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Sono (Resumo)

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SONO
Natália Bonfá
Prof. Suzana Herculano (aula)
Medicina - UFRJ
ELETROENCEFALOGRAMA (EEG)
- Gera uma medida que nos permite visualizar a atividade generalizada do córtex cerebral
- Muito usado para diagnosticar epilepsias e para estudos relacionados à atividade cerebral
- Os eletrodos são arames fxados no escalpo com adesivo condutor para assegurar uma conexão com baixa 
resistência. Esses eletrodos são conectados a canais de amplifcadores e sistemas de registro, que farão os desenhos 
das ondas registradas
- Um EEG típico é um conjunto de traçados irregulares simultâneos, indicando alterações de voltagem entre pares de 
eletrodos
- O EEG mede a voltagem gerada pelas correntes que fuem durante a excitação sináptica dos dendritos de muitos 
neurônios piramidais no córtex cerebral, que se situa logo abaixo da superfície craniana e constitui 80% da massa 
encefálica
- São necessários muitos milhares de neurônios subjacentes, ativados conjuntamente, para gerar um sinal de EEG 
grande o sufciente para ser plenamente visualizado
- A amplitude do EEG depende da SINCRONIA da atividade dos neurônios: quando um grupo de células é excitado 
simultaneamente, os pequenos sinais se somam para gerar um grande sinal mensurável na superfície. Porém, quando 
as células recebem essa mesma quantidade de excitação, só que de fora dispersa, os sinais são mais fracos e 
irregulares. Ou seja, o número de células ativadas e a quantidade total de excitação não variou, apenas o ritmo da 
atividade (fcou com frequência maior)
Obs: Magnetoencefalografa (MEG) – mede o campo
magnético gerado pela corrente elétrica dos axônios
RITMOS/ONDAS DO EEG
- São categorizados por sua faixa de frequência, cada
faixa sendo representada por uma letra grega:
→ Ondas Alfa: Asociadas a estados de vigília, em
calmo repouso
→ Ondas Beta: Sinalizam córtex ativado
→ Ondas Teta: Ocorrem durante alguns estados de
sono
→ Ondas Delta: São lentas e indicam sono profundo
→ Ondas Gama:
Baixa amplitude/Alta Frequência: estão associados a
vigília e estado de alerta, ou estágios de sono em que
ocorrem sonhos. Característico de um córtex cujas
células estão com alta ativação, mas de forma
dessincronizada. Há predomínio de ondas beta nesse
estado.
Alta amplitude/ Baixa Frequência: esta associado a
sono sem sonhos e coma. A sincronia é alta, causando
as altas amplitudes no EEG.
- A sincronização dos neurônios pode ocorrer de duas
formas:
1) Através de um marca-passo, que os controla. Um
exemplo desse marca-passo é o Tálamo, com sua
maciça eferência para todo o córtex. Seus neurônios
podem gerar potencias de ação de forma muito
ritmica, pois possuem canais iônicos dependentes de
voltagem que gera padrões de descarga rítmicas auto-sustentáveis. Esses ritmos são passados para o córtex pelos 
axônios tálamo-corticais, os quais excitam neurônios corticais.
2) Através deles mesmos, das sinapses que os conectam. Um deles sente o que o outro está fazendo, e passa a fazer 
em conjunto, sendo que eles próprios regulam o ritmo e se autoregulam
Obs: As funções desses ritmos são um tanto desconhecidas. Acredita-se que possa estar relacionado com a 
necessidade de desconexão do sistema sensorial. O tálamo é quem permite que as informações sensoriais passem 
através dele e sejam processadas no córtex. Mas quando suas células estão em sincronia, não há retransmissão da 
informação sensorial para o córtex.
CRISES DE EPILEPSIA
- É a forma mais extrema de atividade encefálica sincrônica. São ataques, ou crises, sucessivos
- Uma crise generalizada envolvendo o córtex cerebral, e uma crise parcial envolve uma área circunscrita do córtex 
- Os neurônios das regiões afetadas disparam numa sincrônia anormal, com padrões de EEG de grande amplitude
- Ela é um sintoma, não uma doença
- Algumas mutações de genes que codifcam proteínas de canais de sódio podem ser um problema, formando canais 
que fcam aberto muito mais tempo do que deveriam, deixando a célula neuronal suscetível à excitação.
- Drogas que bloqueiam receptores deGABA são exemplos de convulsivantes
O SONO
- É um estado facilmente reversível da reduzida responsividade e interação com o meio ambiente (o contrário da 
anestesia e do coma)
→ SONO REM (Rapid Eyes Moviment) – Encéfalo ativo e
alucinado em um corpo paralisado
- Seu EEG parece com um estado acordado, sendo o estado
que mais excita o cérebro (oscilações rápidas e de baixa
voltagem)
- O corpo está imobilizado (atonia), exceto pelos músculos
dos olhos e pequenos músculos do ouvido interno
- É nele que ocorrem os sonhos 
- Ele representa apenas uma pequena parte do total do
sono 
- Nesse, a energia e oxigênio gastos pelo nosso cérebro é
maior
- É 25% do total do sono 
→ SONO NÃO-REM - Encéfalo ocioso em um corpo móvel
- Apresenta ondas lentas (predomínio de EEG de ondas
lentas e grande amplitude). As frequências de disparo
estão na velocidade mais baixa de todo o dia
- Tensão muscular reduzida, mas o corpo ainda é capaz de
se mover, geralmente para fazer ajustes corporais
- Temperatura e consumo de energia estão reduzidos,
além da frequência cardiaca, respiração e função renal
fcam mais lentas, e os processos digestivos aceleram
- A maioria dos sinais aferentes não consegue alcançar o
córtex
- É 75% do total do sono 
- É dividido em 4 estágios distintos:
1) Composto por um sono mais leve
2) Sono mais profundo (EEG 8-14 Hz)
3) Ritmos delta lentos, de grande amplitude
4) Sono mais profundo (2 Hz)
Ciclos Ultradianos: É composto pelas 4 fases do sono não-
REM. Tem períodos mais rápidos do que os cicardianos.
Durante a noite, os sonos não-REM vão diminuindo
propgressivamente de tamanho, enquanto o REM aumenta.
Funções do sono:
- Ele contribui para a confguração da memória. Permite
que o cérebro se prepare para novos aprendizados no dia
seguinte.
- Nele, ocorre a eliminação de metabólicos durante o sono
(isso só ocorre no sono): quando se dorme, ocorre um
aumento de 60% da perfusão do líquor no tecido. As
células encolhem, o espaço intersticial aumenta e o líquor
perfunde. Ocorre então uma certa 'limpeza' do tecido,
varrendo os MODULADORES e sinalizadores que induziram
o sono. É um sistema alto-regulado. Assim, quando ocorre
a concentração mínima dessas substâncias no cérebro, o
sono começa a ser ativado. A entrada do líquor no cérebro
ocorre pela retração da artérias devido a sua pulsação. O
líquor acaba funcionando como um sistema linfático.
Funções dos sonhos:
Acredita-se que os sonhos estejam relacionados com o
processo de memorização, assim como o sono REM deve
estar relacionado com o processo de
memorização/sedimentação da informação. (Obs: sono
REM não é sinônimo de estar sonhando). Quando uma
pessoa fca muito tempo sem ter o sono REM, ele vem em rebote. 
MECANISMOS NEURAIS DO SONO
- No sono, as aferências sensoriais para o encéfalo são bloqueadas. Algumas células atuam como controladores da 
passagem do fuxo de informação sensorial para ele 
- A atividade ritmica entre tálamo e córtex frequentemente projetada de maneira intensa e ampla sobre o outro
- Princípios básicos do controle do sistema vigília-sono:
1) Os neurônios mais essenciais para o controle do sono e da vigília fazem parte dos sistemas de neurotransmissores 
moduladores difusos
2) Os neurônios modulatórios do tronco encefálico que utilizam noradrenalina e serotonina disparam durante a vigília 
e acentuam o estado de alerta. Acetilcolina também atua no sono.
3) Sistemas modulatórios difusos controlam os comportamentos rítmicos do tálamo, que controla o ritmo do EEG do 
córtex. Ritmos lentos do tálamo relacionados com o sono, bloqueiam a chegada de informação sensorial ao córtex
4) Ramos descendentes dos sistemas modulatórios difusos também estão ativados com a inibição dos neurônios 
motores durante os sonhos.
→ Durante a Vigília:
- Lesões de tronco encefálico podem causar sono e coma. Logo, no tronco encefálico há neurônios cuja atividadeé 
essencial para nos manter acordados. Mais precisamente, lesões na estrutura da linha média do tronco encefálico 
causam um estado similar ao estados de sono não-REM.
Antes de acordar, as seguintes estruturas agem:
- Locus Ceruleus – Suas células liberam Noradrenalina
- Núcleos da Rafe – Suas células liberam Serotonina
- Tronco Encefálico e Prosencéfalo Basal – Suas células liberam Acetilcolina
- Mesencéfalo – Histamina
- Todos esses neurônios fazem sinapse diretamente com todo o tálamo, córtex cerebral e outras regiões do encéfalo. 
Os efeitos gerais de seus neurotransmissores são a despolarização de neurônios, aumentando sua excitabilidade e 
supressão da formas ritmicas de disparo.
→ Ao adormecer:
- Há uma diminuição da taxa de disparo da maioria dos
neurônios modulatórios do tronco encefálico
- Um subconjunto de neurônios colinérgicos do
prosencéfalo basal fca silencioso durante a vigilia e faz
muitos disparos com o início do sono não-REM.
- Porque não 'encenamos' os sonhos enquanto dormimos?:
porque os sistemas que modulam o sono acabam inibindo
as vias motoras descendentes em nível de tronco
encefálico.
- Controle do Sono REM: as frequências de disparo do
locus ceruleus e dos núcleos da rafe diminuem
FATORES PROMOTORES DO SONO
- A interleucina, além de um peptídeo do sistema
imunitário estimula o sono
- A ADENOSINA atua como neuromodulador nas sinapses
de todo o encéfalo. O aumento da sua conecentração induz
o sono, assim como seus antagonistas, como cafeína
reduzem o sono. A adenosina tem um efeito INIBITÓRIO
sobre os sistemas moduladores difusos de Acetilcolinam
Noradrenalina e Serotonina, os quains tendem a provocar a
vigília. A supressão desses sistemas moduladores que
tendem a manter o cérebro em vigília aumenta a
probabilidade de o encéfalo entrar em atividade sincrônica
de ondas lentas, características do sono. Quando o sono
chega, o líquor vai 'lavando' a adenosina, diminuindo a
inibição dessas sobre os moduladores que atuam à favor
da vigília.
- A melatonina ajuda a iniciar e manter o sono, sendo
liberada principalmente durante a noite, em locais escuros.
RITMOS CICARDIANOS
- São só ciclos diários de claridade e escuridão que
resultam da rotação da terra
- A maioria dos processos fsiológicos do corpo, como
temperatura, fuxo sanguíneo, hormônios, taxas
metabólicas também sofrem futuações diárias.
- As mudanças externas auxiliam a ajustar os 'relógios do encéfalo' para mantê-lo sincronizado com o mundo 
externo
- O principal fator que regula esses ritmos é o núcleo supraquiasmático

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