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15 Aula PTA I Sistema Tarifário

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PLANEJAMENTO DE TRANSPORTE AÉREO I
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Sistema Tarifário Doméstico
 Breve Evolução
 Determinação da Tarifa Básica
 Considerações Finais 
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Algumas considerações:
	Mercado livre ou regulado?
	O que seria um mercado livre na aviação comercial?
	O governo deveria fixar os preços das passagens aéreas ou o próprio mercado deveria fazê-lo?
	Quais as implicações de um mercado livre sem as regras governamentais?
	E as implicações de um mercado regulado?
	
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Determinação da Tarifa Básica
Curva Belga
Década de 60: definida a 1ª Curva Belga para uma frota composta de aeronaves turbo-hélices (CONVAIR e DC-3)
Correção Linear da Curva Belga: aumentos exógenos de custos
Curva Belga redefinida em 1991, considerando a renovação da frota com aeronaves a jato (B737-300) 
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Curva Belga
Método adotado no Brasil para definir a tarifa básica de referência (cheia) para as diversas ligações domésticas. Consiste em um ajuste de curvas de custo médio diretos e indiretos relacionados com a distância dos trechos voados. 
Dessa forma o índice tarifário é inversamente proporcional à distância viajada. Em função da maior possibilidade de diluição dos custos, o índice tarifário das longas distâncias é sempre menor do que o índice tarifário das distâncias menores
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Curva Belga
Grade Tarifária
A ‘Curva Belga’ determina a tarifa de referência (tarifa cheia – 100 pontos);
As demais tarifas são publicadas em função de descontos sobre a tarifa cheia;
Em média os maiores descontos se encontravam na faixa de 50% sobre a tarifa cheia;
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Sistema Tarifário Doméstico
 
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Com base na Malha já trabalhada anteriormente, vamos construir a Curva Belga seguindo a seguinte etapa:
		
 
Calcular o Custo do quilometro voado do equipamento B737-300
b) Elaborar o gráfico de forma a que, na abscissa, temos a distância e, na ordenada, o custo do quilometro:
c) Qual é o formato da curva obtida?
Sistema Tarifário Doméstico
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Sistema Tarifário Doméstico
EXERCÍCIO
Índices: 
	AB = 0,4421
	AC = 0,3146
	BC = 0,3879
Definição Preço:
 Preço AB = Índice Tarifário x Distância = 0,4421 x 500 = 221,05
 Preço AC = Índice Tarifário x Distância = 0,3146 x 1.200 = 377,52
 Preço BC = Índice Tarifário x Distância = 0,3879 x 700 = 271,53
Considerando os dados abaixo, defina o preço a ser cobrado em cada etapa e a Receita Potencial a ser gerada caso a empresa decida operar esta rota:
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Critério de Agravamento (Reajuste) Tarifário : 
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Critério de Agravamento (Reajuste) Tarifário : EXERCÍCIO
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Critério de Agravamento (Reajuste) Tarifário : RESOLUÇÃO
reajuste
		
		EXEMPLO HIPOTÉTICO
		CUSTOS POR ESPÉCIE DA REDE DOMÉSTICA
		Grupo de Custos		Partic.		Variação 
no Período		Agravamento
Tarifário
		Encargos com Pessoal		13%		5.8%		0.8%
		Câmbio		20%		12%		2.4%
		Combustível		30%		30%		9.0%
		Despesas Comerciais		16%		5%		0.8%
		Despesas Fiscais		1%		2%		0.0%
		Agravamento Tarifário *						12.9%
		* Percentual que reajustará a Tarifa Básica
índices
		CÁLCULO DE TARIFAS DOMÉSTICAS
		INDÍCES TARIFÁRIOS EM R$ PARA O CÁLCULO DE TARIFAS DE PASSAGENS NACIONAIS
		EMPRESA : PERCENTUAL DE AUMENTO = 9,7 % DATA EM VIGOR - / / .
		
		KMS		INDICE		KMS		INDICE		KMS		INDICE		KMS		INDICE		KMS		INDICE		KMS		INDICE		KMS		INDICE
		
		11		0.824545		21		0.824545		31		0.824545		41		0.824545		51		0.824545		61		0.824545		71		0.824545
		
		81		0.824545		91		0.824545		101		0.824545		111		0.794804		121		0.768567		131		0.745183		141		0.724155
		
		151		0.705100		176		0.664293		201		0.630832		226		0.602701		251		0.578589		276		0.557604		301		0.539102
		
		326		0.522624		351		0.507812		376		0.494393		401		0.482166		451		0.460613		501		0.442149		551		0.426082
		
		601		0.411921		651		0.399308		701		0.387974		751		0.377710		801		0.368355		851		0.359778		901		0.351873
		
		951		0.344555		1001		0.337754		1101		0.325466		1201		0.314642		1301		0.305000		1401		0.296335		1501		0.288491
		
		1601		0.281342		1701		0.274784		1801		0.268744		1901		0.263152		2001		0.257956		2101		0.253105		2201		0.248568
		
		2301		0.244306		2401		0.240295		2501		0.236510		2601		0.232929		2701		0.229534		2801		0.226311		2901		0.223242
		
		3001		0.220317		3101		0.217526		3201		0.214855		3301		0.212297		3401		0.209848		3501		0.207493		3601		0.205233
		
		3701		0.203057		3801		0.200961		3901		0.198941		4001		0.196992		4101		0.196992		4201		0.196992		4301		0.196992
		
		4401		0.196992		4501		0.196992		4601		0.196992		4701		0.196992		4801		0.196992		4901		0.196992		5001		0.196992
		
		5101		0.196992		5201		0.196992		5301		0.196992		5401		0.196992		5501		0.196992		5601		0.196992		5701		0.196992
		
		5801		0.196992		5901		0.196992		6001		0.196992		6101		0.196992		6201		0.196992		6301		0.196992		6401		0.196992
		
		6501		0.196992		6601		0.196992		6701		0.196992		6801		0.196992		6901		0.196992		7001		0.196992		7101		0.196992
		
		7201		0.196992		7301		0.196992		7401		0.196992		7501		0.196992		7601		0.196992		7701		0.196992		7801		0.196992
		
		7901		0.196992		8001		0.196992		8101		0.196992		8201		0.196992		8301		0.196992		8401		0.196992		8501		0.196992
		
		8601		0.196992		8701		0.196992		8801		0.196992		8901		0.196992		9001		0.196992		9101		0.196992		9201		0.196992
		
		9301		0.196992		9401		0.196992		9501		0.196992		9601		0.196992		9701		0.196992		9901		0.196992
		
		Obs.: Multiplica-se o índice pela quilometragem para se obter o preço da passagem classe econômica full.
		As demais classes tarifárias são um percentual da Y Full.
		
		
		
		CGH - SDU		360		0.522624		* 188
		GRU - FRA		9000		0.196992		* 1,773
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Sistema Tarifário Doméstico
 
EXERCÍCIO: Calcule a Receita e as participações de Custos
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Critério de Agravamento (Reajuste) Tarifário : RESOLUÇÃO
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Sistema Tarifário Doméstico
 
EXERCÍCIO : Considerando os índices de aumento de custo, calcule o agravamento tarifário necessário para compensar este incremento de custos
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Sistema Tarifário Doméstico
 
RESOLUÇÃO:
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Sistema Tarifário Doméstico
 
15/10/1990
Portaria nº 384/SPL
Flexibilização Tarifária Doméstica -
Ampliação da Faixa Tarifária:
Limite Superior: 32 pontos
Limite Inferior: 50 pontos
06/02/1992
Portaria nº 036/SPL
Liberação Monitorada das Tarifas Domésticas.
06/04/1993
Portaria nº 158/SPL:
Registro da curva tarifária doméstica de cada empresa,junto ao DAC, mantida a faixa de flexibilização constante da portaria 384/SPL.
Abril/1994
Portaria Interministerial nº 250:
Tarifa Aérea Fixada em U.R.V.
19/07/1994
Portaria nº 272/SPL:
Empresas não podem mais utilizar o Limite Superior da banda tarifária, exceto para a Primeira Classe e para as Cias. Regionais.
01/08/1994
Portaria nº 581/DGAC:
Instituída Tarifa de Classe Executiva:
110 pontos da tarifa básica.
18/12/1997
16/04/2001
Portaria nº 986/DGAC:
Duas Categorias Tarifárias:
- Básica - 100 pontos
- Especiais - níveis acima ou abaixo da tarifa básica, limitados superiormente pelo índice de referência do DAC e inferiormente em 65%.
Portaria nº 672/DGAC:
Liberação Parcial:
- Linhas liberadas (regime de liberdade tarifária)
- Linhas controladas (regime de liberdade controlada).
16/08/2001
Portaria nº 1213/DGAC:
Liberação Tarifária de Todas as Linhas
Domésticas.
Fonte: SNEA
Histórico - Flexibilização das Tarifas e Desregulamentação 
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução (..1/4...)
	O Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) entrou em vigorem 1986, reunindo as normas e os procedimentos básicos de regulação para o setor. Foi elaborado com vistas a atender uma política de integração regional. A forte regulação do setor de transporte aéreo era justificada por argumentos como o
da segurança nacional e do desenvolvimento da indústria, predominantes no contexto político da época.
	Em 1992, no contexto da política de flexibilização promovida pelo Governo Federal a partir de 1990, iniciou-se uma primeira fase de desregulamentação, de acordo com as deliberações feitas por ocasião da V CONAC (Conferência Nacional de Aviação Civil). 
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução (..2/4...)
	As principais medidas dessa "Política de Flexibilização" foram o fim das restrições territoriais para as empresas regionais, que puderam passar a concorrer com as companhias nacionais nas linhas de maior distância; o fim da exclusividade, para as empresas nacionais, de operar os Vôos Diretos ao Centro (VDC), isto é, aqueles entre os aeroportos Santos Dumont, Pampulha, Congonhas e Brasília; e uma mudança, ao longo do tempo no método de controle, pelo regulador, do valor das tarifas.
	As mudanças na política tarifária foram gradativas. Em um primeiro momento, o regulador passou a estabelecer um preço de referência ou preço básico. As empresas podiam praticar descontos equivalentes a até 50% do valor de referência ou cobrar um adicional de até 32% desse preço básico. 	
Preço Base: $100
Preço Teto: $132
Preço Piso: $50
Variação Permitida entre Teto e Piso de 
164%
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução (..3/4...)
	Em 1997, a margem de desconto permitida foi ampliada de 50% para 65% em relação à tarifa básica. Qualquer tarifa menor do que a margem inferior de - 65% estava sujeita à aprovação do regulador. A Portaria n.º 701/DGAC, de 30 de dezembro de 1998, deliberou que cada empresa aérea regular submetesse ao regulador, com no mínimo quatro dias de antecedência, seus respectivos índices tarifários líquidos, ou alterações dos mesmos, e que submetessem, até cinco dias depois do início da aplicação, os valores das tarifas aéreas domésticas. Estas seriam, no entanto, "estabelecidas livremente pelas empresas de transporte aéreo regular". 
	
Preço Base: $100
Preço Teto: $132
Preço Piso: $35
Variação Permitida entre Teto e Piso de 
277%
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução (..4/4...)
	Em 1997, por meio da Portaria 1003/DGAC, a regulação de vôos charter tornou-se menos rígida. A operação destes vôos foi desvinculada da operação de pacotes com reservas de hotéis e os preços passaram a ser livremente negociados. Os vôos charter continuam, entretanto, sujeitos à autorização do regulador, que pode negá-la quando julgar de interesse público.
Fonte: Tavares, M.P. - SNEA 
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução
Até 1989: Tarifas Aéreas fixadas pelo DAC.
Out 89: 1º movimento para a flexibilização das tarifas aéreas com a implantação do sistema de banda tarifária para as tarifas promocionais.
1992: Instituído o Sistema de Liberação Monitorada, com parâmetros para o aceite dos registros tarifários (banda tarifária aplicável a todas as tarifas aéreas - básicas e promocionais – em relação a uma referência estabelecida pelo DAC).
1997: Alargamento da banda tarifária e eliminação da exigência de registro prévio, exceto para o reajuste geral das tarifas praticadas.
1998: Liberação praticamente total das tarifas, mantendo-se sob controle do Governo apenas os reajustes gerais da estrutura tarifária praticada (Plano Real).
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução
2001: Implantação do regime de Liberdade Tarifária no segmento doméstico em duas etapas:
	Abr2001 : liberdade num conjunto de linhas.
	Ago2001 : liberdade tarifária para toda a rede doméstica
2001 : Portaria 1213DGAC, 16 ago 01
 Registro obrigatório de todas as tarifas aplicadas, básicas e promocionais (5 dias úteis após a entrada em vigor)
 Acompanhamemto através do ATPCO (Air Tariff Publishing Company)
 Monitoramento sistemático de 63 ligações: acompanhamento do comportamento dos “yields” médios praticados nas 63 ligações – RELATÓRIO MENSAL DAS EMPRESAS
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Sistema Tarifário Doméstico
 
O Sistema de Tarifas Aéreas Domésticas
	A Portaria do Ministério da Fazenda nº 248, de 10 de agosto de 2001, em atendimento à Resolução CONAC nº 08, de 09 de agosto de 2001, instituiu o regime de liberdade tarifária no transporte aéreo doméstico de passageiro, carga e mala postal.
	No regime de liberdade tarifária, as empresas aéreas estabelecem livremente os valores das tarifas aplicáveis às linhas aéreas domésticas.
	Art. 1º Ficam liberadas as tarifas aéreas de passageiros, de transporte de carga e de malote postal, praticadas pelas empresas de transporte aéreo doméstico em todo o território nacional.
	As regras de funcionamento do sistema de tarifas aéreas domésticas foram regulamentadas inicialmente pela Portaria DAC nº 1213/DGAC, de 16 de agosto de 2001, posteriormente substituída pela Portaria DAC nº 447/DGAC, de 13 de maio de 2004. 
	
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Sistema Tarifário Doméstico
 
O Sistema de Tarifas Aéreas Domésticas
	
	Art 2º Para fins de tarifação, as linhas aéreas regulares domésticas de passageiros e cargas estão submetidas ao regime de liberdade tarifária.
	Art 3º Os valores das tarifas aéreas aplicáveis às linhas aéreas domésticas serão estabelecidos livremente pelas empresas de transporte aéreo regular, observados os procedimentos de registro previstos no art 5º desta Portaria.
	
	A Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, ratificou o regime de liberdade tarifária na prestação de serviços aéreos regulares.
	
	Art. 49. Na prestação de serviços aéreos regulares, prevalecerá o regime de liberdade tarifária.
	§ 1º No regime de liberdade tarifária, as concessionárias ou permissionárias poderão determinar suas próprias tarifas, devendo comunicá-las à ANAC, em prazo por esta definido.
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Breve Evolução
até 1989
a partir de 1989
hoje
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Sistema Tarifário Doméstico
 
Considerações Finais
Política Tarifária até Out 89: fixação de todas as tarifas aéreas pelo DAC
Flexibilização Tarifária fundamentada nos princípios do pensamento liberal: forças do mercado são os instrumentos para a eficiência e o equilíbrio estável.
Opção brasileira: flexibilizar gradualmente e não desregulamentar.
Processo de flexibilização tarifária ocorreu de forma sincronizada com o da oferta (concessão de linhas e entrada de novas empresas)
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O fundamento de malha aérea: Capacity e Market
Bibliografia:
MORRELL, Peter S. Airline Finance. Ashgate Publishing, 2007
	Capítulo 1 e 8
VASIGH, Bijan. Introduction to air transport economics. Ashgate Publishing, 2008
	Capítulos 11, 3,
HOLLOWAY, Stephen - Straight and level: practical airline economics. 2ª ed. Hampshire: Ashgate Publishing, Ltd., 2003
	Capítulos 3 e 9 
	
	
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