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Aula 4 Comunicação Organizacional 1 A Comunicação Organizacional na Sociedade da Informação “Sociedade Pós-Capitalista”, ou “Sociedade do Conhecimento”, o que aqui chamamos de “Sociedade da Informação”. A época em que vivemos é um período de transformação em que está sendo gestada a Sociedade Pós- Capitalista. É uma época marcada pelo excesso de informações e até mesmo pela dificuldade em classificá-las quanto às suas prioridades e à sua importância, visto que, com o avanço do acesso à tecnologia, todos se tornam formadores de opinião, transmissores de notícias para o grande público e receptores de informações provenientes de incontáveis fontes, nem todas dotadas de credibilidade. Entre as características mais visíveis dessa sociedade estão as transmissões de dados a baixo custo e a ampla utilização das tecnologias de armazenamento de dados. A informação flui em velocidade e quantidade imensuráveis. A Sociedade da Informação é assim denominada por estar associada a uma “explosão informacional”, em que a produção e a disseminação das informações provêm de inúmeras fontes e se dão em todas as direções. Toma-se por marco divisório para a criação da chamada Sociedade da Informação o desenvolvimento e popularização da internet. Informações são fenômenos externos ao indivíduo e, na sociedade atual, há informações em excesso, disponíveis em todo lugar, acumuladas desordenadamente. Conhecimento, é a informação processada na interioridade de cada um: é fenômeno humano e desperta a ação. Com os avanços tecnológicos, o volume de informações que todo cidadão recebe é crescente e imensurável. Sociedade da informação grande fluxo de mensagens disponiveis .Os dados estão acessíveis as equipes, mas só se transformam em resultadosse os usuarios souberem descodifica-los, compeende-los, e trabalha-los. Sociedade do conhecimento além de ter informação, é preciso saber transforma-la em conhecimento estratégico e produtivo .As organizações inseridas nessa realidade devem obrigatoriamente, saber interagir. 2 A Comunicação Organizacional e a Responsabilidade Social Responsabilidade social é quando as empresas decidem, voluntariamente, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. As organizações percebem, que precisam estar inseridas na sociedade, contribuindo com o seu desenvolvimento. As empresas causam impactos na sociedade e são também influenciadas por esta. Filantropia são ações pessoais e isoladas. Responsabilidade social deve estar presente no próprio planejamento estratégico da organização e fazer parte de seu cotidiano. O Pacto Global, prega que as empresas devem adotar valores fundamentais quanto a relações de trabalho, direitos humanos, meio ambiente e até mesmo o combate à corrupção. 10 princípios fundamentais para a prática cidadã por parte das empresas e organizações. Direitos Humanos: 1) As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente. 2) Devem assegurar-se de sua não participação em violações desses direitos. Relações de trabalho: 3) As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva. 4) A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório. 5) A abolição efetiva do trabalho infantil. 6) Eliminar a discriminação no emprego. Em relação ao Meio Ambiente: 7) Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais. 8) Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental. 9) Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis. 10) As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina. É preciso agir com ética e responsabilidade para se divulgar as ações de responsabilidade social. Ações sociais conferem credibilidade e estabelecem diferenciais para sua imagem frente à dos concorrentes. Por outro lado, as empresas correm o risco de que a sociedade veja essa divulgação como imprópria, como se a empresa procurasse apenas tirar proveito público do apoio a projetos sociais, em vez de querer, de fato, ajudar as comunidades. A organização deve apoiar causas sociais e ambientais que correspondam aos seus valores, missão e objetivos. Quando são ações dissociadas, elas não chegam a despertar vínculo com a marca na mente do consumidor, ou seja, soam falsas ao cidadão. 3 A Comunicação de Marketing como Diferencial Estratégico Marketing é a comunicação eficiente entre a empresa e o cliente. Oobjetivo é procurar satisfazer as necessidades desse cliente, ou encantá-lo e seduzi-lo ,conquistar o cliente de forma duradoura. Tradicionalmente, o marketing é definido como o processo que permite que indivíduos obtenham o que desejam ou necessitam, por meio da troca de produtos ou serviços de valor com outras pessoas. É, portanto, um processo que estimula as relações comerciais. As ações de marketing e comunicação de uma organização devem fazer parte do seu planejamento estratégico. A palavra “estratégia” vem da área militar e expressa a ideia de que é preciso observar os cenários e detectar as oportunidades para agir. O marketing estratégico é justamente o que parte da análise do cenário para que suas ações sejam mais certeiras. O profissional de marketing é um estrategista responsável pela competitividade empresarial e pelo aumento da lucratividade. O marketing estratégico busca criar vantagens competitivas para que se alcancem os seguintes objetivos: criar na empresa uma visão focada no cliente; orientar a empresa para o mercado; manter a empresa informada sobre mudanças nos seus ambientes competitivos; posicionar a empresa no mercado; criar uma identidade empresarial; criar valor para o cliente; comprometer seus clientes internos. Mix ou composto de marketing, o conjunto de tópicos básicos denominado “4Ps”: Produto O que o cliente quer do produto? Quais atributos ele precisa ter? Como ele será usado? Qual seu nome? Preço Qual valor pelo seu produto? Já existem referencia na sua área? O cliente é sensível ao preço? Como você será comparado? Praça Onde o cliente procura pelo seu produto?omo voce pode acessar canais de distribuição? Qual o tipo do esforço de venda? Onde seus concorrentes estão? Promoção Onde você vai anunciar seu produto? Qual o melhor momento para promover? Qual padrão de mercado para esse tipo de produto? Ao planejar suas ações de marketing, uma organização deve considerar o seguinte passo-a-passo: 1) analisar as oportunidades; 2) selecionar os mercados-alvo; 3) desenvolver o mix de marketing; 4) gerenciar os procedimentos. Por produto, deve-se entender tudo aquilo que a organização disponibiliza para troca (comumente essa troca é a venda em si), como os produtos propriamente ditos, os serviços ou, por vezes, a própria organização. Ao planejar suas ações de marketing, uma organização deve considerar o seguinte passo-a-passo: 1) analisar as oportunidades; 2) selecionar os mercados-alvo; 3) desenvolver o mix de marketing; 4) gerenciar os procedimentos. Para agir com vistas a obter resultados com o marketing, a empresa deve buscar vantagens competitivas que possam fazer com que a organização se destaque frente às concorrentes, e isso pode acontecer com a determinação da estratégia correta, dentre três possíveis caminhos: custos mínimos, diferenciação ou nicho .Também é possível, e muitas vezes desejável, adotar simultaneamente mais de uma dessas possibilidades. 4 A Divulgação e a Preservação das Marcas, Produtos e Serviços Os valores, a cultura e a personalidade são os significados mais permanentes de uma marca. A marca é um dos ativos mais importantes para uma organização, pois é determinante para que ocliente opte por este ou aquele produto ou serviço. É cada vez maior o número de empresas que percebem isso e que, com essa visão, preocupam-se em preservar e fortalecer suas marcas. Quando bem trabalhada, a marca torna-se um bem valioso para as empresas. A marca adquire importância cada vez maior no mercado. “Um nome, um símbolo, um design, qualquer que seja a sua forma, a marca contribui para o processo de decisão do consumidor, à medida que diferencia o serviço em relação à concorrência. Os valores, a cultura e a personalidade são os significados mais permanentes de uma marca”. Marca é o que distingue o produto ou serviço. É a identificação que o cliente faz do que lhe é oferecido por determinada empresa. É um nome diferenciado ou símbolo (logotipo, marca registrada ou desenho de embalagem) destinado a identificar certos bens ou serviços e diferenciá-los dos concorrentes. marca deve estar associada a algo positivo. As regras básicas para a construção de uma boa marca são: Associação: A marca deve estar associada a ideias e qualidades. Símbolo: ajudar a memorizar e gravar um produto. Logotipo: É um símbolo constituído por palavra ou grupo de letras, apresentadas em desenho especial, que marque ou chame a atenção. O logotipo é, geralmente, o nome da empresa escrito de forma incomum, em elementos e cores que transmitam a imagem que ela pretende ter no público. Logomarca: Nem sempre a escrita ou a grafia basta para marcar. Às vezes, é necessário associá-la a uma imagem, sinal ou desenho. É preciso relacionar o logotipo com o símbolo. A associação é chamada de logomarca. Divulgar a marca, ligando-a ao produto ou ao serviço, é dar visibilidade a ela. Para se preservar uma marca, é fundamental, desde o início, registrá-la junto aos órgãos oficiais específicos, para que ela tenha proteção jurídica e não possa ser copiada. Feito o registro, pode-se divulgar com mais segurança uma marca. Dicas para se divulgar marcas e produtos sem gastar muitos recursos. Estar presente nas redes sociais, divulgando informações e conteúdo relevante para o consumidor. Reconhecer o público-alvo é uma forma de concentrar recursos para estar exatamente onde está o seu consumidor. Parceria é a palavra do momento quando se trata de divulgar da maneira mais direcionada sua marca, seus produtos e seus serviços. Parcerias com fornecedores ligados ao produto, por exemplo, podem ajudar na divulgação. Parcerias com formadores de opinião fazem destes divulgadores da marca. Criar uma relação emocional com o consumidor. Isso aumenta o grau de satisfação do cliente para com o produto ou serviço adquirido. Manter cadastros personalizados, como forma de conhecer melhor seu público consumidor. Quanto mais a empresa tiver informações sobre os clientes, seus hábitos de compra, seus gostos e predileções, as datas de seus aniversários etc., mais facilmente poderá agradá-los e surpreendê-los. Tornar a marca popular para que se possa alcançar, por exemplo, sucesso nas vendas, é preciso Contato visual — ou seja, a exposição da marca deve ser visualmente impactante. Formas tradicionais de divulgação, ( Panfletos, anúncios de rádio, jornais e outdoors) , conforme o tipo de produto ou serviço que se pretende divulgar. Novas mídias não podem ser esquecidas. É fundamental reconhecer a importância de redes sociais, sites e portais de internet. Estabelecer qual o orçamento disponível, é importante ter um orçamento com destinações específicas para o investimento em marketing. O gestor deve constantemente, avaliar os resultados dos investimentos em divulgação, para redesenhar suas campanhas sempre que necessário. O planejamento de marketing, é fundamental para que a divulgação e preservação de marcas, produtos e serviços ocorra de forma satisfatória. O planejamento deve conter os objetivos maiores da organização com as ações de marketing. É preciso compreender se a intenção é gerar visibilidade, vender mais, promover o produto junto à Opinião Pública etc. O segundo passo importante do planejamento é estabelecer quem é o público-alvo da ação.. Informações como idade, sexo, classe social, escolaridade, preferências... são importante para que se possa divulgar com eficiência a marca, o produto e o serviço. Escolher os canais por meio dos quais a organização irá se comunicar com o público. Escolher veículos adequados poupa recursos e possibilita uma comunicação mais direta com o público-alvo. Também é fundamental construir de forma adequada o conteúdo a ser transmitido para o público-alvo. 5 Comunicação na Administração Pública e Privada A comunicação na Administração Pública deve seguir os mesmos princípios cuja importância já foi estudada no que diz respeito às mais diferentes organizações: a estruturação da comunicação interna e externa, além de todas as ferramentas de comunicação institucional (setores de Relações Públicas, Assessoria de Imprensa, Publicidade e Propaganda, Jornalismo Organizacional etc.). Porém, é importante frisar que, enquanto a empresa privada pode ter por objetivo vender ou conquistar o público interno e o externo, a administração pública tem obrigação de prestar contas à sociedade e servir a ela. Quando pratica uma comunicação interna eficiente, o objetivo da empresa pública deve ser o de manter suas equipes bem informadas, para que estas saibam atender e responder bem ao cidadão e sintam-se motivadas a dar o melhor de si no trabalho. Assim como acontece em todas as formas de Comunicação Organizacional, também na área pública é necessário entender que o público-alvo interno é um dos mais importantes para a adoção de boas estratégias de comunicação, pois é ele o responsável por fazer valer a missão e cumprir os objetivos da organização. Prado (2007) salienta que a comunicação é justamente o elo entre a missão, os valores e objetivos e os públicos de interesse da organização. É por meio dela que se dá a interação para o estabelecimento de relacionamentos, promovendo o comprometimento das equipes. De maneira muito própria, com base na obra Tratado de comunicação organizacional e política, de Gaudêncio Torquato, Prado (2007) enumera um roteiro de dez funções da comunicação na Administração Pública. Tal roteiro é um modo eficiente, segundo essa autora, para planejar a comunicação. As funções enumeradas por ela para a comunicação em suas mais diversas abordagens são as seguintes: 1) A comunicação como forma de integração interna: Importante para alimentar de informação os ambientes internos, promovendo a motivação, a integração e o comprometimento das equipes, as quais, por sua vez, tornam-se mais engajadas no cumprimento das metas e na conquista da missão assumida pela organização. 2) A comunicação como forma de expressão de identidade: Segundo a autora, os três poderes carecem de melhoras em suas estruturas de comunicação. O Poder Executivo sofre constantemente da desintegração das estruturas e equipes, o que acaba gerando dissonância na comunicação. E dissonância fragmenta a identidade governamental. A comunicação integrada e comandada por um polo central tem condições de equacionar esse problema. O poder legislativo carece de um planejamento de comunicação externa, voltado para traduzir todas as funções e atividades, salvaguardando a imagem da instituição. O poder judiciário , o mais fechado, carece da mesma intensificação de programas de comunicação externa. (Prado, 2007) 3) A comunicação como base de lançamento de valores: É importante que os valores da organização estejam centrados nos interesses públicos e no papel da instituição, e não nos de seus dirigentes. Os valores alinham a cultura interna da organização e firmam seus conceitos. 4) A comunicação como base de cidadania: A comunicação clara e transparente é uma obrigação da instituição e o acesso a ela é um direito dos usuários e consumidoresde seus serviços. A comunicação que diz respeito a uma instituição pública não pode ser sonegada. 5) A comunicação como função orientadora do discurso dos dirigentes: Os dirigentes de uma instituição pública devem estar preparados para responder por ela e, para isso, devem ter ampla bagagem conceitual e cultural, além de estarem sempre abertos ao aprendizado sobre como se comunicar com os mais diversos públicos. 6) A comunicação como forma de mapeamento dos interesses sociais: Assim como uma empresa privada deve estar focada no cliente, a empresa pública deve ter o cidadão como foco de suas ações. A comunicação, portanto, deve considerar as demandas públicas. 7) A comunicação como forma de orientação aos cidadãos: A comunicação pública é também fonte de educação e deve orientar a população, sedimentando o conhecimento dos receptores. Um exemplo dessa função são as campanhas educativas a respeito de doenças, vacinações etc. 8) A comunicação como forma de democratização do poder: “Compartilhar as mensagens é democratizar o poder”, afirma Prado (2007). Se as empresas privadas têm obrigação moral de exercer a transparência, nas públicas esse dever é ainda maior. A comunicação como forma de integração social: Conforme salienta a autora, “quem dispõe das mesmas informações pode entender melhor seus semelhantes, dialogar, colocar-se no lugar do interlocutor” (Prado, 2007). 10) A comunicação como instrumento a serviço da verdade: A verdade deve pautar sempre as ações de comunicação na área pública, até porque informações incorretas, incompletas ou mentirosas logo são revertidas. Cada vez mais, as organizações públicas têm adotado as técnicas da Comunicação Organizacional empregadas pelas empresas privadas. Isso ocorre, pela pressão da opinião pública, que exige transparência e bom atendimento e, também , pela própria necessidade de otimizar o relacionamento com o público interno e externo. Por isso, as técnicas da Comunicação Organizacional têm extrapolado o âmbito das empresas privadas e alcançado também as organizações públicas. O fato é que, tanto na Administração Pública quanto nas organizações privadas, a comunicação deve ser tratada como instrumento estratégico para promover os melhores relacionamentos, tanto com o público interno (empregados, terceirizados e funcionários públicos) quanto com o externo (clientes, fornecedores, parceiros, acionistas, concorrentes, sociedade em geral). A grande diferença é que, enquanto a comunicação nas organizações pode ter por objetivo seduzir o cliente para relações comerciais de compra e venda, na administração pública trata-se muito mais de conseguir o engajamento do público interno e prestar satisfações à sociedade. A transparência e o fortalecimento da cidadania devem ser os objetivos maiores da comunicação organizacional. Em outras palavras, a iniciativa privada pode fazer “propaganda” de seus produtos e serviços, mas a administração pública deve divulgar seus atos com a intenção de informar o público e explicar-se junto a ele. Se é válida na iniciativa privada a máxima de que a comunicação organizacional não deve ocultar ou distorcer fatos, isso é especialmente verdadeiro na Administração Pública. Se um órgão público não explica suas ações e não comunica seus atos, isso é feito de maneira informal por fontes não oficiais. Um dirigente de órgão público não pode se dar ao direito de não responder a uma denúncia, de se esquivar de uma abordagem. Por ser um servidor público, ele deve assumir publicamente seus atos e responder por eles, e também pelas orientações que der à empresa pública. Além de divulgar, institucionalmente, seus atos, a empresa pública deve também responder por eventuais problemas em que seja envolvida.
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