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1 Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC Fisioterapia- Campus Ararangua RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA : Observação do Tecido Sanguíneo Aluna: Ingrid Gonçalves Santos Matricula: 17102308 Professora: Iane Franceschet de Sousa Técnica Laboratório: Franciely Vanessa Costa Ararangua, 16 de Outubro de 2017 Campus Ararangua UFSC 2 Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 4 O Esfregaço ....................................................................................................................... 4 O Tecido Sanguíneo .......................................................................................................... 5 CONCLUSÃO: .................................................................................................................... 8 REFERENCIAS: ................................................................................................................... 8 IMAGENS: ......................................................................................................................... 9 3 INTRODUÇÃO Neste relatório falaremos sobre o tecido sanguíneo que é formado por 3 células, as hemácias, conhecidas como glóbulos vermelhos, os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, que podem ser divididos em neutrófilos, linfócitos, eosinófilos, monócitos e basófilos, e as plaquetas, que são fragmentos de células, a parte líquida onde as células estão suspensas é denominada plasma. Na aula do dia 09 de outubro de 2017, a turma de fisioterapia do segundo semestre visitou o laboratório de microscopia, onde foi feito a observação do tecido sanguíneo com a técnica de esfregaço com sangue, que será descrito nesse relatório. 4 DESENVOLVIMENTO O Esfregaço O esfregaço que consistem em um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio. Para a realização do esfregaço foram utilizados os seguintes materiais: Lanceta ou agulha de injeção, Papel filtro Álcool Lâminas lavadas com álcool e secas. Para começar o procedimento as laminas foram limpas com álcool 70% ou 90%, e foram retirados gotas de sangue de 3 voluntários, a técnica do laboratório, e mais 2 alunas, cada uma das voluntários puxou o sangue para o ponta dos eu dedo, o dedo foi limpo com álcool 70% ou 90% então foi feita uma picada com a lanceta, uma gota de sangue foi colocada diretamente sobre uma lâmina de vidro e espalhada em uma camada fina pela sua superfície. Isso é obtido espalhando-se a gota de sangue com a borda de uma lâmina histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma monocamada de células. Passo a passo para realizar o teste: 1. Apoiamos a lâmina de microscopia, sobre uma superfície limpa. Nos certificando que a lâmina não está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar a visualização. 2. Colocamos uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. 3. Com o auxílio de outra lâmina, colocamos a gota de sangue em contato com sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°. 4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade. 5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela lâmina. 6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina de vidro. 7. As laminas que não ficaram boas foram descartadas. 8. Deve-se deixar que o esfregaço seque. É necessário esfregar uma lâmina sobre a outra rapidamente, antes que o sangue seque ou coagule. Uma pressão excessiva ou qualquer movimento de parada durante esse processo pode comprometer o esfregaço. É importante lembrar também que a espessura da película é determinada, em grande parte, pelo ângulo formado entre as lâminas no momento da extensão da gota de sangue. Ângulos maiores que 45°, por exemplo, produzem extensões espessas e curtas, dificultando posteriormente a visualização das células. 5 Após a secagem, a lamina foi para coloração, para a técnica de esfregaço sanguíneo é utilizada uma mistura especial de corantes para tingir todas as células sanguíneas. Existem muitas variações como a coloração de Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald. Tratam-se de modificações da coloração a base de corantes Romanovsky. A denominação confere ao médico russo Dmitri Leonidovich Romanowsky os créditos pelo desenvolvimento do método, em 1891. A mistura de corantes inclui um corante básico e um corante ácido, consistindo basicamente em azul de metileno e eosina Y (ou similar). A afinidade das estruturas celulares por corantes específicos ou por combinações de corantes dessa mistura proporciona uma visualização diferenciada das células sanguíneas. Na nossa aula foi usado o corante de Leishman, ele fornece excelente qualidade de coloração. Geralmente é usado para diferenciar e identificar leucócitos, parasitas da malária e tripanossomas. É baseada em uma mistura metanólica de azul de metileno “policromado” (i.e. demetilado em vários corantes azures) e eosina. O azul de metileno é um corante básico que reage com componentes ácidos das células e tecidos, os quais incluem grupos fosfatos, ácidos nucléicos, grupos sulfatos de glicosaminoglicanas e grupos carboxila das proteínas. Estruturas celulares que se coram com corantes básicos são denominadas basófilas. São exemplos: heterocromatina, nucléolo, RNA ribossômico, matriz extracelular da cartilagem. Cor: azul. A eosina é um corante ácido que reage com componentes básicos das células e tecidos. Quando usada juntamente com corantes básicos como o azul de metileno, coram o citoplasma, filamentos citoplasmáticos e fibras extracelulares. A eosina geralmente cora as estruturas em vermelho ou rosa. Corante básico → cora estruturas ácidas, chamadas basófilas Corante ácido → cora estruturas básicas, chamadas acidófilas/eosinófilas As amostras de sangue foram cobertas com o corante Leishman, foi deixado por 4 minutos, então colocou-se água e se deixou mais 12 minutos, depois a água foi retirada e as amostras foram escorridas e secas. Cada aluno pegou uma amostra de sangue, e foi visualizado no microscópio óptico, podemos visualizar alguns leucócitos, principalmente neutrófilos, e muitas hemácias, como podemos ver nas fotos em anexo. Em uma das amostras que já tinha no laboratório podemos visualizar o aumento do numero de leucócitos, principalmente neutrófilos e linfócitos, o que caracteriza uma leucocitose, o diagnóstico do paciente deve ser dado pelo medico junto a outros exames e a avaliação das queixas do paciente junto ao médico. O Tecido Sanguíneo O sangue, ou tecido sanguíneo, é formado no tecido hemocitopoético. Mais conhecido como medula óssea vermelha, ele está localizado no interior de alguns ossos, como os localizados na região pélvica, esterno, clavícula e costelas. As funções do tecido sanguíneo incluem o transporte de hormônios até seu local de atuação; transporte de gás oxigênio e nutrientes às células; captura de gás carbônico e excreções celulares; e defesa a agentes estranhos. Uma pessoa adulta tem, em média,cinco litros dessa substância em seu corpo. A porção fluida do sangue é chamada plasma. Essa substância, de cor amarelada, é responsável por aproximadamente 55% do volume total desse 6 tecido. Ele é constituído predominantemente por água (cerca de 90%); havendo ali também substâncias que são transportadas pelo sangue, como hormônios, nutrientes, gases e excretas; além de sais minerais, proteínas e as células sanguíneas. As principais proteínas são as albuminas, responsáveis pela pressão osmótica sanguínea e transporte de ácidos graxos e hormônios; globulinas, capazes de combater infecções (gamaglobulina) e transportar lipídios (lipoproteínas); e fibrinogênio, que auxilia no processo de coagulação sanguínea. O sangue também é formado por 3 células, as hemácias também chamadas de glóbulos vermelhos, ou eritrócitos, são as células mais numerosas do sangue (cerca de 4,5 a 6 milhões por mm3 de sangue). Tais estruturas de forma de um disco bicôncavo, para facilitar a entrada e a saída do oxigênio,, anucleadas no mamíferos . Elas possuem em seu interior moléculas de uma proteína chamada hemoglobina, que é a responsável pela coloração vermelha do sangue, e também pela captura de oxigênio nos pulmões, transportando-o para as células do corpo. Quanto ao gás carbônico, menos de 25% dele se une à hemoglobina, e o restante é transportado pelo plasma. No ser humano, os glóbulos vermelhos duram cerca de 120 dias, sendo destruídos no fígado e no baço e substituídos por novos glóbulos vermelhos produzidos na medula óssea vermelha. Um indivíduo pode apresentar os sintomas de anemia quando no seu sangue ocorre baixa concentração de hemoglobina pela diminuição no número de glóbulos vermelhos ou pela concentração baixa de hemoglobina em cada célula quando o número de glóbulos vermelhos é normal. As causas da anemia podem ser falta de ferro na alimentação, perdas crônicas de sangue ou carência de vitamina B. Há também os Leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, são maiores que os glóbulos vermelhos e nucleados. O seu número na espécie humana varia, em condições normais, entre 5 mil e 10 mil por mm3 de sangue. Sua principal função é a defesa do organismo. Essa atividade pode ser exercida por meio da fagocitose ou da produção de proteínas de defesa, os anticorpos. De acordo com a presença ou ausência, no seu citoplasma, de grânulos específicos na forma e no tamanho, os glóbulos brancos costumam ser classificados em granulócitos e agranulócitos. Leucócitos granulosos: Neutrófilos. Núcleo com três lóbulos, geralmente conhecido como segmentado ou bastonete, quando mais jovem, e o núcleo não segmentou ainda. Fagocitam micro-organismos invasores e partículas estranhas. São os leucócitos mais abundantes. Eosinófilos. Também chamados de acidófilos, o núcleo geralmente se apresenta com dois lóbulos. Graças principalmente a substâncias tóxicas liberadas por seus grânulos, são capazes de combater parasitas de maior tamanho, tais como vermes. Além disso, liberam anti- histamínicos, evitando a manifestação de processos alérgicos. Basófilos. Possuem núcleo disforme, e seus grânulos se apresentam maiores em relação aos das duas células já citadas, geralmente mascarando seu núcleo. Ele é responsável pela liberação de heparina, um anticoagulante; e de histamina: substância que propicia maior eficiência na resposta dos anticorpos e neutrófilos a infecções, sendo 7 também responsável pela manifestação de sintomas típicos da alergia, como vermelhidão e coriza. Leucócitos agranulosos: Monócitos. Possuem tamanho maior que as demais células, apresentando núcleo com formato semelhante ao de uma ferradura. Ficam por pouco tempo na corrente sanguínea, migrando para tecidos específicos, como os do baço, pulmões, fígado e encéfalo. Lá, transformam-se em células denominadas macrófagos, bastante eficientes no processo fagocitário de agentes invasores, células mortas, e demais resíduos. No tecido ósseo, os monócitos formam os osteoclastos, responsáveis pela reabsorção de tecido ósseo, permitindo sua regeneração por células responsáveis por essa função (os osteoblastos). Linfócitos. Essas células responsáveis pela defesa do corpo possuem núcleo muito grande, quase ocupando todo o seu espaço. Podem ser de dois tipos: linfócitos T ou B. Estes produzem os anticorpos, capazes de reconhecer e combater substâncias estranhas e micro-organismos invasores. Já os linfócitos T atacam e destroem células anormais, como aquelas infectadas por vírus ou cancerosas (linfócitos T citotóxicos, ou CD8), ou estimulam a ação destes e dos linfócitos B (linfócitos T auxiliadores, ou CD4). O sangue também é composto por plaquetas, também chamadas de trombócitos, as plaquetas são fragmentos citoplasmáticos que compõem menos de 1% do sangue, seu número, por mm3 de sangue, varia entre 150 mil e 400 mil. Elas são muito importantes no que diz respeito ao processo de coagulação sanguínea, tanto na prevenção quanto na interrupção desses eventos. Em um ferimento, elas se direcionam ao vaso sanguíneo rompido, formando um tampão; e também propiciam a atuação de substâncias que auxiliam nesse processo. Quando o sangue sai dos vasos, as plaquetas liberam uma enzima, a tromboplastina. Juntamente com íons cálcio presentes no plasma, essa enzima age sobre a protrombina, uma enzima inativa, transformando-a em trombina, uma enzima ativa. Esta catalisa a conversão do fibrinogênio, uma proteína solúvel sempre encontrada no plasma, em fibrina, uma proteína insolúvel, que se precipita formando uma rede de fibras, o coágulo, onde ficam presas as células sanguíneas. 8 CONCLUSÃO: Com essa aula pratica tivemos a oportunidade de visualizar as células do tecido sanguíneo, e entender um pouco melhor sobre as diferenças e importância delas. REFERENCIAS: http://www.vidrariadelaboratorio.com.br/tecnica-esfregaco-sanguineo/ http://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/10/corantes-usados-no- esfregaco.html http://planetabiologia.com/tecido-sanguineo-caracteristicas-e-funcoes/ http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio16.php https://www.colegioweb.com.br/grupos-sanguineos/plaquetas.html http://www.kasvi.com.br/esfregaco-de-sangue-hematologia/ http://biologianet.uol.com.br/histologia-animal/tecido-sanguineo.htm https://www.colegioweb.com.br/histologia/tecido-sanguineo.html https://www.youtube.com/watch?v=BFY82pX85VU 9 IMAGENS: Fig. 2- Células do Sangue Fig. 1- Técnica do esfregaço Sanguíneo Fig. 3- Leucóci tos Fig. 3- Leucócitos F i Fig. 3 Leucócitos Fig 4. Lamina Histológica 1 Fig. 5 Lamina Histológica 2 Fig. 6 Lamina Histológica 3
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