Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 2 SÍNDROMES ICTÉRICAS E SÍNDROMES HEPÁTICAS FISIOLOGIA HEPÁTICA Fluxo sanguíneo 25% do débito cardíaco 25% artéria hepática 75% veia porta Oferta de oxigênio 50% da artéria hepática 50% veia porta Suprimento sanguíneo duplo: Veia porta (70%) – sangue oriundo do baco e TGI Artéria hepática – sangue rico em O+2 oriundo da circulação central hepática Após a distribuição para o fígado pela veia porta, o sangue, rico em nutrientes, passa pelos sinusóides hepáticos em contato próximo com os hepatócitos que estão subjacentes antes de drenar na veia hepática Os hepatócitos desintoxicam, metabolizam e sintetizam os produtos da digestão que são entregues a eles. A bilirrubina é transportada para os hepatócitos ligada à albumina e, então, é solubilizada pelos hepatócitos para excreção nas vias biliares Drenagem venosa (veias hepáticas direita e esquerda - veia cava inferior) A arquitetura do fígado é um aglomerado de estruturas com diversas funções O fígado tem uma variedade de funções-chave, incluindo o metabolismo dos produtos de alimentos que comemos, a produção de aminoácidos para formar proteínas, a desintoxicação de drogas ingeridas, a conversão de substancias nitrogenadas a partir do intestino em ureia para subsequente excreção renal, a formação de fatores de coagulação, o metabolismo da bilirrubina, o processamento dos lipídios absorvidos a partir do intestino e a excreção de seus produtos como bile O fígado também armazena glicogênio, que é uma fonte de glicose, e tem um papel no controle de infecções bacterianas através da remoção destas a partir da corrente sanguínea Funções hepáticas: Carboidratos - Armazenamento de glicogênio - Produção de glicose (gliconeogênese) Lipídios - Produção de lipoproteínas, colesterol e fosfolipídios - Conversão de carboidratos e de proteínas em lipídios Proteínas - Remoção de amônia com formação de ureia (aumento de amônia – alterações neurológicas, alterações no ciclo da ureia – problemas renais – Sd. Hepatorenais) Síntese de proteínas plasmáticas Fatores da coagulação - Vitamina K dependentes: II, VII, IX, X - Fibrinogênio, FV e albumina Proteínas carreadoras - Alfa-fetoproteína, transferrina, hepatoglobina - Proteínas do complemento - Ferritina Metabólica - Síntese de colesterol e lipoproteínas circulantes (ex: HDL, LDL, VLDL) - Lipídios, amônia, fármacos, sais biliares (digestão) e bilirrubina - Proteases bacterianas – maior fonte de amônia livre no organismo - Catabolismo de aminoácidos – amônia é convertida em uréia Sintética - Albumina, outras proteínas plasmáticas e fatores da coagulação - Síntese de colesterol e lipoproteínas Angiotensinogenio, trombopoetina e IGF-1 Em resumo: Captação, conjugação e excreção de bilirrubina Armazenamento de ferro e vitaminas Reservatório de sangue Controle simpático das veias hepáticas Armazenamento de glicogênio e produção de glicose Síntese de proteínas plasmáticas Desintoxicar o organismo Filtrar micro-organismos Remoção de amônia com formação de ureia Equilíbrio hormonal Síntese de fatores de coagulação Citoplasmáticas Hepáticas – HEPATÓCITO Aspartato aminotransferase (TGO/AST) – coração, fígado, musculo esquelético e rim (citoplasmática e mitocondrial) Alanina aminotransferase (TGP/ALT) – fígado e rim (citoplasmática) Membranas: Fosfatase alcalina (FA) – fígado, rins e ossos Glutamil transferase (GGT ou Gama GT) – túbulo renal proximal, fígado, pâncreas, intestino As consequências clínicas da doença hepática podem refletir a perda da atividade hepatocelular, com a diminuição das funções de desintoxicação, excreção e de sintetização A interrupção do fluxo da bile pode ser causada pela excreção biliar ineficaz por doença dos hepatócitos ou pela hipertensão portal em decorrência da interrupção do fluxo e sangue através do fígado do doente A disfunção hepatócita resulta na diminuição da produção de fatores de coagulação, albumina e outras proteínas, bem como na redução da formação endógena de lipídios. A lesão hepatócita pode ter uma variedade de causas, incluindo vírus, álcool, doenças autoimunes e medicamentos hepatotóxicos, e é acompanhada pelo vazamento das enzimas celulares na circulação sistêmica A hipertensão portal ocorre em razão da perturbação do fluxo sanguíneo de baixa pressão intra-hepática pela veia porta e em direção a circulação venosa sistêmica, geralmente devido a fibrose no parênquima hepático. Consequências da hipertensão portal incluem a acumulação de ascite abdominal e o desenvolvimento de colaterais venosos protossistêmicos com shunt protossistêmico, resultando assim, na formação de varizes e em encefalopatia hepática. Doenças vasculares, incluindo trombose da veia porta, também podem resultar em hipertensão portal A queixa atual muitas vezes reflete se a causa está relacionada ao caráter difuso da doença, por exemplo, a hepatite viral aguda com lesão hepatócita generalizada apresenta-se como um mal-estar ou cansaço ou por sintomas discretos Pacientes com doença hepática podem apresentar queixas múltiplas, como náuseas e anorexia devido à doença hepatocelular podendo ser acompanhada de desconforto no quadrante superior direito, devido ao estiramento da capsula hepática por edema celular no parênquima e inflamação Pacientes com doença hepática mais avançada, como cirrose descompensada, podem ter disfunção hepatocelular acentuada com icterícia e Coagulopatia, além de hipertensão portal com ascite e sangramento das varizes esofágicas A ascite é a evidencia mais frequente de cirrose e hipertensão portal em um paciente com doença hepática A encefalopatia hepática é uma doença neuropsiquiátrica em pacientes com doença hepática, pode variar de disfunção cognitiva sutil a coma profundo. Os sintomas iniciais incluem um padrão de distúrbio do sono, com insônia noturna e sonolência diurna. A encefalopatia mais avançada pode resultar em comprometimento da memória, confusão e dificuldade em completar as tarefas de rotina FATORES DE RISCO PARA DOENÇA HEPÁTICA O histórico deve incluir questionamento dirigido sobre o consumo de álcool, incluindo a frequência e o padrão Deve-se fazer uma verificação sobre idade inicial do uso de álcool e se o seu consumo tem aumentado com a idade A ingestão de medicamentos, independentemente de obtidos com ou sem prescrição médica, deve ser avaliada porque a doença hepática induzida por drogas é uma causa importante de disfunção hepática O histórico social deve também incluir detalhes sobre viagem recente e convivência com indivíduos com hepatite viral através do contato intimo, familiar e profissional Também é importante perguntar sobre a atividade física intensa que pode resultar na elevação dos níveis das aminotransferases de origem não hepática AVALIAÇÃO DA DURAÇÃO DA DOENÇA HEPÁTICA O diagnostico diferencial em um paciente com doença hepática é determinado em grande parte pelos sintomas apresentados, como icterícia e ascite Resultados de exames de sangue anteriores devem ser recuperados para determinar se a disfunção hepática é de longa data ou mais recente A disfunção hepática de duração inferior a seis meses é considerada como aguda e é frequentemente autolimitada, enquanto as anomalias que persistem por mais de seis meses são crônicas e não são curadas espontaneamente REVISÃO DE OUTROS SISTEMAS DE ÓRGÃOS A dispneia em um paciente com disfunção hepática pode refletir insuficiência cardíaca com congestão hepática Tremor e desatenção em um paciente jovem com disfunção hepática sugere doença de Wilson A neuropatia periférica alcoólica pode apresentar dor, bem como parestesia A síndrome hepatopulmonar também pode ocorrer em associação com a cirrose HISTÓRICO FAMILIAR O histórico familiar deve investigar não apenas sobre os parentes com doença hepática, mas também sobre as condições extra-hepáticas associadas a doença hepática Condições hereditárias hepáticas, como doença de Wilson e hemocromatose, podem ocorrer em vários membros da família EXAME FÍSICOEm um paciente com suspeita de hepatopatia, é fundamental resistir ao costume de efetuar a palpação do abdome imediatamente, o que levaria a ignorar outros indícios importantes de doença hepática Além de notar a icterícia, a observação inicial deve determinar se há perda de massa muscular, estigmas cutâneos da doença hepática, distensão abdominal e edema periférico estão presentes Os sinais vitais podem refletir a circulação hiperdinâmica (característica da cirrose), taquicardia de repouso, pressão de pulso ampla e baixa pressão arterial devido a vasodilatação periférica Hálito hepático (cheiro de mofo) pode ser detectado quando um paciente cirrótico exala Achados mucocutâneos: Icterícia Descoloração acinzentada na pele na hemocromatose Anel de Kayse-Fleischer (círculo acastanhado em torno da periferia da íris) – Doença de Wilson Inchaço da glândula parótida – alcoolismo Cianose central e baqueteamento digital – síndrome hepatopulmonar Perda do musculo temporal e pele facial com aspecto de “papel de moeda” – doença hepática avançada Xantelasma nas pálpebras e na pele ao redor das orbitas – doença hepática colestática Eritema palmar sugere doença hepática em homens Petéquias e equimoses refletem a produção inadequada de fatores de coagulação Exame do abdome: Distensão abdominal e dilatação de veias colaterais – doença hepática avançada com ascite e hipertensão portal Cabeça de medusa na área periumbilical (recanalização da veia umbilical devido a hipertensão portal) Ascite ou macicez móvel Sensibilidade abdominal de um paciente com ascite sugere peritonite Fígado maciço à percussão Extensão do fígado pode ser diminuída em um paciente com cirrose Hepatomegalia em congestão hepática por IC, doença hepática gordurosa não alcoólica, formas colestática da cirrose Vesícula biliar palpável sugere obstrução do sistema biliar, enquanto a dor provocada pela palpação durante a inspiração (sinal de Murphy) sugere colecistite Dor acentuada com hepatomegalia é observada em pacientes com um abcesso hepático Uma ponta esplênica palpável é altamente sugestiva para hipertensão portal O exame retal é obrigatório se houver suspeita de sangramento gastrointestinal por causa de melena, anemia ou encefalopatia hepática inexplicável Pode-se sentir o fígado duro e irregular na cirrose, hepatite viral aguda ou congestão hepática EXAME FÍSICO COMPLETO A presença de estertores e a elevação da pressão venosa jugular sugerem insuficiência cardíaca ou doença do pericárdio com uma causa de congestão hepática A perda de características sexuais secundarias na doença hepática é refletida pela queda de pelos axilares e pubianos, bem como feminização do biótipo corporal em paciente do sexo masculino Edema periférico é comum na cirrose descompensada e evidentemente pode ocorrer antes da ascite Alterações neuropsiquiátricas podem incluir mudanças sutis de personalidade ou encefalopatia hepática mais evidente ESTUDOS LABORATORIAIS Na disfunção hepatocelular causada por hepatite viral, os níveis de aminotransferase são elevados, com o nível de alanina aminotransferase sérica (ALT) maior do que o nível de Aspartato aminotransferase (AST) Na hepatite alcoólica, elevação do AST excede a elevação da ALT Em pacientes com obstrução biliar ou doenças hepáticas colestática, a bilirrubina e os níveis de fosfatase alcalina são elevados A hipertensão portal, devido à fibrose hepática avançada ou cirrose resulta em uma diminuição da contagem de plaquetas em razão do hiperesplenismo Um paciente com um processo predominantemente hepatocelular comumente tem bilirrubina e fosfatase alcalina elevadas e um nível baixo de albumina sérica se a lesão for grave IMAGEM ABDOMINAL A ultrassonografia deve ser o exame inicial em pacientes com icterícia obstrutiva. Isso pode confirmar ductos biliares dilatados em pacientes com obstrução biliar e, muitas vezes, pode identificar causas como uma massa pancreática ou um calculo biliar alojado no ducto biliar comum A ultrassonografia também pode determinar se o parênquima hepático é difusamente anormal, como ocorre em um paciente com hepatite viral aguda e pode, ainda, identificar uma ecotextura hepática brilhante em um paciente com doença hepática não alcoólica, ou pode mostrar uma ecotextura mais grosseira na cirrose Além de confirmar a presença de ascite, a ultrassonografia pode identificar outros sinais de hipertensão portal, como esplenomegalia ou varizes intra-abdominais O fluxo de sague através do portal e vasos hepáticos pode ser avaliado pelo Doppler A ultrassonografia pode identificar massas hepáticas e distinguir uma massa cística de uma lesão solida A TC e a RM adicionam mais detalhes à avaliação da vasculatura hepática, massas hepáticas, e estruturas vasculares A RM também permite a realização de uma colangiografia bem detalhada, evitando assim, CPRE que é mais invasiva A biópsia hepática continua a ser o teste definitivo para avaliar a gravidade da inflamação hepática e da extensão da fibrose na doença hepatocelular difusa. Além disso, pode confirmar hipóteses diagnosticas estabelecidas por testes não invasivos SÍNDROMES HEPÁTICAS Hepatocítica Aguda e Crônica Circulatória Biliar HEPATOCÍTICA AGUDA (Insuficiência hepática aguda) Síndrome clínica causada pela desnutrição súbita ou maciça dos hepatócitos de forma significativa, a capacidade dos hepatócitos de desempenhar suas funções normais Surgimento de encefalopatia dentro de 6 a 8 meses (causada pelo acumulo de amônia) Desenvolvimento rápido de falência hepática em indivíduos sem doença hepática prévia ou com doença hepática crônica compensada Etiologia: Vírus Hepatotrópicos (A, B, C,D e E) – principais causas Toxidade medicamentosa (acetaminofeno/paracetamol) – principais causas Hamacromatose – deposito de ferro, Toxinas, Doenca de Wilson-Cobre, Síndrome HELLP, Hepatite auto-imune – demais causas, Síndrome de Budd Chiari Quadro clínico: Fase inicial – sintomas leves e inespecíficos; icterícia e hepatomegalia Evolui – hipoglicemia, alterações comportamentais Dificuldade de alimentação, sonolência, irritabilidade Encefalopatia hepática Coagulopatia Bradicardia, hipotensão, aumento da PIC, edema cerebral Disfunção dos hepatócitos: Encefalopatia Icterícia Distúrbios de coagulação Hipoglicemia Acidose metabólica Comprometimento de múltiplos órgãos: Vasodilatação generalizada Hipotensão grave Tendência a infecções Insuficiencia renal Edema cerebral ***Mais comum achar: icterícia, edema, ascite e alterações vasculares (petéquias, spiders)*** ENCEFALOPATIA HEPÁTICA Síndrome neuropsiquiátrica, potencialmente reversível, caracterizada por mudanças na personalidade e no comprometimento da cognição, da função motora e do nível de consciência É a incapacidade do fígado de metabolizar substâncias que atingirão o cérebro e causarão lesão ao parênquima (amônia) Três condições básicas: Acúmulo plasmático de neurotoxinas Efeito de falsos neurotransmissores (local de sinapse alterado) Ação de substancias neuroinibitórias Sinais: Confusão leve até coma Inversão do ritmo de sono Alteração súbita de personalidade Distúrbio de comportamento Dislalia Desorientação Flapping Obnubilado Fase pré-cromatosa: hipertonia e hiper-reflexia Coma profundo: hipotonia e hipo ou arreflexia Grau I – alterações leves de comportamento, alternância do ritmo de sono, distúrbios discretos do riso e choro fácil, hálito hepático Grau II – letargia ou apatia, lentidão nas respostas, desorientação temporo-espacial, alterações na personalidade e comportamento inadequado, presença de Flapping Grau III – sonolência e torpor com resposta aos estímulos verbais, desorientação grosseira, agitação psicomotora, desaparece o Flapping Grau IV – coma não-responsivo aos estímulos verbais e com resposta flutuante à dor Quadro clínico: Bradpsiquismo: transtorno da velocidade de pensamento, uma patologia neurológica caracterizada por favorecer a lentidão dos processos psíquicos eintelectuais Diagnostico: Exames laboratoriais: - Hemograma com plaquetas - Tempo de protrombina - Glicemia - Alaninaminotransferase (ALT), aspartataminotranferase (AST) - Gamaglutamiltransferase (GGT) - Fosfatase alcalina e bilirrubina - Bilirrubina total e frações - Proteína total e frações - Função renal, gasometria arterial - Lactato, dosagem de acetaminofeno - Toxicologia - Sorologia (Hepatite, CMV, EBV) - Biópsia hepática Exames de imagem: - Ultrassom de abdome com doppler - TC Exames laboratoriais: Bilirrubinas - Produto final da destruição da porção “heme” da hemoglobina e outras hemoproteínas - A bilirrubina indireta (não conjugada) X bilirrubina indireta (ou conjugada) - Bilirrubina indireta é causada pelo aumento da degradação do heme ou deficiência da conjugação no fígado BD > BI – pós hepática BI > BD – pré ou intra-hepática Relação AST (TGO) / ALT (TGP) As duas enzimas costumam subir e descer mais ou menos na mesma proporção em doenças hepáticas Níveis séricos de até 300 U/L são inespecíficos Elevações de ambas acima de 1.000 U/L ocorrem quase exclusivamente nos distúrbios associados a extensa lesão hepatocelular Gama GT - Enzima encontrada em grande quantidade no fígado, rins, pâncreas, intestino e próstata - Marcador muito sensível de doença hepática - Cerca de 15% das pessoas tem a Gama GT acima dos valores considerados normais sem a presença de qualquer doença, mesmo com valores acima de 100 U/L - Elevações da Gama GT também podem estar associadas, sem nenhum significado patológico, ao uso de álcool e algumas medicações valores normais: 8 a 41 U/L (mulheres) e 12 a 73 U/L (homens) Diagnostico: Achados clínicos: - Icterícia - Diminuição do volume hepático (ou até aumento) - Encefalopatia Achados laboratoriais: - Hiperbilirrubina - Aumento de aminotranferases - Níveis plasmáticos alterados dos fatores de coagulação - Alargamento do tempo de protrombina - Redução do fator V (50% menor) INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA CRÔNICA (alteração da função) E CIRROSE HEPÁTICA (alteração da arquitetura) Consequência de um dano hepático crônico Processo IRREVERSÍVEL que cursa com reagudizações Presença de nódulos de regeneração, rodeados por fibrose que alteram a circulação hepática Álcool e hepatite crônica (cirrose) O sangue não flui corretamente dentro do fígado, esse sangue se acumula no sistema porta-hepático e faz-se necessário a circulação colateral pelo sistema ázigos. Como consequência tem-se varizes esofagianas (causa de HDA). Também pode se observar esplenomegalia, insuficiência renal (sd. Hépato renal), edema e ascite (extravasamento de líquido para o terceiro espaço), spiders (alterações de microcirculação e coagubilidade) e atelectasias (MMII). Além disso pode causar desnutrição (perde as bolas de Bichat). Sem metabolização hormonal, ocorre o acumulo de estrogênio – ginecomastia. Acumulo de bilirrubina – icterícia. Não metaboliza amônia – sintomas neurológicos SÍNDROMES HEPÁTICAS CIRCULATÓRIAS Supra-hepática (ICC, insuficiência cardíaca d, estenose e insuficiência. Tricúspide): Após 6 meses de fígado em estado de estase Pode evoluir para “Cirrose Cardíaca” “Fígado em estase” Sd. Buddi Chiari – trombose das veias supra-hepáticas - raro Percussão vai estar mais maciça e bem palpável Intra-hepática – alterações circulatórias consequência da cirrose hepática (mais comum) Sub-hepática – compressão extrínseca da veia porta (raro) *** Para diferenciar eventos hepáticos de cardíacos deve se olhar a estase jugular, em eventos hepáticos esta não deve estar presente!!!!! *** INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA PORTA Sd. Buddi Chiari Trombose das veias supra-hepáticas Dor hipocôndrio D e hemitórax D Hepatomegalia Sinais de insuficiência hepática Ausência de congestão cardíaca – sem estase jugular HDA: Hemorragia Digestiva Alta Varicosa: sangramento decorrente de rotura de varizes do TGI = mais comum varizes de esôfago Hematêmese (vômitos com sangue vermelho-vivo ou vômitos com sangue escurecido) Melena (fezes enegrecidas/pretas, sangue de aspecto digerido, pastosas e fétidas) Manifestação em choque hipovolêmico SÍNDROMES HEPÁTICAS BILIAR (lesão pós-hepática) Coledocolitíase Cálculo impactado a via biliar Dor em HCD irradiado para epigástrio, e dorso a d Empachamento, náuseas e vômitos – Febre Manobras de palpação de fígado (lemos-torres, mathie ou chiray-pavel) dolorosas Sinal de Murphy positivo ICTERÍCIA Diagnóstico: Colangioscopia retrógrada endoscópica (CPRE), USG, Colangioressonância Tumor de Klatskin Tumores de vias biliares extra-hepáticas Icterícia Empachamento, náuseas e vômitos Massa palpável – casos avançados EMAGRECIMENTO Colangite esclerosante Processo autoimune raro Inflamação das vias biliares intra e extra-hepáticas Leva ao quadro de insuficiência hepática e cirrose hepática (biliar) – há uma destruição importante dos ductos biliares por conta da estenose Sinais e sintomas: - Fadiga (75%) - Prurido (60%) - Dor e icterícia (10%) - Febre (20%) - Hepato-Esplenomegalia (50%) - Pigmentação da pele (25%) Diagnóstico: CPRE
Compartilhar