tema 6

Prévia do material em texto

Estrutura e Análise das 
Demonstrações Financeiras
Autor: Vinícius Fernandes Inácio
Tema 06
Estrutura e Análise das Demonstrações das Mutações do 
Patrimônio Líquido. Estrutura e Análise da Demonstração 
do Valor Adicionado. Relatórios de Análise
seç
ões
2 3
Tema 06
Estrutura e Análise das Demonstrações das 
Mutações do Patrimônio Líquido. Estrutura e 
Análise da Demonstração do Valor Adicionado. 
Relatórios de Análise
Como citar este material:
INÁCIO, Vinícius Fernandes. Estrutura e Análise 
das Demonstrações Financeiras: Estrutura e 
Análise da Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido. Estrutura e Análise da 
Demonstração do Valor Adicionado. Relatórios 
de Análise. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2018. 
Seções
2 3
Seções
LEITURAOBRIGATÓRIA
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
GABARITO
CONTEÚDOSEHABILIDADES
AGORAÉASUAVEZ
GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES
4 544 5
Tema 06
Estrutura e Análise das Demonstrações das 
Mutações do Patrimônio Líquido. Estrutura e 
Análise da Demonstração do Valor Adicionado. 
Relatórios de Análise
54 54 5
Neste caderno, concluiremos nossa disciplina com a apresentação das Demonstrações 
Financeiras DMPL - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração 
do Valor Adicionado, finalizando com os Relatórios de Análise Econômico-financeira.
Tais demonstrações compõem o conjunto de demonstrações financeiras a serem elaboradas 
pelas empresas, destinadas aos seus diferentes usuários: Administradores, Acionistas, 
Governo, Bancos e outros.
A DMPL trata especificamente da evidenciação das modificações ocorridas nas contas que 
compõem o patrimônio líquido, incorporando inclusive uma outra demonstração, a DLPA – 
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Já a DVA, por sua vez, tem o intuito de evidenciar a geração de riqueza gerada por uma 
companhia e como tal riqueza foi distribuída dentre diferentes agentes envolvidos com o 
negócio. Em alguns casos, a DVA é associada ao PIB, Produto Interno Bruto, justamente 
pelo fato de demonstrar a riqueza gerada pelas empresas e, consequentemente, a riqueza 
do país.
Por fim, trataremos do relatório de análise das demonstrações, abordando suas principais 
características e mostrando como ele pode ser construído.
Vamos lá?! Bons estudos!
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6 766 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DPML
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, ou simplesmente DMPL, é a 
demonstração financeira que, como o próprio nome sugere, tem por objetivo evidenciar as 
modificações ocorridas nas contas que compõem o patrimônio líquido.
A DMPL, portanto, apresenta a seguinte estrutura:
Figura 1 - DMPL Lojas Hering
 
Fonte: <https://www.rad.cvm.gov.br/ENETCONSULTA/frmGerenciaPaginaFRE.aspx?NumeroSequencialD
ocumento=63010&CodigoTipoInstituicao=2>. Acesso em: 27 ago. 2017.
76 76 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
De acordo com a Lei 6.404/76, em seu artigo 178, no balanço, as contas serão classificadas 
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o 
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
No caso do patrimônio líquido, este será dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados.
Destacando a composição das reservas acima mencionadas, ainda segundo a referida lei, 
as reservas de lucros serão assim destinadas:
• Reserva Legal
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de 
qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% 
(vinte por cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo 
dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 
182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá 
ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
• Reservas Estatutárias
Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados 
à sua constituição; e
III - estabeleça o limite máximo da reserva.
• Reservas para Contingências
Art. 195. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte 
do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, 
a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
88 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
§ 1º A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e 
justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.
§ 2º A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que 
justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.
• Reserva de Incentivos Fiscais
(Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar 
para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou 
subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de 
cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Incluído pela Lei 
nº 11.638, de 2007)
• Retenção de Lucros
Art. 196. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar 
reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela 
previamente aprovado.
§ 1º O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção 
de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de 
capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso 
de execução, por prazo maior, de projeto de investimento.
§ 2º O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia geral ordinária que deliberar sobre 
o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício 
social. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001).
• Reserva de Lucros a Realizar
Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos 
do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a 
assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à 
constituição de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 2001)
§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do 
98 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela Lei nº 10.303, 
de 2001).
I - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e (Incluído pela Lei nº 
10.303, de 2001).
II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e 
passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término 
do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007).
§ 2º A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo 
obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da 
reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados 
em dinheiro. (Incluído pela Lei nº 10.303, de 2001).
As reservas de capital, por sua vez, que ocorrem por operações estranhas à atividade normal 
da empresa, representando aumentos indiretos do Capital, provenientes de fenômenos 
extraoperacionais,por exemplo, a reserva de ágio na subscrição de ações, que representa 
o ágio recebido quando da venda de ações de uma Sociedade Anônima, por valor superior 
ao valor nominal das mesmas.
• Reserva de Capital
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para:
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros 
(artigo 189, parágrafo único);
II - resgate, reembolso ou compra de ações;
III - resgate de partes beneficiárias;
IV - incorporação ao capital social;
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for 
assegurada (artigo 17, § 5º).
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias 
poderá ser destinada ao resgate desses títulos.
1010 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
Perceba que a demonstração traz uma informação específica e pormenorizada com o intuito 
de explicar para o usuário da informação o que aconteceu com os recursos do patrimônio 
líquido, como foram gerados e para onde foram destinados.
Um ponto importante a ser destacado em relação ao patrimônio líquido é que a Lei 6.404/76 
estabelece outra demonstração como sendo de caráter obrigatório, a Demonstração dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados, a DLPA.
Figura 2 - Modelo de DLPA
Fonte: <http://www.crcpr.org.br/new/content/onLine/atendimento/FAQ/perguntasRespostas.php?setor=2>. 
Acesso em: 27 ago. 2017.
Contudo, por se tratar de uma demonstração mais simples, por considerar apenas as contas 
que envolvem o lucro ou prejuízo da companhia, a própria lei se encarregou de dispor 
sobre a possibilidade de publicar-se a DMPL em substituição à DLPA, visto que a DMPL já 
contempla o conteúdo da DLPA. Vejamos:
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará:
1110 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção 
monetária do saldo inicial;
II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros 
incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os 
decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro 
imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a 
fatos subsequentes.
§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o 
montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na 
demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada 
pela companhia.
Posto isto, a empresa que incluir a DLPA na DMPL ficará desobrigada a publicar as duas 
demonstrações.
Demonstração do Valor Adicionado - DVA
A Demonstração do Valor Adicionado, a DVA, tem por finalidade demonstrar a distribuição 
da riqueza gerada pela empresa. A DVA é formada em duas partes: formação da riqueza e 
a distribuição da riqueza.
Veja o exemplo da DVA da empresa Lojas Hering:
Figura 3 - DVA Lojas Hering
Conta Descrição X6 X5 X4
 7.01 Receitas 3.694 3.822 3.341
 7.01.01 Vendas de Mercadorias, Produtos e Serviços 3.766 3.552 3.199
 7.01.02 Outras Receitas 0 277 260
 7.01.03 Receitas refs. à Construção de Ativos Próprios 
 7.01.04 Provisão/Reversão de Créds. Liquidação Duvidosa -72 -7 -118
1212 13
LEITURAOBRIGATÓRIA
 7.02 Insumos Adquiridos de Terceiros -1.404 -1.495 -1.459
 7.02.01 Custos Prods., Mercs. e Servs. Vendidos -1.156 -1.276 -1.217
 7.02.02 Materiais, Energia, Servs. de Terceiros e Outros -248 -219 -242
 7.02.03 Perda/Recuperação de Valores Ativos 
 7.02.04 Outros 
 7.03 Valor Adicionado Bruto 2.290 2.327 1.882
 7.04 Retenções -57 -56 -45
 7.04.01 Depreciação, Amortização e Exaustão -57 -56 -45
 7.04.02 Outras 
 7.05 Valor Adicionado Líquido Produzido 2.233 2.271 1.837
 7.06 Vlr Adicionado Recebido em Transferência 249 187 110
 7.06.01 Resultado de Equivalência Patrimonial 
 7.06.02 Receitas Financeiras 249 187 110
 7.06.03 Outros 
 7.07 Valor Adicionado Total a Distribuir 2.482 2.458 1.947
 7.08 Distribuição do Valor Adicionado 2.482 2.458 1.947
 7.08.01 Pessoal 327 370 315
 7.08.01.01 Remuneração Direta 284 321 274
 7.08.01.02 Benefícios 24 24 22
 7.08.01.03 F.G.T.S. 19 25 19
 7.08.01.04 Outros 
 7.08.02 Impostos, Taxas e Contribuições 772 746 396
 7.08.02.01 Federais 497 517 186
 7.08.02.02 Estaduais 206 169 149
 7.08.02.03 Municipais 69 60 61
 7.08.03 Remuneração de Capitais de Terceiros 890 863 715
 7.08.03.01 Juros 615 516 418
 7.08.03.02 Aluguéis 0 22 28
 7.08.03.03 Outras 275 325 269
 7.08.04 Remuneração de Capitais Próprios 493 479 521
 7.08.04.01 Juros sobre o Capital Próprio 
 7.08.04.02 Dividendos 
 7.08.04.03 Lucros Retidos / Prejuízo do Período 493 479 521
 7.08.05 Outros 
Fonte: <https://www.rad.cvm.gov.br/ENETCONSULTA/frmGerenciaPaginaFRE.aspx?NumeroSequencialD
ocumento=63010&CodigoTipoInstituicao=2>. Acesso em: 27 ago. 2017.
1312 13
LEITURAOBRIGATÓRIA
O principal objetivo da DVA, portanto, é evidenciar “para onde” a empresa destinou a riqueza 
gerada pelo negócio durante um determinado período.
Basicamente, essa distribuição ocorre entre gastos com pessoal, governo, remuneração de 
capital próprio e de terceiros.
Segundo Versolato Júnior (2012), o objetivo deste demonstrativo é mostrar o montante da 
riqueza gerada pela empresa e a forma como foi distribuída entre os diversos setores que 
contribuíram direta ou indiretamente para sua geração: como fornecedores, funcionários, 
acionistas, etc. durante um determinado período.
A Lei 6.404/76 após a publicação da Lei 11.638/07 passou a ter nova redação no Art. 
176, o qual trata sobre as demonstrações financeiras a serem elaboradas com base na 
escrituração contábil. Entre as demais alterações, houve a inclusão da Demonstração do 
Valor Adicionado – DVA na relação de demonstrações financeiras de companhias abertas.
A legislação apresenta como obrigadas a elaborar a DVA apenas as Companhias Abertas 
(S/A). Contudo, para as demais sociedades, seja sociedade de Capital Fechado (S/A) e 
a sociedade LTDA (sociedade enquadrada como de grande porte ou não) orienta-se que 
elaborem esta demonstração mesmo que apenas para fins gerenciais.
A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar a parcela 
de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa 
demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de 
terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período. (CPC 09)
Ainda de acordo com Versolato Júnior (2012), para os investidores e outros usuários, essa 
demonstração proporciona o conhecimento de informações de natureza econômica e 
social e oferece a possibilidade de melhor avaliação das atividades da entidade dentro da 
sociedade na qual está inserida.
Para fins de análise, a DVA oferece informações para diferentes tipos de usuários, conforme 
segue:
1414 15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Modelo relatório de análise das demonstrações financeiras
O objetivo do relatório de análise é demonstrar os procedimentos usados para avaliar uma 
empresa e, a partir dessa avaliação, indicar aos investidores uma alternativa segura para 
aplicar seus investimentos, pois quem investe quer assumir certo risco, porém, em troca, 
quer um aumento no seu patrimônio ou riqueza pessoal. 
Figura 4 - DVA como instrumento de análise
Fonte: <http://www.essenciasobreaforma.com.br/colunistas_base.php?id=4>. Acesso em: 27 ago. 2017.
1514 15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Figura 5 - Características da boa informação
Fonte: Souza et al. (2016)
Essa avaliação não é útil apenas para quem deseja investir em alguma empresa, mas 
tambémpara o autoconhecimento do desempenho da companhia e, ainda, para eventuais 
comparações com os concorrentes e o mercado como um todo.
Gestores financeiros são obrigados a rever e analisar periodicamente as demonstrações 
financeiras para identificar possíveis problemas e para avaliar o progresso em direção às 
metas estabelecidas.
Trata-se de um processo de avaliação constante para que, na medida em que seja 
identificada alguma discrepância nos indicadores, a empresa tenha condições de alinhar 
seus resultados. 
A utilização de todos os indicadores que vimos até agora, portanto, resultará na elaboração 
de um relatório de análise, cuja elaboração deve ser orientada para a qualidade das 
informações apresentadas aos usuários.
Você se lembra delas? Vamos resgatar rapidamente as características da informação...
1616 17
LEITURAOBRIGATÓRIA
Desse modo, no mundo globalizado a busca pelo resultado é uma constante, porém, além 
do resultado, é necessário se assegurar que o capital aplicado em uma empresa apresente 
resultados maiores que em outras aplicações. 
Tal avaliação é ponto-chave para saber se a opção de abrir um negócio, ou simplesmente 
investir em um negócio existente é a melhor opção de investimento diante das diversas 
possibilidades que o investidor tem.
Vejamos um breve exemplo de análise de uma DRE:
Figura 6 - DRE modelo análise vertical e horizontal
Fonte: <http://www.cavalcanteassociados.com.br/utd/UpToDate294.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
1716 17
LEITURAOBRIGATÓRIA
Diante desse cenário, poderíamos apresentar a seguinte análise:
A análise do demonstrativo mostra que o lucro operacional diminuiu sua participação de 
11,6% para 7,8%, em decorrência, por exemplo, do aumento no custo das vendas, que 
cresceu 10% em X3 comparado a X2, e também das despesas operacionais, que evoluíram 
praticamente na mesma proporção dos custos.
Percebe-se ainda que apesar das despesas operacionais terem se elevado monetariamente, 
quando comparadas à receita, a participação percentual (análise vertical) se manteve 
estável ao longo dos exercícios analisados.
O aumento das receitas de vendas provavelmente não foi como o esperado, o que acabou 
reduzindo o lucro líquido em cerca de 25,9%, decorrente principalmente do aumento das 
despesas financeiras (144,6%).
1818 19
Quer saber mais sobre o assunto? Então:
Uma das contas de compõem o grupo do patrimônio líquido é conhecida como capital 
social, mas você exatamente do que ele trata? Acesse: <https://endeavor.org.br/capital-
social/> para saber mais! 
Mencionamos no tópico que trata da Demonstração do Valor Adicionado a DVA, muitas 
vezes a referida demonstração é associada ao Produto Interno Bruto – PIB. Sendo assim, 
você sabe como o PIB é composto e medido no Brasil? Acesse: <http://g1.globo.com/
economia/pib-o-que-e/platb/> e saiba mais!
Para melhorar sua compreensão em relação ao artigo citado acima, que tratou do PIB, 
assista ao vídeo disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, 
e reflita sobre como a DVA contribui para gerar informações relacionadas ao PIB. Assista ao 
vídeo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=lVjPv33T0hk> para saber mais 
sobre o assunto.
No vídeo a seguir, você conhecerá outras aplicações da análise financeira para uma empresa 
e como os relatórios podem auxiliar na geração de informações úteis para os processos 
decisórios. Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=5ohRLE1aSog> e assista!
LINKSIMPORTANTES
1918 19
Instruções: 
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
1) Vimos que a DVA é uma demonstra-
ção financeira que identifica “para onde foi” 
a riqueza gerada pelas empresas. Sendo 
Considere a DVA apresentada a seguir para responder as questões 2 e 3:
Figura 6 - DVA Guararapes
assim, pesquise no site da Bolsa de Valores 
B3 Brasil, Bolsa e Balcão, duas empresas de 
sua preferência, que atuem no mesmo mer-
cado/segmento e verifique como elas têm 
distribuído sua riqueza.
2020 21
Questão 2:
Com base nas demonstrações apresenta-
das acima, o percentual do valor adicionado 
distribuído para pessoal em X6 seria de, 
aproximadamente:
a) 42,25%
b) 30,5%
Questão 3:
Com base nas demonstrações apresentadas 
acima, o percentual do valor adicionado 
Fonte. <https://www.rad.cvm.gov.br/ENETCONSULTA/frmGerenciaPaginaFRE.aspx?NumeroSequencialD
ocumento=63153&CodigoTipoInstituicao=2>. Acesso em: 27 ago. 2017.
c) 52,51%
d) 61%
e) 47,89%
AGORAÉASUAVEZ
2120 21
AGORAÉASUAVEZ
distribuído para remuneração do capital 
próprio em X6 seria de, aproximadamente:
a) 7,5%
b) 5%
c) 15%
d) 8,5%
e) 3,5%
Questão 4:
Ainda tomando por base a DVA da empresa 
Guararapes apresentada acima, qual o per-
centual da distribuição do valor adicionado 
destinado ao Governo na forma de impostos 
em X6?
Questão 5:
Houve aumento ou diminuição na 
distribuição do valor adicionado para 
pessoal em X6 quando comparado com 
X4? Em que proporção? 
2222 23
FINALIZANDO
O presente caderno tratou das demonstrações financeiras DMPL e DVA, últimas 
demonstrações abordadas na disciplina, bem como alguns aspectos relacionados à 
elaboração do relatório de análise.
Como vimos, a DMPL se encarrega de demonstrar as movimentações ocorridas no grupo 
do patrimônio líquido, ao passo que a DVA evidencia quanto de riqueza uma empresa 
produziu ao longo de um determinado período e como distribuiu isso.
Além disso, vimos ainda os relatórios de análise que, em suma, representam o produto final 
dos cálculos realizados dos indicadores que aprendemos na disciplina. Neles são expressas 
as impressões do profissional acerca da saúde econômico-financeira da empresa, é a sua 
análise sobre os indicadores!
Finalizamos esta unidade com algumas atividades voltadas para a análise da DVA da 
empresa Guararapes, utilizando as técnicas de análise vertical e horizontal para os anos 
de X6 a X4.
2322 23
GLOSSÁRIO
Ágio: montante adicional que se paga sobre o valor de uma mercadoria ou operação 
financeira.
Ajuste de avaliação patrimonial: correção dos valores de ativos e passivos em relação 
ao valor justo.
Valor justo: é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, 
entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem 
uma transação compulsória.
Ações em tesouraria: as ações ou quotas adquiridas da própria companhia ou sociedade 
limitada por ela mesma, e serão registradas em conta específica redutora do Patrimônio 
Líquido.
Reservas: reservas constituídas a partir dos lucros ou reserva de capital com vistas ao 
atendimento à legislação vigente, à capitalização do patrimônio líquido e, ainda, para suprir 
situações imprevisíveis ou emergenciais. 
24 252424 25
GABARITO
Questão 1
Resposta: O aluno deverá pesquisar duas empresas que atuem no mesmo ramo e analisar, 
mediante a técnica de análise vertical, como as empresas têm se comportado em relação 
à distribuição do valor adicionado nos últimos três anos.
Questão 2
Resposta: E
Explicação da resposta:
(Pessoal / Valor adicionado a distribuir) x 100
(1.229.400 / 2.567.289) x 100
47,89% 
Questão 3
Resposta: A
Explicação da resposta: 
(Remuneração de capital próprio / Valor adicionado a distribuir) x 100
(192.459 / 2.567.289) x 100
7,5%
Questão 4
Resposta: B
Explicação da resposta: 
2524 2524 25
GABARITO
(Impostos, taxas e contribuições / Valor adicionado a distribuir) x 100
(623.072 / 2.567.289) x 100
24,27%Questão 5
Resposta: Explicação da resposta: 
((Pessoal X6 – Pessoal X4) / Pessoal X4) x 100
((1.229.400 – 908.607) / 908.607) x 100
35,31%
26 272626 27
REFERÊNCIAS
B3. Brasil, Bolsa, Balcão. Empresas Listadas. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.
com.br/pt_br/produtos/listados-a-vista-e-derivativos/renda-variavel/empresas-listadas.htm>. 
Acesso em: 16 out. 2017.
BRASIL. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm>. Acesso em: 16 out. 2017.
CPC, Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 26 (R1) - Apresentação das Demons-
trações Contábeis. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pro-
nunciamentos/Pronunciamento?Id=57>. Acesso em: 16 out. 2017.
DENACON. Relatórios de Análise. Disponível em: <http://www.denacon.com.br/wp-content/
uploads/2013/02/10.Relat%C3%B3rio-das-an%C3%A1lises.pdf>. Acesso em: 16 out. 
2017.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
PORTAL DE AUDITORIA. Patrimônio Líquido. Disponível em: <http://www.portaldeaudito-
ria.com.br/tematica/auxiliar-contabilidade-patimonio-liquido.htm. Acesso out. 2017>. Aces-
so em: 16 out. 2017.
SOUZA, Marco Aurélio Batista de, et al. Qualidade da informação contábil: uma análise de 
suas características com base na percepção do usuário externo. Disponível em: <http://in-
cubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/viewFile/2939/pdf>. Acesso em: 16 out. 
2017.
VERSOLATO JÚNIOR, Theodoro. DVA - Demonstração do valor adicionado (elaboração 
e análise). Disponível em: <http://www.essenciasobreaforma.com.br/colunistas_base.
php?id=4>. Acesso em: 16 out. 2017.
26 2726 27