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Aula Grad Neonatologia 2016

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NEONATOLOGIA 
Profª MSc Carla Daniela Dan De Nardo 
Cuidados com a gestante 
CUIDADOS COM A GESTANTE 
 Saúde dos pais 
 Cruzamento programado 
 Vacinação e vermifugação antes do acasalamento 
 Eliminação de ectoparasitas 
 Exame físico e laboratorial de rotina 
 Nutrição adequada 
Manejo ambiental 
Neonatologia 
NEONATO 
 Imaturidade fisiológica e imunológica 
 
 Diferenças marcantes entre neonato X adulto 
 
 Total dependência da mãe 
 
 Termo neonatal: 1ªs 6 sem de vida (Grubb, 2003; Mathews, 2005) 
 4 semanas de vida (Grundy; 2006) 
 
 
 Termo pediátrico: Idade inferior a 6 meses (Lee, 2004) 
Aspectos Fisiológicos 
TERMORREGULAÇÃO 
 Incapazes da termorregulação: até 2ª sem vida 
 
 Nascimento: 35,3º C a 36,4ºC 
 
 Não mantém a T°  ambientes frios 
 
 Se Tº  FC= Risco de morte 
Ex: Tº = 35,5°C  FC = 200 a 250 bpm 
 Tº = 21°C  FC = 40 a 50 bpm 
 
 Filhotes hipotérmicos são geralmente rejeitados pela 
mãe 
 
 
Fonte: De Nardo, 2011 
 Termotropismo: 
• Dirigir-se ao calor espontaneamente 
• Dura os primeiros 4 dias de vida 
 
 
 
TERMORREGULAÇÃO 
Prats, 2005; 
Fonte: De Nardo, 2011 
TERMORREGULAÇÃO 
 Pq a hipotermia ???? 
 Baixa gordura corporal (termogênese) 
 Ampla superfície corpórea 
 Reflexos de tremores e vasoconstritores não 
desenvolvidos 
 Inabilidade do hipotálamo 
Dias de vida Tº C 
1ºs dias 35,3 a 35,8ºC 
Mais de 10 
dias 
36,7 a 37ºC 
20 dias 38ºC 
40 dias Tº igual a de adulto 
Johnston et al., 2001 
Fonte: De Nardo, 2011 
TERMORREGULAÇÃO 
Sinais de hipotermia 
- Perda do reflexo de sucção 
- Períodos de apnéia de até 30 seg 
- Íleo gastrointestinal 
- Rejeitados pela mãe 
- Flacidez Muscular 
- Gemidos 
CUIDADOS COM O AMBIENTE DO 
NEONATO 
 Mãe protegendo o filhote ???? 
 
 Ambiente aquecido: manter neonatos e evitar perda de 
calor 
 
 Órfãos: Introduzir fonte de calor: 
 
- Cuidados: 
- Manter a umidade 
 do ambiente (55 e 65%) 
- Prevenir queimaduras 
Fonte: De Nardo, 2011 
TRATAMENTO DA HIPOTERMIA 
 Aquecimento lento (1 a 4h) 
 Incubadora: Tº = ± 27ºC (1as 24 horas 30-32ºC) 
 Lâmpadas: Cuidados: queimadura, superaquecimento 
e desidratação 
 Bolsa de água quente – aquecimento gradual 
 Cobertor quente 
Johnston et al., 2001 
 
Incubadora 
Orifícios para renovação do ar 
Oxigenioterapaia 
Controle da temperatura 
Forração 
Fonte: De Nardo, 2011 
Fonte: De Nardo, 2011 
FUNÇÃO RENAL 
 Mecanismos renais não desenvolvidos ao nascimento 
 
 TFG e fluxo sanguíneo renal aumentam 
progressivamente 10 semanas = adulto 
 
 Imaturidade renal: dificuldade na excreção de drogas 
 
 Maturidade tubular 8 semanas 
 
 Glicosúria até 21 dias 
FUNÇÃO RENAL 
Imaturidade glomerular e tubular 
(Reduzida capacidade de concentrar a urina) 
Diurese osmótica 
 
Predisposição a desidratação 
 Neonatos mais susceptíveis à toxicidade por 
drogas devido a menor TFG 
 limitada capacidade para eliminação de drogas 
e metabólicos. 
FUNÇÃO RENAL 
 Urinálise 
 
Densidade Urinária: 1006 a 1017 (normal) - 8 semanas 
 Não concentra urina 
 Glicosúria 
 
 
CONDIÇÕES ASSOCIADAS COM A 
DESIDRATAÇÃO 
 
Desidratação: - 80-85% Peso água 
 - Gde perda pele (pobre queratina) 
 - Imaturidade glomerular e tubular 
 - Não ingestão leite 
Mais LEC do que LIC: perde água com mais facilidade 
Maior demanda de energia e fluidos que adultos 
FUNÇÃO HEPÁTICA 
 Fígado neonato imaturo ao nascimento 
 
 Capacidade reduzida: 
- Gliconeogênese 
- Processos de biotransformação 
- Detoxificação 
- Eliminação 
 
FUNÇÃO HEPÁTICA 
 
FUNÇÃO HEPÁTICA 
 
Glicose sanguínea 
 
Gliconeogênese Glicogênio Hepático 
 
 Neonatos 24 horas 
Consumo de glicogênio aumenta (8 -12 horas pós nascimento) 
 
 
Nutrição Gliconeogênese 
Depende 
Deficiente no neonato 
CONDIÇÕES ASSOCIADAS 
HIPOGLICEMIA 
 Estresse distocia 
 
 Manipulação excessiva 
filhote 
 
 Agalactia 
 
 Amamentação deficiente 
 
 Disputa pela mama 
 
 Rejeição da mãe 
 Nutrição materna 
deficiente 
 
 Hipotermia 
 
 Diarréia 
 
 Infecções virais ou 
bacterianas, sepse 
 
 Endoparasitoses 
 
 Filhotes de raças Toy 
HIPOGLICEMIA 
 Sinais: 
 
 Fraqueza 
 
 Letargia 
 
 Incapacidade de sucção 
 
 Choro persistente 
 
 Depressão ou estupor 
 
 Sinais neurológicos como 
ataxia, convulsões, 
estupor e coma. 
 
HIPOGLICEMIA 
 Tratamento da hipoglicemia aguda 
 
Dose: 0,5 – 1 g/Kg (adm lentamente) 
Glicose 50%: 0,25-0,625 ml/mucosas/VO 
 
Manter: 
 
OBS: Mensurar glicose antes da próxima adm: hiperglicemia 
Infusão de fluidos isotônicos com dextrose 2,5% ou 5% 
TRÍADE NEONATAL 
HIPOTERMIA 
DESIDRATAÇÃO 
HIPOGLICEMIA 
Risco de morte 
TRÍADE NEONATAL 
Recém nascido 
Hipotermia 
Diminuição da ingestão de colostro e leite 
Hipoglicemia 
Deficiência Imunológica 
Desidratação 
Infecções Insuf cardio-pulmonar 
Neonato debilitado 
Morte 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 Trato gastrointestinal é estéril 
 Capaz somente digestão láctea 
 Excesso de leite diarréia 
 Microflora intestinal é limitada 
Evitar uso de antibiótico 
DENTIÇÃO 
 Dentição decídua (1ª) 
- 2 semanas: começam a nascer 
- 8 semanas: dentição decídua 
 completa 
 
 Dentição permanente (2ª) 
 
- 3 meses: início 
- 7 meses: dentição 
completa 
 SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO 
 FC normotérmico = 200 a 250 bpm 
 
 Inervação autonômica do coração e vasos 
incompleta 
 
 Contratilidade miocárdica menor 
 
 Hipóxia: neonato faz bradicardia diferente do adulto 
 
 
Johnston et al., 2001 
 SISTEMA CARDIORESPIRATÓRIO 
 
 Estímulo cutâneo mãe reflexo respiração 
sobrevivência filhote 
 
 Frequência Respiratória 
 Idade FR 
 1 semana 10 – 18 mpm 
 2 semana 18 – 36 mpm 
 3 semana 16 – 32 mpm 
Johnston et al., 2001 
SISTEMA NERVOSO 
 Não desenvolvido completamente ao nascimento 
 Mielinização até 6ª semana 
 Maturação até 16ª semana de vida 
 SNA pouco desenvolvido e SNS mais imaturo que SNP 
 Aumento da permeabilidades da BHE 
 Pobre tônus vasomotor 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
 Estado mental 
 
- Maior parte do tempo 
dormindo ou mamando 
até 2ª sem de vida 
 
- Sono ativo: 2ª sem 
 
- Pós 2ª sem: mais ativos 
Feitosa , 2004 
SISTEMA NERVOSO 
 Marcha e postura 
- Tônus flexor 4 ou 5 dias vida 
 
- Dominância extensora até 3ª 
- semana/Após normotonia 
 
- Elevação de cabeça ao nascimento 
 
- Movimentos natatórios por 2-3 semanas 
 
Feitosa , 2004 
 Reflexo anogenital: 
 
• Presente ao nascimento 
• Após 2º semana – controle voluntário 
• Após 3 semanas – não pode ser 
mais estimuladoREAÇÕES POSTURAIS E AVALIAÇÃO 
DOS PRINCIPAIS REFLEXOS 
Postura de submissão 
Estimulação cutânea e corporal 
Simón Martí Angulo 
Simón Martí Angulo 
SISTEMA NERVOSO 
 Nervos cranianos 
Olfatório: olfato presente ao nascimento 
 
Óptico: pálpebras fechadas e retina não total// 
desenvolvida 
 
 Abertura pálpebras 12-14 dias 
 Retina desenvolvida 28 dias 
 Seguem objetos: 3 – 4 semanas vida 
 
OBS: Íris: azul acinzentada até 3 a 4 semanas 
 
Pálpebras 
fechadas 
Fonte: De Nardo, 2011 
SISTEMA NERVOSO 
Vestíbulo coclear: 
- Canais auditivos começam a se abrir entre 10 e 14 
dias até 5ª semana 
- Porção vestibular desenvolvida ao nascimento 
 
 
Fonte: De Nardo, 2011 
 EVOLUÇÃO NEUROLÓGICA 
 Aprumo vestibular: presente ao nascimento 
 Reflexo de sucção 
 Reflexo do suporte palmar 
 Reflexo de arrastar 
 Reflexo flexor: 3 a 5 dias de vida 
 Reflexo extensor: após 5 dias até 15 dias 
(normotonia) 
Aprumo vestibular 
Reflexo do endireitamento 
REFLEXO DE SUCÇÃO 
 
Lavely, J. A., 2006 
REFLEXO DO SUPORTE PALMAR 
 
Fonte: De Nardo, 2011 
REFLEXO EXTENSOR 
Lavely, J. A., 2006 
SISTEMA IMUNE 
 Timo  responsável população linfóide – desenv 
até 4-5 meses 
 
 
 Sistema imunológico não completamente 
desenvolvido ao nascimento 
 
 
 Amadurecimento imunológico: 8 semanas 
 
SISTEMA IMUNE 
 
 
 
 
Lembre-se a gestação é um ponto crítico da 
imunidade do indivíduo 
  
 
Fêmea deve receber 
cuidados especiais durante 
 esta fase 
IMUNIDADE PASSIVA 
 Transferência imunoglobulinas da mãe para o 
embrião ou neonato: 
 
 Placenta de cães e gatos tipo endoteliocorial = 
qtidade mínima de anticorpos é transferida ao 
embrião (5-10%) (Barreto e Prestes, 2004) 
 
 
 Colostro = Restante da imunidade de origem 
materna é transferida via colostro e adquirida 
durante a amamentação (90%) 
SUBSTITUTOS DO COLOSTRO 
 Colostro dura até 1 ano congelado sem perder a 
qtide de IG 
 
* Em cães: colostro canino congelado 
 
• Em gatos: colostro de gata 
 
* Em cães e gatos: soro de animal adulto sadio 
- Via oral: 20 ml/kg e repetir após 12 horas 
- Via SC: 20 ml/kg dose única (+ adequada) 
 
 
Prats e Prats, 2005 
IMUNIDADE PASSIVA 
COLOSTRO 
 Filhotes : capacidade de absorver integralmente os Acs 
do colostro até as 1ªs 24 horas de vida (24 – 76 horas) 
 
 Máxima absorção ocorre com 9 horas de vida (50%) 
 
 Nos primeiros 5 dias 
pós parto o colostro 
transforma-se leite com 
quantidade muito baixa 
de Acs 
Halliwell, 1990 
IMUNIDADE PASSIVA 
 
 Colostro transfere 90 a 97 % imunoglobulinas 
 prevalente IgG 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recém-nascidos privados do colostro são mais 
vulneráveis ás infecções 
Nutrição e Manejo 
NUTRIÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA 
 Leite materno 2- 3 semanas 
 
 Ganho peso esperado: 
 Cães: 2 a 4 g/dia/Kg peso adulto 
 Gatos: 10 – 15 g/dia 
 
 Se não estiver ganhando 
 peso suficiente 
 
detectar o problema 
 
alimentação complementar iniciada 
 
Fonte: De Nardo, 2011 
NUTRIÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA 
 Transição leite materno para sólidos (gradualmente) 
 
 Início: 3-4 sem de idade papa de ração 
 ( 4- 6 X ao dia), água à vontade 
 
 
 6ª semana de vida: desmame 
 
Ideal: 1 Ca: 1 P ou 2Ca: 1 P 
NUTRIÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA 
 Ração de filhotes de boa qualidade 
 
 Nunca administrar dieta caseira 
junto com a ração 
 
 Dieta caseira pobre em cálcio 
 
 Nunca administrar vísceras (fígado e coração): 
relação cálcio e fósforo não ideal: 1 Ca: 35 P 
 
 
Procure desmamar os filhotes em 
etapas para evitar mastite na fêmea 
NUTRIÇÃO NEONATAL E PEDIÁTRICA 
• Filhotes 4-6 meses de idade: 3 alimentações diárias 
• Filhotes com mais 6 meses : 2 alimentações diárias 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL 
 Quando ?????? 
 
 Orfãos 
 Rejeição ou instinto materno alterado 
 Pouca produção de leite ou agalactia 
 Mãe debilitada ou enferma 
 Alteração de glândulas mamária 
 Ninhada grande e competição 
 Falta de ganho de peso 
 Neonato fraco ou débil 
Cuidado para que não ocorra aspiração laringotraqueal 
durante a amamentação 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL E CUIDADOS 
GERAIS COM ÓRFÃOS 
 Fórmulas caseiras ou comerciais 
 
 Forma de Alimentação: mamadeiras, seringas, 
conta gotas, sonda 
 
 ? 
Fonte: De Nardo, 2011 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL E CUIDADOS 
GERAIS COM ÓRFÃOS 
 Filhotes de 100 g: vol gástrico = 5ml 
Idade dias % peso 
corporal 
3 15-21 
7 22-35 
14 30-32 
21 35-40 
Qtidades de leite requeridas 
cuidado 
Repleção gástrica 
Anderson, 1970 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL 
 Utilização de sonda 
- Marcação do tubo 
- Segurar o filhote horizontalmente 
- Umedecer o tubo com gotas de suscedâneo 
- Inserir o tubo delicadamente através da boca, 
faringe e esôfago até o estômago 
- Suavemente, injetar o conteúdo 
 da seringa no estômago 
- Retirar o tubo 
- Estímulo ano-genital 
Posição Horizontal para 
amamentação com 
mamadeira 
Johnston et al., 2001 
Johnston et al., 2001 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL E CUIDADOS 
GERAIS COM ÓRFÃOS 
 
 Sempre observar a temperatura do neonato não 
alimentá-lo se estiver hipotérmico 
 
 
 
 
 
 
 
 Após a alimentação realizar o estímulo anogenital 
Hipotermia parada do peristaltismo fermentação 
 regurgitação pneumonia aspirativa 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL 
 Formulações comerciais para lactentes com valores 
reduzidos de lactose : 
Pet Milk® (Vetnil) 
Max Milk® (Total alimentos) 
Size nutrition 1st Age Milk® (Royal Canin) 
COMPOSIÇÃO DE DIVERSOS LEITES 
VACA CADELA GATA 
Gordura 
(mg/100g) 
3,6 9,5 8,5 
Lactose 
(mg/100g) 
4,7 3,3 4,0 
Proteína 
(mg/100g) 
3,3 7,5 7,5 
Cálcio 
(mg/100g) 
119 240 180 
Fósforo 
(mg/100g) 
93 180 162 
Ferro 
(mg/100g) 
0,05 0,7 0,35 
Energia M 
(kcal/100g) 
268 610 506 
Prats e Prats, 2005 
Composição de diversos leites 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL 
 Fórmula 1 
- 800 ml de leite em pó 
- 200ml de creme de leite 
- 1 colher das de sobremesa 
de cálcio 
- 1 colher das de sobremesa 
de óleo de fígado de 
bacalhau 
- 1 colher das de sobremesa 
de complexo vitamínico 
- 1 gema de ovo 
 Fórmula 2 
- 120 ml de leite de vaca ou 
cabra 
- 120 ml de água 
- 2 a 4 gemas de ovo 
- 1 a 2 colheres de chá de 
óleo vegetal 
- 100 mg de carbonato de 
cálcio 
Para cães 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL 
 Fórmula 3 
- 800 ml de leite integral de vaca 
- 200ml de creme de leite 
- 1 gema de ovo 
- 2000 UI de vit A 
- 500 Ui de vit D 
- 1 – 2 gotas de limão 
 
 
 
Para cães 
Prats e Prats, 2005 
Aquecidos a 38ºC 
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL 
 
 
- 1 copo de leite 
- 1 gema de ovo 
- 1colher das de sobremesa de creme de leite 
Para gatos 
Não alimentar 
desta forma 
 
Risco de falsa 
via 
Imunização 
 
 
IMUNIZAÇÃO 
 
 Transmissão dos Acs do colostro devem-se: 
 
 
- Taxa sérica materna 
- Tamanho da ninhada 
- Precocidade da primeira ingestão de colostro 
- Permeabilidade intestinalindividual dos recém-
nascidos 
 
 
 
IMUNIZAÇÃO 
 
 Imunidade após vacinação leva vários dias para se 
desenvolver e pode durar por anos 
 
 
 
 Acs do colostro promovem imunidade por 45 – 60 
dias 
 
 
 
 Considerações sobre vacinação: 
 
- Qdo [ ] Acs maternos: vacinas atenuadas ou 
inativavas incapazes de induzir conversão sérica 
 
- Período crítico: problema 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermidade Duração em semanas 
Parvovirose 12-16ª sem 
Raiva Até 11ª sem 
Leptospirose Até 6ª sem 
Cinomose Até 6ª sem 
 Duração de anticorpos maternos 
Dumon e Prats, 2005 
 
IMUNOPROFILAXIA 
 
 Considerações sobre vacinação: 
- Período em que fica sensível à infecção: entre 6ª e 
8ª semana 
- Estímulo de uma resposta imune específica contra 
um patógeno (preventiva) 
- Vacinas: Isenta de Risco ???? 
- Vacinas polivalentes: maior nº Antígenos 
 
 
Dumon e Prats, 2005 
 
IMUNOPROFILAXIA 
 
IMUNIZAÇÃO 
 
 
IMUNIZAÇÃO 
Diretrizes vacinais 
 
- Discussões: 
 
- Não há protocolo rígido 
 
- Avaliação necessidades individuais e de grupos de animais 
 
- Dificuldades: dificuldade de produtos com um antígeno 
somente. 
 
- Resistências dos veterinários: visitas anuais para vacinas 
 Planejamento da vacinação é dependente: 
- Riscos de infecção 
- Tipo de criação 
- Avaliação de transferência de Acs maternos 
 
 
 
 
 
 
 
Dumon e Prats, 2005 
 
IMUNOPROFILAXIA 
 
 Guia de vacinação de cães e gatos 
 Vacinas essenciais: todos os cães, proteção contra 
doenças graves ou potencial zoonótico: cinomose, 
parvovirose, adenovírus tipo 2 e raiva 
- Vacinas opcionais: doenças menor patogenicidade 
ou rara. Leptospirose, parainfluenza , Bordetella 
bronchiseptica e LVC 
- Vacinas não recomendadas: coronavirose e 
giardíase 
 
 
VACINAS 
 
Brandão e Menz, 2015 
IMUNOPROFILAXIA 
 
 
 
Cães privados do colostro 6 semanas 
 
Cães colostro a partir de 6 semanas 
 
Intervalo de revacinações: 3 – 4 semanas até 14 a 16 
semanas de vida 
 
Vacina antirrábica: única dose a partir de 12 semanas 
 
 
Protocolo de Vacinação essencial para cães 
Brandão e Menz, 2015 
IMUNOPROFILAXIA 
 
Idade: Vacina 
8 semanas V10 ou V8 
12 semanas V10 ou V8 
16 semanas V10 ou V8 
20 semanas antirrábica 
 
 
 
 
Anualmente: V10 ou V8 + Antirrábica 
 
Exemplo: canino que ingeriu o colostro 
VACINAS 
 V8 
- Cinomose 
- Hepatite Infecciosa 
- Adenovírus tipo 2 
- Parvovirose 
- Parainfluenza 
- Coronavirose 
- Leptospirose 
 L. canicola 
 L. icterohaemorrhagiae 
 V10 
- Cinomose 
- Hepatite Infecciosa 
- Adenovírus tipo 2 
- Parvovirose 
- Parainfluenza 
- Coronavirose 
- Leptospirose 
 L. canicola 
 L. icterohaemorrhagiae 
 L. grippotyphosa 
 L. pomona 
 
*Essenciais, *Opcionais, *Não recomendadas 
VACINAS 
Vacinas opcionais 
 
 Bordetella , parainfluenza tipo II  
Pneumodog®: Merial:2 doses (interv 30 dias) 
 
 
 Adenovírus tipo II, Bordetella , 
 parainfluenza Bronch Shield®: Fort Dodge – 
 intra-nasal : 0,5 ml em cada narina 
 
 
- Leishmaniose visceral canina: Leishmune® 
e Leish-Tec® ( 3 doses, interv 21 dias, a 
partir 16 semanas. Sorologia prévia 
 
 
VACINAS 
 
 
 Vacinas não recomendadas 
 
 Giárdia: Fort Dodge 
- 2 doses (intervalo de 30 dias) 
 
 
 
Não mais comercializada 
Brandão e Menz, 2015 
VACINAS 
 
 
 Cães com 4 semanas 
 
 
 
 
Brandão e Menz, 2015 
Casos especiais: 
- Abrigos com surto de 
Parvovirose e Cinomose 
IMUNIZAÇÃO 
 Animais com T° maior ou igual 39,8ºC 
Apresentam resposta imune reduzida após 
vacinação de cinomose 
OBS: O intervalo entre as imunizações podem ser 
de 21 a 30 dias 
IMUNIZAÇÃO 
 
 
IMUNIZAÇÃO 
Diretrizes vacinais 
 
- Essenciais ou recomendadas: Panleucopenia felina, 
rinotraqueíte infecciosa (herpesvírus felino) e 
calicivirose felina. Antirrábica. 
 
- Opcionais: Chlamydophila felis, Bordetella 
bronchiseptica e leucemia viral felina 
 
- Não recomendadas: imunodeficiência viral felina e PIF 
e Giardíase (não comercializadas) 
 
IMUNIZAÇÃO 
 
Considerações 
IMUNIZAÇÃO 
 
 
- Duração da imunidade: > 1 ano na maioria 
(geralmente 3 anos para vacinas essenciais) 
 
- Considerar: incidência e gravidade da doença, eficácia 
e segurança vacinal, condições de saúde e estilo de vida 
 
- Sarcoma de aplicação: pp associado a adjuvantes das 
vacinas inativadas (antirrábicas e Leucemia felina) 
IMUNIZAÇÃO 
 
 
- Início: 8 – 9 semanas 
 
- Intervalo entre doses: 3 – 4 semanas 
 
- Dose final: 16 semanas (3ª dose) 
 
- Gatos > 16 semanas: 2 doses 
 
- Revacinação: Anual no 1º ano e depois a cada 2 -3 
anos 
Protocolo de vacinação para 
gatos 
Hagiwara e Hora, 2015 
IMUNIZAÇÃO 
 
Exemplo 
Idade Esquema 
8 semanas Tríplice ou Quádrupla 
12 semanas Tríplice ou Quádrupla 
16 semanas Tríplice ou Quádrupla + anti rábica 
 
Anualmente: Essencias + antirrábica 
 
Tríplice: Rinotraqueíte (herpesvírus), calicivirose, 
panleucopenia 
Quádrupla: +Chlamydia psittaci 
 
 
Protocolo de vacinação para 
gatos 
IMUNIZAÇÃO 
 
 
Quíntupla : + Leucemia 
 
- Analisar os riscos de exposição (> risco de 
desenvol// sarcomas) 
 
- 2 doses: 1ª com 8-9 semanas e 2ª com 12 
semanas 
 
- Revacinar após 1 anos e após 2-3 anos 
Protocolo de vacinação para 
gatos 
IMUNIZAÇÃO 
 
 
- Vacina Antirrábica 
 
- Primovacinação: Única dose: 12 ou 16 semanas 
 
- Reforço Anual 
 
- Legislação vigente 
 
- Com adjuvantes (> risco de desenvol// sarcomas) 
 
Protocolo de vacinação para 
gatos 
IMUNIZAÇÃO 
 Reações associadas a vacinação: 
 
 Efeitos sistêmicos e locais 
 
 Reações de hipersensilidade: imediatas, minutos, 
horas, 24 a 72 horas, 7 a 45 dias 
 
 Predisposição racial: Akita, Cocker Spaniel, 
Dachshund, Poodle, Sheep Dog, entre outras 
 Reações adversas sistêmicas 
 
*Hipersensibilidade Tipo I ou anafilática: 
- Minutos a poucas horas (1-24 h) 
- Edema facial, prurido, vômitos (cão), diarréia 
(gatos), fraqueza, dispnéia, angústia respiratória, 
hipovolemia e choque 
- Tratamento sintomático 
- Anti-histamínicos, corticóide e epinefrina 
dependendo da gravidade 
 
 
REAÇÕES PÓS-VACINAIS 
Brandão, L.P, 2015 
 Anti-histamínicos 
- Difenidramina: 2mg/Kg/IM/TID 
- Prometazina : 0,2 – 1 ,0 mg/Kg/TID-BID/IV/IM/VO 
 Corticóide 
- Dexametasona: 0,125 mg/Kg 
- Prednisona 0,5 – 1 mg/Kg 
IMUNIZAÇÃO 
 Reações Hipersensibilidade: 
 
Hipersensibilidade Tipo III: 
- Uveíte: 10 a 21 dias após vacina adenovírus Tipo I 
- Alopecia no local da aplicação. 
 
 Hipersensibilidade Tipo IV: 
- Formaçãode granulomas. Adjuvantes 
-- Predisposição: Sarcomas de aplicação em felinos 
 
 
-Patogenicidade do agente 
- Potencial zoonótico 
- Incidência da doença 
- Estado de saúde do animal a ser vacinado 
- Momento mais adequado para vacinação 
- Reconhecer as possíveis reações vacinais. 
 
Terapia 
TERAPIA COM DROGAS 
 Neonatos são predispostos a desidratação 
FLUIDOTERAPIA 
• Intravenosa: cateter cefálico ou jugular 
 - equipo micro gotas: 1ml=60gt 
 - Bomba de infusão 
 - 1 a 4 ml/100g/hora 
 
• Intra-óssea: pacientes muito pequenos, 
hipovolêmicos, hipotérmicos 
 - tíbia ou fêmur 
 
• Subcutânea: pacientes com hidratação normal. 
 - aquecer o animal lentamente 
 - fornecer 5% de glicose e Ringer Lactato aquecido 
(1:1), 4 ml / 100g / 3hs/SC. 
 
Fonte: De Nardo, 2011 
McMichael, 2011 
Fluidoterapia 
intra óssea 
Cuidado 
hiperhidratação 
Fonte: De Nardo, 2011 
Fluidoterapia 
intra óssea 
Fonte: De Nardo, 2011 
TERAPIA 
 Terapia Antimicrobiana 
- Desestabilização da flora microbiana intestinal 
- Seleção de cepas bacterianas resistentes 
 
 
 
 
ANTIMICROBIANOS EM NEONATOS 
Drogas Segurança Observações 
Β lactâmicos Seguros Usar a cada 12 
horas 
Quinolonas Parcial//Seguros Cães < 18 meses: 
lesão cartilagem 
articular 
Metronidazol Parcial// Seguro Doses mais baixas 
e intervalos mais 
longos 
Cloranfenicol Evitar Efeitos sistema 
hematopoiético 
Tetraciclinas Evitar Quelante de cálcio: 
Anormalidades no 
crescimento ósseo 
Hipoplasia do 
esmalte dentário 
ANTIMICROBIANOS EM NEONATOS 
Drogas Segurança Observações 
Aminoglicosídeos Evitar Lesão renal 
Sulfonamidas Evitar 
 
TERAPIA 
 Terapia antiparasitária 
 
 3 semanas e repetir após 14 dias (Davidson, 2003) 
 
 Toxocara: Via transplacentária 
 Ancylostoma: Leite materno 
 
Pamoato de pirantel: 5 – 10 mg/kg 
 Á partir de 2- 3 semanas: repetir a cd 2-3 semanas até 
12 semanas (MacIntire et al . , 2005) 
 
TERAPIA ANTIPARASITÁRIA 
Antiparasitários Dose oral Espectro de ação Uso em 
filhotes 
Fembendazol 50 mg/Kg, 1 a 3 
dias 
nematódeos Sem restrição 
Pamoato de 
pirantel 
5 mg/Kg, dose 
única e intervalos 
15 dias 
nematódeos 
 
A partir de 2 
semanas de 
idade 
Pamoato de 
pirantel e 
praziquantel 
 
5 mg/Kg 
20 mg/Kg, dose 
única e intervalos 
15 dias 
Nematódeos e 
cestódeos 
 
A partir de 4 
semanas de 
idade 
 
Pamoato de 
pirantel e 
praziquantel 
 
 
5 mg/Kg 
5 mg/Kg, 
25mg/Kg, dose 
única e intervalos 
15 dias 
 
Nematódeos e 
cestódeos 
 
 
A partir de 4 
semanas de 
idade 
 
Adaptado de Zuanaze, 2015 
TERAPIA 
 Terapia antiparasitária 
 
 Ectoparasitas 
 
- Sturgess, 2000: Fipronil 
- Seguro: cães de 2 dias e gatos com 7 dias 
 
 
 
Obrigada

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