Petição Inicial Falimentar

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AO JUÍZO  DE DIREITODA VARA _____ DE FALÊNCIAS DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG.
EMPRESA FORNCEDORA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob  Nº 10.256.563/2048-76, com endereço eletrônico equiparsegur.empresa@gmail.com, situada na Rua Goitacazes, nº 86, Bairro Gramado, cidade de Belo Horizonte - MG, representada  pelo seu sócio Guilherme Arantes, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob nº 672.333.876-01, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu procurador ao final assinado com escritório situado na Rua Guimarães Rosa nº34, Bairro centro, cidade de Belo Horizonte - MG e endereço eletrônico camargosesilvaadvogadosassociados@hotmail.com, onde recebe intimações e avisos, com fulcro no art. 94 da Lei 11.101 de 2005, requerer, o processamento do presente 
PEDIDO DE FALÊNCIA da empresa:
EMPRESA PRODUTORA DE PNEUS,
Pessoa jurídica de  direito privado, com matriz na cidade de Belo Horizonte - MG, situada no endereço Rua Miguel Lopes sob nº 876, Bairro das Indústrias, com endereço eletrônico equipamentosdesegurança@gmail.com em vista das seguintes razões de fato  e de direito que vem a seguir:
I - DOS  FATOS: 
O autor é credor da ré, pela quantia de R$ 50.000,00(cinqüenta mil reais), representado pela duplicada (em anexo), emitida em 24 de janeiro de 2018, com vencimento para 15 de fevereiro, no valor de R$ 50.000,00, que ultrapassa o valor equivalente a quarenta salários mínimos nesta data, conforme a exigência do inciso I do art. 94 da Lei de Falência. 
                             "Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
                               I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; "
Sendo assim, o título fora devidamente protestado por falta de pagamento com o protesto especial para fins de falência. Sem a  ré nada contestasse acerca dos títulos assinados pela mesma, quanto a sua liquidez, certeza ou exigibilidade (documento em anexo). Assim, a cobrança extrajudicial se demonstrou ineficaz, restando necessária a busca da tutela jurisdicional para cessar o conflito, evitando maiores prejuízos ao credor, ao devedor, e a sociedade.
Tornando-se ineficaz a cobrança extrajudicial, fez-se necessário o acionamento judicial para satisfazer a quitação do mesmo.
II – DOS FUNDAMENTOS:
Nos termos do art. 94, inc. I da Lei n.º 11.101/2005, considera-se falido o devedor que, sem relevante razão de direito, não paga no vencimento obrigação líquida, materializada em título executivo protestado, de valor superior a 40 (quarenta) salários mínimos, na data do pedido de falência:
“Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento,
“Obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários - mínimos na data do pedido de falência;”
Assim, comprovada a dívida inadimplida na data de seu vencimento, sendo líquida, certa e exigível do Réu para com o Autor, cujo título executivo judicial original segue anexo a esta, o qual tem valor superior a 40 (quarenta) salários mínimos, bem como que este for a devidamente protestado, com todas as suas formalidades legais, cujo protesto especial para fins de falência, segue anexo em sua via original, tem o Autor legitimidade e interesse para requerer a falência da referida empresa, nos termos do artigo 97 da LF.
 “Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
        I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;
        II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
        III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade;
        IV – qualquer credor.
        § 1o O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas     atividades.
        § 2o O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa as custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta Lei.” 
Lembrando ainda, o que o doutrinador Fábio Ulhôa trás referente a insolvência: 
“ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1745047/mod_resource/content/1/Manual%20de%20Direito%20Comercial%20-%20Fabio%20Ulhoa%20Coelho.pdf. Acesso em 02 Abr. 2018 
Para fins de instauração da execução por falência, a insolvência não se caracteriza por um determinado estado patrimonial, mas sim pela ocorrência de um dos fatos previstos em lei. Ou seja, se o empresário for injustificadamente impontual no cumprimento de obrigação líquida (LF, art. 94, I), incorrer em execução frustrada (art. 94, II) ou se praticar um ato de falência (LF, art. 94, III). Se restar caracterizado a impontualidade injustificada, a execução frustra da ou o ato de falência, mesmo que o empresário tenha o seu ativo superior ao passivo, serlheá decretada a falência; ao revés, se não ficar demonstrada uma ou outra hipótese, não será instaurada a falência ainda que o passivo do devedor Manual de Direito Comercial - 345-548. indd 354 15/9/2010 14:48:46 355 seja superior ao seu ativo. A insolvência que a lei considera como pressuposto da execução por falência é, meramente, presumida. Os comportamentos discriminados pelo art. 94 da LF são, geralmente, praticados por quem se encontra em insolvência, e esta é a presunção legal que orienta a matéria. A impontualidade injustificada deve referirse a uma obrigação líquida. Para fins de decretação da falência, entendese por “líquida” a obrigação representada por um título executivo, judicial ou extrajudicial. Qualquer dos títulos que legitimem a execução individual, de acordo com a legislação processual, pode servir de base à obrigação a que se refere a impontualidade caracterizadora da falência. Tratase de um critério formal da lei: a impontualidade é considerada de obrigação líquida quando documentada por um dos títulos mencionados.”
Ainda, levando em consideração estudos e pesquisas feitas referentes ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi observado que em grande parte de pedidos feitos como o formulado por esta Petição Inicial, trás os requisitos e formas necessárias para o decretamento da falência.
” https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/457553401/apelacao-civel-ac-10338110070798001-mg - acesso em 02 Mar. 2018 
APELAÇÃO CÍVEL - PEDIDO DE FALÊNCIA - EXTINÇÃO DO FEITO SEM EXAME DE MÉRITO - AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR - AFASTAMENTO - IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA - ARTIGO 94, I, DA LEI FEDERAL 11.101/2005 - REQUISITOS LEGAIS DEMONSTRADOS - INSOLVÊNCIA JURÍDICA - PRÉVIA AÇÃO EXECUTIVA OU DE COBRANÇA - DESNECESSIDADE - PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTE EGRÉGIO SODALÍCIO - TÍTULO EXTRAJUDICIAL CERTO, LÍQUIDO E EXIGÍVEL - REGULARIDADE DO PROTESTO NÃO ELIDIDA - CASSAÇÃO DA SENTENÇA - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO - PROVIMENTO DO APELO. Se o pedido de falência, proposto com base no art. 94, I, da Lei Federal 11.101/2005, fundou-se no vencimento de obrigação líquida materializada em títulos regularmente protestados, que, somados, ultrapassam 40 (quarenta) salários mínimos, impõe-se a cassação da sentença que extinguiu o processo falimentar, sem resolução do mérito por ausência de interesse processual, mormente porque desnecessária a prévia ação executiva ou de cobrança. Diante do não pagamento, sem relevante razão de direito, no vencimento, de obrigação líquida materializada em títulos executivos protestados, cuja soma ultrapassa o equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos na data do pedido, deve ser decretada a falência da empresa devedora, com fulcro no inciso I do art. 94 da lei respectiva. Provido.
(TJ-MG - AC: 10338110070798001 MG, Relator: Judimar Biber, Data de Julgamento: 04/05/2017, Câmaras Cíveis / 3ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:10/05/2017)”
“ https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/520669793/apelacao-civel-ac-10241150035764002-mg/inteiro-teor-520669858 Acesso em 02 Mar. 2018
 APELAÇÃO CÍVEL - FALÊNCIA - ART. 94, I, LEI 11.101/05 - ACORDO CELEBRADO ENTRE AS PARTES - DESCARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE INSOLVÊNCIA - EXTINÇÃO - MERA COBRANÇA DE DÍVIDA - HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO. 1- Nos termos do art. 94, I, da Lei nº 11.101/05, a falência do devedor pode ser decretada na hipótese de ele não pagar, no vencimento e sem relevante razão de direito, obrigação líquida que conste tanto em título, quanto em títulos executivos protestados se o valor total for superior a 40 salários mínimos; 2- A falência está ligada à ideia de insolvência do devedor, exteriorizada por meio de atos ou fatos que permitam verificar desequilíbrio no patrimônio do devedor; 3- Embora cediço que a ação de falência não é a via adequada para cobrança de dívida, bem como que a não comprovação da insolvência afasta a decretação da quebra, antes de decretação da falência ou a recuperação judicial as partes podem entabular acordo no bojo dos autos; 4- Antes de eventual decretação de quebra, apresentado acordo celebrado entre as partes que transigiram sobre a dívida em relação a qual se fundava a alegação de insolvência, fica descaracterizado o estado de insolvência, diante do rompimento da noção de impontualidade.
(TJ-MG - AC: 10241150035764002 MG, Relator: Renato Dresch, Data de Julgamento: 07/11/0017, Câmaras Cíveis / 4ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 14/11/2017)”
“https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/4182418/1524008 Acesso em 02 Mar. 2018-04-02
 Falência. Inadimplemento do devedor caracterizada pela falta de pagamento de duplicatas, no vencimento, provada a efetiva entrega da mercadoria. Decretação. Decreta-se a falência requerida contra comerciante inadimplente, configurado pela falta de pagamento de títulos retratativos de dívida líquida e certa, tendo havido protesto por indicação e prova da entrega da mercadoria ao devedor.
(TJ-MG 1524008 MG 1.0000.00.152400-8/000(1), Relator: PINHEIRO LAGO, Data de Julgamento: 02/05/2000, Data de Publicação: 09/06/2000)”
Além das Jurisprudências apresentadas, temos doutrinas que elencam as hipóteses de falência, como por exemplo:
“ Jurisp. Mineira, Belo Horizonte, a. 56, n° 172, p. 19-41, jan./mar. 2005 - 
https://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/625/1/D1v1722005.pdf. Acesso em 2 Mar. 2018
Hipóteses de falência 
A lei falimentar prevê a possibilidade de decretação da falência do devedor que não paga, no vencimento e sem relevante razão de direito, obrigação líquida constante de título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 salários mínimos na data do pedido (art. 94, I). Também constitui razões juridicamente aptas à propositura judicial da falência o disposto nos incs. II e III, alíneas a a g, do art. 94. O inc. II estabelece que será decretada a falência do devedor que, “executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal”. Repete o legislador, quase integralmente, a mesma redação constante do inc. I do art. 2º do diploma falimentar anterior, inovando, contudo, quanto à nomeação de bens à penhora, ao mencionar bens suficientes. Não basta, pois, a indicação de bens à penhora, sendo necessário que sejam suficientes. Salvo se fizerem parte do plano de recuperação judicial, os atos relacionados no inc. III do art. 94 constituem atos falimentares, correspondendo, a maioria deles, aos incs. II a VII do art. 2º do Dec.-lei nº 7.661/1945. Assim, se o devedor “procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; (inc. III, a)”. Ausente na relação de atos falimentares do art. 94, o disposto no inc. III do Dec.-lei nº 7.661/1945 considerava ato suficiente ao pedido de falência a convocação, pelo devedor, dos credores e a proposta de dilação, remissão de créditos ou cessão de bens. Se, à época da edição da lei falimentar de 1945, esse poderia ser considerado um ato falimentar, hoje, nenhum sentido faz a restrição anteriormente imposta até Jurisp. Mineira, Belo Horizonte, a. 56, n° 172, p. 19-41, jan./mar. 2005 25 Doutrina porque a nova lei consagra o Capítulo VI à Recuperação Extrajudicial, que, em última análise, significa a composição entre devedor e seus credores.”
III – DOS PEDIDOS:
Dado o exposto, requer:
1) A citação da Ré, na pessoa de um de seus representantes legais, para que, conforme preceitua o artigo 98 da Lei de Falências, no prazo de dez (10) dias, apresentar contestação, acompanhando a presente, até final decisão e decreto da falência ora requerida, sob pena de lhe serem aplicados os efeitos da revelia, lhe sendo decretada de ofício a falência.
2) Caso a Ré pretenda no prazo de contestação realizar o depósito elisivo correspondente ao crédito reclamado, para elidir o pedido de falência, conforme autoriza o parágrafo único do art. 98 da Lei de Falências, Lei 11.101/05, requer-se que seja esta calculada com correção monetária, juros de mora desde o vencimento, custas processuais, despesas com os protestos no valor da duplicata, no importe de R$50.000,00 e honorários advocatícios a serem contabilizados de acordo com artigo 43 da tabela 2018 emitida pela Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (Súmula n.º 29 do STJ e artigo 85 do Código de Processo Civil).
3) Após a contestação, ou o decurso do prazo desta, que seja dado prosseguimento ao feito, com o decreto de falência da ré por sentença (art. 99 da Lei de Falência), e a tomada de todas as providências previstas na mencionada legislação.
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito.
Dá-se à causa o valor de R$ 51.800,00.
Pede-se deferimento.
Belo Horizonte, 02 de Abril de 2018
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 (assinatura e n.º da OAB do advogado)
 
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 (assinatura e n.º da OAB do advogado)
 
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 (assinatura e n.º da OAB do advogado)
 
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 (assinatura e n.º da OAB do advogado)
 
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 (assinatura e n.º da OAB do advogado)
 
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 (assinatura e n.º da OAB do advogado)
 
 
 
Aluno: Dennia Gonçalves – 2017200057
 Jéssica Cândida Jesus Moreira – 2017200080
 Jéssica Rodrigues Lima – 2016100090
 Luana de Fátima Domingos – 2017200107
 Marco Cavalcante – 2014100053