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1)4 VALOU1AA P. l)A LUZ. • MANUAL DO AlJVOOAJ>O 
1. Alega o réu. em preliminar. a nulidade da citação. por não conter o mandado a adver· 
tência da segunda parte do art. 250, li. do Código de Processo Civil nem mesmo o prazo de 
defesa do art 250 do mesmo Código de Processo Civil. Com embasamento na nulidade da 
citação, requer também a nulidade do processo. 
2. Todavia, desde logo se mostra incablvel a pretensão do réu quanto aos efeitos da 
nulidade da citação. ou seja. a nulidade do processo. pelo fato de esta preliminar tratar 
apenas de defesa dilatória, no entender da melhor doutrina. Assim é que, mesmo se por· 
ventura tivesse havido falha no mandado citatório, dispõe o § 1° do art. 239 que o compa· 
recimento espontâneo do réu supre a falta de citação. 
3. Incabíveis e inaceitáveis. também, as alegações de que os recibos acostados pelo 
réu aos autos comprovam o pagamento dos aluguéis em atraso. Tais documentos. como se 
pode facilmente constatar, nada mais são que comprovantes de pagamentos parciais de 
aluguéis, que não representam mais do que 10% do valor total do débito, pagamentos es· 
tes feitos sempre com a promessa de que o pagamento do restante do débito seria feito 
·nos próximos dias·. 
Isso posto. requer: 
a) seja a presente recebida e juntada aos autos. para que produza seus jurldicos e hr 
gais efeitos; 
bl a procedancia do pedido, com o atendimento integral dos pedidos formulados pelo 
autor na petição inicial. 
E. deferimento . 
............................... de .................. de20 ..... . 
Advogado(a) 
OAB/ ..... . n . ...... 
3 
O advogado do réu 
RESPOSTA DO RÉU 
No prazo de quinze dias poderá o réu oferecer, por meio de petição escrita 
dirigida ao juiz da causa, contestação e/ou reconvenção (arts. 335 e 343, § 6°, do 
CPC). O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contesta-
ção. Para referidos procedimentos o prazo será contado: 
r - da audiência de concilfação ou de mediação, ou da última sessão de conci· 
liação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver auto-
composição; 
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de 
mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4°, inciso I; 
III - a data prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, 
nos demais casos. 
Convém destacar que, havendo mais de um réu, o prazo para responder será 
comum, salvo quando tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advoca-
cia distintos. hipótese na qual lhes será contado o prazo em dobro (art. 229 do 
CPC). 
Como se observa pela leitura dos arts. 335 e 343, § 6°, a defesa do réu pode 
ser feita não só pela contestação, mas também pela reconvenção, embora seja esta 
última considerada por alguns autores (Alcides de Mendonça Lima, Pinto Ferrei· 
ra, entre outros) não uma defesa, mas, sim, um ataque ou contra-ataque, situação 
em que o réu assume a posição de autor. 
136 VALOU1AA P. l)A LUZ. • ~tANUAL DO ADVOOJJ>O 
CONTESTAÇÃO 
Contestação é um dos instrumentos de defesa por meio do qual o réu (deman-
dado) expõe as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor 
(petição inicial) e especifica as provas que pretende produzir em atenção ao prin-
cípio do contraditório. Eis o que a respeito consta do Código de Processo Civil: 
"Art. 336. lncumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, ex-
pondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e espe-
cificando as provas que pretende produzir." 
AUTOR ~ 
Petição inicial 
FÓRUM 
Cartório 
RÉU 
Citação/Cootestação 
Afirma-se que, na contestação, o réu, tal qual o autor, exerce pretensão à tu-
tela jurisdicional do Estado. A diferença seria quanto ao sentido: enquanto o au-
tor pretende que o provimento judicial seja de acolhida do pedido veiculado na 
petição inicial, o réu postula a rejeição do aludido pedido ou a sua não apreciação 
pelo órgão judicial. 
O pedido de tutela jurisdicional do réu na contestação é, pois, "de conteúdo 
declaratório-negativo, ou pedido de desvinculação do processo, ou de ambos, 
simultaneamente~ 1 
REQUISITOS DA CONTESTAÇÃO 
Conquanto a lei processual não estabeleça ex,pressamente requisitos especiais 
para a contestação, o que se dessurne, na prática, é que tais requisitos são: 
I - A indicação do j uiz ao qual o réu se dirige, melhor dizendo, a indicação 
da vara ou do cartório competente, uma vez que estes são do seu conhecimento, 
ao contrário do autor quando endereça a petição inicial. 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 3" VARA CIVEL 
Comarca de .... .......... .... .... . . 
Ação de despejo 
Autos n .. ..... .... .. 
J MARQUES, José Frederico. Manual de direito pt0Ce$$Ual civil, p. 375. 
l O ADVOGADO DO lf.U 137 
D - O nome das partes, sendo desnecessário prover o documento da qualifi-
cação de ambas em razão de isso já ter sido feito na petição inicial. 
DUÍLIO MACHADO. já qualificado na AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO 
que lhe move CARLOS PONTES. com endereço na rua D. Pedro 1, n. 465, nesta cidade e en-
dereço eletrônico ..... ... ...... ....• vem perante este juízo. por seu procurador infra-assi-
nado (doe. 1 ). advogado inscrito na OAB/SC. sob n. 11.634, com endereço na rua Tiraden-
tes. n. 780, nesta cidade e endereço eletrônico ........... .... .... oferecer CONTESTAÇÃO 
aos tennos da referida ação, em face dos seguintes fatos e fundamentos: 
lli - Um breve histórico a respeito da pretensão do autor. 
1. Pretende o autor, com a presente ação, obter o despejo do imóvel locado ao deman-
dado sob o argumento do inadimplemento de quatro meses de aluguel. 
IV - A arguição de preliminares, se alguma delas couber. 
2. Todavia. 
PRELIMINARMENTE, 
veri1ica-se que a citação de fls . .. .... é nula de pleno direito, uma vez que do manda-
do não consta a finalidade da citação. com todas as especificações constantes da petição 
inicial. bem como a menção do prazo para contestar. sob pena de revelia. como exige o art. 
250. li, do Código de Processo Civil. 
3. Ante o exposto, requer que este juízo se digne em acolher a nulidade arguida e de-
clarar extinto o processo sem resoluÇão do mérito. com a consequente condenação do au-
tor nas custas e honorários do advogado do demandado. 
r .. . 1 
Trata-se, nesse caso, de defesa de natureza processual, pela qual o réu procu-
ra escusar-se do processo com base em questões preliminares, ligadas aos pressu-
postos processuais e às condições da ação. Por meio dela, busca-se a extinção do 
processo sem resolução do mérito, em razão de vício formal, ausência de condi-
ção da ação ou por inadequação do procedimento escolhido. 
O tema relativo às preliminares será abordado adiante, com maior profundi-
dade, no item alegações de defesa. 
V - Discussão ou impugriação do mérito. 
136 VALOU1AA P. l)A LUZ. • ~tANUAL DO ADVOOJJ>O 
CONTESTAÇÃO 
Contestação é um dos instrumentos de defesa por meio do qual o réu (deman-
dado) expõe as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor 
(petição inicial) e especifica as provas que pretende produzir em atenção ao prin-
cípio do contraditório. Eis o que a respeito consta do Código de Processo Civil: 
"Art. 336. lncumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, ex-
pondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e espe-
cificando as provas que pretende produzir." 
AUTOR ~ 
Petição inicial 
FÓRUM 
Cartório 
RÉU 
Citação/Cootestação 
Afirma-se que, na contestação, o réu, tal qual o autor, exerce pretensão à tu-
tela jurisdicional do Estado. A diferença seria quanto ao sentido: enquanto o au-
tor pretende que o provimento judicial seja de acolhida do pedido veiculado na 
petição inicial, o réu postula a rejeição do aludido pedido ou a sua não apreciação 
pelo órgão judicial. 
O pedidode tutela jurisdicional do réu na contestação é, pois, "de conteúdo 
declaratório-negativo, ou pedido de desvinculação do processo, ou de ambos, 
simultaneamente~ 1 
REQUISITOS DA CONTESTAÇÃO 
Conquanto a lei processual não estabeleça ex,pressamente requisitos especiais 
para a contestação, o que se dessurne, na prática, é que tais requisitos são: 
I - A indicação do j uiz ao qual o réu se dirige, melhor dizendo, a indicação 
da vara ou do cartório competente, uma vez que estes são do seu conhecimento, 
ao contrário do autor quando endereça a petição inicial. 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 3" VARA CIVEL 
Comarca de .... .......... .... .... . . 
Ação de despejo 
Autos n .. ..... .... .. 
J MARQUES, José Frederico. Manual de direito pt0Ce$$Ual civil, p. 375. 
l O ADVOGADO DO lf.U 137 
D - O nome das partes, sendo desnecessário prover o documento da qualifi-
cação de ambas em razão de isso já ter sido feito na petição inicial. 
DUÍLIO MACHADO. já qualificado na AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO 
que lhe move CARLOS PONTES. com endereço na rua D. Pedro 1, n. 465, nesta cidade e en-
dereço eletrônico ..... ... ...... ....• vem perante este juízo. por seu procurador infra-assi-
nado (doe. 1 ). advogado inscrito na OAB/SC. sob n. 11.634, com endereço na rua Tiraden-
tes. n. 780, nesta cidade e endereço eletrônico ........... .... .... oferecer CONTESTAÇÃO 
aos tennos da referida ação, em face dos seguintes fatos e fundamentos: 
lli - Um breve histórico a respeito da pretensão do autor. 
1. Pretende o autor, com a presente ação, obter o despejo do imóvel locado ao deman-
dado sob o argumento do inadimplemento de quatro meses de aluguel. 
IV - A arguição de preliminares, se alguma delas couber. 
2. Todavia. 
PRELIMINARMENTE, 
veri1ica-se que a citação de fls . .. .... é nula de pleno direito, uma vez que do manda-
do não consta a finalidade da citação. com todas as especificações constantes da petição 
inicial. bem como a menção do prazo para contestar. sob pena de revelia. como exige o art. 
250. li, do Código de Processo Civil. 
3. Ante o exposto, requer que este juízo se digne em acolher a nulidade arguida e de-
clarar extinto o processo sem resoluÇão do mérito. com a consequente condenação do au-
tor nas custas e honorários do advogado do demandado. 
r .. . 1 
Trata-se, nesse caso, de defesa de natureza processual, pela qual o réu procu-
ra escusar-se do processo com base em questões preliminares, ligadas aos pressu-
postos processuais e às condições da ação. Por meio dela, busca-se a extinção do 
processo sem resolução do mérito, em razão de vício formal, ausência de condi-
ção da ação ou por inadequação do procedimento escolhido. 
O tema relativo às preliminares será abordado adiante, com maior profundi-
dade, no item alegações de defesa. 
V - Discussão ou impugriação do mérito. 
138 VALOU1AA P. l)A LUZ. • ~tANUAL DO ADVOOJJ>O 
NO MÉRITO !ou de meritisl 
4. No mérito, a ação é improcedente, eis que totalmente inverídicas as alegações do 
demandante de que os aluguéis dos meses de ............ a .......•.... se encontram sem 
pagamento. pois, conforme faz prova com os recibos inclusos !does. 2. 3 e 4), tais aluguéis 
foram pagos pelo demandado na data exigida pelo contrato. estando. portanto, o deman· 
dado totalmente em dia com suas obrigações locatícias. 
5. Resta, assim, incontroverso que o que o demandante pretende, em verdade. é forçar 
o demandado a desocupar o imóvel. em razão de este não haver concordado com a propos-
ta de aumento do valor locatlcio, aliás feita muito acima dos índices inflacionários. não cor-
respondendo aos preços normais de mercado, consoante cópia da proposta inclusa (doe. 5). 
Nesse item, como se vê, incumbe ao réu ou demandado alegar toda a matéria 
de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do au-
tor (art 336 do CPC). Conforme o disposto no art. 341, incumbe também ao réu 
manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial 
(ônus da impugnação especificada dos fatos), presumindo-se verdadeiras as não 
impugnadas, salvo se: não for admissível, a seu respeito, a confissão; a petição ini-
cial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do 
ato; estiverem em contradição com a defe.sa, considerada em seu conjunto. 
VJ - O pedido de improcedência do pedido e de condenação nas verbas ine-
rentes à sucumbência. 
Diante do exposto. requer a este juízo o acolhimento da preliminar suscitada. decre-
tando a nulidade da citação e determinando a renovação de todos os atos processuais an-
teriormente praticados sem a intimação do réu. Todavia. caso este julzo assim não enten· 
da. o que se admite somente para argumentar, requer o demandado que se digne decretar 
a improcedência do pedido. com a condenação do demandante ao pagamento das verbas 
inerentes à sucumMncia, nos termos do art. 322 do CPC. 
Em relação ao pedido de pagamento das verbas de sucumbência e honorários 
advocatícios, aplica-se, aqui, o que se afirmou no item relativo aos requisitos da 
petição inicial: ao contrário do CPC anterior, que exigia que o autor que pleiteas-
se o pagamento de ce.rta quantia acrescesse ao pedido o pagamento de juros e cor-
reção monetária, sob pena de não concessão pelo juiz, o novo CPC tornou implí-
cito esses pedi.dos, bem como os de pagamento de parcelas periódicas, os de verbas 
de sucumbência e honorários advocatícios (arts. 322 e 323). 
Vll - Especificação das provas que pretende produzir. 
l O ADVOGADO DO lf.U 139 
Requer. ainda, seja-lhe permitida a produção de todos os meios de prova em direito 
admitidas. notadamente a prova documental ora acostada. 
VIH - O pedido de deferimento; 
Termos em que. 
E. deferimento. 
IX- O local e a data em que foi redigida. e a assinatura do(a) advogado( a). 
......................... ...... de ........................ de 20 .... .. 
Advogado( a} 
OAB/. .... n ...... . 
Em que pese a necessidade de cumprimento desse requisito, na prática a data 
consignada na contestação nenhum efeito opera em relação ao cumprimento do 
prazo legal para oferecer a contestação. Para esse efeito, o que vale mesmo é a data 
aposta pelo escrivão na cópia da contestação (que é devolvida ao advogado e vale 
como recibo) por ocasião da sua entrega em cartório (protocolo). 
Depois de oferecida a contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações 
quando: relativas a direito ou a fato superveniente; competir ao juiz conhecer de-
las de oficio; por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer 
tempo e grau de jurisdição (art. 342 do CPC). 
O réu deverá indicar, por petição apresentada com dez dias de antecedência, 
contados da data da audiência de conciliação ou mediaçã.o, seu desinteresse na au-
tocomposição (art. 334, § 5°, do CPC). Trata-se de providência importante, vez 
que a audiência não será realizada se ambas as partes manifestarem, expressamen-
te, desinteresse na composição consensual (art. 334, § 4°, do CPC). 
ALEGAÇÕES DE DEFESA 
Ao se elaborar a contestação ou defesa do réu, pode-se utilizar de dois expe-
dientes: fazer uso das preliminares, que se constituem na defesa contra o proces-
so; promover defesa contra o mérito da ação. 
138 VALOU1AA P. l)A LUZ. • ~tANUAL DO ADVOOJJ>O 
NO MÉRITO !ou de meritisl 
4. No mérito, a ação é improcedente, eis que totalmente inverídicas as alegações do 
demandante de que os aluguéis dos meses de ............ a .......•.... se encontram sem 
pagamento. pois, conforme faz prova com os recibos inclusos !does. 2. 3 e 4), tais aluguéis 
foram pagos pelo demandado na data exigida pelo contrato. estando. portanto, o deman· 
dado totalmente em dia com suas obrigações locatícias. 
5. Resta, assim, incontroverso que o que o demandante pretende, em verdade. é forçar 
o demandado a desocupar o imóvel. em razãode este não haver concordado com a propos-
ta de aumento do valor locatlcio, aliás feita muito acima dos índices inflacionários. não cor-
respondendo aos preços normais de mercado, consoante cópia da proposta inclusa (doe. 5). 
Nesse item, como se vê, incumbe ao réu ou demandado alegar toda a matéria 
de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do au-
tor (art 336 do CPC). Conforme o disposto no art. 341, incumbe também ao réu 
manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial 
(ônus da impugnação especificada dos fatos), presumindo-se verdadeiras as não 
impugnadas, salvo se: não for admissível, a seu respeito, a confissão; a petição ini-
cial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do 
ato; estiverem em contradição com a defe.sa, considerada em seu conjunto. 
VJ - O pedido de improcedência do pedido e de condenação nas verbas ine-
rentes à sucumbência. 
Diante do exposto. requer a este juízo o acolhimento da preliminar suscitada. decre-
tando a nulidade da citação e determinando a renovação de todos os atos processuais an-
teriormente praticados sem a intimação do réu. Todavia. caso este julzo assim não enten· 
da. o que se admite somente para argumentar, requer o demandado que se digne decretar 
a improcedência do pedido. com a condenação do demandante ao pagamento das verbas 
inerentes à sucumMncia, nos termos do art. 322 do CPC. 
Em relação ao pedido de pagamento das verbas de sucumbência e honorários 
advocatícios, aplica-se, aqui, o que se afirmou no item relativo aos requisitos da 
petição inicial: ao contrário do CPC anterior, que exigia que o autor que pleiteas-
se o pagamento de ce.rta quantia acrescesse ao pedido o pagamento de juros e cor-
reção monetária, sob pena de não concessão pelo juiz, o novo CPC tornou implí-
cito esses pedi.dos, bem como os de pagamento de parcelas periódicas, os de verbas 
de sucumbência e honorários advocatícios (arts. 322 e 323). 
Vll - Especificação das provas que pretende produzir. 
l O ADVOGADO DO lf.U 139 
Requer. ainda, seja-lhe permitida a produção de todos os meios de prova em direito 
admitidas. notadamente a prova documental ora acostada. 
VIH - O pedido de deferimento; 
Termos em que. 
E. deferimento. 
IX- O local e a data em que foi redigida. e a assinatura do(a) advogado( a). 
......................... ...... de ........................ de 20 .... .. 
Advogado( a} 
OAB/. .... n ...... . 
Em que pese a necessidade de cumprimento desse requisito, na prática a data 
consignada na contestação nenhum efeito opera em relação ao cumprimento do 
prazo legal para oferecer a contestação. Para esse efeito, o que vale mesmo é a data 
aposta pelo escrivão na cópia da contestação (que é devolvida ao advogado e vale 
como recibo) por ocasião da sua entrega em cartório (protocolo). 
Depois de oferecida a contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações 
quando: relativas a direito ou a fato superveniente; competir ao juiz conhecer de-
las de oficio; por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer 
tempo e grau de jurisdição (art. 342 do CPC). 
O réu deverá indicar, por petição apresentada com dez dias de antecedência, 
contados da data da audiência de conciliação ou mediaçã.o, seu desinteresse na au-
tocomposição (art. 334, § 5°, do CPC). Trata-se de providência importante, vez 
que a audiência não será realizada se ambas as partes manifestarem, expressamen-
te, desinteresse na composição consensual (art. 334, § 4°, do CPC). 
ALEGAÇÕES DE DEFESA 
Ao se elaborar a contestação ou defesa do réu, pode-se utilizar de dois expe-
dientes: fazer uso das preliminares, que se constituem na defesa contra o proces-
so; promover defesa contra o mérito da ação. 
140 VALOU1AA P. l)A LUZ. • ~tANUAL DO ADVOOJJ>O 
Regras básicas para a defesa. As regras básicas traçadas pelo Código de Pro· 
cesso Civil para a contestação podem ser assim resumidas: 
1. Toda a matéria de defesa deve ser argwda na peça contestatória, tanto are-
lativa ao mérito como a de natureza formal (preliminares do art. 337). Adota-se, 
nesse caso, o princípio da eventualidade, pelo qual é preferível o advogado errar 
por ação a errar por omissão, ou seja, é prefedvel alegar o que lhe aprouver, ain-
da que às vezes algum argumento lhe pareça despiciendo, a vir a se arrepender 
por não ter feito determinada alegação que poderia ser decisiva para a impugna-
ção da lide. 
Pelo principio da eventualidade ou da preclusão, tem-se, assim, que cada fa-
culdade processual deve ser exercitada por inteiro dentro da fase adequada, sob 
pena de se perder a oportunidade de praticar o respectivo ato, ou de fazê-lo pos-
teriormente de forma diversa daquela em que já se desincumbiu do ônus pro-
cessual 
2. Uma vez produzida a contestação, fica vedado ao réu deduzir novas alega-
ções, pela incidência do princípio da predusão, que é inerente ao principio da even-
tualidade, com este se confundindo. Destarte, a preclusão consiste na perda da fa-
culdade de praticar um ato processual, quer porque já foi exercitada a faculdade 
no momento adequado, quer porque a parte deixou escoar a fase processual pró-
pria, sem fazer uso do seu direito. A exceção quanto à possibilidade de deduzir 
novas alegações depois de oferedda a contestação se encontra no art. 342 do 
CPC/2015, que permite as alegações quando: relativas a direito ou a fato superve-
niente; competir ao juiz conhecer delas de oficio; por expressa autorização legal, 
puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
3. Considerando que ao réu cabe o ônus da impugnação especificada dos fa-
tos, a resposta ou defesa deve conter manifestação precisa sobre os fatos narrados 
na petição inicial, sob pena de incidir a presunção legal de veracidade sobre aque-
les que não forem especificamente impugnados (art 341 do CPC). 
No tocante ao ônus da impugnação especificada de todos os fatos, fica priva-
da de eficácia processual a "contestação por negação geral~ salvo quando feita por 
defensor público, advogado dativo e curador especial (art 341, parágrafo único, 
do CPC). Equivale à resposta não especificada aquela em que o contestante se li-
mita a dizer "não serem verdadeiros os fatos aduzidos pelo aut.or". 
Ainda a respeito da presunção de veracidade dos fatos não impugnados, re-
leva reproduzir a opinião de Humberto Theodoro Júnior: "A presunção de vera· 
cidade aqui cogitada é muito frágil, porque o próprio art. 302 do CPC/73 (art. 341 
no CPC/2015) que a institui prevê sua não prevalência sempre que os fatos não 
precisamente impugnados 'estiverem em contradição com a defesa, considerada 
em seu conjunto' (art. 341, III, do CPC). Mais importante, pois, que a constatação 
de um fato não claramente impugnado pelo réu é a verificação do sentido geral 
l O ADVOGADO DO lf.U 141 
da defesa, aferível pela consideração dela 'em seu conjunto'. No conflito entre a de-
fesa em seu conjunto e a presunção do art. 302, prevalecerá aquela e não está'.2 
DEFESA PROCESSUAL (PRELIMINARES PROCESSUAIS) 
A defesa processual consiste na utilização de argumentos que visam a corre-
ção de vício constante da petição inicial ou culminem na extinção do processo 
sem resolução do mérito, por vício formal, vicio processual ou inadequação do 
procedimento escolhido. Funda-se no oferecimento de alguma das preliminares 
arroladas no art. 337 do Código de Processo Civil. 
As preliminares, assim entendidas as questões que antecedem o assunto prin-
cipal, são utilizadas para atacar ou impugnar questões de natureza processual, tais 
como defeitos na citação, defeitos na inicial, incompetência e outras. Por isso, de-
vem ser alegadas antes que se discuta o mérito principal da ação, como exige o art. 
337 do Código de Processo Civil. Esse artigo também enumera as preliminares 
passíveis de serem arguidas, quesão as seguintes: 
1 - inexistência ou nulidade da citação; 
11 - incompetência absoluta e relativa; 
111 - incorreção do valor da causa; 
TV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
Vll - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
Xl - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
Xlll - indevida concessão do beneficio de gratuidade de justiça. 
Quanto ao efeito que produzem, as preliminares podem ser classificadas em 
dois grupos, ou seja, as dilatórias e as que extinguem o processo. São prelimina-
res meramente dilatórias, assim entendidas porque se destinam apenas à correção 
do processo, a nulidade e a inexistência de citação, a incompetência relativa e a ab-
soluta, a incorreção do valor da causa, a conexão, a incapacidade da parte, defeito 
de representação ou falta de autorização, falta de caução ou de outra prestação, 
que a lei exige como preliminar (art. 83 do CPC) e indevida concessão do benefi-
cio de gratuidade de justiça; são preliminare.s que extinguem o processo a inépcia 
2 THEODORO JÓNIOR, Humberto. A defesa nas tlfÓtS de Qjdlgo do Consumidor. CD· ROM doutrin.u. 
140 VALOU1AA P. l)A LUZ. • ~tANUAL DO ADVOOJJ>O 
Regras básicas para a defesa. As regras básicas traçadas pelo Código de Pro· 
cesso Civil para a contestação podem ser assim resumidas: 
1. Toda a matéria de defesa deve ser argwda na peça contestatória, tanto are-
lativa ao mérito como a de natureza formal (preliminares do art. 337). Adota-se, 
nesse caso, o princípio da eventualidade, pelo qual é preferível o advogado errar 
por ação a errar por omissão, ou seja, é prefedvel alegar o que lhe aprouver, ain-
da que às vezes algum argumento lhe pareça despiciendo, a vir a se arrepender 
por não ter feito determinada alegação que poderia ser decisiva para a impugna-
ção da lide. 
Pelo principio da eventualidade ou da preclusão, tem-se, assim, que cada fa-
culdade processual deve ser exercitada por inteiro dentro da fase adequada, sob 
pena de se perder a oportunidade de praticar o respectivo ato, ou de fazê-lo pos-
teriormente de forma diversa daquela em que já se desincumbiu do ônus pro-
cessual 
2. Uma vez produzida a contestação, fica vedado ao réu deduzir novas alega-
ções, pela incidência do princípio da predusão, que é inerente ao principio da even-
tualidade, com este se confundindo. Destarte, a preclusão consiste na perda da fa-
culdade de praticar um ato processual, quer porque já foi exercitada a faculdade 
no momento adequado, quer porque a parte deixou escoar a fase processual pró-
pria, sem fazer uso do seu direito. A exceção quanto à possibilidade de deduzir 
novas alegações depois de oferedda a contestação se encontra no art. 342 do 
CPC/2015, que permite as alegações quando: relativas a direito ou a fato superve-
niente; competir ao juiz conhecer delas de oficio; por expressa autorização legal, 
puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. 
3. Considerando que ao réu cabe o ônus da impugnação especificada dos fa-
tos, a resposta ou defesa deve conter manifestação precisa sobre os fatos narrados 
na petição inicial, sob pena de incidir a presunção legal de veracidade sobre aque-
les que não forem especificamente impugnados (art 341 do CPC). 
No tocante ao ônus da impugnação especificada de todos os fatos, fica priva-
da de eficácia processual a "contestação por negação geral~ salvo quando feita por 
defensor público, advogado dativo e curador especial (art 341, parágrafo único, 
do CPC). Equivale à resposta não especificada aquela em que o contestante se li-
mita a dizer "não serem verdadeiros os fatos aduzidos pelo aut.or". 
Ainda a respeito da presunção de veracidade dos fatos não impugnados, re-
leva reproduzir a opinião de Humberto Theodoro Júnior: "A presunção de vera· 
cidade aqui cogitada é muito frágil, porque o próprio art. 302 do CPC/73 (art. 341 
no CPC/2015) que a institui prevê sua não prevalência sempre que os fatos não 
precisamente impugnados 'estiverem em contradição com a defesa, considerada 
em seu conjunto' (art. 341, III, do CPC). Mais importante, pois, que a constatação 
de um fato não claramente impugnado pelo réu é a verificação do sentido geral 
l O ADVOGADO DO lf.U 141 
da defesa, aferível pela consideração dela 'em seu conjunto'. No conflito entre a de-
fesa em seu conjunto e a presunção do art. 302, prevalecerá aquela e não está'.2 
DEFESA PROCESSUAL (PRELIMINARES PROCESSUAIS) 
A defesa processual consiste na utilização de argumentos que visam a corre-
ção de vício constante da petição inicial ou culminem na extinção do processo 
sem resolução do mérito, por vício formal, vicio processual ou inadequação do 
procedimento escolhido. Funda-se no oferecimento de alguma das preliminares 
arroladas no art. 337 do Código de Processo Civil. 
As preliminares, assim entendidas as questões que antecedem o assunto prin-
cipal, são utilizadas para atacar ou impugnar questões de natureza processual, tais 
como defeitos na citação, defeitos na inicial, incompetência e outras. Por isso, de-
vem ser alegadas antes que se discuta o mérito principal da ação, como exige o art. 
337 do Código de Processo Civil. Esse artigo também enumera as preliminares 
passíveis de serem arguidas, que são as seguintes: 
1 - inexistência ou nulidade da citação; 
11 - incompetência absoluta e relativa; 
111 - incorreção do valor da causa; 
TV - inépcia da petição inicial; 
V - perempção; 
VI - litispendência; 
Vll - coisa julgada; 
VIII - conexão; 
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
X - convenção de arbitragem; 
Xl - ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; 
Xlll - indevida concessão do beneficio de gratuidade de justiça. 
Quanto ao efeito que produzem, as preliminares podem ser classificadas em 
dois grupos, ou seja, as dilatórias e as que extinguem o processo. São prelimina-
res meramente dilatórias, assim entendidas porque se destinam apenas à correção 
do processo, a nulidade e a inexistência de citação, a incompetência relativa e a ab-
soluta, a incorreção do valor da causa, a conexão, a incapacidade da parte, defeito 
de representação ou falta de autorização, falta de caução ou de outra prestação, 
que a lei exige como preliminar (art. 83 do CPC) e indevida concessão do benefi-
cio de gratuidade de justiça; são preliminare.s que extinguem o processo a inépcia 
2 THEODORO JÓNIOR, Humberto. A defesa nas tlfÓtS de Qjdlgo do Consumidor. CD· ROM doutrin.u. 
142 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
da inicial, a perempção, a litispendência, a coisa julgada, convenção de arbitragem 
e ausência de legitimidade ou de interesse processual. 
As preliminares extintivas provocam a extinção do processo, porém, por ine-
xistir solução de mérito, não impedem que a lide seja novamente posta em juízo, 
desde, é claro, que se supere a falta de pressuposto processual ou de condição da 
ação antes detectada (art. 486 do CPC). 
Inexistência ou nulidade da citação 
A validade da citação é condição essencial para tornar a coisa litigíosa, nos 
termos do art. 240 do Código de Processo Civil. Em decorrência, tanto as citações 
como as intimações serã.o nulas quando feitas sem observância das prescrições le-
gais (art. 280 do CPC). Resta pacifico, pois. que a falta ou inexistência de citação 
é causa de nulidade absoluta, uma vez que sem ela não se completa a relação pro-
cessual que deve ser integrada por autor, juiz e réu. Na hipótese de citação de pes-
soa flsica pelos correios, o Superior Tribunal de Justiça firmou a compreensão de 
que a validade da citação está vinculada à entrega da correspondênciaregistrada 
diretamente ao destinatário, de quem deve ser colhida a assinatura no recibo, não 
bastando, pois, que a carta apenas se faça chegar ao endereço do citando. Caberá 
ao autor o ônus de provar que o citando teve conhecimento da demanda contra 
ele ajuizada, sendo inadmissível a presunção nesse sentido pelo fato de a corres-
pondência ter sido recebida por sua filha (REsp n. 712.609/SP).' 
Porém, quando for caso de execução fiscal, o mesmo STJ declarou que é vá-
lida a citação postal entregue no domicilio correto do devedor, mesmo que rece-
bida por terceiros (REsp n. 989. 777 /RJ). Adota-se, nesse caso, a teoria da aparên-
cia, segundo a qual é válida a citação realizada perante pessoa que se identifica 
como funcionário da empresa, sem ressalvas, não sendo necessário que receba a 
citação o seu representante legal (Ag. Reg. no REsp n. 869.500/SP). 
A invalidad.e da citação também decorre de eventuais defeitos contidos no 
mandado de citação, ou seja, da ausência de requisitos essenciais que, de acordo 
com o CPC, são os seguintes: 
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá: 
3 O STJ reiterou o entendimento de que a citação de pessoa f!sica pelo correio deve obedecer ao disposto 
no art. 223, parágrafo único. do CPCJ73 (art. 248, §§ 1° e ?9, do CPC/2015). considerando indispensável 
a entregll direta ao destinatirio. No caso, cabe ao carteiro colher o ciente como prova do aviso de m;epção 
por ele assinado, sem o que não tem validade o ato de comllllicaçào e aarret.i a nulidade do ato citatório, 
dada sua relevãncia processual Assim, subsaito o aviso por outra~· cabe ao autor o ônus de provar 
que o réu, embora sem assínar o a•1so. teve conhecimento da demanda que lhe foi ajuizada, uma vez 
que a presunção de recebimento pode causar lesão gravíssima ao demandado, monnente em razão da 
deficiente prestação de serviços de portaria e condomínios nas residências. Precedentes citados: EREsp 
n. 117.949/SP. D/26.09.2005; REsp n. 884.164/SP. r~. Mín. Castro Filho, ). 27.03.2007. 
>O AllVOGADO DO UU 143 
J - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domia1ios ou residências; 
Il - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição 
inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para 
embargar a execução; 
111 - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver; 
IV - se Cor o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de 
advogado ou de defensor público, à audléncia de conciliação ou de mediação, com a 
menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento; 
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela pro-
visória; 
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o 
subscreve por ordem do juiz. 
Anote-se, também, que nas ações que versarem sobre direito real imobiliário, 
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens, o cônjuge ne-
cessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real 
imobiliário. Já o réu, sendo casado, seu cônjuge será necessariamente citado para a 
ação: que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime 
de separação absoluta de bens; resultante de fato que ruga respeito a ambos os cônju-
ges ou de ato praticado por eles; fundada em dívida contraída por um dos cônjuges 
a bem da familia; que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a ex-
tinção de ônus sobre Imóvel de um ou de ambos os cônjuges (art. 73 do CPC). 
Já nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somen-
te é indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos praticado (art. 73, 
§ 2°, do CPC). 
A falta ou a nulidade de citação também poderá ser alegada pelo executado 
na impugnação ao cumprimento de sentença se na fase de conhecimento o pro-
cesso correu à revelia (art. 525, § l 0 , I, do CPC), o mesmo se aplicando à Fazenda 
Pública (art. 535, I. do CPC). 
CONTESTAÇÃO COM PRELIMINAR DE NULIDADE DA CITAÇÃO 
AO JUIZO DE DIREITO DA 2• VARA CÍVEL 
Comarta de .. .... .. ........ .. 
Ação de ............ . ... .. 
Autos n. .......... .. 
OLJNTO DENATON. brasileiro, casado, comerciante, CPF n . .. ....... .... RG n ... ......... .. 
endereço eletrônico .... .. .... ... residente e domiciliado na rua ... .... .. . .. .... ... n . .... .. , 
142 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
da inicial, a perempção, a litispendência, a coisa julgada, convenção de arbitragem 
e ausência de legitimidade ou de interesse processual. 
As preliminares extintivas provocam a extinção do processo, porém, por ine-
xistir solução de mérito, não impedem que a lide seja novamente posta em juízo, 
desde, é claro, que se supere a falta de pressuposto processual ou de condição da 
ação antes detectada (art. 486 do CPC). 
Inexistência ou nulidade da citação 
A validade da citação é condição essencial para tornar a coisa litigíosa, nos 
termos do art. 240 do Código de Processo Civil. Em decorrência, tanto as citações 
como as intimações serã.o nulas quando feitas sem observância das prescrições le-
gais (art. 280 do CPC). Resta pacifico, pois. que a falta ou inexistência de citação 
é causa de nulidade absoluta, uma vez que sem ela não se completa a relação pro-
cessual que deve ser integrada por autor, juiz e réu. Na hipótese de citação de pes-
soa flsica pelos correios, o Superior Tribunal de Justiça firmou a compreensão de 
que a validade da citação está vinculada à entrega da correspondência registrada 
diretamente ao destinatário, de quem deve ser colhida a assinatura no recibo, não 
bastando, pois, que a carta apenas se faça chegar ao endereço do citando. Caberá 
ao autor o ônus de provar que o citando teve conhecimento da demanda contra 
ele ajuizada, sendo inadmissível a presunção nesse sentido pelo fato de a corres-
pondência ter sido recebida por sua filha (REsp n. 712.609/SP).' 
Porém, quando for caso de execução fiscal, o mesmo STJ declarou que é vá-
lida a citação postal entregue no domicilio correto do devedor, mesmo que rece-
bida por terceiros (REsp n. 989. 777 /RJ). Adota-se, nesse caso, a teoria da aparên-
cia, segundo a qual é válida a citação realizada perante pessoa que se identifica 
como funcionário da empresa, sem ressalvas, não sendo necessário que receba a 
citação o seu representante legal (Ag. Reg. no REsp n. 869.500/SP). 
A invalidad.e da citação também decorre de eventuais defeitos contidos no 
mandado de citação, ou seja, da ausência de requisitos essenciais que, de acordo 
com o CPC, são os seguintes: 
Art. 250. O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá: 
3 O STJ reiterou o entendimento de que a citação de pessoa f!sica pelo correio deve obedecer ao disposto 
no art. 223, parágrafo único. do CPCJ73 (art. 248, §§ 1° e ?9, do CPC/2015). considerando indispensável 
a entregll direta ao destinatirio. No caso, cabe ao carteiro colher o ciente como prova do aviso de m;epção 
por ele assinado, sem o que não tem validade o ato de comllllicaçào e aarret.i a nulidade do ato citatório, 
dada sua relevãncia processual Assim, subsaito o aviso por outra~· cabe ao autor o ônus de provar 
que o réu, embora sem assínar o a•1so. teve conhecimento da demanda que lhe foi ajuizada, uma vez 
que a presunção de recebimento pode causar lesão gravíssima ao demandado, monnente em razão da 
deficiente prestação de serviços de portaria e condomínios nas residências. Precedentes citados: EREsp 
n. 117.949/SP. D/26.09.2005; REsp n. 884.164/SP. r~. Mín. Castro Filho, ). 27.03.2007. 
>O AllVOGADO DO UU 143 
J - os nomes do autor e do citando e seus respectivos domia1ios ou residências; 
Il - a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição 
inicial, bem como a menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para 
embargara execução; 
111 - a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver; 
IV - se Cor o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de 
advogado ou de defensor público, à audléncia de conciliação ou de mediação, com a 
menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento; 
V - a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela pro-
visória; 
VI - a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o 
subscreve por ordem do juiz. 
Anote-se, também, que nas ações que versarem sobre direito real imobiliário, 
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens, o cônjuge ne-
cessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real 
imobiliário. Já o réu, sendo casado, seu cônjuge será necessariamente citado para a 
ação: que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime 
de separação absoluta de bens; resultante de fato que ruga respeito a ambos os cônju-
ges ou de ato praticado por eles; fundada em dívida contraída por um dos cônjuges 
a bem da familia; que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a ex-
tinção de ônus sobre Imóvel de um ou de ambos os cônjuges (art. 73 do CPC). 
Já nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somen-
te é indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos praticado (art. 73, 
§ 2°, do CPC). 
A falta ou a nulidade de citação também poderá ser alegada pelo executado 
na impugnação ao cumprimento de sentença se na fase de conhecimento o pro-
cesso correu à revelia (art. 525, § l 0 , I, do CPC), o mesmo se aplicando à Fazenda 
Pública (art. 535, I. do CPC). 
CONTESTAÇÃO COM PRELIMINAR DE NULIDADE DA CITAÇÃO 
AO JUIZO DE DIREITO DA 2• VARA CÍVEL 
Comarta de .. .... .. ........ .. 
Ação de ............ . ... .. 
Autos n. .......... .. 
OLJNTO DENATON. brasileiro, casado, comerciante, CPF n . .. ....... .... RG n ... ......... .. 
endereço eletrônico .... .. .... ... residente e domiciliado na rua ... .... .. . .. .... ... n . .... .. , 
144 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
nesta cidade. vem respeitosamente perante este juízo. por seu bastante procurador firma-
tário (doe. 1 ). oferecer a presente CONTESTAÇÃO. em consideração à preliminar, aos fatos, 
aos fundamentos jurldicos, às provas e ao pedido que se seguem: 
PRELIMINARMENTE- Nulidade da citação 
1. Na data de .•. .•.......• ao demandado foi dado conhecimento, por um funcionário 
do foro, seu conhecido, de que contra ele, e a sua revelia, corria a ação em epfgrafe. Tal 
fato. como não poderia ser diferente. causou-lhe a maior surpresa, porquanto sequer havia 
sido citado para promover defesa. 
2. Todavia, ao examinar os autos em cartório, o demandado obseivou que consta que, 
com fundamento no art. 256, li, do CPC/2015 (endereço ignorado). ele foi citado por edital. 
quando. conforme comprova com os documentos inclusos (comprovantes de pagamento de 
água e hn). inclusive cópia da página da lista telefônica, possui endereço certo nesta cidade. 
3. Assim, como é flagrante e notório. a citação padece de defeito insanável. ou seja, 
é nula de pleno direito. além do que nem mesmo consta do edital a finalidade da citação. 
com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo 
para contestar. sob pena de revelia. ou para embargar a execução, como exige o art. 250, 
li, do Código de Processo Civil. 
4. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das pres-
crições legais !art 280 do CPC). 
5. Por essa razão, e diante da prova inequívoca da nulidade da citaÇão. requer a este jufzo 
que se digne decretar a sua nulidade, para efeito de recebimento da presente contestação. e. 
consequentememe. a renovação de todos os atos processuais anteriormente praticados sem 
a citação do réu.1Udo em conformidade com o art. 239. § 'l'. do Código de Processo Civil. 
NOMtRITO 
.................. .......................... ' ............................................... . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . 
Diante do exposto. requer a este julzo o acolhimento da preliminar suscitada, decretan· 
do a nulidade da citação e determinando a renovação de todos os atos processuais ante-
riormente praticados sem a intimação do réu. Todavia, caso este juízo assim não entenda. 
o que se admite somente para argumentar, pede-lhe o demandado que se digne decretar a 
improcedência da ação. com a condenação do demandante ao pagamento das custas judi-
ciais. honorários do advogado do demandado e demais cominações legais. Requer, ainda, 
a juntada da prova documental acostada. bem como a produção de outros meios de prova 
em direito admitidos. 
E deferimento. 
....................... .. ...... de ................ .. .. .. .. de20 .. .. .. 
Advogado( a) 
OAB/ ..... n ..... .. 
>O AllVOGADO DO UU 145 
Incompetência absoluta 
O art. 64 do Código de Processo Civil permite inferir a existência de duas mo-
dalidades de incompetência: a incompetência absoluta e a incompetência relati-
va. A incompetência absoluta se dá quando há violação à competência fixada em 
razão da matéria, da pessoa ou dafanção (art. 62 do CPC). Isso porque a compe-
tência absoluta é inderrogável por convenção das partes. Em outras palavras, as 
partes não podem, mesmo de comwn acordo, alterar ou modificar a competência 
que tiver sido determinada pelos critérios expostos anteriormente. A alteração so-
mente poderá ocorrer tratando-se da competência relativa. 
A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de ju-
risdiç.ão e deve ser declarada de ofício (art. 64, § 1°). 
Os casos de incompetência em razão da matéria costumam ocorrer com maior 
frequência nas grandes comarcas, onde, em virtude do grande volwne de ações, o 
serviço judiciário é distribuído em varas especializadas (vara cível, vara criminal, 
vara de família etc.). Assim, caso numa dessas comarcas uma ação dvel, em vez de 
ser proposta perante o juiz da vara cível, é dirigida ao juiz da vara criminal, verifi-
ca-se a incompetência em razão da matéria ou ratíone materiae. Essa mesma in-
competência se verifica no caso do ingresso de uma ação perante a Justiça que não 
é competente para julgá-la, como ocorre quando uma ação trabalhista é proposta 
perante a Justiça comum e não perante a Justiça do Trabalho ou vice-versa. 
A incompetência em razão da função dos juízes e tribunais decorre da viola-
ção dos graus de jurisdição em que atuam os magistrados. Diz respeito à divisão de 
sua competência funcional em órgãos judiciais de l •, 2• ou de 3• instância (último 
grau de jurisdição ou de recurso). São órgãos de l ª instância ou de primeiro grau 
de jurisdição aqueles que abrigam os juizes singulares; de 2• instância ou de segun-
do grau de jurisdição, os Tribunais de Justiça e os Regionais Federais; de último grau 
de jurisdição, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal . 
Assim, ocorre incompetência em razão da função ou do grau de juízo quan-
do uma ação que deveria ser proposta no juízo de l • instância é proposta direta-
mente no Tribunal de Justiça Regional Federal. 
"A incompetência do juiz anula apenas os atos decisórios e não todo o pro-
cesso" (RT 543/256). 
Ainda em relação à incompetência absoluta, cabe acrescentar: 
1°) pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser decla-
rada de ofício; 
2"1 é nula a sentença proferida por juiz absolutamente incompetente, poden-
do ser anulada por ação rescisória; 
3") sendo caso de desapropriação, somente os juízes que tiverem garantia de 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos poderão conhe-
cer dos processos (art. 12do Decreto-lei n. 3.365/41). 
144 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
nesta cidade. vem respeitosamente perante este juízo. por seu bastante procurador firma-
tário (doe. 1 ). oferecer a presente CONTESTAÇÃO. em consideração à preliminar, aos fatos, 
aos fundamentos jurldicos, às provas e ao pedido que se seguem: 
PRELIMINARMENTE- Nulidade da citação 
1. Na data de .•. .•.......• ao demandado foi dado conhecimento, por um funcionário 
do foro, seu conhecido, de que contra ele, e a sua revelia, corria a ação em epfgrafe. Tal 
fato. como não poderia ser diferente. causou-lhe a maior surpresa, porquanto sequer havia 
sido citado para promover defesa. 
2. Todavia, ao examinar os autos em cartório, o demandado obseivou que consta que, 
com fundamento no art. 256, li, do CPC/2015 (endereço ignorado). ele foi citado por edital. 
quando. conforme comprova com os documentos inclusos (comprovantes de pagamento de 
água e hn). inclusive cópia da página da lista telefônica, possui endereço certo nesta cidade. 
3. Assim, como é flagrante e notório. a citação padece de defeito insanável. ou seja, 
é nula de pleno direito. além do que nem mesmo consta do edital a finalidade da citação. 
com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a menção do prazo 
para contestar. sob pena de revelia. ou para embargar a execução, como exige o art. 250, 
li, do Código de Processo Civil. 
4. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das pres-
crições legais !art 280 do CPC). 
5. Por essa razão, e diante da prova inequívoca da nulidade da citaÇão. requer a este jufzo 
que se digne decretar a sua nulidade, para efeito de recebimento da presente contestação. e. 
consequentememe. a renovação de todos os atos processuais anteriormente praticados sem 
a citação do réu.1Udo em conformidade com o art. 239. § 'l'. do Código de Processo Civil. 
NOMtRITO 
.................. .......................... ' ............................................... . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . 
Diante do exposto. requer a este julzo o acolhimento da preliminar suscitada, decretan· 
do a nulidade da citação e determinando a renovação de todos os atos processuais ante-
riormente praticados sem a intimação do réu. Todavia, caso este juízo assim não entenda. 
o que se admite somente para argumentar, pede-lhe o demandado que se digne decretar a 
improcedência da ação. com a condenação do demandante ao pagamento das custas judi-
ciais. honorários do advogado do demandado e demais cominações legais. Requer, ainda, 
a juntada da prova documental acostada. bem como a produção de outros meios de prova 
em direito admitidos. 
E deferimento. 
....................... .. ...... de ................ .. .. .. .. de20 .. .. .. 
Advogado( a) 
OAB/ ..... n ..... .. 
>O AllVOGADO DO UU 145 
Incompetência absoluta 
O art. 64 do Código de Processo Civil permite inferir a existência de duas mo-
dalidades de incompetência: a incompetência absoluta e a incompetência relati-
va. A incompetência absoluta se dá quando há violação à competência fixada em 
razão da matéria, da pessoa ou dafanção (art. 62 do CPC). Isso porque a compe-
tência absoluta é inderrogável por convenção das partes. Em outras palavras, as 
partes não podem, mesmo de comwn acordo, alterar ou modificar a competência 
que tiver sido determinada pelos critérios expostos anteriormente. A alteração so-
mente poderá ocorrer tratando-se da competência relativa. 
A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de ju-
risdiç.ão e deve ser declarada de ofício (art. 64, § 1°). 
Os casos de incompetência em razão da matéria costumam ocorrer com maior 
frequência nas grandes comarcas, onde, em virtude do grande volwne de ações, o 
serviço judiciário é distribuído em varas especializadas (vara cível, vara criminal, 
vara de família etc.). Assim, caso numa dessas comarcas uma ação dvel, em vez de 
ser proposta perante o juiz da vara cível, é dirigida ao juiz da vara criminal, verifi-
ca-se a incompetência em razão da matéria ou ratíone materiae. Essa mesma in-
competência se verifica no caso do ingresso de uma ação perante a Justiça que não 
é competente para julgá-la, como ocorre quando uma ação trabalhista é proposta 
perante a Justiça comum e não perante a Justiça do Trabalho ou vice-versa. 
A incompetência em razão da função dos juízes e tribunais decorre da viola-
ção dos graus de jurisdição em que atuam os magistrados. Diz respeito à divisão de 
sua competência funcional em órgãos judiciais de l •, 2• ou de 3• instância (último 
grau de jurisdição ou de recurso). São órgãos de l ª instância ou de primeiro grau 
de jurisdição aqueles que abrigam os juizes singulares; de 2• instância ou de segun-
do grau de jurisdição, os Tribunais de Justiça e os Regionais Federais; de último grau 
de jurisdição, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal . 
Assim, ocorre incompetência em razão da função ou do grau de juízo quan-
do uma ação que deveria ser proposta no juízo de l • instância é proposta direta-
mente no Tribunal de Justiça Regional Federal. 
"A incompetência do juiz anula apenas os atos decisórios e não todo o pro-
cesso" (RT 543/256). 
Ainda em relação à incompetência absoluta, cabe acrescentar: 
1°) pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser decla-
rada de ofício; 
2"1 é nula a sentença proferida por juiz absolutamente incompetente, poden-
do ser anulada por ação rescisória; 
3") sendo caso de desapropriação, somente os juízes que tiverem garantia de 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos poderão conhe-
cer dos processos (art. 12 do Decreto-lei n. 3.365/41). 
146 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
A incompetência relativa, que tem a ver com a infração à competência fixa-
da em razão do valor e do território, pode ser modificada pelas partes, elegendo 
foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações, desde que conste 
de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico 
(art 63 do CPC). Também poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, 
como nos casos de execução de título extrajudicial e ação de conhecimento rela-
tiva ao mesmo ato jurídico e de execuções fundadas no mesmo útulo executivo 
(art. 55 do CPC). 
Qualquer que seja a modalidade de incompetência, as partes poderão denun-
ciá-la como preliminar, no momento da contestação (art. 64 do CPC/2015), res-
salvando que, no caso da incompetência relativa, se o réu não a alegar no momen-
to adequado, a competência eleita pelo autor prorrogar-se-á automaticamente (art. 
65 doCPC). 
Anote-se, por fim, que a incompetência relativa deve ser arguida pela parte, 
não podendo ser declarada de oficio, consoante diretriz do art. 337, § 5°, do Có-
digo de Processo Civil e da Súmula n. 33 do STJ. 
C,PNTESTAÇÃO COM PRELIMINAR DE 
INCOMPETENCIA ABSOLUTA E ILEGITIMIDADE DA PARTE 
AO JUfZO DE DIREITO DA 1' VARA CfVEL 
Comarca de ...........• 
Autos n . ....... .... . 
Ação indenizatória 
ZULMIRA ALVES ROSAS, brasileira. solteira, menor, estudante. CPF n .... .. ...... .• RG 
n .. .... .......• endereço eletrônico ................... neste ato assistida por seus genito· 
res, JESUINA ALVES ROSAS. brasileira. casada, do lar. CPF n •...•..•....•• RG n ........•... .• 
endereço eletrônico •............•.•.•• e ADROAlDO ROSAS. brasileiro. casado. do lar. CPF 
n ........ ...... RG n . ..... ........ endereço eletrônico ............ ...... , todos residentes e 
domiciliados em .. ......... ..... na rua .......... .. ..... .• n . •... ..• vêm respeitosamente pe-
rante este julzo para, por seu procurador signatário, com escritório profissional sitona rua 
... ... .. .... ... .. .. n ... ... .. nesta cidade, endereço eletrônico ... ... ......... .... oferecer 
CONTESTAÇÃO à AÇÃO INDENIZATÓRIA. em epigrafe. aduzindo. para tanto. os seguintes 
fundamentos: 
1- PRELIMINARMENTE 
Incompetência absoluta 
>O AllVOGADO DO UU 147 
A narração do fato ocorrido. qualificado como ato infracional. pela demandada Zulmi-
ra Alves Rosas. e que motivou a pretensão do demandante. como este mesmo declara na 
inicial. foi praticada na data de 2 de abril de 2014. ocasião em que a demandada ainda era 
adolescente (com 15 anos de idade). 
Por conseguinte. mostra-se flagrante a incompetência da vara clvel. ou da Justiça 
comum clvel. para processar e julgar a ação. ao teor cristalino do imperativo do parágrafo 
6nico do art .. 104 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
An. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos. sujeitos às medidas 
previstas nesta lei. 
Parágrafo Cínico. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à 
da1a do fato. 
Destarte. impõe-se, oomo medida obrigatória. seja decretada a incompetência 
desse juízo. para efeito de remessa dos autos à VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE 
desta comarca, o que se requer como requisito indispensável para a regularidade processual. 
Ilegitimidade das partes lilegitimidade passiva). 
O ato infracional, que motivou a pretensão do demandante, foi praticado na data de 
2 de atJril de 2014. ocasião em que a demandada tinha 15 anos de idade. 
Sendo assim. ou seja. como exposto anteriormente, na condição de menor e de ado-
lescente, exsurge que somente ela. Zulmira Alves Rosas. e não seus pais. deve figurar no 
polo passivo da ação. mesmo tratando-se de obrigação de reparação de danos de qual· 
quer espécie. ~ o que dispõe expressamente o art. 116 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente. verbis-. 
Da Obrigação de Reparar o Dano 
Art. 116. Em se tratando de ero infracional com reflexos pallimoniais, a autoridade poderá 
determinar, se for o caso. que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, 
ou, por outra forma, compense o prejulzo da vítima. 
Parágrafo (inico. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por 
outra adequada. 
Em consequência. impõe-se, como medida obrigatória. seja decretada a incompetên-
cia desse julzo. para efeito de remessa dos autos à VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE 
desta comarca, o que se requer como requisito indispensável para a regularidade proces-
sual. e a ilegitimidade das partes demandadas, JESUfNA ALVES ROSAS e ADROALDO RO-
SAS, o que se requer como requisito indispensável para a regularidade processual. 
146 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
A incompetência relativa, que tem a ver com a infração à competência fixa-
da em razão do valor e do território, pode ser modificada pelas partes, elegendo 
foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações, desde que conste 
de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico 
(art 63 do CPC). Também poderá modificar-se pela conexão ou pela continência, 
como nos casos de execução de título extrajudicial e ação de conhecimento rela-
tiva ao mesmo ato jurídico e de execuções fundadas no mesmo útulo executivo 
(art. 55 do CPC). 
Qualquer que seja a modalidade de incompetência, as partes poderão denun-
ciá-la como preliminar, no momento da contestação (art. 64 do CPC/2015), res-
salvando que, no caso da incompetência relativa, se o réu não a alegar no momen-
to adequado, a competência eleita pelo autor prorrogar-se-á automaticamente (art. 
65 doCPC). 
Anote-se, por fim, que a incompetência relativa deve ser arguida pela parte, 
não podendo ser declarada de oficio, consoante diretriz do art. 337, § 5°, do Có-
digo de Processo Civil e da Súmula n. 33 do STJ. 
C,PNTESTAÇÃO COM PRELIMINAR DE 
INCOMPETENCIA ABSOLUTA E ILEGITIMIDADE DA PARTE 
AO JUfZO DE DIREITO DA 1' VARA CfVEL 
Comarca de ...........• 
Autos n . ....... .... . 
Ação indenizatória 
ZULMIRA ALVES ROSAS, brasileira. solteira, menor, estudante. CPF n .... .. ...... .• RG 
n .. .... .......• endereço eletrônico ................... neste ato assistida por seus genito· 
res, JESUINA ALVES ROSAS. brasileira. casada, do lar. CPF n •...•..•....•• RG n ........•... .• 
endereço eletrônico •............•.•.•• e ADROAlDO ROSAS. brasileiro. casado. do lar. CPF 
n ........ ...... RG n . ..... ........ endereço eletrônico ............ ...... , todos residentes e 
domiciliados em .. ......... ..... na rua .......... .. ..... .• n . •... ..• vêm respeitosamente pe-
rante este julzo para, por seu procurador signatário, com escritório profissional sito na rua 
... ... .. .... ... .. .. n ... ... .. nesta cidade, endereço eletrônico ... ... ......... .... oferecer 
CONTESTAÇÃO à AÇÃO INDENIZATÓRIA. em epigrafe. aduzindo. para tanto. os seguintes 
fundamentos: 
1- PRELIMINARMENTE 
Incompetência absoluta 
>O AllVOGADO DO UU 147 
A narração do fato ocorrido. qualificado como ato infracional. pela demandada Zulmi-
ra Alves Rosas. e que motivou a pretensão do demandante. como este mesmo declara na 
inicial. foi praticada na data de 2 de abril de 2014. ocasião em que a demandada ainda era 
adolescente (com 15 anos de idade). 
Por conseguinte. mostra-se flagrante a incompetência da vara clvel. ou da Justiça 
comum clvel. para processar e julgar a ação. ao teor cristalino do imperativo do parágrafo 
6nico do art .. 104 do Estatuto da Criança e do Adolescente: 
An. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos. sujeitos às medidas 
previstas nesta lei. 
Parágrafo Cínico. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à 
da1a do fato. 
Destarte. impõe-se, oomo medida obrigatória. seja decretada a incompetência 
desse juízo. para efeito de remessa dos autos à VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE 
desta comarca, o que se requer como requisito indispensável para a regularidade processual. 
Ilegitimidade das partes lilegitimidade passiva). 
O ato infracional, que motivou a pretensão do demandante, foi praticado na data de 
2 de atJril de 2014. ocasião em que a demandada tinha 15 anos de idade. 
Sendo assim. ou seja. como exposto anteriormente, na condição de menor e de ado-
lescente, exsurge que somente ela. Zulmira Alves Rosas. e não seus pais. deve figurar no 
polo passivo da ação. mesmo tratando-se de obrigação de reparação de danos de qual· 
quer espécie. ~ o que dispõe expressamente o art. 116 do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente. verbis-. 
Da Obrigação de Reparar o Dano 
Art. 116. Em se tratando de ero infracional com reflexos pallimoniais, a autoridade poderá 
determinar, se for o caso. que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, 
ou, por outra forma, compense o prejulzo da vítima. 
Parágrafo (inico. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por 
outra adequada. 
Em consequência. impõe-se, como medida obrigatória. seja decretada a incompetên-
cia desse julzo. para efeito de remessa dos autos à VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE 
desta comarca, o que se requer como requisito indispensável para a regularidade proces-
sual. e a ilegitimidade das partes demandadas, JESUfNA ALVES ROSAS e ADROALDO RO-
SAS, o que se requer como requisito indispensável para a regularidade processual. 
148 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
11-NOMtRITO 
O FATO: 
OS FUNDAMENTOS JURf DICOS: 
AS PROVAS: 
................... , ............................... , .... . 
Diante do exposto. requer o acolhimento das preliminares suscitadas. Todavia, caso 
este juízo assim não entenda, o que se admite somente para argumentar, requer que se dig-
ne decretar a improcedência da ação, com a condenação do demandante ao pagamento 
das custas judiciais. honorários do advogado do demandado e demais cominações legais.E. deferimento. 
........ ..... ............... ... de .. .. .... ... .. ........... de 20 ..... . 
Advogado( a} 
OAB/ ...... n . ... .. . 
Incorreção do valor da causa (art 337, IH) 
Trata-se de impugnação do valor atribuído pelo autor à causa, que pode ser 
feito pelo réu, em preliminar da contestação, caso o réu considere não estar ova-
lor correto ou não estar de acordo com a lei (arts. 293 e 337, lll, do CPC/2015). 
No silêncio do réu quanto ao valor da causa no momento da contestação, presu-
mir-se-á aceito por ele o valor atribuído pelo autor (sobre o valor da causa, v. tam-
bém p.105). 
"Art 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atri-
buído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, im-
pondo, se for o caso, a complementação das custas." 
CONTESTAÇÃO COM LIMINAR DE IMPUGNAÇÃO 
AO VALOR DA CAUSA 
AO JUÍZO OE DIREITO DA .. .. .. VARA CÍVEL 
Comarca de ........... . 
>O AllVOGADO DO UU 149 
Autos n ............ . 
Ação de ..•. ......•. 
•.......•.......•• ...... , já devidamente quali1icado nos autos da ação em epígrafe, RG 
n .............. CPF n ........... .. , com endereço na rua .............. ..... n ........ nesta ci-
dade. endereço eletrônico ... ....... ..• vem respeitosamente perante este jufzo. por seu 
bastante procurador firmatário (doe. 1), com escritório profissional na rua Pitangueira, n. 
245, endereço eletrônico ..... .... .... oferecer a presente CONTESTAÇÃO, em considera-
ção à preliminar. aos fatos, aos fundamentos jurídicos, às provas e ao pedido que se seguem: 
1- PRELIMINARMENTE 
1. O autor, equivocada mente, atribuiu à causa a soma irrisória de AS ...••. ..... ., quan-
do é sabido que a lei (art 292. VI. do CPCJ determina que. nos casos de cumulação de ações. 
o valor atribuído deve ser igual à soma dos valores de todas elas. o que. no presente caso, 
deve perfazer o total de A$ . .. .... .... . 
2. Ocorre que. a persistir tal valor. que é inferior a quarenta salários mfnimos. terá o 
autor a evidente vantagem de ver a ação ser processada pelo procedimento dos Juizados 
Especiais, quando. na realidade, e de acordo com o valor que verdadeiramente lhe deve 
corresponder. teria de ser processada pelo procedimento comum regulado pelo Cõdjgo de 
Processo Civil. 
3. Assim. persistindo o referido valor a menor e sendo adotado o rito sumário em ra-
zão do valor da causa, far-se·ão evidentes os seus reflexos no andamento do feito, tolhen-
do-se inclusive a produção plena de provas. Isso posto, requer a procedência do presente 
pedido e a autuação deste em separado, com a determinação da oitiva do autor no prazo 
de cinco dias, sem suspensão do processo. 
li - NO MffilTO 
O FATO: 
..... .. ......................................... ' ........ ' 
OS FUNDAMENTOS JURIDICOS: 
AS PROVAS: 
Diante do exposto. requer a este juízo o acolhimento da preliminar suscitada, para o 
fim de determinar que o autor emende a petição inicial, conferindo à causa o valor exigido 
por lei, sob pena de indeferimento da petição inicial. Todavia, caso este juízo assim não en· 
tenda. o que se admite somente para argumentar. pede-lhe que se digne decretar a impro-
cedência da ação. com a condenação do demandante ao pagamento das custas judiciais, 
148 VALI>U'l.AA P. l)A LUZ • ~1.ANUAL no At>VOOAJ>O 
11-NOMtRITO 
O FATO: 
OS FUNDAMENTOS JURf DICOS: 
AS PROVAS: 
................... , ............................... , .... . 
Diante do exposto. requer o acolhimento das preliminares suscitadas. Todavia, caso 
este juízo assim não entenda, o que se admite somente para argumentar, requer que se dig-
ne decretar a improcedência da ação, com a condenação do demandante ao pagamento 
das custas judiciais. honorários do advogado do demandado e demais cominações legais. 
E. deferimento. 
........ ..... ............... ... de .. .. .... ... .. ........... de 20 ..... . 
Advogado( a} 
OAB/ ...... n . ... .. . 
Incorreção do valor da causa (art 337, IH) 
Trata-se de impugnação do valor atribuído pelo autor à causa, que pode ser 
feito pelo réu, em preliminar da contestação, caso o réu considere não estar ova-
lor correto ou não estar de acordo com a lei (arts. 293 e 337, lll, do CPC/2015). 
No silêncio do réu quanto ao valor da causa no momento da contestação, presu-
mir-se-á aceito por ele o valor atribuído pelo autor (sobre o valor da causa, v. tam-
bém p.105). 
"Art 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atri-
buído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, im-
pondo, se for o caso, a complementação das custas." 
CONTESTAÇÃO COM LIMINAR DE IMPUGNAÇÃO 
AO VALOR DA CAUSA 
AO JUÍZO OE DIREITO DA .. .. .. VARA CÍVEL 
Comarca de ........... . 
>O AllVOGADO DO UU 149 
Autos n ............ . 
Ação de ..•. ......•. 
•.......•.......•• ...... , já devidamente quali1icado nos autos da ação em epígrafe, RG 
n .............. CPF n ........... .. , com endereço na rua .............. ..... n ........ nesta ci-
dade. endereço eletrônico ... ....... ..• vem respeitosamente perante este jufzo. por seu 
bastante procurador firmatário (doe. 1), com escritório profissional na rua Pitangueira, n. 
245, endereço eletrônico ..... .... .... oferecer a presente CONTESTAÇÃO, em considera-
ção à preliminar. aos fatos, aos fundamentos jurídicos, às provas e ao pedido que se seguem: 
1- PRELIMINARMENTE 
1. O autor, equivocada mente, atribuiu à causa a soma irrisória de AS ...••. ..... ., quan-
do é sabido que a lei (art 292. VI. do CPCJ determina que. nos casos de cumulação de ações. 
o valor atribuído deve ser igual à soma dos valores de todas elas. o que. no presente caso, 
deve perfazer o total de A$ . .. .... .... . 
2. Ocorre que. a persistir tal valor. que é inferior a quarenta salários mfnimos. terá o 
autor a evidente vantagem de ver a ação ser processada pelo procedimento dos Juizados 
Especiais, quando. na realidade, e de acordo com o valor que verdadeiramente lhe deve 
corresponder. teria de ser processada pelo procedimento comum regulado pelo Cõdjgo de 
Processo Civil. 
3. Assim. persistindo o referido valor a menor e sendo adotado o rito sumário em ra-
zão do valor da causa, far-se·ão evidentes os seus reflexos no andamento do feito, tolhen-
do-se inclusive a produção plena de provas. Isso posto, requer a procedência do presente 
pedido e a autuação deste em separado, com a determinação da oitiva do autor no prazo 
de cinco dias, sem suspensão do processo. 
li - NO MffilTO 
O FATO: 
..... .. ......................................... ' ........ ' 
OS FUNDAMENTOS JURIDICOS: 
AS PROVAS: 
Diante do exposto. requer a este juízo o acolhimento da preliminar suscitada, para o 
fim de determinar que o autor emende a petição inicial, conferindo à causa o valor exigido 
por lei, sob pena de indeferimento da petição inicial. Todavia, caso este juízo assim não en· 
tenda. o que se admite somente para argumentar. pede-lhe que se digne decretar a impro-
cedência da ação. com a condenação do demandante ao pagamento das custas judiciais, 
150 VALI)} MAl. l>A 1.vz • MANUAL 00 Al)VOOADO 
honorários do advogado do demandado e demais cominações legais. Requer, ainda. a jun-
tada da prova documental acostada. bem como a produção de outros meios de prova em 
direito admitidos. 
. . . . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . , 
E. deferimento. 
.... de ........................ de20 ..... . 
Advogado( a) 
OAB/ ...... n. ...... 
Indevida concessão de gratuidade da justiça 
Deferido o pedido de concessão da gratuidade, o réu poderá oferecer impug-
nação na contestação. Sendo casos de pedido superveniente ou formulado por ter-
ceiro, a impugnação poderá ser feita por meio de petição simples, a se.r apresen-
tada no prazo de 15 dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu 
curso (art. 100 do CPC). 
Assim,ao constatar a existêncía do pedido de assistência judiciária gratuita 
formulada pelo autor, compete ao réu verificar se referido pedido procede, ou seja, 
se o réu preenche efetivamente o requisito legal para fazer jus ao beneficio: a insu-
ficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorârios 
advocatícios (art. 98 do CPC). A razão é muito simples: se improcedente o pedi-
do, a verba honorária de sucumbência devida pelo autor ao réu e demais obriga-
ções ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser exe-
cutadas se, nos cinco anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as 
certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência 
de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse 
prazo, tais obrigações do beneficiário (S 3°). 
Revogado o beneficio, a parte arcará com as despesas processuais que tiver 
deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a títu-
lo de multa, que será revertida em beneficio da Fazenda Pública estadual ou fede-
ral e poderá ser inscrita em dívida ativa (art. 100, parágrafo único). 
CONTESTAÇÃO COM LIMINAR DE INDEVIDA CONCESSÃO 
DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 1' VARA CÍVEL 
, o AIWO<iAOO l>OUU IS! 
Comarca .......... .. 
Autosn .......... .. . 
Ação de .... ....... . 
.. . .. . .. . .. .. já devidamente qualificado nos autos da ação em epigrafe. RG n . 
.. .. .. . . .. .• CPF n . ............• com endereço na rua • . .. .. .. .. . • .. . ., n. .. . . • nesta cida-
de, endereço eletrõnico ............. vem respeitosamente perante este juízo. por seu bas· 
tante procurador firmatário (doe. 1 ). com escritório profissional na rua P11angue1ra. n. 245. 
endereço eletrõnico ... ....... ... oferecer a presente CONTESTAÇÃO, em consideração à 
preliminar. aos fatos. aos fundamentos jurídicos. às provas e ao pedido que se seguem: 
1-PRB.IMINARMENTE 
1. Como cediço. o beneficio da assistencia judiciária gratuita será concedido tão so-
mente aos que preencham os requisitos legais. com fulcro no art 5º. LXXIV. da CF/88. e no 
art. 98 do CPC. 
2. O art. 98 do CPC conceitua necessitado para os fins legais: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurldica, blasileira ou estrangeira. com insuficiência de recur-
sos para pagar as custas. as despesas processuais e os honorários adVocatícios tem direito à gra-
tuidade da justiça. na forma da lei. 
3. Ora. como se faz notório. a demandante não faz jus à concessão do pedido de as· 
sistência judiciária gratuita. uma vez que não se enquadra no conceito de necessitada men-
cionado na lei. 
4. A comprovação de que a demandante não é necessitada. para efeitos legais, cons-
ta das fls. 15. em que o comprovante de rendimentos. fornecido pela fonte pagadora. Indi-
ca que ela percebe anualmente nada mais. nada menos que R$ 57.184.00. o que represen· 
ta um salário mensal de RS 4. 765,33. 
5. Ora. se o salário de RS 4.765,33 mensais significa miserabilidade, o que dizer en-
tão daqueles brasileiros que são obrigados a "sobreviver" com apenas o salário mínimo? 
Pelo exposto, e considerando que a demandante possui plenas condições de arcar com 
todas as despesas do processo e honorários de advogado, requer a este juízo que, nos ter· 
mos do art. 337. XIII, do CPC, se digne denegar a concessão da assistência judiciária gra-
tuita pleiteada pela demandante, ou revogá-la no caso de ela já ter sido deferida. 
li - NO MffilTO 
O FATO: 
OS FUNDAMENTOS JURIDICOS: 
150 VALI)} MAl. l>A 1.vz • MANUAL 00 Al)VOOADO 
honorários do advogado do demandado e demais cominações legais. Requer, ainda. a jun-
tada da prova documental acostada. bem como a produção de outros meios de prova em 
direito admitidos. 
. . . . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . , 
E. deferimento. 
.... de ........................ de20 ..... . 
Advogado( a) 
OAB/ ...... n. ...... 
Indevida concessão de gratuidade da justiça 
Deferido o pedido de concessão da gratuidade, o réu poderá oferecer impug-
nação na contestação. Sendo casos de pedido superveniente ou formulado por ter-
ceiro, a impugnação poderá ser feita por meio de petição simples, a se.r apresen-
tada no prazo de 15 dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu 
curso (art. 100 do CPC). 
Assim, ao constatar a existêncía do pedido de assistência judiciária gratuita 
formulada pelo autor, compete ao réu verificar se referido pedido procede, ou seja, 
se o réu preenche efetivamente o requisito legal para fazer jus ao beneficio: a insu-
ficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorârios 
advocatícios (art. 98 do CPC). A razão é muito simples: se improcedente o pedi-
do, a verba honorária de sucumbência devida pelo autor ao réu e demais obriga-
ções ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser exe-
cutadas se, nos cinco anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as 
certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência 
de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse 
prazo, tais obrigações do beneficiário (S 3°). 
Revogado o beneficio, a parte arcará com as despesas processuais que tiver 
deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a títu-
lo de multa, que será revertida em beneficio da Fazenda Pública estadual ou fede-
ral e poderá ser inscrita em dívida ativa (art. 100, parágrafo único). 
CONTESTAÇÃO COM LIMINAR DE INDEVIDA CONCESSÃO 
DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 1' VARA CÍVEL 
, o AIWO<iAOO l>OUU IS! 
Comarca .......... .. 
Autosn .......... .. . 
Ação de .... ....... . 
.. . .. . .. . .. .. já devidamente qualificado nos autos da ação em epigrafe. RG n . 
.. .. .. . . .. .• CPF n . ............• com endereço na rua • . .. .. .. .. . • .. . ., n. .. . . • nesta cida-
de, endereço eletrõnico ............. vem respeitosamente perante este juízo. por seu bas· 
tante procurador firmatário (doe. 1 ). com escritório profissional na rua P11angue1ra. n. 245. 
endereço eletrõnico ... ....... ... oferecer a presente CONTESTAÇÃO, em consideração à 
preliminar. aos fatos. aos fundamentos jurídicos. às provas e ao pedido que se seguem: 
1-PRB.IMINARMENTE 
1. Como cediço. o beneficio da assistencia judiciária gratuita será concedido tão so-
mente aos que preencham os requisitos legais. com fulcro no art 5º. LXXIV. da CF/88. e no 
art. 98 do CPC. 
2. O art. 98 do CPC conceitua necessitado para os fins legais: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurldica, blasileira ou estrangeira. com insuficiência de recur-
sos para pagar as custas. as despesas processuais e os honorários adVocatícios tem direito à gra-
tuidade da justiça. na forma da lei. 
3. Ora. como se faz notório. a demandante não faz jus à concessão do pedido de as· 
sistência judiciária gratuita. uma vez que não se enquadra no conceito de necessitada men-
cionado na lei. 
4. A comprovação de que a demandante não é necessitada. para efeitos legais, cons-
ta das fls. 15. em que o comprovante de rendimentos. fornecido pela fonte pagadora. Indi-
ca que ela percebe anualmente nada mais. nada menos que R$ 57.184.00. o que represen· 
ta um salário mensal de RS 4. 765,33. 
5. Ora. se o salário de RS 4.765,33 mensais significa miserabilidade, o que dizer en-
tão daqueles brasileiros que são obrigados a "sobreviver" com apenas o salário mínimo? 
Pelo exposto, e considerando que a demandante possui plenas condições de arcar com 
todas as despesas do processo e honorários de advogado, requer a este juízo que, nos ter· 
mos do art. 337. XIII, do CPC, se digne denegar a concessão da assistência judiciária gra-
tuita pleiteada pela demandante, ou revogá-la no caso de ela já ter sido deferida. 
li - NO MffilTO 
O FATO: 
OS FUNDAMENTOS JURIDICOS: 
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