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A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM¹

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM COORDENAÇÃO 
PEDAGÓGICA 
PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO PROCESSO 
ENSINO-APRENDIZAGEM¹ 
 
 
 
 
 
Rubens José de Borba 
 
 
ARAGUAÍNA - TO 
DEZEMBRO – 2011 
1 - Relatório analítico apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Coordenação Pedagógica, como 
exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Coordenação Pedagógica, sob a orientação da 
professora Maria Alves Ferreira de Freitas. 
3 
 
 
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
 
 
 
 
Rubens José de Borba
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO PROCESSO 
ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
ARAGUAÍNA – TO 
DEZEMBRO – 2011 
 
 
 
1
 Graduado em História pela Faculdade de Ciências e Letras de Araguaína (FACILA); Professor na área de 
Humanas, concursado e efetivado na Educação no Estado de Tocantins desde 01/03/1993. Já trabalhei como 
Professor, como Coordenador de apoio, Coordenador Pedagógico e agora em 2011 estou na Função de 
Coordenador de Apoio Financeiro; trabalho no Colégio Estadual Rui Barbosa em Araguaína desde 1994. 
 
4 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NO PROCESSO 
ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 
Rubens José de Borba 
 
 
Resumo: A presente pesquisa-ação focaliza a importância do ato de planejar em todas as 
ações humanas e especificamente na prática docente. A mesma tem como objetivo levar os 
leitores a pensarem sobre planejamento de ensino, sua importância no processo ensino-
aprendizagem. A mesma é fruto do desenvolvimento de um projeto de intervenção, no qual 
foi feito primeiramente um estudo bibliográfico para que se pudesse fundamentar o 
desenvolvimento do mesmo. Foram levantados os problemas e possíveis soluções para os 
questionamentos feitos pela equipe de trabalho. Logo em seguida, foi realizado o projeto de 
intervenção na Escola Rui Barbosa com o intuito de observar como as professoras do ensino 
fundamental concebem, estruturam e executam o planejamento. A partir dos problemas, 
detectados foi realizada uma formação por meio de oficinas, as quais puderam contribuir 
significativamente para a mudança da prática dos docentes em relação à estruturação e a 
execução do planejamento. 
 
Palavras-chave: Planejamento. Processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente relatório analítico apresentado é resultado da pesquisa-ação sobre a 
importância do planejamento na prática docente e teve como finalidade, desenvolver no corpo 
docente do 1º ao 5º ano, melhores condições quanto à aplicação do planejamento no dia a dia 
em salas de aulas do Colégio Estadual Rui Barbosa, em Araguaína, Tocantins. 
 O Colégio Estadual Rui Barbosa, foi fundado em 1965; inicialmente oferecia apenas o 
ensino fundamental de 1º ao 5º ano; em 2002 foi criado o ensino médio através da Lei Seduc, 
nº 2210 de 16 de maio de 2002; atualmente, oferece as modalidades de ensino fundamental de 
1ª e 2ª fase e ensino médio, possui hoje 757 alunos matriculados nos três turnos; conta com 43 
servidores; sendo 23 Professores e 20 administrativos, situa-se, à Rua Tomaz Batista nº 105- 
Bairro JK, Araguaína – Tocantins. É um Bairro distante do centro da cidade e recebe alunos 
de vários bairros vizinhos. 
 A população estudantil apresenta baixo poder aquisitivo e por isso muitos alunos 
evadem à procura de emprego em outras localidades. Somente agora com as campanhas 
educativas feitas pela escola e até mesmo pela televisão, é que começa refletir na consciência 
dos pais e da sociedade que devem participar mais no acompanhamento dos filhos, pois 
estatisticamente, já está provado que os filhos que apresentam melhor rendimento são os que 
os pais dão melhor assistência. Por essas e outras razões é que se fez necessário a elaboração 
do nosso Plano Político Pedagógico, o PPP, pois nele encontram-se várias sugestões a serem 
trabalhadas, escola e comunidade, no sentido de juntas encontrarem soluções para os 
problemas mencionados. 
A pesquisa-ação centrou olhares em noções básicas que possibilitam o entendimento 
do planejamento em todos os seus aspectos, para que estes consigam visualizá-lo como 
instrumento que permita o norteamento de suas ações na área pedagógica, proporcionando 
assim aulas mais criativas e dinâmicas, promovendo um ensino aprendizagem de melhor 
qualidade. 
 
1. 1 - Definição do tema 
 
6 
 
Para tanto se fez necessário o desenvolvimento de um projeto de intervenção com o 
objetivo de apresentar algumas contribuições didáticas e metodológicas para a atuação do 
professor de primeira fase, no que se refere à estruturação do planejamento e execução do 
mesmo. 
Desta maneira este trabalho buscou analisar questões que não se restringem aos 
aspectos teóricos do planejamento, levando em consideração os pontos positivos sobre uma 
prática bem estruturada, atividades no processo escolar das crianças, e ainda pretende situar-
se num contexto que abrange as questões do planejamento referentes à primeira fase do 
Colégio Estadual Rui Barbosa. 
O planejamento implica em uma mudança significativa nos processos de ensino e 
aprendizagem, que permite alterar o modelo tradicional de ensino. O trabalho do professor, 
quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como 
observação, análise, reflexão, organização, entre outras, que estão estritamente ligadas ao 
desenvolvimento intelectual da criança. 
A educação escolar tem como objetivo fundamental promover, de forma intencional, o 
desenvolvimento de certas capacidades e a apropriação de determinados conteúdos, 
necessários para que as crianças possam crescer e se tornarem membros ativos em seu âmbito 
sociocultural de referência. 
Para atingir o objetivo indicado, a escola em conjunto com os professores, 
coordenadores, devem conseguir o difícil equilíbrio de oferecer uma resposta educativa tanto 
compreensiva quanto diversificada, proporcionando um conhecimento comum a todas as 
crianças, que contemple um bom planejamento e, ao mesmo tempo, que respeite suas 
características intelectuais e suas necessidades individuais. 
As acepções do planejamento são discutidas amplamente em nossos dias, onde 
abrange uma gama de idéias. Por si só, não constitui a fórmula mágica que soluciona ou muda 
a problemática a ser resolvida. Exige uma busca cada vez maior de estudos que favoreçam o 
estabelecimento de diretrizes realistas. 
Nunca se deve pensar num planejamento pronto, imutável e definitivo. Deve-se antes 
acreditar que ele representa uma primeira aproximação de medidas adequadas a uma 
determinada realidade, tornando-se, através de sucessivos replanejamentos, cada vez mais 
apropriado para enfrentar a problemática desta realidade. Estas medidas favorecem a 
passagem gradativa de uma situação existente para uma situação desejada. 
7 
 
Conforme foi observado no âmbito da escola pesquisada, o problema motivador para a 
elaboração desde projeto foi na verdade, as dificuldades que as professoras tinham em relação 
ao planejamento, como estruturá-lo e ainda como executá-lo de forma eficiente e eficaz. 
Observou se ainda que, algumas professoras planejam, todas são experientes na sala de aula, 
mas às vezes, no momento de colocar esse planejamento em prática surgiam algumas 
dificuldades para executá-lo; o uso das tecnologias como ferramenta para dinamizar osplanejamentos eram pouco ou quase nunca utilizadas, e após o inicio do projeto e as oficinas 
realizadas, elas passaram a se utilizarem mais dessas ferramentas, apresentando bons 
resultados. 
Por isso, o trabalho desenvolvido na Escola Rui Barbosa, foi de suma importância, 
pois o mesmo causou impactos positivos e resultados satisfatórios a partir de uma mudança do 
modo de trabalho por parte dos professores. A partir desses impactos, pode-se perceber que a 
instituição escolar apresentada neste projeto pôde ter seu planejamento melhorado, pois a 
equipe escolar começou a ter outra visão sobre a essência do planejamento e o que de bom ele 
pode proporcionar na prática de sala de aula. Diante das percepções que se teve, acredita-se 
que, a realização do projeto de intervenção foi de suma importância para o aprimoramento da 
prática do planejamento no processo ensino aprendizagem. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
O projeto de intervenção foi idealizado e aplicado junto ao corpo docente do 1º ao 5º 
ano do ensino fundamental, com a parceria da equipe gestora, nas dependências do Colégio 
Estadual Rui Barbosa localizado em Araguaína – TO. Com o intuito de alcançarmos os 
objetivos propostos, realizamos as ações de cunho pedagógico, as quais foram atreladas ao 
tema proposto e articuladas ao Projeto Pedagógico da Unidade Escolar. Dentre as ações 
realizadas podemos destacar: 
 Entrevista os professores para conhecer suas opiniões sobre o planejamento e suas 
dificuldades em fazê-lo e aplicá-lo. 
 Aplicação de questionários sobre o Planejamento e sua importância na prática 
pedagógica. 
 Estudos de textos sobre Planejamento e sua importância, realização de discussões 
sobre os textos estudados. 
8 
 
 Diagnóstico das dificuldades dos docentes quanto ao ato de planejar e aplicar o mesmo 
em suas aulas. 
 Realização de oficinas de estudos e práticas sobre planejamento. 
 Capacitação dos professores com ajuda de parceiros quanto à utilização das 
tecnologias na elaboração e prática do planejamento. 
 Registro fotográfico das oficinas realizadas. 
 Realização de estudos bibliográficos sobre planejamento e sua importância com 
discussão sobre os textos estudados. 
 
 
2. 1 - Perfil das professoras envolvidas na pesquisa. 
 
A primeira iniciativa que tomamos em relação à nossa pesquisa, através do nosso 
Projeto de Intervenção, foi realizar uma pesquisa com as professoras da 1ª fase do Ensino 
Fundamental. Esta pesquisa se deu com entrevistas com toda a equipe docente, onde foram 
feitos questionamentos relacionadas ao Planejamento para sabermos suas opiniões e 
dificuldades no ato de Planejar. 
Dentre as seis professoras, no início quatro (4) delas, disseram que tinham algumas 
dificuldades no Planejamento, principalmente nos itens de habilidades e competências, duas 
(2) disseram que tinham dificuldades apenas em organizar o Planejamento no papel, mas na 
sala de aula não tinham dificuldades. 
O universo pesquisado foi composto por seis (6) professoras do 1º ao 5º ano, cujos 
perfis podemos descrever assim: 
Professora H, 46 anos, trabalha com o 1º ano, casada, mora bem próximo à escola, 
atua a 17 anos na função foi aluna aqui no Colégio Rui Barbosa, seus filhos também são 
alunos da escola, iniciou a carreira ainda com o nível médio, depois concluiu o Curso Normal 
Superior; é uma boa professora, tem responsabilidade com seu trabalho; é uma professora que 
possui um perfil tradicional; aceita algumas mudanças, está começando a utilizar as 
tecnologias para melhorar a qualidade de seus planejamentos e consequentemente suas aulas, 
mas às vezes têm algumas resistências. 
Professora M. F, 50 anos, trabalha com o 4º ano, casada, mora em frente à escola, atua 
a 17 anos na função foi aluna no Colégio Rui Barbosa, seus filhos também foram alunos da 
escola. Iniciou a carreira ainda com nível médio, depois concluiu o Curso Normal Superior; é 
9 
 
uma professora que tem um bom domínio de sua sala, tem firmeza em suas decisões, é 
também tradicionalista. Está mais aberta às mudanças e inovações, principalmente 
tecnológicas. Já utilizava as novas tecnologias para a melhoria da qualidade de seu trabalho; 
com a aplicação das oficinas e estudos a mesma passou a utilizar-se das tecnologias 
disponíveis para melhorar seus planejamentos de aulas e também dinamizar suas aulas. 
Professora S. M, 34 anos, trabalha com o 3º ano; casada, reside em um bairro próximo 
à escola, está a 04 anos na função de educadora; também foi aluna em nossa escola, seus 
filhos estudaram aqui também, onde concluiu o ensino médio; cursou Pedagogia e se pós-
graduou em Educação Especial; é efetiva e leciona no 3º ano. É uma professora que domina 
bem a sua sala, é muito aplicada; é uma professora mais voltada para o lado progressista; 
aceita as orientações e sugestões para desenvolver melhor o seu trabalho no dia-a-dia na 
escola. Ela já se utilizava das tecnologias e inovações; mas após as oficinas realizadas na 
escola, passou a utilizá-las de uma maneira mais prática e efetiva como ferramenta de 
aprendizagem em sua prática de sala de aula. 
Professora D, 43 anos, trabalha com o 2º ano, casada, tem uma filha; reside ao lado da 
escola; está a 17 anos na função de educadora; como as professoras descritas acima; também 
foi aluna da escola Rui Barbosa e sua filha também estuda nesta instituição. Inicialmente 
possuía também só o ensino médio e após alguns anos cursou o Normal Superior e agora 
desempenha a função de educadora na escola, no Ensino Fundamental. É uma professora que 
adota uma postura tradicional, porém, ultimamente está se tornando uma pessoa mais 
maleável e aberta às sugestões e mudanças na sua maneira de lecionar. A mesma, já se utiliza 
também das tecnologias como ferramenta para auxiliar o seu trabalho. É possível, notar essas 
mudanças que estão ocorrendo após a aplicação das oficinas realizadas com as professoras 
pesquisadas. 
Professora M. L; 47 anos; casada, trabalhava com o 5º ano; tem uma filha; reside 
distante da escola; trabalhou nesta até maio de 2011; trabalhava como contratada temporária e 
foi exonerada; sendo substituída pela Professora S. G. S, era uma boa professora; tem pulso 
forte; trabalha também em uma escola particular; ela também era uma professora 
tradicionalista e não gostava muito de mudanças; mas aceitava e ouvia as sugestões e 
orientações que poderiam melhorar seu trabalho em sala de aula. A sua substituta Professora 
S. G. S, tem 27 anos; solteira, com formação em Pedagogia pelo ITPAC, está a 06 meses na 
função; é uma boa professora, responsável, não é tradicionalista, utiliza-se dos meios 
tecnológicos para melhorar e dinamizar seu trabalho, tanto na sala quanto no planejamento de 
suas aulas; isso ocorreu após as oficinas que realizamos na escola com as professoras. 
10 
 
Professora A. R; 39 anos; casada, tem um filho que estuda na escola Rui Barbosa; ela 
não foi aluna desta escola; reside em um bairro próximo à escola; cursou também o Normal 
Superior e está trabalhando na equipe Rui Barbosa há 09 anos. Esta Professora atua mais 
como dinamizadora; é uma professora de concepção tradicional; não gosta muito de 
mudanças; mas é também uma boa professora; é um pouco avessa às mudanças e tem 
dificuldades em utilizar principalmente as novas tecnologias para auxiliar o seu trabalho no 
dia-a-dia. Ouve as sugestões e orientações, mas não é muito de colocar em prática. Após as 
oficinas que realizamos com as professoras, notamos que houve algumas mudanças na sua 
maneira de atuar. 
Vale ressaltar que o tema planejamento é de suma importância, por esta razão, outros 
professores do Ensino Fundamental II e Ensino Médio também participaram juntamente com 
os demaisdas oficinas que foram realizadas na escola. 
Após a realização das entrevistas, diagnosticaram-se os principais problemas que as 
professoras enfrentavam no dia a dia com relação ao Planejamento e aplicação do mesmo em 
suas aulas. 
Já de posse dos problemas diagnosticados, preparamos duas oficinas de estudos sobre 
Planejamento e práticas pedagógicas; realizamos também oficinas sobre o tema e as 
Tecnologias como aliadas ao Planejamento e sua prática. 
Durante as oficinas, foi aplicado também um questionário de auto-avaliação sobre as 
oficinas ministradas, e obteve-se uma boa avaliação por parte das professoras pesquisadas. 
Foram feitos também registros, ou seja, foram feitas fotos das oficinas realizadas e que 
não estão anexadas neste trabalho. De acordo com as discussões com as professoras, os planos 
são escritos para tornar mais eficiente e mais eficaz a ação das mesmas e, sobretudo, para dar 
consistência a um processo de planejamento, alcançando, como resultado adicional, ser 
educativo. 
Outro detalhe importante diz respeito às metodologias de elaboração de planos que são 
organizadoras de um processo de planejamento. Com muitas metodologias, mesmo que se 
queira ter um processo, fica-se num suceder de planos desligados entre si. Por isso, 
apresentam-se nesse trabalho algumas sugestões, conforme apresentado no referencial teórico, 
de como realizar planos salvando o que é mais fundamental, o processo ensino aprendizagem. 
Nesta tangente, após a realização das oficinas, leituras de textos e discussões sobre o 
Planejamento como uma importante ferramenta na melhoria da qualidade do ensino, notou-se 
que as professoras agora estão mais preparadas e mais seguras no ato de planejar e aplicar 
esses planejamentos em suas aulas. Assim sendo, este Projeto contribuiu bastante com o fazer 
11 
 
pedagógico das professoras, conforme anexo 1 (suprimido), apesar de todas as dificuldades 
enfrentadas por nós, principalmente com relação ao tempo que é muito corrido, conseguimos 
realizar todas as atividades a contento. 
A realização de oficinas pedagógicas privilegiando o planejamento é importante, pois, 
serve como suporte de tempo necessário à implantação de um processo de planejamento. 
O fundamento e resumo desde trabalho é colocar os professores como um grupo a 
decidir seus rumos, sob uma coordenação, num processo em que cada estágio que se alcance 
seja assumido como algo que mereça o esforço de todos, e ao mesmo tempo, seja considerado 
provisório, devendo por isso mesmo, ser ultrapassado por estágios superiores, conforme se 
pode perceber no anexo 2 (suprimido), onde o executor do projeto apresenta as melhorias que 
houve no planejamento depois do PI. Assim, o próprio devolver-se do processo é o melhor 
método para o crescimento contínuo do grupo como um todo e de cada um dos seus membros 
em particular. 
O formidável é frisar que o planejamento serve de fato, para o professor e para os 
alunos; é necessário que ele seja benéfico e ativo a quem se dedica objetivamente, por meio 
de uma ação consciente e responsável, pois se sabe que cada sala de aula tem sua realidade 
distinta, com dificuldades e dissoluções diferentes. Assim, compete ao professor, em 
consonância com toda a equipe escolar, adaptar o seu planejamento, para que garanta o bom 
desenvolvimento da sua execução. 
É importante apontar a participação do gestor da instituição, no desenvolvimento deste 
trabalho, que não mediu esforços para dar sua contribuição para a pesquisa, respondendo os 
questionários e oferecendo sua opinião e sua concepção sobre o planejamento. 
Na execução desta pesquisa, houve também a participação da equipe de docentes que 
compõe a primeira fase do Colégio Estadual Rui Barbosa, totalizando 6 (seis) professoras e 
ainda a participação efetiva da Coordenadora Pedagógica. Toda a equipe contribuiu para que 
este trabalho fosse desenvolvido de forma eficiente. A mesma participou da pesquisa e das 
discussões relativas ao planejamento, refletindo sobre os eixos norteadores que constroem seu 
papel como mediadores ou mesmo facilitadores no processo de ensino-aprendizagem. 
Com seu trabalho e experiências relacionadas ao planejamento e execução deste, foi 
de incondicional relevância para que este trabalho acontecesse, de fato. Foi possível verificar 
também que alguns docentes, em certos momentos, sentem-se pessimistas nas metodologias 
que norteiam o planejamento. 
Após realizarmos as ações aqui elencadas, espera-se que este trabalho possa de alguma 
maneira, contribuir para que o planejamento dos professores de primeira fase da escola seja 
12 
 
feito de forma cada vez mais especifica com vistas à observância dos objetivos a serem 
alcançados, as sugestões das propostas curriculares, para que seja adequado a cada turma, que 
possuem realidades distintas. Foi possível compreender a importância do planejamento e sua 
aplicabilidade, como instrumento norteador da prática pedagógica, para a melhoria da 
qualidade do ensino. 
A colaboração do grupo pesquisado foi de suma importância para que esse projeto 
fosse executado, sendo que, as professoras do 1º ao 5º ano que participaram do projeto foram: 
M. F., H., D., S. M., A. R. e M. L. (S. G. ). 
Assim como a equipe docente, a equipe gestora também participou. O gestor J. A. 
colaborou em todos os momentos que solicitamos, participou das oficinas, nos deu apoio. Os 
outros coordenadores também colaboraram: B., V.e principalmente a nossa Colega de curso 
M. E. que não mediram esforços para nos ajudar e também participaram das oficinas. A 
Orientadora Educacional R. C. também colaborou nas oficinas, tanto na sua elaboração, 
quanto na sua execução, fornecendo condições para o desenvolvimento e aplicação deste 
projeto de intervenção. 
Alicerçado nas linhas-mestres de ação da escola, isto é, no planejamento curricular, 
surge, em nível mais específico, o planejamento de ensino. Esta é a tradução, em termos mais 
próximos e concretos, da ação que ficou configurada no nível de escola. Indica a atividade 
direcional, metódica e sistematizada que será empreendida pelo professor junto a seus alunos, 
e, busca de propósitos definidos. 
 
2. 2 – Fundamentando a prática do planejamento 
 
O ato de planejar faz parte da história dos seres humanos, isto é uma preocupação da 
maioria das pessoas no seu cotidiano, pois estamos sempre enfrentando situações que 
necessitam serem planejadas, assim podemos dizer que a ação de planejar faz parte da vida e 
aquele que não planeja corre o risco de realizar as atividades de forma mecânica sem sentido 
definido, pois sabemos que dentro deste contexto do ensinar e aprender a falta desta prática 
implicará num trabalho realizado de forma alienada. 
Entendemos que, só através da compreensão clara do que é o ato de planejar, é que 
conseguiremos propor mudanças e inovações, as quais permitirão um caminhar mais 
consistentes na longa estrada que nos leva ao conhecimento, visto que, observamos durante o 
ano letivo, professores com muitas dúvidas ao planejar e assim sendo, este projeto visa trazer 
subsídios para os professores quanto às dificuldades ao planejar. 
13 
 
Dentro do planejamento de ensino, deve-se desenvolver um processo de decisão sobre 
a atuação concreta por parte dos professores, na sua ação pedagógica, envolvendo ações e 
situações do cotidiano que acontecem através de interações entre alunos e professores, onde 
na concepção de Turra: 
 
O professor que deseja realizar uma boa atuação docente sabe que deve elaborar e 
organizar planos em diferentes níveis de complexidade para atender, em classe, seus 
alunos. Pelo envolvimento no processo ensino-aprendizagem ele deve estimular a 
participação do aluno,a fim de que possa, realmente, efetuar uma aprendizagem tão 
significativa quanto suas possibilidades. O planejamento, neste caso, envolve a 
previsão de resultados desejáveis, assim como também os meios para alcançá-los. A 
responsabilidade do mestre é imensa, grande parte da eficácia de seu ensino depende 
da organização, coerência e flexibilidade de seu planejamento
2
·. 
 
 
O educador ao elaborar um plano de ensino ou mesmo de uma aula, deverá refletir 
sobre o público alvo a que está direcionando seu trabalho e rechear de intenções e objetivos, 
utilizando-se de estratégias dinâmicas em que desperte o interesse da turma e que venha ao 
encontro do atendimento de forma singular às necessidades destes educandos, pois este é o 
nosso ideal quanto ao propósito deste projeto: transformar pensamentos por meio da reflexão 
e da ação, para que possamos juntos criar condições pertinentes para que cada educador 
construa suas estratégias próprias, a partir do referencial curricular de habilidades e de outros 
recursos didáticos que estão à disposição do professor no seu campo de trabalho. 
Um bom planejamento solicita ações em três esferas: a rede é responsável por dar as 
diretrizes gerais para o trabalho; o coordenador pedagógico deve organizar o planejamento da 
escola; e cada professor precisa definir suas atividades de sala de aula. De acordo com 
Padilha, pode-se observar que: 
 
Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como 
características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos 
que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o 
acompanhamento e a avaliação da própria ação
3
·. 
 
Nos últimos anos, o ensino tem passado por grandes transformações deixando a visão 
de um ensino tecnicista passando a ter uma visão construtivista, isto se explica que o 
professor antes se preocupava somente em ensinar e não levava em conta o aprendizado, 
enquanto nos dias de hoje o professor planeja visando não só ensino, mas o aprendizado, 
 
2
 TURRA et al. 1995, p.18-19 
3
 PADILHA 2001, p. 68. 
14 
 
numa perspectiva que leva em conta o conhecimento prévio do aluno partindo da necessidade, 
isto é da inquietação, do desequilíbrio tão falado na teoria de Piaget. O professor neste 
processo deverá agir como mediador do ensino-aprendizado priorizando a qualidade do 
ensino. Para Xavier: 
 
Essa forma de planejar considera a processualidade da aprendizagem cujo avanço no 
processo se dá a partir de desafios problematizações. Para tanto é necessário, além 
de considerar conhecimento prévio, compreender o seu pensamento sobre as 
questões propostas em sala de aula
4
. 
 
 
 O planejamento ajuda a alcançar a eficiência, isto é, elabora-se um processo de 
planejamento a fim de que seja bem feito aquilo que se faz dentro dos limites previstos para 
aquela execução. 
No planejamento é preciso que se tenha em vista a ação, isto é, a consciência de que a 
elaboração é apenas um dos aspectos do processo e que há necessidade da existência do 
aspecto execução e do aspecto avaliação. Assim, no planejamento, é imprescindível que se 
tenha em mente que é também tornar clara e precisa à ação, organizar o que faz sintonizar 
ideias, realidade e recursos para tornar mais eficiente à ação. Conforme Gandin
5
 “um plano é 
bom, quando contém em si a força que o faz entrar em execução. Ele deve ser tal que seja 
mais fácil executá-lo do que deixá-lo na gaveta”. 
No planejamento, a elaboração é um fator importante, pois ajuda a verificar a que 
distância se está da realidade de cada tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o 
resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir essa 
distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido. Ao agir em conformidade 
com o que foi proposto e revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, 
bem como cada um dos documentos deles derivados, permite que a ação do planejamento 
aconteça de forma eficiente de modo a contemplar a especificidade de cada turma. 
Ao estabelecer objetivos (ações práticas e realizar em determinado tempo) sem saber 
qual a finalidade é, no mínimo, perder tempo. Por isso, algo que é, de fato, condição (no 
planejamento entendido na pura técnica) é a parte mais importante num processo 
compreendido como algo vital. 
 
4
XAVIER 2000, P.117. 
5
GANDIN 2005, p. 25. 
15 
 
“Se o planejamento não leva à clareza em relação ao agir, é preferível evitar falar em 
planejamento: para não se enganar
6”. 
No entanto, com essa pesquisa encontramos suportes que nos auxiliaram e nos 
ajudaram a vencer os desafios que nos incomodava na trajetória do ensinar e aprender dentro 
desta instituição. Melhorando a qualidade da educação oferecida pela mesma, planejando e 
ensinando melhor e conseqüentemente aprendendo melhor. 
 
 
3 – CONCLUSÃO 
 
A prática do planejamento, como instrumento de desenvolvimento do trabalho, 
docente certamente não é a solução de todos os problemas do processo ensino aprendizagem. 
Mas o que se pretendeu com este trabalho, foi ressaltar as possíveis contribuições dessa 
prática para a solução de muitos deles, sobretudo os originados – às vezes – pela não 
estruturação e execução do plano, ou sua prática efetiva. 
Estudiosos do planejamento de ensino consideram o mesmo como um esboço, uma 
situação futura a partir da situação atual e prevê o que, como, onde, quando e o porquê se quer 
realizar tal objetivo, a fim de garantir a objetividade, a funcionalidade, a continuidade, a 
produtividade e a eficácia das metodologias planejadas; tornando o processo ensino-
aprendizagem produtivo, embora não seja uma garantia de aprendizagem. 
Uma afirmação que se pode considerar como conclusiva é sem dúvida que o 
planejamento de ensino eficaz, só funciona de fato se houver um comprometimento do 
professor, ou seja, a busca constante de querer o melhor para suas aulas. 
Um ponto importante para a definição deste trabalho direcionado às atividades 
planejadas para o ensino diz respeito às didáticas, que têm uma importância intrínseca como 
organizadora do processo de ensino aprendizagem. Os procedimentos didáticos, ligados no 
planejamento ganham em especificidade na medida da consideração de cada uma das 
necessidades apresentadas pelas crianças. 
Por meio deste trabalho, foi possível perceber que foi posto em prática de forma 
mais efetiva o planejamento em sala de aula, sendo entendida e incluída no pensamento 
 
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GANDIN 2005, p. 39. 
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educacional das professoras; tornando-se um instrumento pedagógico real, dentro dos seus 
processos de trabalho. 
A contribuição de um bom planejamento, possibilita pensar a subjetividade do 
educando, agregando à análise da aprendizagem, para além do olhar direcionado ao 
conhecimento, também o olhar direcionado ao saber. Com base nas referências teóricas 
abordadas no desenvolvimento deste estudo, pôde-se pensar na importância do trabalho 
desenvolvido em conjunto, onde as professoras desenvolvem habilidades necessárias à vida 
em comum com os colegas, proporcionando entre outros aspectos, crescimento profissional, 
ajustamento às mudanças, exercício de autodisciplina, responsabilidade e união em nível de 
decisões conjuntas. 
Depois de se fazer uma observação e logo após uma pesquisa, na unidade escolar 
Colégio Estadual Rui Barbosa, notou-se que havia uma carência no problema estrutural acerca 
do planejamento, algumas professoras do ensinofundamental do 1º ao 5º ano, tinham 
dificuldades em organizar e aplicar o planejamento em sala de aula; por esse motivo, o projeto 
aqui apresentado foi elaborado e pensado nos problemas detectados e as possíveis soluções 
para os mesmos, a fim de dar subsídios para os professores executarem melhor os seus 
planejamentos e consequentemente, terem aulas melhores e planejadas adequadamente. 
Uma vez preparados para discernirem o aspecto e a importância do planejamento, 
os educadores dentro da própria escola, dos próprios currículos e do próprio processo de 
aprendizagem em si, poderão promover um atendimento às crianças com dificuldades. Em 
outros termos, esse aspecto, uma vez contemplado na formação desses profissionais, ou seja, a 
ampliação da atenção do educador poderá significar a promoção do desenvolvimento das 
crianças. 
Cabe enfatizar que este trabalho, a partir destas conclusões, não suporta a 
pretensão de esgotar as possibilidades da relação do planejamento com a execução, porém 
reafirma que aqui as ações exercidas pelo professor, bem como as ações exercidas pelos 
alunos, são determinantes da relação ensino aprendizagem, como um processo interativo. 
Assim, reitera-se aqui que o objetivo do projeto foi alcançado, de forma que 
houve uma mudança de comportamento por parte da própria coordenação pedagógica que 
passou a acompanhar com mais afinco o desenvolvimento do planejamento da equipe 
docente, da mesma forma em que as professoras passaram também a executar de fato aquilo 
que estava sendo proposto no planejamento. 
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4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 15ª Ed. São Paulo: Loyola, 2005. 
 
LUCKESI, Cipriano Carlos, Avaliação da Aprendizagem Escolar/Cipriano Carlos. 
 
LUZZATO, 1995. Planejamento de Ensino e Avaliação, 11. ed. Porto Alegre: Sagra-DC. 
PADILHA, M. I. C. S. Representações sociais: aspectos teórico-metodológicos. Passo 
Fundo (RS): Universidade de Passo Fundo, 2001. 
Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução Ensino Fundamental. 
 
Projeto Político Pedagógico – CERB/2010/2011. 
 
TOCANTINS. Referencial Curricular do Ensino Fundamental das Escolas Públicas do 
Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano. 1ª Edição. Secretaria do Estado da Educação e Cultura – 
TO. 
 
TURRA, C. M. G. et al. Planejamento de ensino e avaliação.4 ed. Porto Alegre: PUC-
EMMA, 1995. 
 
TURRA, Clodia Maria Godoy; ENCONE, Délcia; ANDRÉ, Lenir Cancela. Planejamento de 
ensino e avaliação. 9ª Ed. Porto Alegre: 1975. 
 
XAVIER, M. L. M. ZEM, M. I H. D. Planejamento em destaque: análises menos 
convencionais. Cadernos Educação Básica 5. Porto Alegre: Mediação. 2000. 
 
 
 
 
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