número de fotorreceptores disponíveis. Presença de Luz: Constrição da pupila (miose) e conversão do 11 cis-retinol em 11 trans- retinol, causando diversos processos que levam a uma hiperpolarização dos fotorreceptores, diminuindo o número de fotorreceptores disponíveis. Obs: falta de vitamina A resulta em cegueira NOTURNA pois o trans não pode ser convertido em cis. Obs2: O cálcio, além de realizar a exocitose de neurotransmissores, inibe a enzima que sintetiza o GMPc. Com o fechamento de canais de cálcio e sódio há diminuição da concentração plasmática desses íons e aumento da produção de GMPc, que permite então, a nova abertura de canais de sódio e cálcio dependentes de GMPc. (Há influxo de sódio e cálcio, despolarização da célula, exocitose de NT, propagação de PA e formação da imagem.)- Mecanismo de Feedback.Isso garante que os fotorreceptores sejam sempre capazes de detectar mudanças no nível de luz. Campo Receptivo: Região da retina que em resposta a um estímulo, alterará seu potencial de membrana. O centro do campo receptivo faz sinapse com um neurônio bipolar de maneira direta. A periferia do campo receptivo faz sinapse com muitos neurônios bipolares, essas sinapses não são diretas, pois são moduladas pelas células horizontais. (Campo pequeno e circular com fotorreceptores centrais que realizam sinapses com neurônio bipolar e com fotorreceptores periféricos que realizam sinapses com neurônio bipolar, porém são modulados por células horizontais.) Há a presença de campos receptivos com antagonismo centro-periferia. A excitação do centro implica na inibição da periferia. Quando um estímulo luminoso incide sobre o centro do campo receptor e a célula aumenta sua atividade elétrica, diz-se que é uma célula de Centro-On. Quando um estímulo mais escuro incide sobre o centro do campo receptor e a célula aumenta sua atividade elétrica, diz-se que é uma célula Centro-Off. TIPOS DE CÉLULAS BIPOLARES Célula ON: na presença de luz os fotorreceptores hiperpolarizarão, assim, não liberam glutamato. As células receptoras ON possuem canais metabotrópicos que na ausência do glutamato irão despolarizar e propagarão potencial de ação. Na ausência de luz as células fotorreceptoras despolarizam e liberam glutamato, de forma que as células ON hiperpolarizam (mediação de um PPSI). Célula OFF: na presença de luz os fotorreceptores hiperpolarizarão, assim não liberam glutamato. As células receptoras OFF possuem canais ionotrópicos que na ausência do glutamato irão hiperpolarizar. Na ausência de luz as células fotorreceptoras estão despolarizadas e liberam glutamato, que se liga aos canais ionotrópicos das células OFF mediando um PPSE. (Despolarização das células e propagação do PA). Essas células estão no centro do campo receptivo. Na periferia do campo receptivo as células atuam nas células bipolares através das células horizontais. As células horizontais atuam através do GABA ou GLUTAMATO, inibindo ou estimulando as células bipolares. Elas são antagônicas, realizando o procedimento contrário ao do campo receptivo. As células horizontais respondem pela propriedade antagônica do centro-periferia. Tanto as células bipolares como ganglionares possuem campos receptores circulares com uma região central e uma periferia antagônica. (centro on e periferia off ou centro off e periferia on) Processamento na Retina: A imagem é formada na retina invertida e ao contrário.( duplamente invertida) Do nervo óptico (fibras das células ganglionares) partem fibras ipsilaterais (fibras temporais) e fibras contralaterais (fibras nasais). As fibras contralaterais (nasais) se cruzam formando o quiasma óptico, essas fibras do quiasma se unem às fibras temporais (ipsilaterais) e formam o tracto óptico. Do tracto óptico as fibras partem para o tálamo no núcleo geniculado dorso lateral que processa informações oriundas da retina e é divido em 6 camadas de neurônios interlaminares. E daí, para o córtex visual primário. Fibras Ipsilaterais (temporais) : sinapses nas camadas 2,3 e 5 Fibras Contralaterais (nasais): sinapses nas camadas 1,4 e 6 Células Ganglionares (presentes no tálamo e córtex): Células M (camadas 1 e 2): células magno-celulares, células ganglionares grandes com axônios calibrosos. Estão envolvidas com o movimento. Célula M do lado NASAL faz sinapse na camada 2 e depois na camada 4 do córtex visual primário. Célula M do lado TEMPORAL faz sinapse na camada 1 e depois no córtex visual primário na área 1 novamente. Células P (camadas 3,4,5 e 6) : células parvo-celulares detectam cor e forma. Possuem campos receptivos com organização antagônica centro-periferia que se dá em função do comprimento da luz. Se elas se excitam quando o centro é verde, estão desligadas quando o centro é vermelho. Células P da porção NASAL fazem sinapses nas camadas das áreas 3 e 5 Células P da porção TEMPORAL fazem sinapses nas camadas das áreas 4 e 6 Células K: possuem formato cônico, também estão detectadas a detecção de cor. Detectam azul e amarelo. Fazem sinapses não em uma camada específica, mas entre as camadas celulares. Essa organização das células ganglionares se mantém daí até o córtex. Células P e K fazem sinapses nas regiões de Grumo – regiões 2 e 3 (agregados de enzimas que interferem na atividade neuronal, reagindo em função da frequência do potencial de ação – sensação de cores.) Células M fazem sinapses na camada 4. Do núcleo geniculado lateral as fibras partem para o córtex visual primário. Áreas secundárias mais dorsais estão envolvidas com a movimentação
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